Vencedor do Nobel de Física 2019 ajudou a explicar a 'evolução do Universo'

11/10/2019 às 02:003 min de leitura

Tal como ocorre todos os anos, comitês da Academia Real das Ciências da Suécia concedem os prestigiosos prêmios Nobel – um dos mais importantes reconhecimentos concedidos a indivíduos ou instituições por suas descobertas, avanços e contribuições para a humanidade. Os anúncios dos vencedores deste ano estão ocorrendo nesta semana e já sabemos quem levou os de Medicina, Física e Química.

Física

Começando com o  Nobel de Física. O prêmio foi concedido a James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz, com Peebles recebendo o prêmio por suas pesquisas sobre a evolução e estrutura do Universo, e os outros dois, Mayor e Queloz, por serem os responsáveis pela descoberta do primeiro exoplaneta da História.

O canadense James Peebles foi reconhecido neste ano por prever a descoberta da “Radiação Cósmica de Fundo” – que consiste em ondas eletromagnéticas na frequência de micro-ondas que se espalharam pelo cosmos quando o Universo era um bebezinho de apenas 400 mil anos.

Pois a sua existência foi confirmada com o uso de radiotelescópios e essa radiação guarda informações sobre como o cosmos era logo após o Big Bang e como ele evoluiu ao longo de 13 bilhões de anos. Aliás, foi graças aos trabalhos de Peebles em cosmologia que os cientistas puderam determinar do que o Universo é composto e estabelecer que apenas 5% de seu conteúdo é conhecido (os 95% restantes correspondem à matéria e à energia escura).

 
(Fonte: Twitter / Nobel Prize / Reprodução)

Já Michel Mayor e Didier Queloz foram premiados pela descoberta do exoplaneta 51 Pegasi b em 1995, um planeta gasoso com massa 150 vezes superior à da Terra e que apresenta temperaturas de mil graus Célsius. Esse mundo cálido se encontra a 50 anos-luz de distância de nós, na Constelação de Pégaso, e foi identificado pela dupla por meio do uso de uma técnica chamada “Espectroscopia Doppler”, que mede pequenas oscilações em estrelas – provocadas quando existe um planeta em órbita ao seu redor, alterando o centro de gravidade do sistema.

Na verdade, a dupla passou vários anos tentando provar que o que havia sido observado era mesmo um exoplaneta e, de lá para cá, mais de 4 mil desses mundos já foram identificados. O legal é que, a partir do estudo desses astros distantes, os cientistas não só ampliaram seus conhecimentos sobre a formação dos sistemas planetários, como passaram a encarar de forma distinta a busca por formas de vida extraterrestre.

Medicina

O Nobel de Medicina , por sua vez, foi concedido ao trio formado por William G. Kaelin Jr., Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza por suas descobertas relacionadas com a forma como as células percebem a disponibilidade de oxigênio e se adaptam a variações. Parece simples, mas os trabalhos desses cientistas podem dar origem a novos tratamentos para uma variedade de problemas de saúde, entre eles, a anemia e o câncer, assim como ao desenvolvimento de terapias para prevenir ataques cardíacos e acidentes vasculares.

(Fonte: Twitter / Nobel Prize / Reprodução)

Mais especificamente, as descobertas do trio estão associadas com o processo que permite que as nossas células notem as quantidades de oxigênio em circulação no organismo e determinem o que fazer quando os níveis caem.

Assim, quando há falta desse elemento, as células se mobilizam e respondem produzindo mais hemácias ou gerando mais vasos sanguíneos, por exemplo. Pois, saber como esses mecanismos funcionam pode permitir a criação dos tratamentos que mencionamos e inclusive resultar no desenvolvimento de fármacos que promovam a regeneração de células nervosas em pessoas que sofreram danos na coluna.

Química

O Nobel de Química foi para o trio de cientistas John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham and Akira Yoshino pelo desenvolvimento das baterias recarregáveis de íon-lítio – essas que estão presentes em eletrônicos que usamos todos os dias e fazem parte de nossas vidas, como celulares, notebooks e câmeras fotográficas, por exemplo.

(Fonte: Twitter / Nobel Prize / Reprodução)

O desenvolvimento da revolucionária bateria começou com Whittingan, que criou a 1ª bateria de lítio funcional nos anos 70. Depois, os trabalhos de Goodenough permitiram que o potencial do dispositivo fosse dobrado e, com isso, ele se tornasse muito mais potente. Por último, foi a vez de Yoshino contribuir com o desenvolvimento da bateria – com a substituição do lítio puro por íons desse elemento que, além de serem mais seguros, permitiram que a bateria finalmente se tornasse comercialmente viável.

***

Nesta quinta-feira (10) será anunciado quem levará o Nobel de Literatura, na sexta (11), o da Paz, e na segunda-feira (14) quem receberá o prêmio de Economia.

Vencedor do Nobel de Física 2019 ajudou a explicar a 'evolução do Universo' via TecMundo

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