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A teoria da conspiração é uma das mais enraizadas da História

Apesar de ter uma longa hist&oacute;ria, o termo &ldquo;teoria da conspira&ccedil;&atilde;o&rdquo; surgiu em meados de 1967 no documento 1035-960 da Ag&ecirc;ncia Central de Intelig&ecirc;ncia (CIA), intitulado Contra-cr&iacute;tica ao Relat&oacute;rio Warren, como uma forma de propaganda para descreditar aqueles que questionavam a vers&atilde;o oficial do assassinato de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/119678-o-misterio-da-ligacao-recebida-antes-do-assassinato-de-kennedy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John F. Kennedy</a>&nbsp;(1917-1963), duvidando que seu assassino, Lee Harvey Oswald, tivesse agido sozinho.&nbsp;
Como &eacute; ressaltado no livro Conspiracy Theory in American (Disovering America), escrito por Lance DeHaven-Smith (1951-), a cria&ccedil;&atilde;o do termo possibilitou que o uso de &ldquo;teoristas da conspira&ccedil;&atilde;o&rdquo; adquirisse um car&aacute;ter de insulto, visto que a m&iacute;dia recebeu o memorando dos chefes do governo dos Estados Unidos e repercutiu intencionalmente suas conota&ccedil;&otilde;es negativas, transformando esse r&oacute;tulo em uma ferramenta de propaganda pol&iacute;tica.
Desde ent&atilde;o, os teoristas se tornaram pessoas falsas, irracionais e de m&aacute; reputa&ccedil;&atilde;o, respons&aacute;veis por quererem prejudicar o alvo da teoria. Mas isso n&atilde;o &eacute; em todos os lugares. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117342-plano-dulles-russia-ainda-acredita-em-suposta-estrategia-da-cia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">R&uacute;ssia</a>, por exemplo, a sociedade aprendeu com a era sovi&eacute;tica que as informa&ccedil;&otilde;es oficiais n&atilde;o s&atilde;o confi&aacute;veis e as autoridades nunca dizem a verdade, portanto acreditaram piamente em teorias da conspira&ccedil;&atilde;o apesar de qualquer explica&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica para sua desqualifica&ccedil;&atilde;o.
<h2>Espionados</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Conversation&nbsp;" data-fonte-url="https://images.theconversation.com/files/253868/original/file-20190115-152968-32dwx7.jpg?ixlib=rb-1.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=1200&amp;h=1200.0&amp;fit=crop"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22221922157011.jpg" alt="(Fonte: The Conversation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Conversation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em meio a um mar de teorias da conspira&ccedil;&atilde;o, uma das que mais se enraizaram na sociedade foi a de ser controlado ou espionado pelo governo. Foi a&iacute; que a ma&ccedil;onaria, uma das antigas organiza&ccedil;&otilde;es fraternas do s&eacute;culo XIV, entrou como pe&ccedil;a-chave na origem da Am&eacute;rica e do dinheiro, e como ele pode ser uma pe&ccedil;a de espionagem.
Se voc&ecirc; pegar uma nota de US$ 2 e a segurar contra a luz, ser&aacute; poss&iacute;vel perceber que h&aacute; uma fita extravagante correndo verticalmente pelo papel-moeda. Para muitos teoristas da conspira&ccedil;&atilde;o, essa fita pode indicar v&aacute;rias coisas. De acordo com alguns depoimentos coletados do site Snopes, por exemplo, as pessoas acreditam que o governo usa a fita como um sistema de rastreio das pessoas por sat&eacute;lite, quando, na verdade, existe para impedir falsifica&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22222204189014.jpg" alt="(Fonte: IELA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: IELA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por outro lado, uma mat&eacute;ria do USA Today apontou que a fita magn&eacute;tica pode ser usada pela Pol&iacute;cia Federal em um dispositivo especial para determinar exatamente quanto dinheiro algu&eacute;m est&aacute; carregando.
Como aponta a&nbsp;Exame, cerca de 86% da popula&ccedil;&atilde;o dos EUA, equivalente a 270 milh&otilde;es de pessoas, andam pelo pa&iacute;s com celulares que possuem dispositivo GPS, portanto o governo n&atilde;o precisaria usar dinheiro para rastrear algu&eacute;m.
<h2>A possibilidade</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ThoughtCo.&nbsp;" data-fonte-url="https://www.thoughtco.com/thmb/Po2kjRqnuH7ckFu-V-L_ukQRdEM=/2645x1488/smart/filters:no_upscale()/thailand-atm-money-56a378765f9b58b7d0d21946.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22222345220016.jpg" alt="(Fonte: ThoughtCo./Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ThoughtCo./Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mas, no final das contas, a d&uacute;vida permanece: seria poss&iacute;vel que a moeda dos EUA esteja sendo usada para espionar seus cidad&atilde;os? Segundo a New Scientist, a resposta &eacute; &ldquo;n&atilde;o&rdquo;. Por&eacute;m, talvez&hellip;
Isso porque as qualidades magn&eacute;ticas da moeda norte-americana permitem que m&aacute;quinas indiquem quando uma nota &eacute; leg&iacute;tima ao passar pelo receptor de dinheiro. Os f&iacute;sicos da Universidade de Washington investigaram se isso poderia ser usado para medir as contas de uma pessoa a uma dist&acirc;ncia razo&aacute;vel, e descobriram que seria poss&iacute;vel.
Um detector de metal port&aacute;til poderia detectar facilmente as tintas magn&eacute;ticas das c&eacute;dulas e, quanto mais notas, maior a dist&acirc;ncia em que poderiam ser detectadas &mdash; ainda que seja praticamente imposs&iacute;vel dizer quanto essas notas valem.
Portanto, pode ser detectada a movimenta&ccedil;&atilde;o de grandes quantias de dinheiro, mas n&atilde;o para os bolsos de quem elas est&atilde;o indo.

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O governo americano espia a população através do dinheiro?

Imagem de E se uma bomba nuclear fosse detonada na Lua? no megacurioso

Acredite ou não, essa foi a indagação e o plano dos americanos e soviéticos em 1950

