Astrofísico cria simulação que mostra o comportamento de um buraco negro

27/11/2018 às 07:032 min de leitura

Se existe um assunto que fascina aos fãs de Astronomia — e até quem nem é tão fã assim! — são os buracos negros. Segundo os astrofísicos, essas estruturas cósmicas se formam quando estrelas supermassivas entram em colapso e elas são caracterizadas como regiões do espaço absurdamente densas e nas quais a gravidade é tão extrema que nem mesmo a luz consegue escapar de sua atração.

Formação galáctica(Giphy)

Ademais, toda galáxia abriga um buraco negro em seu centro, que funciona como a “força” que mantém todas as estrelas, planetas e objetos espaciais em órbita e evita que eles saiam vagando pelo cosmos — e o que habita a Via Láctea, caso você nunca tenha ouvido falar nele, se chama Sagitário A*.

Objetos fascinantes

Os cientistas sabem que essas estruturas monstruosas existem devido à força gravitacional que elas exercem, mas, a verdade é que nunca ninguém jamais viu um buraco negro (eles absorvem inclusive a luz, lembra?) e nem conseguiu observar um deles diretamente.

No entanto, um astrofísico chamado Jordy Davelaar, da Universidade Radboud, na Holanda, criou uma fascinante simulação que mostra como o buraco negro que existe no centro da nossa galáxia se comporta. Segundo Michelle Starr, do site Science Alert, Jordy se baseou em estudos realizados nas últimas décadas e usou dados obtidos sobre o espaço nos arredores do Sagitário A* para criar a representação que você pode ver a seguir:

Simulação realista

De acordo com Michelle, Jordy explicou que a simulação tridimensional acima está entre as mais realistas já criadas e, segundo outros astrofísicos que assistiram ao vídeo e examinaram as informações que o holandês usou para desenvolver o material, provavelmente o clipe mostra algo perto da realidade. E o que, exatamente, a simulação mostra?

Como você viu, apesar de serem chamadas de “buracos”, essas estruturas não consistem em “furos” no tecido espaço-tempo, mas sim em objetos extraordinariamente densos e com uma força gravitacional tão colossal que os fótons que se aproximam demais não conseguem atingir a velocidade necessária para escapar de sua atração. Ao redor do buraco negro da simulação podemos ver uma imensa nuvem de poeira e gás cósmico — compondo um dos ambientes mais extremos do Universo.

Buraco negro(YouTube/BlackHoleCam)

Segundo Michelle, parte do material que se encontra nas proximidades do buraco negro acaba “caindo” em suas garras e sendo “engolido” por ele, mas, conforme acreditam os astrofísicos, outra parte provavelmente é capturada pelo intenso campo magnético dessas estruturas — e “cuspida” na forma de radiação.

Já com relação à luz que você viu na simulação, Jordy explicou que ela é proveniente da matéria que é atraída pelo buraco negro e é transformada em plasma devido às condições extremas às quais é submetida. O que brilha ali é o plasma, e a luz é, então, desviada e deformada pela poderosa gravidade dessa região do espaço.

E será que algum dia os astrofísicos conseguirão capturar imagens que mostrem que é assim mesmo que as coisas acontecem nos buracos negros? Só o tempo dirá — já que existe um projeto em andamento, o Event Horizon Telescope ou Telescópio do Horizonte de Eventos, cujo objetivo é o de obter imagens do Sagitário A*.

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