Artes/cultura
09/10/2023 às 04:30•2 min de leitura
A proibição de livros dentro de determinadas comunidades é algo tão antigo quanto a história humana. Em geral, essa era uma prática adotada por governos ditatoriais para evitar o compartilhamento de informações indesejadas entre seu povo ou de instituições religiosas para impedir o crescimento de outras doutrinas dentro de suas comunidades.
Há também aquelas obras que foram proibidas por perpetuarem estereótipos e discurso de ódio, o que é algo completamente compreensível e aconselhável. No entanto, nem todas as obras banidas ao longo da história foram proibidas por motivações "plausíveis". Veja só essa lista com cinco livros proibidos em certas partes do mundo por motivos ridículos!
(Fonte: GettyImages)
Publicado em 1964, o livro do escritos Louise Fitzhugh, Harriet, a Espiã, é considerado um clássico da literatura e até mesmo já foi adaptado para as telinhas. A obra conta a história de Harriet, uma garota de 11 anos que mantém um caderno cheio de pensamentos honestos sobre as pessoas em sua vida.
Embora o enredo pareça bastante inocente, não era isso que alguns pais em Xenia, nos Estados Unidos, pensavam em 1983. Em uma reunião de conselho escolar, alguns adultos afirmavam que o livro ensinava as crianças a mentir, espionar e falar mal dos outros.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, o escritor William Goldin marcou o início de sua carreira com o livro O Senhor das Moscas (1954), um livro que fala sobre um grupo de meninos presos em uma ilha sem adultos por perto para mantê-los em ordem. Rapidamente, os protagonistas adotam um comportamento incivilizado e violento, levando à morte de dois personagens.
Na década de 1960, o livro foi proibido nas escolas de Norwalk, nos EUA, e diversas outras tentativas de bani-lo das listas de leitura já aconteceram na história. Segundo os protestantes, a obra implicava que o homem é pouco mais que um animal e, portanto, não deveria ser levada em consideração.
(Fonte: GettyImages)
Publicado em 1947, O Diário de Anne Frank é um relato real de uma menina judia de 13 anos que precisou se esconder dos nazistas em uma sala secreta nos fundos de um sótão em Amsterdã com sua família durante a Segunda Guerra Mundial. A última entrada do diário, inclusive, acontece apenas três dias antes deles serem descobertos pela Gestapo.
Anne Frank acabou morrendo em um campo de concentração, mas seu pai sobreviveu para contar sua história. Em 2010, o Distrito Escolar do Condado de Culpeper tentou proibir a versão definitiva da obra por conter passagens sobre "os desejos sexuais emergentes de uma jovem". Para piorar a situação, o Comitê de Livros Didáticos do Estado do Alabama quis proibir a publicação porque, na opinião deles, "era deprimente demais".
(Fonte: GettyImages)
Um dos maiores clássicos de Mark Twain, As Aventuras de Huckleberry Finn (1884) é frequentemente banido em determinadas comunidades devido à insensibilidade racial e à linguagem utilizada na obra. Contudo, não foram os inúmeros termos racistas utilizados na escrita de Twain que fizeram o livro ser atacado pela Biblioteca Pública do Brooklyn em 1905.
Naquela época, a biblioteca proibiu o livro porque "Huckleberry se coçava excessivamente por suor, quando o autor deveria era ter escrito 'transpiração'". Prioridades, não é mesmo?
(Fonte: GettyImages)
A sequência de livros Onde está Wally? tem desafiado as pessoas a encontrar o personagem em cenas complicadas e um tanto catastróficas desde 1987. Embora avistar um homem de óculos e camisa listrada parece um jogo bastante inocente, surpreendentemente a primeira edição acabou sendo banida da Biblioteca da Escola Pública de Springs, em Nova York, em 1993.
O motivo? Uma banhista de topless aparecia em uma cena na praia na página 4. De acordo com o jornal The New York Times, o seio feminino deixou uma mãe tão irritada com o livro que ela foi reclamar com o diretor da biblioteca, fazendo com que ele fosse retirado das prateleiras.