A segunda metade do s&eacute;culo XX ficou marcada pela busca de dois t&iacute;tulos: qual pa&iacute;s&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119589-quais-paises-testam-bombas-nucleares-mesmo-com-o-tratado-de-proibicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seria respons&aacute;vel por produzir a maior bomba nuclear da hist&oacute;ria</a> e qual teria o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderio da Lua</a>. Uma coisa levou a outra para que isso fosse poss&iacute;vel, visto que a Corrida Espacial foi, em sua ess&ecirc;ncia, uma disputa de tecnologia armamentista.
S&oacute; em 1945, considerado o in&iacute;cio do Per&iacute;odo At&ocirc;mico, foram detonados mais de 2 mil dispositivos nucleares por pelo menos 8 na&ccedil;&otilde;es no mundo, principalmente nos at&oacute;is do oceano Pac&iacute;fico e em algumas partes do Cazaquist&atilde;o.
Em meio &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> de busca implac&aacute;vel, pesquisadores norte-americanos procuraram maneiras de militarizar a Lua, e esse pensamento persistiu at&eacute; o in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1990. A ideia teria surgido com a pergunta: o que aconteceria se atac&aacute;ssemos a Lua com uma bomba nuclear?
<h2>A trama</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Daily Mail&nbsp;" data-fonte-url="https://i.dailymail.co.uk/1s/2020/06/21/22/29890478-8445395-Nuking_the_Moon_would_be_a_huge_show_of_force_an_explosion_visib-m-32_1592776727145.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16192948823614.jpg" alt="(Fonte; Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O objetivo de militarizar a Lua significava construir bases militares em seu solo com a inten&ccedil;&atilde;o declarada de determinar que o sat&eacute;lite da Terra poderia oferecer a uma na&ccedil;&atilde;o com armas nucleares. Al&eacute;m disso, seria uma &oacute;tima maneira de fazer os sovi&eacute;ticos "comerem poeira" naquela corrida que os americanos estavam perdendo com o recente lan&ccedil;amento do bem-sucedido sat&eacute;lite Sputnik, em 1957.
Por outro lado, a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica teve a "brilhante" ideia de militarizar a Lua &mdash; o que certamente teria feito, se tivesse chegado l&aacute; primeiro. Mas o que aconteceria se a Lua fosse detonada?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16193147729615.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PBS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O estudo encomendado pela For&ccedil;a A&eacute;rea dos Estados Unidos em 1950 mostrou que o objetivo era projetar uma ogiva termonuclear de 100 megatoneladas, duas vezes mais poderosa que a bomba Czar, detonada em outubro de 1961 pelos sovi&eacute;ticos, contendo 50 megatons.
A explos&atilde;o aconteceu em uma ilha desabitada perto do C&iacute;rculo Polar &Aacute;rtico, a 4 mil metros do ch&atilde;o, e seu clar&atilde;o foi visto a mais de 965 quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia, com pessoas sentindo o calor a 250 quil&ocirc;metros do marco zero. De acordo com o Live Science, o resultado de uma explos&atilde;o da Lua seria diferente devido a sua atmosfera &uacute;nica, por&eacute;m o estrago seria imenso.
<h2>A grande bagun&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16193453541617.jpg" alt="(Fonte: ArtStation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ArtStation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Visto que a Lua n&atilde;o tem uma atmosfera para oferecer um escudo contra uma detona&ccedil;&atilde;o, a Terra seria diretamente afetada pela explos&atilde;o, apesar de sua dist&acirc;ncia. "Quando uma arma nuclear &eacute; detonada perto da superf&iacute;cie da Terra, a densidade do ar &eacute; suficiente para atenuar a radia&ccedil;&atilde;o (n&ecirc;utrons e raios gama) a tal ponto que os efeitos dessas radia&ccedil;&otilde;es s&atilde;o geralmente menos importantes que os da explos&atilde;o e da radia&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica", explica um artigo da NASA.
O texto segue descrevendo que a explos&atilde;o de uma arma nuclear no v&aacute;cuo, sem uma atmosfera para manter tudo sob controle, emitiria radia&ccedil;&atilde;o de alta frequ&ecirc;ncia t&eacute;rmica, a precipita&ccedil;&atilde;o da qual s&oacute; poderia ser mitigada pela dist&acirc;ncia f&iacute;sica, porque n&atilde;o haveria ar que a onda de choque pudesse aquecer.
Em 9 de julho de 1962, a NASA lan&ccedil;ou o Starfish Prime, um dos cinco testes nucleares projetados para estudar armas at&ocirc;micas no espa&ccedil;o sideral inferior, e foi contabilizado que outros testes nucleares de alta altitude realizados na Terra j&aacute; criaram um cintur&atilde;o artificial de destrui&ccedil;&atilde;o radioativa que devastou um ter&ccedil;o de todos os sat&eacute;lites em &oacute;rbitas inferiores.
A explos&atilde;o nuclear da Lua n&atilde;o s&oacute; mataria de radia&ccedil;&atilde;o qualquer astronauta em &oacute;rbita, visto que n&atilde;o haveria uma dist&acirc;ncia segura do evento para visualiza&ccedil;&atilde;o, como tamb&eacute;m causaria um terremoto de magnitude 7 na escala Richter em toda a Terra ao mesmo tempo &mdash; j&aacute; que a Lua &eacute; muito menor que o planeta.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16193706713620.jpg" alt="(Fonte: PaulingBlog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PaulingBlog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O impacto da bomba formaria no solo lunar uma cratera, erguendo at&eacute; 100 milh&otilde;es de m&sup3; de poeira e rochas, que seriam lan&ccedil;ados em dire&ccedil;&otilde;es diferentes. Sem nenhuma atmosfera para desacelerar, esses micrometeoritos atingiriam sat&eacute;lites e naves antes de chover na Terra.
Segundo o INSH, seria necess&aacute;ria uma bomba muito maior que 100 megatons para perturbar a &oacute;rbita da Lua, mais especificamente uma equivalente a 10 trilh&otilde;es de megatons de TNT. S&oacute; essa for&ccedil;a empurraria o sat&eacute;lite natural para longe de nosso planeta, causando estragos irrevers&iacute;veis pelo caminho.
A Terra ent&atilde;o ficaria exposta a meteoros gigantes; toda a vida marinha morreria sem as influ&ecirc;ncias lunares; n&atilde;o existiriam mais esta&ccedil;&otilde;es do ano; as noites seriam totalmente escuras; n&atilde;o haveria mais mar&eacute;s, tampouco eixo de rota&ccedil;&atilde;o est&aacute;vel do planeta.
O mais bizarro de tudo isso &eacute; imaginar que, naquela &eacute;poca, nem todo mundo pensava que a destrui&ccedil;&atilde;o do sat&eacute;lite natural da Terra fosse mudar algo.

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E se uma bomba nuclear fosse detonada na Lua?

Imagem de As 3 doenças bizarras inventadas para manipular as pessoas no megacurioso

