Tempestades jupterianas parecem um louco emaranhado psicodélico. Confira!

16/05/2018 às 12:052 min de leitura

Júpiter, como você deve saber, não só é o maior planeta da nossa vizinhança, como é o mundo que serve de palco para a tempestade mais descomunal do Sistema Solar — conhecida como “Grande Mancha Vermelha” —, evento que se encontra em atividade há mais de 300 anos e que consiste em um imenso ciclone com mais de 16 mil quilômetros de diâmetro!

Gigante e lindo

Além dessa tempestade gigantesca — que tem tamanho de sobra para “engolir” a Terra inteira —, Júpiter conta com uma atmosfera pra lá de turbulenta. Nela existem ventos incrivelmente fortes que viajam a mais de 640 quilômetros por hora, e é essa movimentação toda, aliada à composição atmosférica do gigante gasoso, que dá origem às características “bandas” coloridas que fazem de Júpiter um mundo tão lindo.

Júpiter(NASA/ESA/A. Simon)

Tão lindo, aliás, que, para a nossa alegria, imagens capturadas do planetão são processadas por astrônomos e amadores com bastante frequência. A última “arte” foi divulgada recentemente e foi produzida pela dupla formada por Gerald Eichstädt e Seán Doran — da qual nós já compartilhamos alguns trabalhos de cair o queixo por aqui.

Desta vez, no entanto, em vez de simplesmente processar imagens, a dupla usou registros capturados pelos instrumentos da sonda espacial Juno para criar a animação que você pode ver a seguir — e que mais parece um emaranhado psicodélico muito louco. Confira:

Colaboração

De acordo com Samantha Matthewson, do site Space.com, as fotos foram feitas pela sonda espacial durante uma aproximação que ocorreu no dia 1º de Abril — e foram capturadas quando a Juno se encontrava a pouco menos de 24,8 mil quilômetros de distância do gigante gasoso.

Entretanto, não pense que a animação foi criada de forma aleatória e só para nos deixar impressionados! Muito mais que simplesmente mostrar uma cena psicodélica, Gerald e Séan, conseguiram “produzir uma simulação que mostra a sutil movimentação que ocorre na atmosfera de Júpiter e extrapolar a evolução dos redemoinhos formados pelas nuvens do gigante gasoso”.

Júpiter(NASA/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran)

Aliás, segundo explicaram, esse trabalho inicial permite que novas variáveis sejam incluídas para que as características da atmosfera jupteriana possam ser compreendidas melhor. O legal é que Gerald, um dos integrantes da dupla que produziu o vídeo, é matemático, especialista em computação e membro da Sociedade Planetária — e mexe com o processamento das imagens de Júpiter com Séan nas horas vagas.

E o empenho de caras como esses dois é supervalorizado pelos cientistas que estão envolvidos na missão da Juno. Isso porque, além de a participação dos aficionados por astronomia render imagens lindíssimas, a parceria no processamento das fotos e dados coletados pela sonda vem ajudando os astrônomos a compreender as complexidades da atmosfera jupteriana, sem falar que a colaboração do público vem ajudando os pesquisadores a preencher as lacunas resultantes das limitações da pequena espaçonave.

Só para você ter uma ideia, graças ao trabalho desse diligente exército de voluntários amantes da astronomia, os cientistas estão conseguindo detectar mudanças atmosféricas em Júpiter que, sem a ajuda desse pessoal, provavelmente passariam despercebidas. Além disso, as colaborações têm permitido que os astrônomos possam antecipar variações, o que, por sua vez, pode influenciar no planejamento de futuras observações e missões no gigante gasoso. Legal, né?

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