Ciência
21/10/2023 às 11:00•2 min de leitura
Nos últimos anos, projetos espaciais estão absorvendo bilhões de dólares anualmente para concretizar planejamentos muito distantes da realidade aqui da Terra — sendo a NASA uma das maiores envolvidas. Então, como é possível relacionar os enormes gastos com foguetes e missões lunares a algum tipo de retorno financeiro desse investimento?
Além disso, quem é que paga essa fortuna para que a NASA consiga manter suas operações? Em 2022, por exemplo, a Agência Espacial dos Estados Unidos teve um orçamento de US$ 24 bilhões e projetou um aumento de 8% para 2023. Sendo assim, os gastos com o espaço estão aumentando cada vez mais e a equação precisa ser resolvida.
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Em comparação com outros países, os EUA são de longe os que mais gastam com o espaço. Em 2021, por exemplo, a despesa total do governo em programas espaciais foi de US$ 54 bilhões. Esse número foi maior do que China, França, Rússia, Japão, Alemanha, Índia, Itália, Reino Unido e Coreia do Sul gastaram juntos.
Atualmente, a NASA trabalha com quatro frentes de investimento: Enfrentar a crise climática a nível nacional e internacional; Restauração da posição global dos EUA; Promover igualdade racial e econômica; e Impulsionar o crescimento econômico do país. O plano é que as missões futuras possam explorar gradualmente o espaço e abordar as prioridades delineadas no pedido de orçamento conforme o tempo passa.
Contudo, embora a quantia gasta com a NASA seja expressiva, vale ressaltar que a Agência Espacial representou apenas 0,3% do orçamento geral dos Estados Unidos nos anos anteriores. Logo, embora os EUA gastem mais dinheiro no espaço que o resto do mundo, esse nível de despesa acaba representando uma pequena percentagem do seu Produto Interno Bruto (PIB).
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Tendo em mente que o orçamento da NASA depende de aprovação do governo norte-americano, o que a Agência Espacial retribui de volta à sociedade? Segundo o relatório de impacto econômico dela, a produção econômica no ano fiscal de 2021 foi de US$ 71 bilhões. Isso significaria que a NASA gera até três vezes o seu orçamento anual em lucro.
Além disso, a NASA contribui para o país com mais de 339 mil empregos e gera cerca de US$ 7,7 bilhões em impostos por ano. As atividades que criaram essa produtividade incluem as campanhas para ir à Lua e à Marte, os investimentos em pesquisa e tecnologia sobre mudanças climáticas e outras formas de parceria.
“A NASA pode ser uma pequena agência federal, mas estamos acima do nosso peso, alimentando o crescimento da indústria americana com empregos de qualidade e bem remunerados em todos os 50 estados e mantendo a nossa liderança no espaço e na ciência”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, em comunicado oficial.
Portanto, a Agência Espacial dos EUA não só contribui financeiramente para o desenvolvimento do país, mas também fomenta a cooperação internacional no espaço e trabalha diariamente no desenvolvimento tecnológico de nossa sociedade.