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Exploração do óleo de coco está prejudicando espécies ameaçadas

09/07/2020 às 15:002 min de leitura

Um novo estudo publicado nesta semana na revista Current Biology aponta um fato assustador sobre o óleo de coco, ou manteiga de coco. Amplamente extraído de florestas tropicais, sua exploração pode estar comprometendo a perpetuação de animais ameaçados de extinção, causando severos impactos ambientais especialmente se comparada com a obtenção natural de outros tipos de óleos vegetais. 

Patrocinado pela Universidade de Exeter, na Inglaterra, a pesquisa mostra que a cada milhão de toneladas de azeite de coco que estão sendo produzidos, cerca de 20 espécies raras de plantas e animais estão sendo afetadas negativamente. Segundo os cientistas, o principal motivo para os índices assustadores é que grande parte das espécies ameaçadas vive nas mesmas florestas tropicais onde o coco é explorado, contendo uma taxa alta de diversidade animal e colocando em risco, também, outros espécimes de famílias menos incomuns.

(Fonte: Mongabay/Reprodução)(Fonte: Mongabay/Reprodução)

"O resultado do nosso estudo foi uma surpresa", disse o líder da pesquisa, Erik Meijaard, do Borneo Futures em Brunei Darussalam. “Muitos consumidores ocidentais pensam nos produtos de coco como saudáveis e sua produção relativamente inofensiva para o meio ambiente. Acontece que precisamos pensar novamente sobre os impactos do coco".

A importância do "consumo consciente"

Segundo os pesquisadores, o conhecimento e a necessidade da disponibilidade de informações relevantes sobre os cuidados com a natureza e sobre o impacto do consumo de alguns alimentos vegetais surgem como fatores determinantes para evitar os impactos naturais negativos, defendendo a transparência no tocante ao compartilhamento de dados importantes.

(Fonte: The Conversation/Reprodução)(Fonte: The Conversation/Reprodução)

“Os consumidores, especialmente aqueles que se esforçam para ser mais responsáveis em seu consumo, dependem muito de informações que eles recebem da mídia, geralmente fornecida por pessoas com interesses próprios", comenta o Dr. Jesse F. Abrams, um dos coautores do estudo. "Ao tomar decisões sobre o que compramos, precisamos estar cientes de nossos preconceitos culturais e examinar o problema de uma lente que não é apenas baseada nas perspectivas ocidentais para evitar perigosos padrões duplos."

Relacionado à extinção do pássaro olho-branco-de-Seychelles (Zosterops mayottensis semiflava) e do morcego Ontong Java (Pteropus howensis), dados comparativos evidenciam os riscos da extração do vegetal, sendo mais elevados do que em casos de exploração de culturas produtoras de petróleo como a palma, que prejudica uma média de 3,8 espécies por milhão de tonelada, a oliva, com 4,1 por milhão, e a soja, com 1,3 espécie por milhão.

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