Ciência
12/09/2021 às 08:00•3 min de leitura
Ao longo da história, diversas marcas conseguiram se consolidar no mercado audiovisual ao trazer tendências tecnológicas que se provaram importantes no dia a dia dos usuários. Porém, todos esses sucessos foram à base de muito sacrifício, estudo e tentativas, resultando em uma série de fracassos e no lançamento de produtos que rapidamente tornaram-se esquecíveis para o público, com alguns nem sequer conseguindo ver um tempo decente de prateleira.
Confira abaixo algumas das tecnologias e dispositivos audiovisuais que mesmo prometendo bastante com propostas inovadoras, não foram capazes de se sustentar e acabaram não vingando.
(Fonte: Nokia/Reprodução)
Lançado em outubro de 2010, o sistema operacional Windows Phone foi uma tentativa de submeter a popular marca Nokia no universo dos smartphones, revitalizando tanto o design dos celulares quanto a interface digital. Porém, enquanto a IA do aparelho o transformava em uma espécie de Windows Mobile com muitos problemas, atualizações falhas, poucos apps e incompatibilidade entre modelos, a tecnologia via um baixo número de vendas e pouco interesse dos consumidores, algo que se agravou com a rápida popularização do Android.
(Fonte: Microsoft/Reprodução)
O Kinect foi um periférico de compra casada, ou seja, vendido nas próprias caixas do console Xbox 360. A tecnologia consistia em um detector de movimentos que, segundo a Microsoft, reconheceria cada passo e ação do usuário, transportando-o para games compatíveis com esse sistema inovador e reproduzindo em tela, graças ao alcance amplo de alguns metros. Porém, o pouco interesse dos jogadores, a falta de praticidade e a disponibilidade de vários dos jogos mais mal avaliados da geração passada fizeram a Microsoft descontinuar a venda e interromper a produção de novos títulos, comercializando Xbox One já sem o produto na caixa.
(Fonte: LG/Reprodução)
Com a ascensão do cinema em formato 3D, os fabricantes de televisores pensaram que poderiam aplicar a mesma tecnologia em seus produtos. O que poderia dar errado? Bom, mesmo no cinema o sistema de imagens tridimensionais já apresentava desgastes, com muitas reclamações de dores de cabeça e da adaptação de uma tecnologia rasa e superficial nos filmes. Quanto às TVs, além de apresentarem um sistema confuso e muitas falhas na transformação visual, traziam um alto custo e pouca variedade de produtos, fugindo rapidamente das graças do povo.
(Fonte: The Canadian Press/Reprodução)
Futurista, o projeto de realidade aumentada da Google prometia trazer uma tecnologia nunca vista na história, mas tornou-se pouco conhecido pelo marketing muito segmentado e por estratégias falhas de venda. Assim, o Google Glass morreu sem trazer grandes inovações, gerando expectativas que logo foram frustradas tanto pela demora para chegar nas lojas quanto pela simplicidade que o produto aparentava. O acessório foi descontinuado em menos de dois anos, mas abriu portas para o sistema de RA da Google, como o Lens, Earth, Maps e Street View, em smartphones.
(Fonte: Wikipedia/Reprodução)
Distribuído ao mercado no final da década de 1980, o laserdisc foi uma tentativa de armazenar áudio e vídeo em formato óptico, inicialmente com dimensões similares às do vinil e com a proposta de substituir o popular VHS. A tecnologia durou apenas quatro anos, desbancada pelo surgimento dos CDs, e em 1990 estipulou-se que apenas 2% dos norte-americanos possuíam LDs em suas casas. Assim, o dispositivo audiovisual foi classificado como resumido a nichos e colecionadores, mesmo encerrando sua fabricação apenas em 2009.
(Fonte: Gira-Discos/Reprodução)
Semelhantes às fitas K7, os cartuchos de música eram tecnologias de áudio baseadas em fitas magnéticas, porém com tamanhos superiores em relação a seus concorrentes da categoria. Os itens possuíam um belo design externo e eram peças que atraíam colecionadores e entusiastas durante as décadas de 1960 a 1980, mas falhas na propriedade de seus componentes trouxeram uma série de inconvenientes para os consumidores. A divisão em quatro programas resultou em músicas fragmentadas, muitas vezes cortadas durante os refrões, e várias vezes era necessário trocar a ordem das músicas, comprimento ou gravar silêncios para ajustar a duração de uma faixa.
(Fonte: Sony/Reprodução)
Idealizado e fabricado pela Sony, o gravador de fitas Betamax trouxe o conceito de substituir os VHS tradicionais, acrescentando recursos que não existiam no aparelho original. O equipamento foi reconhecido como um truque simples cobrado com preço cheio, que poderia ser facilmente incorporado a seu concorrente. Descontinuado no final do século XX, a Sony relatou que o aparelho parou no tempo e não tinha para onde evoluir, cedendo à guerra contra o VHS e entrando definitivamente em colapso de fábrica.