
Estilo de vida
29/08/2023 às 11:00•2 min de leitura
Pesquisadores recentemente descobriram um réptil marinho extinto há 250 milhões de anos. O animal, que era coberto por uma armadura óssea e nadava nas águas rasas do que hoje é o sul da China pode reescrever a árvore genealógica dos répteis marinhos blindados e sugerir por que eles surgiram pela primeira vez, indica um novo estudo.
Batizada como Prosaurosphargis yingzishanensis, a espécie recém-descoberta foi identificada a partir de um esqueleto parcial encontrado pela primeira vez em 2019 na pedreira de Yingzishan, na província chinesa de Hubei.
(Fonte: Andrzej Wolniewicz/Divulgação)
De acordo com os pesquisadores, o Prosaurosphargis yingzishanensis faz parte da família Saurosphargidae, um grupo de répteis marinhos blindados com costelas dorsais alargadas — que os fazia parecer muito mais atarracados do que outros répteis do gênero. Os pesquisadores descreveram a criatura em um estudo publicano no dia 8 de agosto na revista Evolutionary Biology.
O réptil marinho provavelmente crescia até cerca de 1,5 metro de comprimento e era coberto por osteodermos, escamas e placas ósseas encontradas em muitos répteis ainda vivos, dinossauros blindados e algumas caudas de ratos. Provavelmente, eles eram um dos maiores répteis marinhos que viveram em seu ecossistema naquela época.
Até o momento, os saurosfargídeos mais antigos datavam de cerca de 245 milhões de anos atrás, durante o período Triássico Médio. Os cientistas não sabem até então se o P. yingzishanensis foi um ancestral direto desses animais ou uma linhagem separada. Contudo, os estudos sugerem fortemente que todo o grupo pode ter sido classificado anteriormente da maneira incorreta.
(Fonte: Andrzej Wolniewicz/Divulgação)
Há muito tempo, os saurosfargídeos são considerados uma família irmã dos sauropterígios, um grupo mais diversificado de répteis marinhos extintos — incluindo criaturas semelhantes às tartarugas blindadas. Contudo, a espécie recém-descoberta possui semelhanças marcantes com alguns sauropterígios semelhantes aos plesiossauros, o que sugere que os dois grupos estão ainda mais relacionados do que pensávamos.
Como resultado, os pesquisadores propuseram que os saurosfargídeos deveriam ser reclassificados como um subgrupo dos sauropterígios. Além disso, os autores também acreditam que todos esses répteis marinhos podem estar mais intimamente relacionados ao clado Archelosauria, um grupo que inclui tartarugas e arcossauros vivos.
Dessa forma, diversos conceitos anteriormente estabelecidos na biologia seriam alterados por conta de uma nova espécie. A grande variedade de armaduras corporais em todos estes grupos, excluindo as aves, também sugere que o revestimento ósseo era algo fundamental para sobreviver em habitats de água rasa.
Além de fornecer proteção contra predadores, este revestimento pesado pode ter permitido que os répteis marinhos superassem problemas de flutuabilidade, pesando-os e forrageando no fundo do mar. Os investigadores esperam que a região onde o fóssil foi descoberto revele espécies mais antigas que possam preencher a lacuna entre os antigos grupos de répteis e as peças que faltam nessa história evolutiva.
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