Ciência
26/08/2024 às 18:00•3 min de leituraAtualizado em 26/08/2024 às 18:00
Adolf Hitler foi provavelmente o mais nefasto de todos os líderes políticos que o mundo já conheceu. Ao subir ao poder, na década de 1930, ele levou a Alemanha para a constituição de um regime fascista que culminou no extermínio de pelo menos 6 milhões de judeus.
Durante toda a sua permanência no poder, Hitler buscou cultivar uma imagem pública de força, lapidada por seu livro de memórias, Minha Luta, e pela propaganda política elaborada por Joseph Goebbels. Por isso, muita coisa sobre o Führer só foi descoberta muitos anos depois de sua morte, em 1945.
Adolf Hitler esteve em um relacionamento longo com Eva Braun, sua companheira por 14 anos. Por muito tempo, a existência de Eva foi mantida como segredo pelo Partido Nazista, que queria divulgar a ideia de que o Führer era um homem ocupado apenas com o seu povo.
Depois da queda de Berlim, Hitler ficou enclausurado com alguns aliados no Führerbunker, nome dado a um complexo subterrâneo de salas onde Adolf Hitler passou as últimas semanas do regime nazista. Ele havia se convencido que não deveria fugir, diferente de outras pessoas.
Foi nesse lugar que Hitler e Eva Braun se casaram em uma cerimônia subterrânea, por meio de um advogado levado até o bunker com esse fim. Os dois contraíram matrimônio em 29 de abril de 1945 e, juntos, cometeram suicídio apenas um dia depois.
As horas finais de Adolf Hitler e Eva Braun foram depois documentadas por meio de depoimentos dados pela secretária de Hitler, em entrevistas para jornais. Segundo ela, depois do casamento, o casal se retirou para o escritório do Führer. Depois disso, não foram mais vistos com vida.
Eles deram cianeto para o seu cachorro, Blondi, e se sentaram juntos. Eva morreu por envenenamento por cianeto e Hitler com um tiro. Outros aliados do líder nazista também se suicidaram nos dias seguintes. Entre eles, estava o Ministro da Propaganda Joseph Goebbels, que se envenenou ao lado de sua esposa e dos seis filhos do casal.
O líder nazista também deixou planos para o descarte de seus restos mortais. Ele havia solicitado uma remessa de gasolina que seria usada para incendiar o seu corpo e de Eva, o que foi feito.
Quando as forças soviéticas chegaram e confrontaram aqueles que permaneceram no Führerbunker, eles mostraram os restos carbonizados do casal, que, obviamente, não puderam ser reconhecidos. Isso suscitou várias teorias da conspiração de que talvez ele não tenha de fato morrido.
O histórico médico de Adolf Hitler tem sido de grande interesse para pesquisadores depois de sua morte. Foram descobertos vários problemas de saúde que ele tinha por conta das anotações dos médicos que o trataram. Hitler enfrentava problemas cardiovasculares e gástricos, dores de cabeça e problemas de visão, provavelmente causados por um ataque de gás mostarda e por uma tentativa de assassinato.
A partir da análise de filmes em que Hitler aparece, o autor alemão Norman Ohler sugeriu que a tremedeira que ele possuía era provavelmente sintoma de abstinência devido à escassez de opiáceos, mas outros acadêmicos já argumentaram que ele devia sofrer de Mal de Parkinson.
Outro aspecto era a sua saúde mental, uma vez que Hitler foi responsável pelas piores atrocidades possíveis. Seu comportamento desumano já foi enquadrado como um tipo de loucura, mas pesquisadores também defendem a ideia de que ele estava no controle de suas faculdades mentais na maior parte do tempo.