Ciência
20/11/2023 às 09:00•2 min de leitura
A relação entre Josefina de Beauharnais e Napoleão Bonaparte é algo marcante para os livros de história. Porém, antes dos dois se conhecerem, ela passou por dificuldades significativas em sua viva. E até mesmo após se casar com Napoleão — seu segundo marido — sua vida passou longe de ser fácil.
Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis fatos sobre a vida de Josefina de Beauharnais, a mulher que, por 14 anos, esteve à sombra do imperador.
(Fonte: GettyImages)
Um fato que algumas pessoas desconhecem é que Josefina possuía plantações de açúcar na pequena Martinica, uma colônia francesa no Mar do Caribe. Os franceses e britânicos lutaram pelo controle dessas terras como parte da Guerra dos Sete Anos, com os britânicos tomando controle da região em 1762.
O conflito entre os dois países terminou com o Tratado de Paris de 1763, que viu Martinica passar de volta para propriedade francesa. Contudo, isso aconteceu quatro meses antes do nascimento de Josefina, o que significa que tecnicamente ela nasceu no Reino Unido.
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Josefina era a filha mais velha de Joseph Tascher de La Pagerie, um apostador que desperdiçou a riqueza de sua família. Nascida Marie-Joseph-Rose, no dia 23 de junho de 1763, sua família a chamava de Yeyette. Quando se casou com Alexandre, Visconde de Beauharnais em 1779, tornou-se Viscondessa de Beauharnais.
Foi Napoleão quem preferiu chamá-la de Josefina e fez com que ela se transformasse em Josefina Bonaparte. Portanto, o nome Josefina de Beauharnais é apenas uma fusão de nomes de sua vida que a história concedeu em retrospecto.
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Antes de se casar com Napoleão Bonaparte, Josefina teve um casamento arranjado com Alexandre pelas duas famílias. Ela tinha apenas 16 anos quando viajou para França para conhecer seu novo marido. Alexandre sempre demonstrou pouco interesse pela noiva e se casou apenas para facilitar o acesso à sua herança.
Depois de não se impressionar com as tentativas de educá-la, ele passou a ter um relacionamento com uma amante chamada Laure de Longpré, com quem teve um filho. Durante o Reinado do Terror, Alexandre foi condenado à morte pela guilhotina e deixou Josefina viúva.
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Após um breve namoro, Napoleão e Josefina casaram-se no dia 9 de março de 1796 na prefeitura do 2º Arrondissement de Paris. O evento foi completamente apressado, ao qual o noivo chegou duas horas atrasados.
Naquela época, ela tinha 32 anos e ele tinha 26. A diferença de idade marcante levou os dois a alterar suas datas de nascimento na certidão de casamento para que parecessem ter a mesma idade. No fim das contas, Josefina subtraiu quatro anos e Napoleão acrescentou 18 meses.
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Em diversas ocasiões, Josefina tentou combater os problemas de infertilidade que teve ao longo da vida viajando para Plombières-les-Bains, uma cidade termal no leste da França, onde supostamente as águas eram famosas por suas propriedades curativas.
Mesmo assim, ela nunca conseguiu ter um filho com Napoleão. Historiadores acreditam que a causa da infertilidade talvez tenha sido o uso desenfreado de maquiagem carregada de toxicidade e duchas anticoncepcionais. A falta de um herdeiro para o casal levou à anulação do casamento em 1810.
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Por diversas vezes em sua vida, Josefina encarou a morte de frente. Em 1788, ela quase foi acertada por uma bala de canhão enquanto andava por Martinica, sua terra natal. Em 1794, então, ela quase teve o mesmo destino que o seu primeiro marido Alexandre durante o Reinado do Terror, mas conseguiu escapar.
Sua morte mesmo veio prematuramente aos 51 anos, em sua casa no Chateau de Malmaison. Ela pegou um resfriado e se recusou a descansar, mantendo seus compromissos sociais. A febre de Josefina acabou piorando progressivamente em questão de dias, o que fez com que ela falecesse no dia 19 de maio de 1814.