5 fatos curiosos sobre o apêndice humano

19/12/2018 às 08:002 min de leitura

A gente aprende bem cedo na escola a função dos nossos órgãos  o que fazem os pulmões, o coração, a bexiga, os rins, e por aí vai. Agora, existe um pedacinho do nosso organismo que até hoje ninguém sabe muito bem a que veio: o apêndice. Aliás, muita gente tem dúvida até mesmo sobre o que ele é, no fim das contas!

Trata-se de um órgão localizado ao final do intestino grosso. Acontece que, até pouco tempo atrás, tudo que achávamos que ele fazia era inflamar e causar a apendicite  uma inflamação bastante grave e que pode levar inclusive a óbito.

Ele foi considerado dispensável por tanto tempo que o mesmo termo é usado para nomear uma famosa seção ao final de produções acadêmicas — na qual se pode incluir outros materiais elaborados pelo autor mesmo do trabalho em si.

Veja algumas curiosidades sobre esse órgão:

1. Um verme do tamanho do seu mindinho

Localizado na região do abdômen, próximo ao ceco (parte de baixo do intestino grosso), o apêndice costuma ter entre 3 e 10 centímetros — mas também pode ser menor ou maior do que isso. Em 2006, por exemplo, um senhor de 72 anos faleceu na Croácia, e, durante sua autópsia, o médico descobriu que seu apêndice tinha 26 centímetros — o maior já registrado.

Esse órgão tem um formato que os biólogos chamam de "vermiforme", pois parece um pequeno verme. Inclusive, os egípcios chegavam a acreditar que eram mesmo vermes quando encontravam o apêndice na hora de preparar os cadáveres para os rituais funerários.

A Monalisa dos órgãos

Será que teve alguma coisa que o Leonardo da Vinci não descobriu ou estudou? Desenhos da anatomia humana feitos por ele em 1492 são indicados por muitos estudiosos como os primeiros a apontarem a existência de um complemento do intestino grosso. Apesar disso, a primeira descrição oficial do apêndice foi feita por Jacopo Berengario da Carpi, um fisicista e anatomista italiano, em 1521.

Traço da evolução?

Quatro séculos depois disso, no entanto, os cientistas ainda não tinham entendido muito bem a função do apêndice. Charles Darwin, o grande evolucionista, avaliava que esse órgão era um resíduo evolutivo da época em que os humanos e símios precisavam digerir alimentos mais fibrosos, como as plantas.

Com o passar dos séculos, fomos nos alimentando de outras substâncias mais fáceis de digerir, e esse órgão foi diminuindo e perdendo sua função. A explicação fazia sentido, mas depois a gente descobriu que não era bem assim...

No fim das contas, o apêndice desempenha um papel no organismo, sim. Além de possuir algumas bactérias positivas ao sistema digestivo, ele ajuda a proliferar células linfoides inatas, funcionando como um back-up do ceco e melhorando o sistema imunológico.

Apendicite quase nunca mata

Embora cause muita dor e apareça de repente, a apendicite normalmente se resolve bem com a cirurgia; a remoção cirúrgica é bem-sucedida em quase 100% dos casos. A apendicectomia é bastante simples e consiste em uma abertura nas cavidades musculares para remoção do apêndice infectado. Ela é feita há mais de 100 anos!

Há algumas décadas, no entanto, a laparoscopia vem substituindo o procedimento anterior. Nesse caso, é feita uma incisão muito menor, de apenas 3 centímetros, e o órgão é removido com o apoio de uma pequena câmera.

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