Gota suprimida, autointoxica&ccedil;&atilde;o intestinal e ovariomania. Essas s&atilde;o apenas algumas das doen&ccedil;as inventadas h&aacute; mais de 100 anos que causaram uma verdadeira bagun&ccedil;a na sociedade.
Essas condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas foram fabricadas atrav&eacute;s de informa&ccedil;&otilde;es ruins e incompletas, ganhando destaque por meio de seus defensores ou por falta de investiga&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica. Engana-se quem imagina que o vasto acesso ao conhecimento combateu esse problema que nos persegue h&aacute; s&eacute;culos. Atualmente, existe mais desinforma&ccedil;&atilde;o dispon&iacute;vel do que nunca.
"Se voc&ecirc; pode fazer as pessoas se preocuparem com um problema inexistente, algo do qual elas n&atilde;o estavam cientes e n&atilde;o entendem, elas podem comprar sua solu&ccedil;&atilde;o apenas para aliviar a preocupa&ccedil;&atilde;o", disse o m&eacute;dico Steven Novella, na revista cient&iacute;fica Science-Based Medicine.
Inventar condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas se tornou a verdadeira doen&ccedil;a da sociedade, usada para controlar pessoas ou alimentar o capitalismo, como mostram essas abaixo.
<h2>"Rosto de bicicleta"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16195804144629.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando a sociedade machista do s&eacute;culo XIX percebeu que as mulheres estavam querendo buscar seu lugar na malha social, foi feito de tudo para coloc&aacute;-las diante de um fog&atilde;o e deix&aacute;-las dedicadas exclusivamente aos maridos e filhos novamente.
Arthur Shadwell, m&eacute;dico especializado em sa&uacute;de p&uacute;blica, chegou a inventar em 1890 a condi&ccedil;&atilde;o "rosto de bicicleta" para impedir que as mulheres come&ccedil;assem a andar por conta pr&oacute;pria.
O ve&iacute;culo permitiu &agrave;s mulheres novas liberdades e incentivou tamb&eacute;m a pr&aacute;tica de atividades f&iacute;sicas, chegando a ditar a moda com novas maneiras de se vestir. Com seu surgimento veio tamb&eacute;m, obviamente, a mar&eacute; de oposi&ccedil;&otilde;es &mdash; em sua maioria de homens.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;El Pa&iacute;s&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/FmBk0k5E35fqXKIabDjcmGW2oik=/414x0/arc-anglerfish-eu-central-1-prod-prisa.s3.amazonaws.com/public/ZAPLO7M4PXJ7BZAXXBBRJZQG2A.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16195905003630.jpg" alt="(Fonte: El Pa&iacute;s/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: El Pa&iacute;s/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como relata uma mat&eacute;ria da Vox, os m&eacute;dicos passaram metade da d&eacute;cada de 1890 disseminando a informa&ccedil;&atilde;o de que usar bicicleta deformaria o rosto das mulheres devido &agrave; express&atilde;o de cansa&ccedil;o ap&oacute;s v&aacute;rios quil&ocirc;metros pedalados. Foi declarado que elas poderiam adquirir para sempre sombras escuras sob os olhos, maxilar protuberante, palidez e olhos esbugalhados.
Enquanto alguns dos m&eacute;dicos diziam que essas consequ&ecirc;ncias teriam liga&ccedil;&atilde;o com o esfor&ccedil;o f&iacute;sico de pedalar ou equilibrar a bicicleta, outros alegavam que era uma penit&ecirc;ncia de Deus por violarem as regras impostas pela&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120304-contrabando-de-biblias-a-antiga-pratica-crista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">B&iacute;blia Sagrada</a>.
<h2>A bexiga hiperativa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16200156972632.png" alt="(Fonte: PNGItem/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PNGItem/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na virada do s&eacute;culo XXI, de repente urinar se tornou uma necessidade fisiol&oacute;gica que precisava ser controlada. Como mostra uma mat&eacute;ria do Milwaukee Journal Sentinel, dois urologistas universit&aacute;rios apresentaram a condi&ccedil;&atilde;o em confer&ecirc;ncias m&eacute;dicas em 2001, ap&oacute;s realizarem uma pesquisa por telefone perguntando quantas vezes ao dia as pessoas precisavam ir ao banheiro. O estudo constatou que cerca de 33 milh&otilde;es de norte-americanos sofriam da chamada "bexiga hiperativa", pois segundo os urologistas n&atilde;o era normal para o ser humano ir ao banheiro tantas vezes por dia.
Ironicamente ou n&atilde;o, todas as confer&ecirc;ncias em que a pesquisa foi apresentada receberam patroc&iacute;nio de empresas farmac&ecirc;uticas, que passaram a promover a cura da "doen&ccedil;a" com medicamentos. S&oacute; entre 2013 e 2016, os rem&eacute;dios para tratar a suposta bexiga hiperativa foram associados a quase 200 mortes.
O Food and Drug Administration (FDA) recebeu mais de 12 mil reclama&ccedil;&otilde;es sobre os comprimidos e seus efeitos colaterais.
<h2>Os malef&iacute;cios da leitura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16200252675633.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Livros e a leitura sempre foram sin&ocirc;nimos de progresso e independ&ecirc;ncia, e foi por isso que, no s&eacute;culo XIX, eles se tornaram a fonte de todos os tipos de problemas m&eacute;dicos para poder manter as mulheres onde elas "deveriam ficar".
Profissionais m&eacute;dicos e defensores da educa&ccedil;&atilde;o masculina escreveram que a mulher que passava muito tempo com o nariz em um livro poderia desenvolver "pensamentos inadequados". Tamb&eacute;m foram atribu&iacute;dos danos cerebrais e oculares, degenera&ccedil;&atilde;o do sistema nervoso, deprava&ccedil;&atilde;o feminina, decad&ecirc;ncia moral e at&eacute; morte prematura.
Al&eacute;m disso, os m&eacute;dicos foram pontuais e cru&eacute;is ao sugerirem que todo o esfor&ccedil;o colocado para ler um livro poderia afetar o sistema reprodutivo feminino, que teria que fazer uma for&ccedil;a sobre-humana para se manter saud&aacute;vel e f&eacute;rtil diante de tanta energia sendo perdida. Ler livros sobre mist&eacute;rio, por exemplo, acarretaria um subdesenvolvimento dos ov&aacute;rios.

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3 doenças bizarras inventadas para manipular as pessoas

Imagem de Sanguessugas, cocaína e ópio: os medicamentos do Velho Oeste americano no megacurioso

Até crianças eram intoxicadas com altas quantidades de drogas alucinógenas

Ao longo dos s&eacute;culos XVI e XVII, os europeus marcaram seu nome na hist&oacute;ria do mundo ao desenvolverem m&eacute;todos de cura para tratamentos de dores de cabe&ccedil;a at&eacute; epilepsia &mdash; para a qual nem existia diagn&oacute;stico na &eacute;poca &mdash; atrav&eacute;s de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118752-sangue-ossos-e-gordura-assim-eram-os-remedios-no-seculo-xvi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos feitos &agrave; base de ossos, sangue e gordura de seres humanos</a>.
O esc&acirc;ndalo ficou marcado pelo roubo deliberado de cr&acirc;nios, ossos e restos mortais de m&uacute;mias em cemit&eacute;rios irlandeses para a confec&ccedil;&atilde;o dos rem&eacute;dios, configurando um dos passados canibais mais controversos da Europa. Al&eacute;m disso, foi estabelecida uma esp&eacute;cie de rede de com&eacute;rcio clandestino em que at&eacute; mesmo os coveiros roubavam e vendiam cad&aacute;veres para a elabora&ccedil;&atilde;o dos rem&eacute;dios.
Enquanto isso, a regi&atilde;o do Velho Oeste dos Estados Unidos, no s&eacute;culo XIX, tamb&eacute;m n&atilde;o ficou muito atr&aacute;s dos europeus no que se refere a seus m&eacute;todos rudimentares de medicina.
<h2>Nada ortodoxo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22194017643651.jpg" alt="(Fonte: Biblioteca Brasiliana/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Biblioteca Brasiliana/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Naquela &eacute;poca, por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, qualquer pessoa poderia se declarar m&eacute;dico. Como aponta um artigo da American Heritage, apenas cerca de um quarto de todos os m&eacute;dicos pioneiros da Am&eacute;rica realmente detinha um diploma de uma faculdade de Medicina.
Em meio a esse limbo em que a ignor&acirc;ncia sobre a medicina tinha a maior taxa, os m&eacute;dicos diplomados e os charlat&otilde;es usaram curas question&aacute;veis para aqueles que enfrentavam a vida na regi&atilde;o devastada por mal&aacute;ria, c&oacute;lera, febre tifoide, var&iacute;ola, gripe e outros surtos de doen&ccedil;as que tomaram o oeste do pa&iacute;s.
"N&atilde;o importa o qu&atilde;o leve fosse um ferimento; uma vez que a pele fosse rompida, eram grandes as chances de uma infesta&ccedil;&atilde;o bacteriana levar a terapias dr&aacute;sticas, v&aacute;rias opera&ccedil;&otilde;es, amputa&ccedil;&otilde;es e, frequentemente, &agrave; morte", escreveu o m&eacute;dico Stanley B. Burns, consultor da PBS. Ou seja, uma perna quebrada poderia ser fatal no s&eacute;culo XIX.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22194156424652.jpg" alt="(Fonte: Toluna/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Toluna/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ent&atilde;o, para tratar essa gama de doen&ccedil;as, o uso de sanguessugas na medicina do Velho Oeste era um dos tratamentos mais difundidos. No in&iacute;cio da Era Comum, os indianos j&aacute; faziam uso do animal gosmento para fins medicinais, por&eacute;m a pr&aacute;tica s&oacute; foi popularizada no Ocidente no s&eacute;culo XIX.
Muitos m&eacute;dicos acreditavam que a sangria tratava e prevenia doen&ccedil;as, mas ela podia ser bem perigosa. Como aponta o livro Frontier Medicine, escrito por David Dary, alguns pacientes chegavam a perder quatro quintos de seu sangue no processo ou acabavam engolindo as sanguessugas acidentalmente. Quando isso acontecia, o paciente recebia uma ta&ccedil;a de vinho a cada 15 minutos para destruir o animal no corpo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22194430893653.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Crian&ccedil;as e adultos foram medicados com xaropes misturados com morfina, apresentados com t&iacute;tulos l&uacute;dicos como "Xarope Calmante da Sra. Winslow", que tamb&eacute;m poderia conter outros tipos de drogas viciantes. O &oacute;pio foi administrado para tosse e diarreia, considerado cura para tudo; j&aacute; a coca&iacute;na era tida como eficaz para dores de dente.
Quando os m&eacute;dicos do Velho Oeste precisavam de algo mais forte para tratar doen&ccedil;as agressivas, recorriam a abordagens ainda menos ortodoxas, como ensopar pacientes com mal&aacute;ria em &aacute;gua gelada e faz&ecirc;-los deitar nus no ar frio para combater a doen&ccedil;a.
Para gota e reumatismo, por outro lado, os especialistas matavam um cachorro gordo, removiam suas entranhas e o enchiam com ervas, ovos e enxofre antes de ass&aacute;-lo em uma fogueira, cujos gases da fuma&ccedil;a, supostamente, purificariam o doente.

