Ciência
24/10/2021 às 10:00•2 min de leitura
A vida no planeta é formada para resistir aos mais diversos tipos de condição, seja por meio de mecanismos e ferramentas facilitadoras, como ocorre entre os seres humanos, seja por adaptações corporais incríveis, como é possível observar na natureza selvagem. E uma das características mais importantes de algumas espécies animais é a capacidade de suportar longos períodos de frio, desafiando a morte e alterando propriedades do próprio organismo.
Confira abaixo alguns animais que conseguem aguentar temperaturas muito abaixo de 0 °C e descubra como eles conseguem sobreviver e desenvolver seus respectivos nichos ecológicos em regiões inóspitas.
(Fonte: Eden Channel / Reprodução)
Devido ao seu hábitat aquático e à sua pele delicada e porosa, os anfíbios são bastante sensíveis ao frio, mas a rã-da-floresta suporta ondas de gelo graças ao acúmulo de ureia em seus tecidos e à conversão de glicogênio em glicose pelo fígado. Esses animais sobrevivem até 2 semanas com 60% da pele inteiramente congelada, mantendo uma região desidratada para preservar os órgãos internos.
(Fonte: MO Bugs / Reprodução)
O besouro-de-casca-lisa-vermelho se esconde em choupos de bálsamo do Alasca para suportar o frio, mantendo-se na área úmida sob a casca das árvores e criando proteínas anticongelantes para evitar cristais de gelo em suas células. Segundo estudos da University of Alaska Fairbanks, eles conseguem aguentar temperaturas de até -150 °C com esse mecanismo de defesa.
(Fonte: Flickr / Reprodução)
O besouro-Upis opta por se esconder em fendas de árvores secas e evita a umidade por meio da expulsão de água de suas células, evitando a ruptura celular mortal causada pela expansão dos cristais de gelo. Isso faz que eles resistam até a -76 °C em condições extremas enquanto mantêm o calor corporal em -7,5 °C.
(Fonte: BBC - YouTube / Reprodução)
Ao ficar cerca de 8 meses sem se alimentar, o esquilo-terrestre-do-Ártico sobrevive a invernos rigorosos hibernando em um estado semelhante à animação suspensa — ele respira apenas 1 vez por minuto e seu coração bate 5 vezes por minuto. Essa adaptação cerebral ocorre porque o esquilo consegue cortar conexões neurais — sinapses — durante a hibernação, desligando o corpo e acordando aproximadamente 1 vez a cada 3 semanas.
(Fonte: Earth Archives / Reprodução)
A mariposa-urso-lanoso-do-Ártico prepara-se para longos períodos de inverno se alimentando o máximo possível. Em seguida, assim que entra em hibernação, ela desliga totalmente o corpo — interrompe o coração e deixa de respirar — e sintetiza um anticongelante natural para proteger suas células dos cristais de gelo ao mesmo tempo que degrada as mitocôndrias celulares. Essas lagartas passam quase 90% de suas vidas em estado congelado.
(Fonte: Discovery Brasil / Reprodução)
Graças à sua pelagem felpuda, o boi-almiscarado consegue suportar temperaturas de até -40 °C. Enquanto isso, eles mantêm sua rotina normal de alimentação, comendo raízes e musgos da tundra, cavando na neve e no gelo em busca de comida. Tradicionalmente, a espécie vive em grupos e se aconchega durante estações mais rigorosas, concentrando o calor corporal e protegendo o rebanho contra predadores em potencial.
(Fonte: Green Savers / Reprodução)
Conhecido pela pelagem característica e espessa, o leopardo-das-neves mantém marcas no corpo para camuflagem e proteção contra inimigos. Graças às caudas e patas peludas, o mamífero do Ártico consegue se adaptar facilmente a terrenos congelados, vivendo em altitudes de entre 2,9 mil e 5 mil metros e sendo um dos animais mais resistentes a adversidades de extremos climáticos na Ásia Central.