Estudo comprova que não há ligação entre autismo e vacina tríplice viral

23/04/2020 às 08:002 min de leitura

Uma nova pesquisa de revisão, usando dados de mais de 23 milhões de crianças no mundo inteiro, confirmou mais uma vez que a vacina SRC é eficaz, segura e não está associada a um aumento no risco de autismo.

A vacina SRC (sarampo, rubéola e caxumba) é uma combinação que protege os seres humanos contra três infecções virais e, por esse motivo, também é conhecida como tríplice viral. Já a SRCV é praticamente igual, mas também inclui a imunização contra a varicela. É claro que ambas já foram testadas em momentos anteriores e por isso consideradas seguras. Porém, as teorias de desinformação e conspiração popular sobre a segurança das vacinas continuam a aumentar, o que contribuiu para o ressurgimento global de doenças que poderiam ter sido evitadas, como o sarampo.

Não causa autismo

(Fonte: Pixabay/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Reprodução)

A revisão foi publicada pelo Instituto Político Britânico Cochrane. Nela, os pesquisadores analisaram 138 estudos randomizados e não randomizados, 51 deles avaliaram a eficácia das vacinas na prevenção de doenças, já 87 avaliaram seus potenciais efeitos colaterais. No total, o estudo continha dados de 23.480.668 crianças e suas respostas à vacina SRC ou SRCV.

O estudo descobriu que os casos diagnosticados de autismo eram semelhantes em crianças vacinadas e não vacinadas. Os pesquisadores também não encontraram evidências de qualquer ligação entre os participantes que receberam as vacinas SRC/SRCV e o desenvolvimento de problemas como: encefalite, doença inflamatória intestinal, doença de Crohn, atraso cognitivo, diabetes tipo 1, asma, dermatite/eczema, febre do feno, leucemia, esclerose múltipla, distúrbio da marcha e infecções bacterianas ou virais.

“Nesta revisão, queríamos examinar evidências de danos específicos que foram associados a essas vacinas no debate público — que muitas vezes não possuem evidências científicas rigorosas como base”, afirmou em um comunicado o autor principal do estudo, Dr. Carlo Di Pietrantonj, bioestatístico da Unidade Regional de Epidemiologia da Itália, SeREMI.

Eficaz na prevenção de doenças

(Fonte: Pixabay/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Reprodução)

As vacinas também demonstraram ser eficazes na prevenção de doenças. A 1ª dose teve 95% de eficácia na prevenção do sarampo, e a 2ª ajudou a aumentar para 96%. Quanto a caxumba, a eficácia foi de 72% após 1 dose e 86% em 2 doses. Na prevenção da rubéola, 1 dose provou ser 89% eficaz. Além disso, um estudo constatou que a SRCV foi 95% eficaz para prevenir a varicela.

Se os estudos científicos provam os benefícios e a segurança das vacinas, de onde vieram as dúvidas?

Grande parte do ceticismo ao redor dessas vacinas começou com Andrew Wakefield e seu estudo de 1998, descrito por muitos cientistas como “a farsa médica mais prejudicial dos últimos 100 anos”. Wakefield realizou a pesquisa com apenas 12 crianças autistas encontrou um elo entre alguns do sintomas de autismo e a vacina SRC, chegando até mesmo a sugerir que os sintomas costumavam a aparecer alguns dias depois da vacinação.

Mais tarde, foi provado que Wakefield não só havia falsificado os dados, como também tinha possíveis interesses financeiros para encontrar essa suposta ligação e desacreditar da tríplice viral. Desde então, ele teve sua licença médica revogada e não pode mais atuar legalmente no Reino Unido.

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