
Estilo de vida
18/02/2020 às 02:00•1 min de leitura
Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, analisaram fósseis de um hadrossauro encontrados em Alberta (Canadá) e descobriram uma doença rara que afeta os humanos até hoje. A histiocitose das células de Langherans produz inflamações pulmonares, lesões ósseas e disfunções hepáticas nos seres humanos, mas, no caso desse dinossauro — que viveu há 66 milhões de anos — provocou lesões vertebrais em sua cauda.
“Havia grandes cavidades em 2 segmentos, extremamente semelhantes às produzidas por tumores causados pela histiocitose, que existe até hoje em humanos”, explica a anatomista e evolucionista Hila May, que coordenou a descoberta.
Foram usadas técnicas de microtomografia de raios X, que são extremamente precisas e podem mostrar detalhes das lesões causadas no esqueleto do hadrossauro. Além dessas vértebras danificadas, outras 6 apresentavam indícios do início dos tumores — apenas 2 pedaços recuperados não tinham anomalias.
Posteriormente, os cientistas conseguiram reproduzir em 3D as vértebras afetadas, incluindo os vasos sanguíneos que alimentavam os tumores. A histiocitose já havia sido encontrada em outros animais, como tigres e musaranhos, mas nunca em um fóssil de dinossauro, ainda mais tão antigo assim.
O tumor causado pela histiocitose das células de Langherans surge repentinamente após disfunções do sistema imunológico, produzindo células excessivas que geram o câncer, chamado "granuloma". Normalmente, essa doença afeta crianças antes dos 2 anos de idade e, apesar de ter tratamento e cura, gera muita dor e inchaço nos locais afetados.
Voltando ao hadrossauro fossilizado, não é presumível que os tumores encontrados na cauda tenham sido responsáveis pela sua morte. O fim de vida dele ainda é uma incógnita, mas é possível imaginar que em seus últimos dias de vida o animal sentiu uma dor localizada.
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