Estilo de vida
07/09/2024 às 03:00•2 min de leituraAtualizado em 07/09/2024 às 03:00
Napoleão Bonaparte, uma das figuras mais icônicas da história, morreu em 5 de maio de 1821, exilado na ilha de Santa Helena. Oficialmente, a causa de sua morte foi atribuída ao câncer de estômago, uma doença comum em sua família. No entanto, teorias ao longo das últimas décadas sugerem que a verdadeira causa pode ter sido mais sinistra.
Napoleão sofria de problemas de saúde ao longo de sua vida, incluindo úlceras, problemas estomacais e hemorroidas, condições que podem ter contribuído para sua derrota em Waterloo.
A doença que o afligiu em seus últimos anos de vida, porém, parecia ser mais grave. Seus sintomas incluíam febre, náuseas, vômitos, edemas nas pernas e extrema fraqueza. Durante o exílio em Santa Helena, ele foi diagnosticado por seus médicos com câncer de estômago, a mesma doença que vitimou outros membros de sua família.
Após sua morte, uma autópsia realizada por seis médicos britânicos e pelo médico pessoal de Napoleão, Dr. Antommarchi, concluiu que o imperador sucumbiu a uma úlcera gástrica que se transformou em um tumor.
Essa explicação, apesar de parecer plausível, foi contestada por muitos que acreditavam que Napoleão, com sua robusta saúde, não teria sido vítima apenas de uma doença natural. Essa linha de pensamento levou ao surgimento de outras teorias.
Em 1961, a análise de uma mecha de cabelo de Napoleão, coletada logo após sua morte, revelou níveis extremamente altos de arsênico, cerca de 100 vezes acima do normal.
Esse achado ressuscitou antigas suspeitas de que Napoleão poderia ter sido envenenado por seus captores britânicos ou por outros interessados em sua morte. A presença de arsênico no cabelo do imperador foi interpretada como um possível envenenamento lento e prolongado.
Essa substância, conhecida por retardar a decomposição do corpo, também explicaria por que o corpo de Napoleão estava bem preservado quando seu túmulo foi aberto em 1840, vinte anos após sua morte. Os sintomas que ele apresentava nos últimos meses de vida, como inchaço nas pernas e diarreia crônica, também são consistentes com envenenamento por arsênico.
Por outro lado, alguns especialistas argumentam que o arsênico poderia ter sido absorvido de fontes ambientais, como tintas ou papéis de parede contendo a substância, comuns na época. Essa teoria sugere que o imperador pode ter sido envenenado acidentalmente, vítima de um ambiente tóxico em Longwood House, sua residência em Santa Helena.
A morte de Napoleão Bonaparte permanece um dos mistérios mais debatidos da história. Seja qual for a verdadeira causa, a história de sua morte continua a fascinar e a intrigar, mantendo vivo o legado de um dos maiores estrategistas e líderes da história moderna.