Estilo de vida
30/03/2023 às 02:00•2 min de leitura
Uma nova espécie de aranha de alçapão foi descoberta na Austrália. O animal foi descrito como raro pelo seu tamanho. Com pouco mais de cinco centímetros de comprimento, ela é consideravelmente grande quando comparada com outras aranhas de alçapão. Por esse motivo, ela recebeu o nome Euoplos dignitas (Euplos é o nome de um grupo de aranhas-de-alçapão que só existem na Austrália e significa "arma útil", enquanto dignitas significa "grandeza" ou "dignidade").
As aranhas de alçapão recebem este nome por permanecerem escondidas durante a maior parte do dia sob folhas no chão de florestas. Durante a noite, elas saem das folhas quando uma presa passa por perto. A nova espécie já era conhecida, mas ainda não havia sido descrita. A pesquisa foi liderada por cientistas do Queensland Museum.
As fêmeas da espécie são maiores que os machos e os pesquisadores estimam que sua expectativa de vida possa chegar aos 20 anos. Tanto machos quanto fêmeas possuem veneno, que é utilizado para caçar, mas em ambos os casos a mordida não seria considerada fatal para humanos. Apesar disso, elas podem ser bastante doloridas e causar reações mais graves em algumas pessoas.
(Fonte: Queensland Museum)
A Euoplos dignitas foi encontrada em uma floresta no estado de Queensland, no nordeste da Austrália e os pesquisadores acreditam que ela só existe naquela região. Por esse motivo, eles consideram que a nova espécie já pode ser considerara em perigo de extinção.
Como o estado de Queensland teve uma parte considerável da sua vegetação devastada, animais que vivem apenas ali, como a nova aranha de alçapão, costumam ser classificados como ameaçados. Para dar mais visibilidade às espécies da região, foi criado o Project Dig (uma parceria entre o Queensland Museum e uma mineradora australiana). O projeto tem como objetivo estudar a fauna de Queensland e fomentar a conservação da natureza.
Com a descoberta, o animal agora pode ser estudado e a equipe pode avaliar as melhores estratégias para tentar preservar a espécie. Jeremy Wilson, um dos cientistas do Queensland Museum, afirmou que "agora que ela é conhecida por todos, poderá ser protegida".