Ciência
20/05/2024 às 09:00•3 min de leituraAtualizado em 11/07/2024 às 10:57
O universo é um palco espetacular, e as próximas décadas prometem uma série de eventos celestiais que vão maravilhar tanto astrônomos quanto curiosos. Prepare seu telescópio, sua cadeira de praia e sua pipoca, pois estes eventos cósmicos vão te dar muitos motivos para olhar para o céu (se o céu da sua cidade deixar, é claro).
Cada planeta do nosso sistema solar orbita o Sol em diferentes velocidades e distâncias. Júpiter, por exemplo, leva cerca de 12 anos para completar uma órbita, enquanto Marte leva cerca de dois anos. Esses movimentos distintos causam alinhamentos ocasionais no céu. Esse tipo de alinhamento, que é um fenômeno raro e fascinante, é conhecido como conjunção.
Contudo, isso não quer dizer que eles vão ficar perfeitamente um atrás do outro, como se estivessem numa fila. Eles apenas estarão na mesma região quando observarmos o céu noturno daqui da Terra.
Ao que tudo indica, uma grande conjunção ocorrerá em 2040, quando o evento espetacular envolverá Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, todos visíveis próximos a uma Lua crescente.
Esses alinhamentos não só são um espetáculo para os olhos, mas também têm importância científica, ajudando na calibração de instrumentos astronômicos e planejamento de missões espaciais.
As chuvas de meteoros são verdadeiros shows de fogos de artifício naturais. E as Leônidas, causadas pela passagem do cometa 55P/Tempel-Tuttle, são uma das mais esperadas. Elas ocorrem anualmente no mês de novembro e são famosas por seus meteoros rápidos, que podem atingir velocidades de 71 km/s.
A cada 33 anos a chuva de meteoros Leônidas pode se transformar em uma tempestade, com milhares de meteoros por hora. A última grande tempestade ocorreu em 2002 e, antes disso, em 1966, quando foram registrados milhares de meteoros em apenas 15 minutos.
O próximo retorno do cometa com potencial de tempestade será em novembro de 2031. Embora a visualização das Leônidas em 2024 possa ser prejudicada pela luminosidade da Lua, ainda é uma oportunidade imperdível para os observadores de estrelas.
A chuva de meteoros Perseidas é um evento celestial que ilumina o céu entre o final de julho e agosto, com seu pico geralmente ocorrendo em meados de agosto. Esta chuva de meteoros está associada ao cometa Swift-Tuttle, descoberto em 1862.
Os fragmentos do cometa Swift-Tuttle criam a chuva de meteoros ao entrar na atmosfera da Terra e queimar, produzindo brilhos intensos. Foi o astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli quem primeiro ligou o cometa à chuva de meteoros Perseidas, uma descoberta que abriu caminho para a compreensão de outras chuvas de meteoros.
As Perseidas são conhecidas por suas exibições espetaculares, e em 2028, uma exibição ainda mais impressionante está prevista. Prepare-se para ver dezenas, senão centenas, de meteoros cruzando o céu noturno, proporcionando um show inesquecível.
Saturno é famoso por seus magníficos anéis, mas em 2025, esses anéis irão desaparecer temporariamente da nossa vista. Isso ocorre devido à inclinação de Saturno. A cada 15 anos, os anéis de Saturno se alinham de tal forma que parecem desaparecer quando vistos da Terra.
Apesar de parecer que Saturno está perdendo seus anéis, esse fenômeno é apenas uma ilusão causada pelo alinhamento dos anéis em relação à Terra. Embora os anéis se tornem "invisíveis", essa é uma ótima oportunidade para observar as 146 luas de Saturno.
Os cientistas afirmam que os anéis irão, de fato, desaparecer de vez um dia, já que estão sendo "puxados" para a atmosfera do planeta. Como isso levará milhões de anos, teremos tempo de observá-los.
O cometa Halley é talvez o cometa mais famoso, conhecido por sua órbita de 76 anos ao redor do Sol. Se você perdeu sua última aparição em 1986, marque no calendário: o Halley estará de volta em 2061.
O cometa Halley atingirá seu periélio (mais próximo do Sol) em 28 de julho de 2061, sendo visível no céu da manhã, especialmente para o Hemisfério Norte. Em 1986, ele estava do lado oposto do Sol, mas em 2061, estará do mesmo lado, prometendo um espetáculo muito mais brilhante.
Em junho de 2061, o Halley estará na constelação de Touro e, conforme se aproxima do Sol, sua cauda pode alcançar até 5 graus de comprimento. Entre 4 e 8 de agosto, será possível observar o cometa em seu brilho máximo antes de ele começar a se afastar novamente.