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Sanguessugas, cocaína e ópio: os medicamentos do Velho Oeste americano

Imagem de Bauhaus: o legado da escola modernista perseguida pelo nazismo no megacurioso

Mesmo considerada uma 'frente esquerdista', o Terceiro Reich encontrou uma forma de usá-la

Fundada em 12 de abril de 1919, em Weimar, logo ap&oacute;s o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119011-as-tropas-britanicas-sofreram-com-as-ists-na-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, pelo arquiteto alem&atilde;o Walter Gropius, a Bauhaus foi um s&iacute;mbolo ao se tornar uma das maiores e mais importantes escolas do Modernismo.
Combinando arquitetura, artesanato e uma academia de artes, esse objetivo a colocou no centro de uma s&eacute;rie de conflitos internos e externos que moldaram sua trajet&oacute;ria pela Alemanha. Subsidiada pela Rep&uacute;blica Weimar, a escola viveu seu apogeu de 1925 a 1932 na cidade de Dassau, onde deixou sua marca em quase todos os edif&iacute;cios erguidos por ela, agora considerados &iacute;cones da arquitetura do s&eacute;culo XX.
<h2>Da ascens&atilde;o &agrave; queda</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16194659729625.jpg" alt="(Fonte: Facing History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Facing History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Respons&aacute;vel por formar a sociedade moderna, Bauhaus foi for&ccedil;ada a deixar a cidade de Weimar por motivos pol&iacute;ticos, ap&oacute;s uma mudan&ccedil;a nos quadros do governo, e chegou em 1925 em Dassau por sua pol&iacute;tica de esquerda, ap&oacute;s uma competi&ccedil;&atilde;o com outras cidades, como Frankfurt e Magdeburg.
Quando o modernismo encontrou o nazismo emergente na Berlim de 1932 sob o rec&eacute;m-implantado governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117281-germania-o-plano-de-hitler-de-destruir-a-arquitetura-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>, a persegui&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou. Vinte anos antes, os nazistas se opuseram ao que Bauhaus pregava, condenando que o movimento era sintoma de uma &ldquo;doen&ccedil;a disseminada por judeus e comunistas que contaminava o corpo pol&iacute;tico alem&atilde;o&rdquo;.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Exibart&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQbjNHlgz1kOp29i4mkGU6WMvWkqW5xSawxXURfbTAh3hL7Enl7eUFe2cERGK3knHRXGQ0&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16194817231626.jpg" alt="(Fonte: Exibart/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Exibart/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Portanto, quando Hitler ascendeu, a escola foi considerada uma forte frente comunista de progresso, principalmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam no local. Em 1933, ap&oacute;s muitos conflitos, Bauhaus foi finalmente fechada pelos nazistas sob alega&ccedil;&otilde;es de que a institui&ccedil;&atilde;o era um &ldquo;terreno f&eacute;rtil para o bolchevismo cultural&rdquo;.
Em encontro com Alfred Rosenberg, ent&atilde;o Ministro da Cultura, Mies van der Rohe, diretor da escola, ouviu que o governo apoiaria a continua&ccedil;&atilde;o dela apenas se fosse abandonado o modernismo e se tornasse uma ferramenta de propaganda do Terceiro Reich. Van der Rohe decidiu permanecer com as portas fechadas.
<h2>A persegui&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16195043546628.jpg" alt="(Fonte: Bauhaus Kooperation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Bauhaus Kooperation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi ent&atilde;o que come&ccedil;ou todo o processo de persegui&ccedil;&atilde;o e ex&iacute;lio por parte de todos os envolvidos com Bauhaus, porque o governo nazista foi implac&aacute;vel com todos que se recusaram a sucumbir as suas vontades.
O legado da escola, no entanto, foi aproveitado de maneira obscura pelo nazismo, bem como tudo leg&iacute;timo que existiu antes da domina&ccedil;&atilde;o hitlerista. Em 2019, Nicholas Fox Weber, diretor-executivo da Funda&ccedil;&atilde;o Josef e Anni Albers, visitou uma exposi&ccedil;&atilde;o no Museu Novo (Berlim, Alemanha), cujo tema era Franz Ehrlich, um ex-aluno da Bauhaus que foi preso como comunista pelos nazistas e enviado para Buchenwald.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16194926623627.jpg" alt="(Fonte: The Times of Israel/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Times of Israel/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ele s&oacute; sobreviveu devido a sua experi&ecirc;ncia em design, sendo contratado para projetar partes do campo de concentra&ccedil;&atilde;o, incluindo os not&oacute;rios port&otilde;es que sustentam o prov&eacute;rbio alem&atilde;o &ldquo;A cada um o seu&rdquo;, que se refere a um antigo ideal de justi&ccedil;a.
As letras sem serifa eram completamente modernistas para &eacute;poca, e sua eleg&acirc;ncia n&atilde;o combinava com os horrores que aconteceram atr&aacute;s daqueles port&otilde;es.
At&eacute; hoje n&atilde;o se sabe exatamente se Ehrlich cooperou por desespero para sobreviver, se foi um ato oportunista ou, como mencionado na exposi&ccedil;&atilde;o, um ato heroico de resist&ecirc;ncia. A maioria dos historiadores concorda que o designer nunca se identificou com a ideologia nazista.
No entanto, outros graduados pela Bauhaus, como Fritz Ertl, se tornou arquiteto do mais alto escal&atilde;o do Terceiro Reich, respons&aacute;vel pela expans&atilde;o do campo de Auschwitz. Herbert Bayer tamb&eacute;m foi um caso mais grave de associa&ccedil;&atilde;o ao regime.
O designer gr&aacute;fico que projetou a tipografia da Bauhaus fugiu da Alemanha no final da d&eacute;cada de 1930 para os Estados Unidos. De l&aacute;, ele fez p&ocirc;steres e folhetos enaltecendo as gl&oacute;rias da vida sob o regime nazista.
No entanto, de acordo com Weber, as hist&oacute;rias pessoais de uma minoria de Bauhaus n&atilde;o alteram o legado radical e duradouro da pr&oacute;pria escola, que se solidificou na hist&oacute;ria da modernidade e da constru&ccedil;&atilde;o da sociedade.

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Bauhaus: o legado da escola modernista perseguida pelo nazismo

Imagem de Hipótese Siluriana: existiu uma antiga civilização avançada na Terra? no megacurioso

Já parou para pensar na possibilidade de ter existido vida inteligente aqui antes de nós?

Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar na possibilidade de j&aacute; ter existido vida inteligente antes de nossa civiliza&ccedil;&atilde;o?
Esse questionamento surgiu na cabe&ccedil;a do climatologista Gavin Schmidt, atual diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, quando ficou fascinado pelo estudo do M&aacute;ximo T&eacute;rmico do Paleoceno-Eoceno (PETM), uma brusca mudan&ccedil;a do clima que marcou o fim do Paleoceno e come&ccedil;o do Eoceno, h&aacute; 55,8 milh&otilde;es de anos. O que mais o intrigou foi sua semelhan&ccedil;a com a nossa &eacute;poca: os n&iacute;veis de carbono dispararam, bem como as temperaturas, e os ecossistemas deca&iacute;ram.
Schmidt e mais um grupo de especialistas tentou adivinhar quais processos naturais poderiam ter desencadeado um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120360-como-os-polos-da-terra-influenciam-no-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> t&atilde;o severo naquela &eacute;poca.
<h2>A grande hip&oacute;tese</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16191704572605.jpg" alt="(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O climatologista sugeriu para os demais colegas de estudo a possibilidade de uma ra&ccedil;a ancestral e intelectualmente avan&ccedil;ada vivendo sobre a Terra, partindo do princ&iacute;pio de que a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica moderna, fruto da ind&uacute;stria humana, e o PETM eram t&atilde;o parecidos. &ldquo;N&atilde;o seria engra&ccedil;ado se fossem a mesma causa?&rdquo;, ponderou ele.
No entanto, em meados da d&eacute;cada de 1990, ningu&eacute;m levou a s&eacute;rio a sua especula&ccedil;&atilde;o. Isso s&oacute; foi acontecer em 2017, quando Schmidt recebeu a visita de Adam Frank (1962-), astrof&iacute;sico da Universidade de Rochester, buscando descobrir se civiliza&ccedil;&otilde;es em outros planetas poderiam alterar o clima como n&oacute;s.
Para a surpresa de Frank, o climatologista indagou: &ldquo;O que te d&aacute; tanta certeza de que somos a primeira civiliza&ccedil;&atilde;o neste planeta?&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16191747744609.jpg" alt="(Fonte: 9GAG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: 9GAG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Geologicamente, &eacute; dito que todas as cria&ccedil;&otilde;es humanas desaparecem com o tempo, erodidas at&eacute; se transformarem em poeira. Ent&atilde;o, a Terra n&atilde;o demoraria muito para apagar a &ldquo;fachada&rdquo; que a civiliza&ccedil;&atilde;o humana construiu em sua superf&iacute;cie, e que o registro f&oacute;ssil de uma esp&eacute;cie de vida curta como n&oacute;s, at&eacute; ent&atilde;o, pode nunca aparecer &mdash; isso falando em milh&otilde;es de anos ap&oacute;s nossa extin&ccedil;&atilde;o.
Com a rapidez que o mundo vai se tornando inabit&aacute;vel, alguns pesquisadores pensam que a vida m&eacute;dia de civiliza&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas pode ser de apenas alguns s&eacute;culos. Se isso for verdade, as &uacute;ltimas centenas de milh&otilde;es de anos poderiam ocultar qualquer per&iacute;odo da passagem do homem pela Terra, at&eacute; mesmo a Era Industrial.
<h2>Apelo &agrave; humildade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16191833072610.jpg" alt="(Fonte: Monitron/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Monitron/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Esse conceito todo foi chamado por eles de Hip&oacute;tese Siluriana, a primeira resposta acad&ecirc;mica &agrave; possibilidade de uma civiliza&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-humana na Terra, em homenagem a um epis&oacute;dio da famosa s&eacute;rie&nbsp;Doctor Who.
Schmidt e Frank, por&eacute;m, n&atilde;o acreditam plenamente na pr&oacute;pria hip&oacute;tese, exatamente pela falta de evid&ecirc;ncia. Contudo, ambos acham v&aacute;lido o questionamento. Frank, por exemplo, n&atilde;o acredita que uma esp&eacute;cie tecnol&oacute;gica possa se tornar indetect&aacute;vel.
Com seu estudo, eles esperam que os ge&oacute;logos e astrobi&oacute;logos pesquisem mais para aprimorar seus m&eacute;todos de detec&ccedil;&atilde;o. Para identificar uma civiliza&ccedil;&atilde;o perdida, os cientistas devem procurar por uma ampla gama de sinais de uma vez, desde flutua&ccedil;&otilde;es de carbono a produtos qu&iacute;micos sint&eacute;ticos. E tamb&eacute;m precisam identificar a ascens&atilde;o e queda deles para distinguir causas naturais e industriais.
No final das contas, Frank e Schmidt v&ecirc;m o pr&oacute;prio trabalho como um apelo &agrave; a&ccedil;&atilde;o e humildade de que n&atilde;o fomos ou somos os &uacute;nicos aqui.

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Hipótese Siluriana: existiu uma antiga civilização avançada na Terra?

Imagem de A jornada do esqueleto usado como propaganda soviética e nazista no megacurioso

A origem do guerreiro do século X foi deturpada e usada para justificar um viés ideológico

Foi em meados de 1928 que o arque&oacute;logo ucraniano Ivan Borkovsky, na &eacute;poca um exilado da guerra civil da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica e um mero assistente do chefe de arqueologia do Museu Nacional de Praga, desenterrou os restos mortais de um guerreiro do s&eacute;culo X encontrado no Castelo de Praga, na capital da Tch&eacute;quia.
O esqueleto foi descoberto deitado, com a cabe&ccedil;a levemente inclinada para a esquerda e a m&atilde;o direita apoiada em uma espada de ferro. Em sua m&atilde;o esquerda, um par de facas, com os dedos esquel&eacute;ticos esticados como se fossem toc&aacute;-los. Foi identificado em seu cotovelo o que poderia ter sido uma navalha ou uma esp&eacute;cie de isqueiro medieval, um s&iacute;mbolo de status. Aos seus p&eacute;s, foram encontrados a cabe&ccedil;a de um machado de ferro e os restos de um pequeno balde de madeira, muito semelhante aos usados pelos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> como recipientes cerimoniais para beber.
A conturbada saga do que sobrou de um guerreiro de mil anos come&ccedil;ou quando Borkovsky foi impedido de liderar os estudos para inspecion&aacute;-lo, abrindo margem para que sua exist&ecirc;ncia virasse pe&ccedil;a de propaganda.
<h2>Uma jornada de apropria&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16192136182611.png" alt="(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma vez que o arque&oacute;logo foi impedido pelos sovi&eacute;ticos de publicar suas pr&oacute;prias conclus&otilde;es sobre a descoberta, quando os nazistas ocuparam Praga em 1939, pouco depois de estourar a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> na Europa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117281-germania-o-plano-de-hitler-de-destruir-a-arquitetura-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> rapidamente se apossou do esqueleto e concedeu uma suposta origem viking a ele &mdash; o que encaixava perfeitamente na narrativa de pureza racial alem&atilde; e resgate das origens germ&acirc;nicas.
De todo modo, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118631-vikings-construiram-barco-de-pedras-para-se-proteger-do-ragnarok.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a>&nbsp;foram n&oacute;rdicos, portanto germ&acirc;nicos. E isso apenas fomentou a obsess&atilde;o nazista, tornando o esqueleto em uma pe&ccedil;a &uacute;til de propaganda para fortalecer o conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113046-acao-t4-o-holocausto-dos-esquecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eugenia de Hitler</a>, endossando o discurso de que os alem&atilde;es estavam apenas "reocupando" um territ&oacute;rio hist&oacute;rico que era deles por direito.
Por isso, Borkovsky foi recrutado para servir ao Partido Nazista sob a amea&ccedil;a de ser despachado para um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116259-hoeryong-e-os-bizarros-campos-de-concentracao-da-coreia-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentra&ccedil;&atilde;o</a>. Todo o seu trabalho sobre o esqueleto foi meticulosamente editado pelo mais alto escal&atilde;o do partido para que houvesse justificativas plaus&iacute;veis para reivindica&ccedil;&otilde;es hist&oacute;ricas alem&atilde;s.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Czech Archaeology News&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcReUjkgmHV29SHBwiRj6w3G7vT9rnbSSuXHcJIgaourhnz9O8JMtS9eXd-rMyc1DHmkUNo&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16192343291612.jpg" alt="(Fonte: Czech Archaeology News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Czech Archaeology News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com o fim da guerra, foi a vez de os sovi&eacute;ticos colocarem as m&atilde;os no trabalho do arque&oacute;logo, que novamente se viu for&ccedil;ado a dizer que inventou todo o conceito viking para poder sobreviver &agrave; opress&atilde;o nazista &mdash; o que n&atilde;o era nenhuma mentira. No entanto, sua fala serviu apenas para que os sovi&eacute;ticos pudessem fazer seu trabalho de edi&ccedil;&atilde;o sobre o esqueleto.
As autoridades demandaram mais altera&ccedil;&otilde;es nos estudos feitos, destacando que o guerreiro encontrado foi visto como de um viking apenas depois da edi&ccedil;&atilde;o feita pelos nazistas. Ele foi for&ccedil;ado a adotar a teoria de seu antigo chefe, que afirmava que o esqueleto pertencia a um membro da dinastia Slav Premyslid, que governou a Bo&ecirc;mia por mais de 400 anos.
<h2>Ci&ecirc;ncia neutra</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16192534619613.jpg" alt="Jan Frolik. (Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Jan Frolik. (Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Atualmente, os estudos s&atilde;o conduzidos por Jan Frolik, arque&oacute;logo medievalista da Academia Tcheca de Ci&ecirc;ncias, que buscou se afastar das conclus&otilde;es confusas do passado feitas por sovi&eacute;ticos e nazistas.
Quando realizou uma an&aacute;lise de is&oacute;topos radioativos de estr&ocirc;ncio nos dentes que restaram no corpo, o pesquisador descobriu que o esqueleto n&atilde;o pertence a um guerreiro nascido na Bo&ecirc;mia. Na verdade, as origens dele est&atilde;o no norte da Europa, em algum lugar no Mar B&aacute;ltico ou na Dinamarca. Contudo, isso n&atilde;o significa exatamente que ele n&atilde;o fosse um viking.
Frolik sustenta a teoria de que o guerreiro tenha vindo do norte e morrido de causas desconhecidas aos 50 anos, ap&oacute;s visitar Praga para servir Borivoj I, o primeiro duque da Bo&ecirc;mia e o progenitor da dinastia Premyslid, ou seu primog&ecirc;nito e sucessor, Spytihnev I.
A espada encontrada com o guerreiro foi o que mais chamou a aten&ccedil;&atilde;o dos escavadores da &eacute;poca e fomentou mais especula&ccedil;&otilde;es sobre sua origem; para Frolik, h&aacute; uma grande possibilidade que ela tenha sido fabricada na Europa Ocidental, sustentando a teoria viking.
"A maioria de seus equipamentos &eacute; viking ou, pelo menos, semelhante aos usados pelos vikings. Mas sua nacionalidade ainda &eacute; uma quest&atilde;o aberta", disse o arque&oacute;logo em entrevista &agrave; BBC, sobre a rela&ccedil;&atilde;o dos objetos com os guerreiros n&oacute;rdicos.

