
Ciência
31/07/2021 às 03:00•2 min de leitura
A matemática é tida como uma linguagem universal. Afinal, com um sistema numérico não há interpretações aparentemente infinitas, tal como ocorre com os dialetos falados. Embora muitas vezes os números não variem entre os idiomas, tentar contar pode ser outra questão. Nesse sentido, os franceses são especialistas em gerar confusão, já que o sistema usado por eles parece ter sido feito para causar uma pane na cabeça de muitos estrangeiros.
A forma francesa de contar é confusa para muitas pessoas.
Diferentemente do que estamos acostumados, na França os múltiplos de 10 vão até soixante, ou seja, 60. A partir disso, começa a bagunça. Por exemplo, 70 é soixante-dix, que poderia ser traduzido ao pé da letra como "60 e 10". Logo, podemos imaginar que 80 seria "60 e 20". mas, na verdade, 80 é quatre-vingt, sendo, literalmente, "4 e 20".
É por isso que por aqui conhecemos o clássico de Júlio Verne pelo nome A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, enquanto na França a obra se chama Le Tour du Monde en Quatre-Vingts Jour. Então, qual é o sentido de multiplicar 20 por 4 para chegar a 80?
A explicação para esse sistema numérico um tanto estranho — ao menos para nós — é que os antepassados dos franceses (gauleses, francos e outros povos célticos da região) usavam a base 20 para contagem e não a 10, como estamos acostumados.
Multiplicação e adição para contar
E tem mais: na casa dos 90 é preciso colocar a adição, além da multiplicação, na conta. Com isso, 90 vira quatre-vingt-dix, ou seja, "4, 20 e 10" ou "(4x20+10)".
Alguns acreditam que a base 20 tenha-se originado na quantidade de dedos das mãos e pés humanos. Além dos celtas, outras partes da Europa na Idade Média usaram esse modelo. Na França do século XVI, o sistema decimal começou a ser usado. No entanto, a tendência de aplicar o método vigesimal permaneceu.
A boa notícia é que, embora os franceses usassem números vigesimais, não é assim com todos os países que têm o francês como língua oficial ou dominante. E há sistemas numéricos mais confusos por aí. O dinamarquês requer um bom conhecimento de frações para entender números maiores que 40. Já no oksapmin, uma língua da Nova Guiné, a contagem é feita com um sistema de base 27!
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