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Astrônomos localizam a mais jovem estrela de nêutrons conhecida

06/08/2020 às 15:302 min de leitura

Em 23 de fevereiro de 1987, astrônomos observaram uma das mais brilhantes explosões de supernova dos últimos séculos – a morte da estrela, localizada na Grande Nuvem de Magalhães, a 158,2 mil anos-luz da Terra, resultou tanto no nascimento de uma supernova (a SN 1987A) como também de uma estrela de nêutrons, oculta em seu interior.

A descoberta, feita por duas equipes de astrônomos, acrescenta ao catálogo astronômico a mais jovem estrela de nêutrons conhecida (a posição pertencia a uma de 330 anos, dentro dos restos da supernova Cassiopeia A, como você pode ver na reconstituição tridimensional a partir de dados do observatório Chandra). 

Em três décadas, os cientistas nada encontraram entre os escombros da supernova – chegou-se a pensar que ela havia colapsado em um buraco negro (abaixo, você acompanha as observações feitas pelo telescópio espacial Hubble).

A primeira indicação de que havia uma estrela de nêutrons escondida surgiu através de imagens de alta resolução capturadas pelo rádio-observatório Atacama Large Millimeter / submilimeter Array (acrônimo ALMA), nas quais aparecia uma "bolha" quente no núcleo da SN 1987A.

Brilho de 5 milhões de graus

"Ficamos muito surpresos, porque é preciso que haja algo na nuvem que aqueça a poeira e a faça brilhar – nossa sugestão é que seja uma estrela de nêutrons, escondida na nuvem de poeira”, disse o astrofísico da Universidade de Cardiff Mikako Matsuura, membro da equipe que fez a descoberta.

Segundo modelos computacionais, a explosão da supernova ejetou a estrela de nêutrons a uma velocidade de centenas de quilômetros por segundo, largando-a no lugar em que a bolha está. Sua temperatura estimada (cerca de cinco milhões de graus Celsius), condizente com uma estrela jovem, seria suficiente para explicar o brilho da bolha.

Um estudo publicado pela equipe do astrofísico da Universidade Nacional Autônoma do México Dany Page apoia as conclusões dos astrônomos do ALMA. "A detecção de uma nuvem quente de poeira é uma confirmação de que a estrela de nêutrons pode estar lá", disse Page.

Astrônomos localizam a mais jovem estrela de nêutrons conhecida via TecMundo

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