Artes/cultura
24/04/2023 às 08:00•2 min de leitura
A NASA tem capturado diversos eventos protagonizados pelo Sol nesse ano, que agora estão disponíveis em vídeo graças aos avanços tecnológicos. O Observatório de Dinâmica Solar da agência espacial e uma nave espacial operada pelo Serviço Meteorológico dos Estados Unidos foram usados para capturar os eventos.
As imagens mostram desde um tornado de plasma até uma erupção no polo norte. Esses eventos nem sempre afetam diretamente a Terra. Os cientistas estudam as implicações das manifestações para entender a dinâmica atmosférica do Sol.
O ciclo solar de 11 anos atingirá a atividade máxima em 2025, e deve ser mais fraco do que é em média. Mas isso não significa que outras imagens impressionantes e inéditas não possam ser registradas.
Talk about Polar Vortex! Material from a northern prominence just broke away from the main filament & is now circulating in a massive polar vortex around the north pole of our Star. Implications for understanding the Sun's atmospheric dynamics above 55° here cannot be overstated! pic.twitter.com/1SKhunaXvP
— Dr. Tamitha Skov (@TamithaSkov) February 2, 2023
Em fevereiro, um filamento de plasma semelhante a um tornado se desprendeu do polo norte do Sol, um feito que não havia sido registrado antes pelos cientistas. A erupção de protuberâncias é comum na superfície solar, principalmente em baixas latitudes, devido a menor influência da gravidade.
O que chamou a atenção foi o que aconteceu depois. O material começou a circular no polo a 60 graus de latitude com uma velocidade aproximada de 96 quilômetros por segundo durante oito horas seguidas em direção à atmosfera solar.
Absolutely gorgeous polar crown filament eruption off the northern pole of the Sun, just observed by the GOES/SUVI camera ?? Needless to say that this ejection is going more or less "straight up" and is not Earth-directed ?? pic.twitter.com/UslNnKqJuD
— Dr. Erika Palmerio (@erikapal) February 10, 2023
No mesmo mês, as imagens da agência espacial foram capazes de captar uma verdadeira decolagem do plasmar solar, semelhante a uma grande explosão, sendo a maior erupção já registrada. Isso foi causado pela diferença de densidade e de temperatura, combinado à ação do campo magnético solar.
Quando o campo magnético do Sol é reconfigurado devido a alguma perturbação, sua topologia é alterada e a energia armazenada é transformada em energia cinética. Isso gera uma força que provoca o movimento do gás, que acaba sendo expulso em alta velocidade como um jato.
O material se deslocou de forma direta para o espaço sideral, mas felizmente não estava na direção de nosso planeta. Se viesse em direção à Terra, o evento poderia se configurar em uma tempestade solar, provocando as auroras boreais, mas também afetando o funcionamento de satélites e das radiocomunicações.
The Sun, X-rated.????
— ESA Operations (@esaoperations) March 29, 2023
Early this morning, a strong X-class #SolarFlare exploded from the Sun. The blast came from a #sunspot region called "AR3256" - catchy as ever.#SpaceWeather??
??@NASA SDO, 29 March 2023 pic.twitter.com/yjUsSGLdK3
O Observatório de Dinâmicas Solares da NASA capturou em março uma explosão solar de alta intensidade, classificada como categoria X, a mais forte na escala de medição. As imagens mostram o plasma solar saindo da estrela em decorrência das mudanças no campo magnético do Sol.
A radiação solar causada pela explosão X1.2 viajou a velocidade da luz em direção à Terra e foi tão intensa que causou uma ionização na camada superior de nossa atmosfera, afetando as frequências de rádio na Austrália, Nova Zelândia e em países asiáticos.
A atividade solar está aumentando e deve atingir seu pico em 2025. Somente em 2023, já foram sete explosões desse tipo, o mesmo número que todo o ano anterior. Outras três explosões da classe M, de categoria imediadamente inferior a X, também foram registradas.