Ossos de 'monstro' pré-histórico são achados por acaso em museu

16/05/2023 às 11:002 min de leitura

Ossos de um “monstro marinho” pré-histórico, que viveu há 150 milhões de anos e tinha o dobro do tamanho de uma orca, foram encontrados por acaso nas gavetas de um museu em Oxfordshire, na Inglaterra. A descoberta foi relatada em estudo publicado na revista Proceedings of the Geologists Association no dia 10 de maio.

Encontradas originalmente durante escavações na região, as vértebras foram parar no Abingdon County Hall Museum, onde estavam armazenadas. Elas chamaram a atenção do professor da Universidade de Portsmouth, David Martill, que visitava o local para um trabalho envolvendo o esqueleto de um ictiossauro.

Depois de analisar o material, o paleontólogo e sua equipe concluíram que os restos mortais pertenciam a um réptil marinho com tamanho entre 9,4 m e 14,4 m. Investigações posteriores sugeriram que os ossos gigantes eram de uma espécie de pliossauro.

Uma das vértebras achadas no museu. (Fonte: Abingdon County Hall Museum/Divulgação)Uma das vértebras achadas no museu. (Fonte: Abingdon County Hall Museum/Divulgação)

E não se tratava de qualquer pliossauro, pois os ossos pertenciam ao maior animal do tipo já descoberto, de acordo com os especialistas da universidade britânica. Anteriormente, acreditava-se que o comprimento da espécie não ultrapassasse 7 m, a metade do tamanho estimado deste fóssil.

Terror dos mares jurássicos

Principais predadores marinhos do período Jurássico, os pliossauros tinham cabeça maior e mais alongada que a dos plesiossauros, com aparência semelhante à de um crocodilo, e pescoço curto. Suas quatro nadadeiras trabalhavam como remos impulsionando-os pelos oceanos, enquanto a cauda era curta.

Outras características do animal gigantesco eram o crânio maciço e os dentes salientes enormes, que atuavam como “adagas”. Segundo Martill, é provável que ele possuísse uma mordida mais poderosa do que a do Tiranossauro rex, não dando chances para suas presas.

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

No topo da cadeia alimentar marinha, o réptil gigantesco possivelmente preparava emboscadas para ictiossauros, plesiossauros de pescoço comprido e crocodilos marinhos de porte menor, nadando pelas águas profundas e escuras. Com o poder da sua mordida, ele os partia ao meio.

Indícios dos ataques do monstro marinho do Jurássico às espécies menores podem ser encontrados em ossos de ictiossauros expostos no The Etches Collection Museum of Jurassic Marine Life que fica em Dorset, na Inglaterra, de acordo com o líder do estudo.

Espécies maiores?

O tamanho dos pliossauros tem gerado debates há vários anos entre os paleontólogos. Este achado pode ajudar a resolver o mistério a respeito das medidas do animal que aterrorizava os mares há 150 milhões de anos, porém não se descarta a descoberta de animais com medidas ainda mais imponentes.

Em 1999, o documentário TV Walking with Dinosaurs, da BBC, sugeriu a existência da espécie Liopleurodon, que teria 25 m de comprimento e 150 toneladas. Com os restos mortais recém-achados, o professor, que atuou como consultor do programa, se mostrou animado com a possibilidade de encontrar novas evidências de pliossauros ainda maiores.

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