Ciência
05/04/2021 às 12:30•2 min de leitura
Uma exposição inaugurada no sábado (3) promete contar a geo-história e a paleontologia da Amazônia. Pela primeira vez, a mostra “Passado Presente: dinos e sauros da Amazônia” irá mostrar ao público fragmentos fósseis e a reprodução, em tamanho real, de diversos esqueletos pré-históricos.
Realizada no Museu da Amazônia (MUSA), em Manaus, o espírito da exposição, explicou ao G1 o diretor da instituição, Ennio Candotti, é “contar a todos que temos uma história muito antiga, todos em comum, com bichos e com as plantas”. Para que exista entendimento, diz ele, é preciso entender primeiramente como viveram os grandes bichos.
A exposição dos bichos pré-históricos do MUSA respeita todos os protocolos de prevenção à covid-19, por isso todas as vidas devem ser previamente agendadas pelo email agendamento@museudaamazonia.org.br.
Uma das maiores atrações da exposição, o Purussaurus brasiliensis, um parente dos jacarés, tinha uma mordida mais forte do que a do Tiranossauro rex, segundo os cientistas. O bicho viveu há mais de 7 milhões de anos e chegava a medir 13 metros de comprimento, o que lhe dá o título de maior crocodiliano do mundo.
Fonte: MUSA/Divulgação
Entre os dinossauros, o destaque é o chamado Amazonsaurus maranhensis, que viveu há cerca de 110 milhões de anos na região amazônica, sendo o “vovozinho” de todos os lagartos da exposição. Ele é um saurópode, um dinossauro pescoçudo com cerca de 10 metros de comprimento.
Fonte: MUSA/Divulgação
Ao lado do velho dinossauro, está a caçula da exposição: a preguiça-gigante Eremotherium laurillardi, extinta há “apenas” 11 mil anos. Os fósseis desse animal gigantesco, que chegava a pesar cinco toneladas e ter até seis metros de altura, foram encontrados como um enorme quebra-cabeça em vários locais do Brasil: de Minas Gerais e Bahia até o Acre e Amazonas.
Fonte: MUSA/Divulgação
As réplicas desses animais pré-históricos nascem da parceria de paleontólogos de diversas instituições do Brasil com uma equipe de paleoartistas. A partir de um desenho, explica o paleoartista Carlos Scarpini ao G1, fornecidas pela ciência acadêmica e empírica, o artista consegue transportar os “dados estéreos para uma linguagem popular”, para que as pessoas vejam o que o cientista consegue ver.