Estilo de vida
19/09/2024 às 17:01•4 min de leituraAtualizado em 19/09/2024 às 17:01
Em centros urbanos de diferentes tamanhos, as obras de arquitetura cercam moradores e turistas no dia a dia. Elas vão desde as estruturas funcionais, como estações de trem, estradas e prédios públicos até museus e casas de show. Ainda assim, algumas delas chamam tanta atenção pelo planejamento fora do comum que acabam se tornando uma atração por si só para muitas pessoas. Com orçamentos avaliados em milhões e anos de planejamento e projetos extensos, existem monumentos arquitetônicos que fazem quem os vê se perguntar: “como é que isso fica de pé?”. Listamos quatro deles aqui embaixo: dá uma conferida!
Projeto original do arquiteto dinamarquês Jørn Utzon e finalizado pelos australianos Peter Hall, DS Littlemore e Lionel Todd, a Ópera de Sydney começou a ser construída em 1959 e foi inaugurada pela Rainha Elizabeth II em 1973. Os anos de construção se dividiram em três etapas: a fundação, as cascas externas em formato de velas (a fase mais demorada de todas) e a parte interna.
A fundação começou a ser construída antes do projeto de Utzon ser finalizado, gerando a necessidade de ajustes após a sua finalização por causa da estrutura de concreto da parte externa. O formato de velas, marca visual da construção, é formado por cascas de concreto pré-moldado criadas a partir de seções de uma esfera. Cada nervura destas cascas foi construída com moldes simples no próprio canteiro de obras e, depois, coberta com mais de um milhão de telhas cerâmicas suecas que garantem o tom de branco que contrasta com o mar azul australiano.
Até hoje, a Ópera de Sydney funciona como um espaço para apresentações artísticas. O salão principal para concertos tem capacidade para até 2800 pessoas. A construção ainda conta com o Teatro de Ópera, idealizado para apresentações teatrais, sala de cinema, vestiários, restaurantes, teatros menores e bares interligados por um único pátio.
Ao falar sobre os principais marcos arquitetônicos da história, não existe a possibilidade de deixar de fora o Burj Khalifa, simplesmente o maior arranha-céu do mundo. Ele tem 828 metros de altura, 160 andares, o exterior coberto por mais de 28 mil painéis de vidro e custou US$ 1,5 bilhão. Para você ter uma noção do tamanho, se o King Kong fosse escalar o Burj Khalifa como fez com o Empire State, ele ia levar três vezes mais tempo.
O arquiteto responsável pelo projeto foi Adrian Smith e mesmo tão grande, apenas seis anos se passaram desde o início da construção à inauguração, de 2004 a 2010. A estrutura do Burj Khalifa usou 330 mil metros cúbicos de concreto e 55 mil toneladas de vergalhões de aço e o manejo de todos esses materiais só foi possível graças à construção de uma bomba de concreto criada especificamente para o projeto. O reinado dele como o maior do mundo, porém, já está ameaçado: a Dubai Creek Tower, na mesma cidade, está sendo construída há alguns anos e vai ter 1345 metros de altura segundo o projeto original.
O Burj Khalifa tem, por dentro, o Hotel Armani, apartamentos residenciais, o restaurante At.mosphere (considerado o mais alto do mundo, no andar 122), dois observatórios e estações de telecomunicações. Para facilitar o acesso a todos eles, 499 elevadores funcionam todos os dias.
A estrutura em espiral do Museu Guggenheim, localizado na parte mais nobre de Nova Iorque, é uma atração por si só e chama a atenção de moradores e turistas que lotam os corredores em todos os dias de funcionamento. A rampa circular de seis andares garante fluidez na caminhada e foi pensada para que todos eles parecessem um só, melhorando a experiência de visita.
O Guggenheim é o último projeto do arquiteto americano Frank Lloyd Wright e já foi até considerado pela Unesco para integrar a lista de Patrimônio Mundial da Humanidade. Ele começou a ser construído em 1943 e foi inaugurado em 1959. Com 28 metros de altura, a estrutura circular termina em uma abóbada de vidro que ilumina o interior durante o dia.
A intenção inicial era que as exposições acontecessem apenas nos corredores curvos do Guggenheim, mas a estrutura, por si só dificulta o trabalho. Por isso, em 1992, um anexo que já estava planejado no projeto inicial foi construído: uma torre de pedra calcária e paredes retas. O acesso às salas do anexo se dá pelo corredor principal.
Uma “ponte impossível” liga a Dinamarca à Suécia em um complexo arquitetônico que tem uma ponte, um túnel subaquático e uma ilha artificial: elas são a Ponte de Oresund, que vai de Copenhague a Malmö e tem, ao todo, 16 quilômetros de extensão. Oito deles estão distribuídos na ponte de dois andares que começa na Suécia: um para a via ferroviária e outro para uma rodovia. A ponte ainda conta com mais duas pistas que são liberadas em casos de emergência.
Por baixo do mar Báltico fica o túnel Drogden, de quatro quilômetros, que finaliza a passagem no lado dinamarquês da travessia. Como fica perto do aeroporto de Copenhague, essa ponta da construção não podia ser tão alta e, por isso, virou um túnel composto por 20 peças pré-fabricadas de concreto de 75 metros de comprimento, 38 metros de largura e 8,5 metros de altura. Elas foram forjadas para suportar as temperaturas baixíssimas das águas da região que chegam a congelar em determinado período do ano.
O túnel e as estradas são conectados pela ilha artificial Peberholm, que também tem quatro quilômetros de extensão. Ela foi construída com o material retirado do fundo do mar para acomodar as partes subaquáticas do projeto: o túnel e os dois pilares de sustentação de 204 metros cada.
O projeto do complexo de Oresund é assinado por George K.S. Rotne e utilizou, ao todo, 280 mil metros cúbicos de concreto estrutural, 82 mil toneladas de aço estrutural, 60 mil toneladas de aço corrugado e muito (muito mesmo) planejamento. Graças a isso, a travessia entre os dois países leva menos de uma hora (e sim, é necessário ter um passaporte válido para cruzar esta maravilha arquitetônica).
Colocar de pé obras fabulosas e que impactam a vida de milhares de pessoas todos os anos é um marco na carreira de qualquer um, mas todos estes arquitetos têm mais uma coisa em comum: a formação. Você pode se tornar um deles no futuro escolhendo, hoje, a faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Unip, que garante a instrução de profissionais capacitados a idealizar e conceber espaços físicos de diferentes utilidades e tamanhos.