Transfusão de plasma curou 10 pacientes da covid-19 na China

23/04/2020 às 08:302 min de leitura

Cientistas do mundo todo estão buscando uma cura para a covid-19 e diversas maneiras de tratar as infecções causadas pelo novo coronavírus. Uma das formas possíveis pode ser a transfusão de plasma de pessoas que já se recuperaram da doença para pacientes que ainda estão infectados por esse vírus.

Na China, dez pacientes que estavam gravemente doentes tiveram o vírus eliminado do organismo após sete dias do recebimento de doação do material sanguíneo, de acordo com estudo divulgado da revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences.

Ainda não há estudos científicos com evidências suficientes para afirmar que a transfusão de plasma seja realmente eficaz na recuperação de pacientes com a covid-19. No entanto, a técnica é uma das esperanças para encontrar um tratamento.

Doação de plasma

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

O Centro de Controle de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (CDC) recomenda aos profissionais de saúde que coletem o plasma de pacientes curados para que possam ser utilizados em experimentos científicos a fim de verificar a possibilidade de tratamento com esse componente do sangue.

Um grupo de pacientes e sobreviventes da covid-19 chamado de Survivor Corps resolveu facilitar o trabalho dos cientistas. Eles mantêm um cadastro atualizado com a localização de 32 mil voluntários recuperados da doença e dispostos a doar o plasma para pesquisas científicas. O Survivor Corps realizou uma inscrição coletiva para um experimento que será realizado pela Universidade de Columbia, previsto para acontecer com 2 mil candidatos.

Para fins de pesquisa, os doadores de plasma precisam ter tido um diagnóstico confirmado de covid-19 e terem permanecido sem sintomas da doença por um período mínimo de 14 dias.

Por que o plasma pode ser eficaz com a covid-19?

Quando o corpo é infectado por vírus ou bactérias produz uma resposta imunológica contra o invasor. Na maioria das vezes, essa reação produz anticorpos que são capazes de proteger o organismo de um próximo ataque.

Os anticorpos podem permanecer no sangue por aproximadamente três meses. Nesse período, é possível extrair essas substâncias de um paciente curado por meio de uma transfusão de plasma.

Os pacientes ainda doentes podem receber esse plasma com anticorpos do doador para conseguirem uma "ajuda extra" no combate à invasão do organismo. Isso daria mais tempo ao corpo para preparar uma resposta imune que seja suficiente para eliminar a infecção.

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