Ciência
03/12/2018 às 09:02•2 min de leitura
Como você deve saber, existem galáxias “anãs” que orbitam ao redor da Via Láctea — como é o caso da Grande Nuvem de Magalhães, por exemplo, uma galáxia satélite da nossa que se encontra a cerca de 160 mil anos-luz da Terra. Na realidade, os astrônomos têm essas estruturas mais ou menos mapeadas, mas, vira e mexe eles se surpreendem com novas descobertas!
Segundo uma nota divulgada pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, uma equipe de cientistas acabou de identificar mais uma dessas galáxias satélite da Via Láctea — e, ao que tudo indica, se trata de uma bem esquisitinha. Os pesquisadores descobriram a estrutura em novembro, enquanto examinavam dados coletados a partir do satélite espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia, e a batizaram de Antlia 2. Eles também determinaram que se trata de uma “galáxia fantasma”, uma vez que ela é extremamente difusa.
Conforme observaram, a galáxia se encontra a 130 mil anos-luz de distância de nós e é bastante grande, apresentando cerca de 1 terço do tamanho da nossa — e o fato de ela não ter sido detectada até agora gerou certa surpresa entre os cientistas. E como é que a danadinha conseguiu passar despercebida por tanto tempo, considerando que ela está mais próxima da Terra do que a Grande Nuvem de Magalhães e existem times e mais times de astrônomos com os olhos (e uma variedade de equipamentos) grudados no cosmos?
(Universidade de Cambridge)
Para começar, os pesquisadores explicaram que a Antlia 2 se encontra atrás do disco que compõe a Via Láctea, que, em termos de esconde-esconde galáctico, é o local ideal para não ser visto. Além disso, a densidade da galáxia é extremamente baixa e ela emite pouquíssima luz — cerca de 10 mil vezes menos do que a Grande Nuvem de Magalhães —, e só foi descoberta por conta da excelente qualidade das observações do satélite espacial Gaia.
Outro fator interessante sobre a descoberta é que, ademais de a nossa vizinhança no Universo ter ficado um pouquinho maior, a identificação da galáxia fantasma evidencia que podem existir outras estruturas e astros “brincando de esconde-esconde” em nosso endereço cósmico — e com os avanços tecnológicos e construção de equipamentos cada vez mais sensíveis e capazes, muitas coisas interessantes podem estar apenas esperando para ser detectadas.
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