Mistérios
15/04/2024 às 16:01•2 min de leituraAtualizado em 15/04/2024 às 16:01
No último dia 9 de abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou uma nova edição do Atlas Geográfico Escolar. Trata-se de uma publicação importante, que abrange uma série de dados sobre o clima, vegetação, demografia, além da divisão territorial de territórios, entre outros.
E nesta nona edição, apesar de ser relativamente conhecido e bastante apreciado entre os entusiastas da geografia, o mapa-múndi está rendendo comentários nas redes sociais e chamando a atenção.
Neste caso, não se trata da visão que estamos acostumados a ter dos mais de 180 países na projeção de Mercator, que privilegia a forma dos territórios, mas distorce o tamanho daqueles que estão mais distantes da linha do Equador. A forma como essa famosa projeção cartográfica cilíndrica foi aplicada tem uma perspectiva menos explorada, com o Brasil posicionado no centro do mundo.
Com tantas formas de representar as diferentes localidades, esse é um recurso adotado em muitos países ao redor do mundo, pois essa posição central figura como um dos primeiros lugares que observamos.
Como exemplo disso, nas versões mais populares, que também estão presentes neste Atlas, temos o Reino Unido aparecendo ao centro, atravessado pelo Meridiano de Greenwich — na prática, trata-se de uma visão eurocêntrica do mundo. Mas ao viajar pelo Japão, também podemos ver representações que colocam o país asiático posicionado no centro do mapa, em evidência.
E desta vez, muitos estão apreciando as representações deste Atlas que colocam o Brasil nessa posição central. Vale destacar que nenhuma dessas diferentes projeções está errada, visto que elas têm como objetivo propiciar uma perspectiva diferente e que varia conforme o propósito daquele que publica o mapa.
Mapas que exploram detalhes da região antártica, por exemplo, são favorecidos pela projeção azimutal, evitando algumas das distorções presentes na projeção de Mercator, mas fornecendo uma visão mais voltada para um dos polos do planeta. No caso do mapa-múndi com o Brasil no centro, em específico, essa representação privilegia a visão da nossa localização e dos países que estão no nosso entorno.
Não há apenas mapas que destacam características físicas ou políticas dos territórios no Atlas, pois também há uma série de indicadores sociais e econômicos atualizados para consulta. Ou seja, trata-se de uma riquíssima fonte de informação, indispensável não apenas para os estudantes, mas ao público geral, que tem a oportunidade de conhecer muitas características presentes no Brasil e no mundo.
Para quem prefere conferir todos esses conteúdos numa versão eletrônica, o Atlas está disponível on-line, no portal do IBGE. Mesmo no formato impresso, há QR codes que facilitam o acesso a versões interativas dos conteúdos, bem como de materiais multimídia, que tornam o acesso a todo esse conhecimento muito mais dinâmico.