Experiência coloca pessoas em isolamento em caverna por 40 dias

17/03/2021 às 04:002 min de leitura

O explorador franco-suíço Christian Clot está patrocinando um novo projeto social que visa estudar a mente e capacidade humanas após um longo período de isolamento. Intitulado Deep Time, o experimento coloca 15 voluntários — incluindo o autor — em confinamento completo em uma caverna em Ariège, no sul da França, por um período de 40 dias, onde é proibido utilizar qualquer tipo de instrumento de medição de tempo.

A experiência extrema está sendo realizada em parceria com cientistas e professores do Laboratório de Neurociências Cognitivas e Computacionais da Ecole Normale Supérieure, em Paris, que são os responsáveis por monitorar constantemente os participantes através de sensores instalados em seus equipamentos. Com o apoio da tecnologia, espera-se que a instituição consiga coletar dados mais precisos de alterações emocionais e físicas, de forma a compreender o sistema de adaptação humano em condições adversas.

"Este experimento é um primeiro mundo", disse o professor Etienne Koechlin. "Até agora, todas as missões desse tipo se concentraram no estudo dos ritmos fisiológicos do corpo, mas nunca no impacto desse tipo de ruptura temporal nas funções cognitivas e emocionais do ser humano."

(Fonte: Christian Clot - Facebook / Reprodução)(Fonte: Christian Clot - Facebook / Reprodução)

Por mais de um mês, os voluntários deverão sobreviver em uma caverna nas montanhas Pyrénées, estando totalmente privados de luz natural e de equipamentos como relógios, celulares ou qualquer outro tipo de acessório do segmento. Além disso, todos devem trabalhar para gerar a própria energia via pedal boat e armazenar água em uma profundidade de 45 metros, sob temperaturas médias de 12?°C e 95% de umidade.

Inspiração na pandemia

Christian Clot, fundador da ONG Instituto de Adaptação Humana, afirmou que teve inspirações na pandemia da covid-19 para realizar seu projeto. A ideia por trás do Deep Time é basicamente a mesma proposta pelo isolamento social, porém elevada para uma situação extrema e pela presença de pessoas desconhecidas, onde comunicação e trabalho em equipe são elementos essenciais para o sucesso.

Para realizar o experimento, o explorador contou com cerca de US$ 1,2 milhão em financiamento, além de uma contribuição de 1,5 toneladas de suprimentos por parte dos voluntários, que serão utilizados como alimentos e kits de sobrevivência durante os 40 dias.

O programa iniciou em 14 de março e deve encerrar em 22 de abril.

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