Ciência
17/07/2021 às 11:00•1 min de leitura
Apesar de as pirâmides serem frequentemente associadas ao Egito, a Argentina possui em sua paisagem uma estrutura similar curiosa: o Cono de Arita. A formação geológica — que, na verdade, é um cone, e não uma pirâmide — é considerada o cone natural mais perfeito do mundo, com cerca de 200 metros de altura, localizada no Salar de Arizaro, um deserto de sal no noroeste dos Andes.
Ela está inserida em uma região formada entre 5 e 10 milhões de anos atrás, com registros de existência de um mar na antiguidade. Pesquisas científicas mostraram que a pirâmide é, na verdade, a ponta de um vulcão, moldada pela erosão do vento, que não conseguia romper a crosta terrestre, e assim, não desenvolveu uma cratera capaz de expelir lava.
O Cono de Arita também é conhecido como “o vulcão flutuante”, pois sua observação à distância causa uma ilusão de ótica em que ele parece flutuar em meio à paisagem salina. Além do sal, a formação apresenta concentrações de outros compostos, como ferro, mármore, ônix, potássio, boro e cobre.
A pirâmide também é chamada "vulcão flutuante".
O local também possuiu uma conotação religiosa e misteriosa, pois lendas e evidências arqueológicas sugeriram que a pirâmide pode ter servido como um centro cerimonial antes da chegada dos Incas. Além disso, ocorrem supostos avistamentos de Óvnis na área, com vários incidentes relatados ao longo dos anos.
Contudo, fazer uma visita é uma aventura desafiadora, pois o árido Salar de Arizaro é caracterizado por um solo irregular, cheio de buracos, situado em uma altitude a 3.689 metros acima do nível do mar. Tais características dificultam a chegada humana na região e nunca atrai grandes multidões, o que a torna relativamente desconhecida e intocada.