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A jornada do esqueleto usado como propaganda soviética e nazista

Imagem de Saddam Hussein e a conturbada jornada para criação de uma superarma no megacurioso

A ambição do engenheiro Gerald Bull ganhou proporções trágicas

O gasto bilion&aacute;rio de recursos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120058-por-que-o-homem-nunca-mais-voltou-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&eacute; um dos motivos pelo qual o homem n&atilde;o fez mais viagens at&eacute; a Lua&nbsp;</a>desde o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a>, em 1969. Tanto as miss&otilde;es tripuladas quanto n&atilde;o tripuladas foram feitas em foguetes de v&aacute;rios est&aacute;gios que se transformavam em escombros no oceano apenas para conseguir lan&ccedil;ar para fora da Terra um &ocirc;nibus espacial.
Foi pensando em minimizar os custos de produ&ccedil;&atilde;o e desperd&iacute;cio de dinheiro, em meados da d&eacute;cada de 1950, que surgiu o High Altitude Research Project, mais conhecido como Projeto HARP, realizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e o Departamento de Defesa Nacional do Canad&aacute;.
O objetivo do HARP era criar uma esp&eacute;cie de canh&atilde;o muito grande para disparar uma c&aacute;psula lunar cheia de carga, como comida para astronautas ou combust&iacute;vel para sat&eacute;lites, a uma grande altitude e velocidade. A ideia era que o proj&eacute;til alcan&ccedil;asse a termosfera sozinho, ou pelo menos chegasse alto o suficiente para que um foguete integrado pudesse impulsion&aacute;-lo nos &uacute;ltimos quil&ocirc;metros para o espa&ccedil;o. Dessa forma, os cientistas esperavam eliminar a necessidade de foguetes imensos apenas para transportar material n&atilde;o vivo.
<h2>A receita para o desastre</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16190736541599.jpg" alt="Gerald Bull.(Fonte: Flying Things/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Gerald Bull. (Fonte: Flying Things/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi o engenheiro canadense e especialista em artilharia, Gerald Vincent Bull (1928-1990), o grande respons&aacute;vel por liderar o Projeto HARP, e seu envolvimento com ele foi uma perfeita &ldquo;receita para o desastre&rdquo; do in&iacute;cio ao fim.
Isso porque o caminho que Bull trilhou levou diretamente ao not&oacute;rio <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117554-saddam-hussein-cometeu-o-roubo-a-banco-do-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saddam Hussein</a> (1937-2006), em meados de 1978, exatamente 11 anos ap&oacute;s o Canad&aacute; e os EUA retirarem seu financiamento do projeto idealizado pelo engenheiro.
A princ&iacute;pio, tudo come&ccedil;ou em 1960 com o Projeto Babil&ocirc;nia, um programa que visava a constru&ccedil;&atilde;o de uma s&eacute;rie de superarmas baseadas na pesquisa de Bull, encomendado por Hussein, ent&atilde;o Secret&aacute;rio da Defesa do Iraque. O engenheiro era considerado um dos maiores especialistas em artilharia do mundo, por&eacute;m seu desejo sempre foi lan&ccedil;ar sat&eacute;lites, n&atilde;o m&iacute;sseis.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16190847041601.jpg" alt="(Fonte: Wikimapia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimapia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, seu erro come&ccedil;ou quando ele decidiu apresentar seu projeto de superarma para o governo do Iraque, em vez de qualquer outra na&ccedil;&atilde;o do mundo. Mas Bull acreditava que o pa&iacute;s era o mais promissor em rela&ccedil;&atilde;o ao seu sonho de ver uma verdadeira arma espacial em a&ccedil;&atilde;o, visto que os projetos que trabalhou em HARP foram descartados.&nbsp;
Em 1970, a comunidade internacional h&aacute; muito havia abandonado a ideia, mas o engenheiro continuou de maneira t&atilde;o obcecada que chegou a criar uma empresa privada para financiar seu empreendimento.
Como foi apontado em uma mat&eacute;ria do The New York Times, sua empresa, Space Research Corporation, vendeu ilegalmente tecnologia de obuses e mais de 50 mil proj&eacute;teis de artilharia ao governo sul-africano, em uma &eacute;poca em que a &Aacute;frica do Sul estava sob embargo da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU). Por esse crime, Bull cumpriu 6 meses de pris&atilde;o, mas isso n&atilde;o o fez parar.
Hussein se interessou ainda mais pelo potencial militar apresentado no conceito do engenheiro, j&aacute; que dessa forma ele poderia fazer lan&ccedil;amento de sat&eacute;lites a baixo custo e atacar pa&iacute;ses vizinhos, como Ir&atilde; e Israel.
<h2>O erro fatal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16190950619602.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Bull recebeu US$ 25 milh&otilde;es do governo iraquiano para come&ccedil;ar de vez o Projeto Babil&ocirc;nia de Hussein, que deveria produzir pelo menos tr&ecirc;s superarmas. E para ele, o engenheiro fabricou a menor arma do projeto, a Baby Babylon, e componentes para a Big Babylon, como um cano de canh&atilde;o com cerca de 170 metros de comprimento, que deveria ser grande o suficiente para disparar proj&eacute;teis de um metro de largura.
O engenheiro achava que o Iraque n&atilde;o usaria sua artilharia como arma porque era grande demais, por&eacute;m foi exatamente para essa finalidade que o governo aceitou sua proposta. As autoridades esperavam conseguir lan&ccedil;ar um proj&eacute;til que expelisse uma esp&eacute;cie de material pegajoso em um sat&eacute;lite espi&atilde;o ou qualquer outro instrumento do inimigo, deixando-o no escuro para qualquer ataque.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16191101885604.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mas em 22 de mar&ccedil;o de 1990, Bull foi assassinado em seu apartamento em Bruxelas com um tiro no pesco&ccedil;o enquanto tentava entrar em casa. Segundo a Reuters, o homem tinha US$ 20 mil em dinheiro no bolso quando seu corpo foi encontrado. Os investigadores chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que ele n&atilde;o foi morto por roubo, mas por outros motivos. Acredita-se que tenha sido obra de agentes do Mossad, o Servi&ccedil;o Secreto de Israel, tentando impedir o avan&ccedil;o da arma.
Ap&oacute;s sua morte, o Projeto Babil&ocirc;nia foi engavetado e perdeu a for&ccedil;a. Apenas duas semanas depois, o Iraque invadiu Kuwait para p&ocirc;r fim ao envolvimento do Ocidente com o regime iraquiano. No ano seguinte eclodiu a famosa Guerra do Golfo, que fez as Na&ccedil;&otilde;es Unidas destru&iacute;rem os componentes das armas criadas por Bull em tr&acirc;nsito pela Europa.

