Ciência
25/05/2021 às 12:08•2 min de leitura
Uma equipe de astrônomos acredita ter descoberto a mais distante e antiga galáxia do Universo, a GN-z11. Liderados pelo professor da Universidade de Tóquio, Nobunari Kashikawa, os cientistas embarcaram na missão de encontrar a galáxia mais afastada da Terra e descobrir como e quando ela se formou.
A GN-z11 está a uma distância detectável de 13,4 bilhões de anos-luz, o equivalente a 134 nonilhões de quilômetros. E segundo Kashikawa, medir e verificar tal espaço não foi uma tarefa fácil.
Para determinar o quão longe a GN-z11 está da Terra, o time de Kashikawa estudou o seu desvio para o vermelho. Essa medição é feita a partir do quanto a luz da galáxia se estendeu ou mudou em direção à extremidade vermelha do espectro. Em geral, quanto mais longe o objeto cósmico está de nós, mais desviada para o vermelho será a sua luz.
Além disso, os cientistas também analisaram as assinaturas químicas da GN-z11, também conhecidas como linhas de emissão.
Ao estudar essas assinaturas de perto, o time foi capaz de descobrir o tamanho do caminho que a luz vinda da galáxia percorreu para chegar até o nosso planeta. Com isso, eles conseguiram estimar uma distância geral da GN-z11 para a Terra.
Fonte: NASA/Reprodução
Kashikawa e a sua equipe observaram especificamente a luz ultravioleta, pois era nesta área do espectro eletromagnético que esperavam encontrar as assinaturas químicas com desvio para o vermelho.
Segundo o líder, o telescópio Hubble detectou a assinatura várias vezes no espectro da GN-z11. Contudo, ele não foi capaz de determinar as linhas de emissão ultravioletas no grau necessário.
Os astrônomos acabaram optando por um espectrógrafo mais atualizado, o MOSFIRE, que é montado no telescópio Keck I no Havaí. Com o novo aparelho, o time conseguiu observar e estudar as linhas de emissão vindas da galáxia em detalhes.
Além de ser a galáxia mais distante, a GN-z11 é considerada também a mais antiga do Universo com 150 milhões de anos a mais do que a recordista anterior, EGSY8p7.