6 histórias comoventes dos cães espaciais soviéticos

15/02/2022 às 11:203 min de leitura

Antes que o homem chegasse à Lua, em 1969, centenas de expedições espaciais foram realizadas para garantir a segurança dos astronautas. Elas ocorriam no cenário da corrida especial que caracterizou a Guerra Fria, conflito estabelecido por décadas entre os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética (URSS).

Os dois países “disputavam” a corrida por quem levaria primeiro um homem até a Lua. Para testar os foguetes, as agências espaciais das duas nações usaram animais que substituíam temporariamente os astronautas.

Os EUA usaram chimpanzés, por conta da sua semelhança genética com os humanos, mas os soviéticos preferiram os cães. Calcula-se que 36 cães foram enviados ao espaço e alguns foram deixados por lá. Conheça as histórias de alguns deles.

1. Dezik, Tsygan e Lisa

(Fonte: Russian Life)(Fonte: Russian Life)

No início dos anos 1950, os soviéticos estavam tentando alcançar os avanços tecnológicos dos americanos. Em 1948, seus rivais mandaram um macaco para o espaço e conseguiram trazê-lo de volta com segurança – portanto, a União Soviética estava "ficando para trás".

Em 1951, os soviéticos enviaram os cachorros Dezik e Tsygam ao espaço e os trouxeram de volta ilesos. Por conta do sucesso, enviaram Dezik novamente em um foguete, agora acompanhado de uma cadela chamada Lisa. No entanto, esse segundo voo foi um desastre: o módulo em que eles estavam caiu e os dois cães morreram. Em seguida, Tsygan foi aposentado e adotado por um físico soviético.

2. Laika

(Fonte: Aventuras na História)(Fonte: Aventuras na História)

Laika talvez seja a mais famosa entre os cães espaciais soviéticos. Ela foi enviada ao espaço na Sputnik 2, nave que celebrou o 40º aniversário da Revolução Russa. Laika foi capturada na rua: ela não tinha raça definida, mas imaginava-se que fosse uma mistura de husky siberiano com alguma raça terrier.

Ao enviá-la para lá, o plano soviético era de que sua nave completasse várias órbitas em torno do planeta para então colidir com a Terra – dessa forma, Laika morreria sem oxigênio após sete dias e não sentiria dor. No entanto, ela acabou morrendo poucas horas depois do lançamento do foguete, quando as temperaturas na nave subiram a níveis altíssimos. Ela foi considerada uma heroína do país e é homenageada até hoje.

3. Bars e Lisichka

(Fonte: UOL)(Fonte: UOL)

Ainda que Laika tenha morrido, em termos técnicos a missão que ela participou foi um sucesso. Em seguida, Bars e Lisichka foram selecionadas para uma nova missão, ocorrida em 1960.

Lisichka era a cadela favorita de Sergei Korolev, o principal engenheiro de foguetes na época. Infelizmente, elas tiveram fim trágico: na missão que participaram, a nave explodiu apenas 28 segundos depois do lançamento.

4. Belka e Strelka

(Fonte: Divulgação)(Fonte: Divulgação)

Belka e Strelka, assim como Laika, também foram selecionados nas ruas de Moscou. Eles foram enviados na Sputnik 5 acompanhados por 42 ratos, um coelho e algumas moscas. Todos eles foram lançados ao espaço em 1960, e o voo transcorreu sem problemas.

Após 17 órbitas, os cães retornaram ilesos e tornaram-se as primeiras criaturas vivas a conseguir tal feito. Ao retornarem, foram aposentados e se tornaram “garotos propaganda” da União Soviética. O primeiro-ministro soviético da época, inclusive, presenteou a primeira-dama norte-americana Jackie Kennedy com um filhote de Strelka.

5. Pchelka e Mushka

(Fonte: Em Órbita)(Fonte: Em Órbita)

Pchelka e Muschka também foram ao espaço em 1960. Era o 2° voo de Mushka, que havia voado 3 anos antes. Após 1 dia do lançamento do foguete, ocorreu um erro técnico na cápsula, e a equipe soviética resolveu destruí-la, matando os dois cães.

6. Chernushka

(Fonte: Divulgação)(Fonte: Divulgação)

Os soviéticos sempre preferiam mandar dois cães juntos ao espaço, para otimizar as pesquisas que estavam realizando. Com o avanço tecnológico que foram obtendo, passaram a mandar a apenas um cão – o que sugeria estarem mais próximos de finalmente enviar um humano.

A ideia era simular os efeitos causados em seres vivos quando inseridos em cápsulas minúsculas – por isso, a ideia era ir aumentando a cápsula aos poucos. Chernushka participou desses testes em uma missão ocorrida em março de 1961 e conseguiu voltar em segurança, acelerando os planos do 1° voo humano, que ocorreu no mês seguinte, com o astronauta Yuri Gagarin.

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