4 lendas urbanas japonesas inspiradas em histórias reais

11/06/2023 às 09:003 min de leitura

As lendas urbanas costumam ser populares em vários países do mundo, e são usadas tanto para entreter quanto para assustar. Algumas dessas lendas populares surgiram do mesmo lugar: o Japão.

Neste texto, contamos quatro histórias nipônicas e suas origens morbidamente reais.

1. A boneca Okiku

(Fonte: Alvaro Cardozo/ArtStation/Reprodução)(Fonte: Alvaro Cardozo/ArtStation/Reprodução)

A história original dessa boneca – que veste um kimono, tem 40 centímetros de altura e cabelos que crescem de vez em quando – é bem bizarra. Ela teria sido dada por um menino de 17 anos para sua irmã de dois aninhos, chamada Okiku.

A menina adorou a boneca, e ela esteve do seu lado até que, infelizmente, a criança morreu abruptamente em 1919. A família então começou a orar por Okiku e colocou sua boneca num altar doméstico.

Ocorre que, depois de um tempo, os familiares começaram a notar que os cabelos da boneca cresciam, além de ocorrências estranhas pela casa, como luzes piscando, barulhos e vozes.

A família então procurou o xamã da cidade, que confirmou que Okiku estava na boneca. Quando eles tiveram que se mudar, entregaram a boneca ao Templo Mennenji, onde continuariam cuidando dela e cortando seu cabelo até hoje.

2. Hanako-san

(Fonte: Amino Apps/Reprodução)(Fonte: Amino Apps/Reprodução)

A lenda de Hanako-san é super popular no Japão. Ela seria o fantasma de uma jovem que morreu durante a Segunda Guerra Mundial, e que assombra até hoje os banheiros das escolas. Hanako-san teria sido morta por uma bomba que atingiu o local onde ela estudava. Seu espírito então ficou preso ali, e toda vez que alguém a invoca, ela responde mostrando uma mão ou um lagarto ameaçador.

Segundo documentos históricos, sua história real pode ter ocorrido em 9 de agosto de 1945, quando uma bomba atômica foi lançada sobre Nagasaki, matando muitos professores e alunos. O banheiro era um dos poucos lugares que oferecia proteção nessas situações.

3. A Vila Inunaki

(Fonte: Koichi Wayama/Travel Japan/Reprodução)(Fonte: Koichi Wayama/Travel Japan/Reprodução)

A Vila Inunaki é um lugar conhecido por conta de suas várias lendas. E há muita dúvida sobre o que realmente teria acontecido lá.

Há teorias dizendo que todos os habitantes da Vila Inunaki teriam morrido de uma doença. Outras dizem que, na frente da vila, haveria um cartaz dizendo que “a constituição e as leis japonesas não se aplicam aqui”.

A vila é cheia de casas escuras e vazias, mas dizem que elas não estão tão desabitadas assim. Pode ser que, quando você chegar lá, algum aldeão apareça na sua frente quando você menos esperar. Só não fique para o jantar, pois pode ser que esses moradores sejam canibais

A história real é que a vila realmente existiu entre 1691 a 1889. Lá teria sido um importante centro de produção de seda. Com o tempo, a vila começou a declinar, e os habitantes foram em busca de novas oportunidades, deixando as casas vazias.

4. Templo Doryodo

(Fonte: Anastasiya Fedotova/Sputnik News Brasil)(Fonte: Anastasiya Fedotova/Sputnik News Brasil/Reprodução)

Outro lugar de história apavorante é o Templo Doryodo. Seu nome também pode ser traduzido como "Templo do Fim da Estrada", pois ela se localizava ao fim de uma estrada bastante movimentada durante a época Edo.

Ele começou a ficar desabitado por volta de 1908, quando muitos assaltos e assassinatos começaram a ocorrer por ali. Diz-se que os mortos podem ser ouvidos quando se está próximo a esse santuário.

Há uma história tenebrosa também ligada ao templo, que ocorreu em 1973. Uma mulher teve um caso com um professor que lecionava na Universidade Rikkyo Daigaku. A esposa do professor desconfiou e começou a ameaçar que se suicidaria se ele não contasse com quem estava saindo.

Então o professor teve uma ideia horrível: chamou a amante para ir à sua casa, a estrangulou e jogou seu corpo próximo ao templo. Depois disso, o professor se matou junto com a sua família, incluindo os filhos. 

Os corpos deles foram encontrados rapidamente, mas o da amante só foi achado sete meses depois. Depois disso, visitantes do templo começaram a relatar ouvir a voz dela gritando "estou aqui".

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