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Saddam Hussein e a conturbada jornada para criação de uma superarma

Imagem de Especialistas acreditam que estamos vivendo uma histeria coletiva no megacurioso

Da <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/37340-conheca-a-bizarra-historia-do-surto-que-fazia-as-pessoas-dancar-ate-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Epidemia de Dan&ccedil;a de 1518</a> aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120340-como-os-julgamentos-das-bruxas-de-salem-mudaram-o-sistema-judicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Julgamentos das Bruxas de Salem de 1692</a>, existem epis&oacute;dios famosos sobre histeria em massa na hist&oacute;ria. Em Salem, por exemplo, a ca&ccedil;a &agrave;s bruxas come&ccedil;ou depois que garotas na Nova Inglaterra colonial experimentaram ataques de contor&ccedil;&otilde;es violentas seguidas de gritos e doen&ccedil;as peculiares. E, em vez de os cidad&atilde;os atribu&iacute;rem o que acontecia &agrave;s prec&aacute;rias condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de f&iacute;sica ou mental da &eacute;poca, eles imediatamente chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que esses epis&oacute;dios eram obra de feiti&ccedil;aria. Isso tudo foi endossado de "maneira m&eacute;dica" quando o doutor William Griggs determinou &ldquo;feiti&ccedil;o&rdquo; como diagn&oacute;stico oficial de sa&uacute;de.
A "praga dan&ccedil;ante", como tamb&eacute;m ficou conhecida a Epidemia de Dan&ccedil;a de 1518, come&ccedil;ou quando uma mulher chamada Frau Troffea chamou aten&ccedil;&atilde;o para si mesma ao caminhar tr&ocirc;pega pelas ruas de Estrasburgo no ver&atilde;o daquele ano. Essa dan&ccedil;a solo dela durou uma semana de movimentos suaves e, aos poucos, as pessoas foram se juntando a ela, at&eacute; que 400 cidad&atilde;os do Antigo Imp&eacute;rio Romano estavam em uma grande dan&ccedil;a que n&atilde;o parava nunca.&nbsp;
Os m&eacute;dicos e as autoridades encorajaram a dan&ccedil;a, e o resultado &eacute; que muitas pessoas dan&ccedil;aram &agrave; exaust&atilde;o, caindo mortas devido a ataques card&iacute;acos e derrames.
<h2 class="uk-text-justify">Vivendo em uma espiral de loucura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11215533752663.jpg" alt="(Fonte: Listen Notes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Listen Notes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um artigo publicado no Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Sa&uacute;de P&uacute;blica&nbsp;apontou que alguns especialistas acreditam que nosso estado atual de exist&ecirc;ncia, uma combina&ccedil;&atilde;o considerada t&oacute;xica de individualismo e consumismo, estaria levando a nossa sociedade &agrave; loucura, ou seja, estamos constantemente vivendo uma histeria coletiva, que come&ccedil;a sempre com uma pessoa arrebanhando aos poucos as outras, como aconteceu na maioria dos epis&oacute;dios de histeria ao longo da hist&oacute;ria.
&ldquo;Informa&ccedil;&otilde;es negativas disseminadas pela m&iacute;dia de massa repetidamente podem afetar negativamente a sa&uacute;de p&uacute;blica na forma de efeitos nocebo [nome dado &agrave; variante negativa do efeito placebo] e histeria em massa. Argumentamos que a m&iacute;dia de massa e digital, com o Estado, pode ter tido consequ&ecirc;ncias adversas durante a pandemia da covid-19&rdquo;, apontou a pesquisa, exibida online pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.
Exatamente por se tratar de uma histeria em massa, &eacute; praticamente imposs&iacute;vel uma pessoa identificar se est&aacute; vivendo em uma. Conforme as mentes do pensamento em massa desmoronam juntas, qualquer pessoa que aponte os defeitos seria rotulada como &ldquo;problem&aacute;tica&rdquo; ou &ldquo;desviante&rdquo;, gerando ainda mais insanidade coletiva.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11215741534664.jpeg" alt="(Fonte: History of Yesterday/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History of Yesterday/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A perspectiva de "perder a cabe&ccedil;a" &eacute; considerada assustadora para os seres humanos, totalmente dependentes da mente para determinar todos os aspectos de sua vida. "Sabemos pouqu&iacute;ssimo sobre o c&eacute;rebro. Temos conhecimento sobre as conex&otilde;es, mas n&atilde;o sabemos como a informa&ccedil;&atilde;o &eacute; processada", disse Lu Chen, renomado neurobiologista, conforme o Stanford Medicine. Isso porque o que alimenta nosso intelecto &eacute; considerado um mist&eacute;rio da natureza humana.
Um estudo da Biblioteca de Medicina dos Estados Unidos aponta que estamos programados para manter uma estrutura social e, por meio dela, encontramos ordem por meio de rotina, codifica&ccedil;&atilde;o e hierarquia. &Eacute; mantendo essa ordem que estabelecemos a nossa sanidade.
A fragilidade do c&eacute;rebro humano &eacute; t&atilde;o grande que pode ser arrebatado por histerias em massa, derrubando estruturas sociais inteiras, e &eacute; nisso que se baseia a possibilidade de todos viverem em uma espiral de loucura.

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Especialistas acreditam que estamos vivendo uma histeria coletiva

