Unidade 731: a terrível história do Japão na 2ª Guerra Mundial

30/05/2023 às 09:002 min de leitura

Os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial deixaram um enorme rastro de tragédia na história mundial. Ao todo, mais de 100 milhões de pessoas morreram no mundo todo — por mais que grande parte das batalhas tenha sido travada na Europa. Contudo, um país que também esteve bastante ativo nesse conflito bélico foi o Japão.

O país indiscutivelmente iniciou a guerra atacando a Manchúria em 1931 e chegou a invadir a China em 1937. Além de ter firmado um laço político com a Alemanha de Adolf Hitler, os japoneses também ficaram conhecidos por uma história terrível: a Unidade 731.

Criação da Unidade 731

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Inicialmente, a Unidade 731 nasceu para ser uma mera agência de pesquisa e saúde pública para o exército do Japão. Contudo, não demorou muito para que ela se tornasse uma linha de montagem para doenças armadas que, caso fossem implantadas com sucesso, poderiam ter matado toda a população da Terra inúmeras vezes.

Todo esse progresso armamentício, no entanto, só foi ser conquistado através do sofrimento de cobaias humanas que eram detidas em cativeiro, servindo como incubadores de doenças até a Unidade 731 ser desmembrada com o final da Segunda Guerra Mundial.

Porém, nos anos que ela esteve em funcionamento, alguns dos experimentos mais cruéis já registrados na história da humanidade foram conduzidos. Após o fim da guerra, os registros da Unidade 731 foram quase todos queimados, destruindo qualquer informação útil que a equipe conseguiu gerar em 13 anos de operação. Enquanto isso, a maioria dos pesquisadores voltou à vida civil no Japão como se nada tivesse acontecido.

Tortura sem limites

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Um dos experimentos mais famosos da Unidade 731 foi feito por Yoshimura Hisato, um fisiologista que tinha um interesse especial pela hipotermia. Para tentar entender o congelamento do corpo humano, Hisato rotineiramente afundada os "pacientes" reféns em uma banheira de água cheia de gelo até que um de seus braços ou pernas estivesse completamente congelado.

Então, o médico tentava diferentes métodos para reaquecer rapidamente o membro congelado. Isso incluía molhar a cobaia com água fervendo, segurá-la perto de uma fogueira ou deixar o sujeito sem tratamento durante a noite para ver quanto tempo seu próprio sangue precisaria para descongelá-lo.

A Unidade 731 posteriormente também ficou conhecida por mutilar prisioneiros chineses ainda vivos e sem anestesia para estudar o funcionamento de seus corpos — até mesmo infectando-os com doenças como cólera e peste bubônica. Em outros casos, o laboratório servia como campo de tiro para testar novos armamentos em alvos vivos. 

Até hoje, o Japão nunca se desculpou por todos esses experimentos e o país jamais foi perdoado pelos chineses, que foram tão atacados entre 1931 e 1945. Além disso, à medida que mais sobreviventes da guerra estão envelhecendo e morrendo, tal tragédia corre o risco de ser esquecida aos poucos.

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