
Artes/cultura
12/11/2019 às 10:30•1 min de leitura
Uma pesquisa feita com fezes de 3 mil anos de idade revelou que parasitas gigantes vivIam nos rins e no intestino de britânicos da Idade do Bronze, tudo graças a uma dieta baseada em sapos, peixe cru e moluscos.
Os pesquisadores da Universidade de Cambridge fizeraM essa descoberta em achados de colonos pré-históricos que viviam em um assentamento na região de Must Farm, próximo da atual Peterborough.
Esses ancestrais britânicos faziam calçadas e pequenas pontes de madeira para conectar as ilhas no pântano. Eles também criaram canoas para serem usadas em viagens mais longas nos canais de água.
O problema é que essa região era especialmente propícia para o desenvolvimento de parasitas que iam parar nos rins e nos intestinos das pessoas. Na realidade, não é complicado entender o motivo disso: a alimentação (peixes, sapos etc.) era retirada de cursos de rios e lagos com água estagnada.
Se um verme de um metro enrolado nos rins já é algo um tanto assustador, então o que pensar de uma tênia de peixe que pode chegar a 10 metros de comprimento e viver perfeitamente bem no intestino da pessoa?
Os vermes que iam parar nos rins causavam prejuízos a saúde desses colonos pré-históricos pouco a pouco. De forma gradual e à medida em que cresciam, destruíam o órgão, levando a pessoa a sofrer com insuficiência renal.
Já os vermes intestinais provocavam infecções graves, fazendo com que a pessoa desenvolvesse anemia severa e inflamações complicadas do revestimento do intestino.
Por fim, é interessante lembrar que apesar de todos os esforços ainda se conhece muito pouco sobre as doenças que afetavam os rins, intestinos e outras partes do corpo humano na Idade do Bronze. O principal motivo, claro, é a falta de registros históricos — até porque demorou muito para que esses grupos ancestrais criassem algum tipo de método de registro.