Imagem de Como a sociedade de 100 anos atrás imaginava o futuro no megacurioso

Algumas invenções imaginadas naquela época ainda não foram alcançadas

At&eacute; o s&eacute;culo XIX, as pessoas olhavam com certo temor para a perspectiva de como seria o futuro. Foi s&oacute; a partir de 1900 que ficou mais forte o desejo pela tecnologia, principalmente com os avan&ccedil;os que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> e a<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Guerra Fria</a> proporcionaram.
Contudo, isso n&atilde;o impediu que inventores, como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119802-teledactilo-a-invencao-que-poderia-cuidar-de-pacientes-a-distancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hugo Gernsback</a>, e outras pessoas fizessem suas predi&ccedil;&otilde;es de como seria o futuro em 100 anos. Essas foram algumas delas:
<h2>Carros voadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11200944763632.jpg" alt="(Fonte: Business Montres/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Business Montres/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A obsess&atilde;o por carros voadores, e talvez uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120219-quando-o-governo-dos-eua-prometeu-menos-trabalho-e-mais-lazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jornada de trabalho igual &agrave; dos Jetsons</a>,&nbsp;&nbsp;foi algo que sempre existiu, at&eacute; mesmo em uma &eacute;poca em que os autom&oacute;veis mal tinham recursos b&aacute;sicos, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120223-movimento-anticinto-de-seguranca-mobilizou-os-eua-em-1980.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinto de seguran&ccedil;a</a>.
Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120004-o-luto-na-era-vitoriana-possuia-um-conjunto-de-etiquetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>, antes do lan&ccedil;amento do Benz Patent-Motorwagen, o primeiro autom&oacute;vel monocil&iacute;ndrico da hist&oacute;ria, os carros voadores j&aacute; eram sin&ocirc;nimo de futurologia. Segundo o Creative Bloq, uma s&eacute;rie exclusiva de cart&otilde;es-postais mostravam funcion&aacute;rios dos correios voando enquanto entregavam correspond&ecirc;ncias.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11201142810633.jpg" alt="(Fonte: Incomod/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Incomod/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
H&aacute; pouco menos de 1 s&eacute;culo, o pol&iacute;tico F.E. Smith previu que as pessoas estariam usando m&aacute;quinas voadoras pr&oacute;prias para se locomoverem pelo mundo, tornando enfim poss&iacute;vel viajar da Inglaterra &agrave; Groenl&acirc;ndia, por exemplo, quando quisessem.
No momento, como aponta uma mat&eacute;ria do The New York Times, isso pode ser uma realidade cada vez mais pr&oacute;xima, visto que muitas empresas trabalham em pequenas aeronaves el&eacute;tricas capazes de decolar e pousar sem a necessidade de uma pista &mdash; mas imagine o caos.
<h2>A era da intelig&ecirc;ncia artificial</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11201342310634.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O termo &ldquo;rob&ocirc;&rdquo; entrou no dicion&aacute;rio de l&iacute;nguas cl&aacute;ssicas antigas por volta de 1921, mas antes&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mary Shelley j&aacute; havia &ldquo;previsto&rdquo;</a> uma "rebeli&atilde;o das m&aacute;quinas" em seu cl&aacute;ssico romance Frankenstein, notando os perigos de criar e controlar uma intelig&ecirc;ncia artificial.
Foi nessa &eacute;poca que o fil&oacute;sofo tcheco Karel Capek escreveu a pe&ccedil;a Rossum&rsquo;s Universal Robots, que focava em temas de desumaniza&ccedil;&atilde;o nas m&atilde;os da crescente mecaniza&ccedil;&atilde;o do mundo. Foi ele que pegou a palavra tcheca robota, que significa "trabalho for&ccedil;ado".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11201459013635.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto pessoas como Capek e Shelley tentavam advertir, a massa cresceu os olhos para um futuro onde haveria rob&ocirc;s para fazer absolutamente tudo, como cuidar das tarefas dom&eacute;sticas para facilitar a vida dos humanos.
Smith insistiu que um futuro muito mecanizado dispensaria a necessidade do trabalho humano, resultando em um alto &iacute;ndice de desemprego e fome. Ele tamb&eacute;m salientou que a diminui&ccedil;&atilde;o das jornadas di&aacute;rias de trabalho resultariam em grave t&eacute;dio, tornando as pessoas insatisfeitas com suas vidas.
<h2>Trens: o futuro da locomo&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11213616760661.jpg" alt="(Fonte: Vox/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Vox/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O primeiro trem de alta velocidade foi o italiano Direttissima, em 1978, que conectava Roma a Floren&ccedil;a &mdash; um trajeto de 254 quil&ocirc;metros &mdash; em no m&aacute;ximo 90 minutos de viagem, a uma velocidade m&eacute;dia de 200 km/h.
Em 1900, a ind&uacute;stria focou em aprimorar o melhor meio de transporte: o trem. O ve&iacute;culo foi o queridinho da humanidade desde 1800, quando ainda era chamado de "cavalo mec&acirc;nico", tendo sido usado tanto para viagens de civis como para guerras, ent&atilde;o as pessoas n&atilde;o pensavam em abrir m&atilde;o dele t&atilde;o facilmente.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Dreamstime&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs.dreamstime.com/b/um-comboio-de-alta-velocidade-tgv-inoui-toda-no-campo-com-desfoque-movimento-versurlavette-france-julho-duplex-da-empresa-192964703.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11213726853662.jpg" alt="(Fonte: Dreamstime/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Dreamstime/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em um artigo daquela &eacute;poca prevendo como seria a vida no s&eacute;culo XXI, o engenheiro John Elfreth Watkins relatou crer que a introdu&ccedil;&atilde;o de trens de alta velocidade seria uma realidade e que eles poderiam atingir at&eacute; 120 km/h. Atualmente, o Trem de Alta Velocidade (TGV) franc&ecirc;s alcan&ccedil;a at&eacute; 300 km/h.
Algumas das previs&otilde;es para o futuro combinaram o carro com o trem, formando uma esp&eacute;cie de trem h&iacute;brido. Durante a Grande Depress&atilde;o, quando a demanda por autom&oacute;veis despencou nos Estados Unidos, a fabricante de carros de luxo Bugatti produziu os Autorails, vag&otilde;es de trem com motoriza&ccedil;&atilde;o individual, capazes de atingir at&eacute; 120 km/h.
<h2>M&aacute;quinas de aprendizagem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11201914545640.png" alt="(Fonte: Fagulha/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Fagulha/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em uma mat&eacute;ria do The Washington Post, uma s&eacute;rie de cart&otilde;es-postais de 1900 ilustram como seria a aprendizagem no s&eacute;culo XXI, com v&aacute;rios alunos usando fones de ouvidos conectados a uma m&aacute;quina onde o professor despeja livros para serem processados. Ou seja, haveria uma tecnologia que implantaria o conhecimento na mente das pessoas atrav&eacute;s de uma esp&eacute;cie de download el&eacute;trico.
O Smithsonian Magazine observa que isso faria sentido com outras previs&otilde;es sobre o futuro da educa&ccedil;&atilde;o. Tamb&eacute;m em 1900, um artigo escrito por Thomas F. Anderson previa que a educa&ccedil;&atilde;o se tornaria mais igualit&aacute;ria no futuro, mais universal e menos aristocr&aacute;tica. Portanto, o conhecimento sendo "bombeado" diretamente no c&eacute;rebro das crian&ccedil;as mudaria tudo.
<h2>Cal&ccedil;adas m&oacute;veis</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11202039810641.jpg" alt="(Fonte: Open Culture/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Open Culture/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
H&aacute; 100 anos, em um mundo repleto de uma tecnologia rudimentar em que as pessoas precisavam fazer tudo por elas mesmas, era um sonho imaginar que no futuro n&atilde;o fosse preciso gastar tanta energia nem mesmo para tomar um ar fresco.
Em 1921, um escritor chamado Moses Folsom previu que todas as cidades seriam equipadas com sistemas de cal&ccedil;adas m&oacute;veis formados por uma grande esteira de aeroporto que carregaria as pessoas por a&iacute;. Isso visaria, por exemplo, &agrave; redu&ccedil;&atilde;o de todo o exerc&iacute;cio f&iacute;sico "irritante" necess&aacute;rio para ir at&eacute; um supermercado.
A ideia foi tida como certa para o futuro por se tratar de uma esp&eacute;cie de modismo no final do s&eacute;culo XIX e no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, desde seu aparecimento na Feira Mundial de 1893, em Chicago, e na Feira Mundial de 1900, em Paris.
Nelas foram apresentados modelos de cal&ccedil;adas m&oacute;veis com mais de 3 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o. Inclusive,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120068-o-presente-inesperado-de-thomas-edison-para-henry-ford.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thomas Edison</a> foi o respons&aacute;vel por capturar em filme o movimento de at&eacute; 9 km/h das cal&ccedil;adas, que tinham uma faixa mais lenta e outra estacion&aacute;ria, uma permitindo a entrada e a outra, a sa&iacute;da dos transeuntes.

Julio Cezar de Araujo