
Estilo de vida
26/06/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 11/07/2024 às 11:02
Durante uma reforma no Castelo de Kenilworth, na Inglaterra, trabalhadores da construção civil fizeram uma descoberta fascinante: oito projéteis de catapulta, datados do século XIII, enterrados do lado de fora das muralhas. Essas pedras, em perfeito estado de conservação, são vestígios do cerco de 172 dias liderado pelo rei Henrique III contra os rebeldes que se abrigavam na fortaleza.
Esta descoberta nos transporta diretamente para uma das mais longas e dramáticas batalhas da história medieval inglesa: o cerco ao Castelo de Kenilworth.
O cerco ao Castelo de Kenilworth aconteceu em 1266, no auge da Segunda Guerra dos Barões, um conflito civil entre as forças monarquistas e os nobres rebeldes liderados por Simon de Montfort. Após a morte de Montfort na Batalha de Evesham, seus seguidores continuaram a luta, utilizando o castelo como base.
A guerra teve início quando os nobres se rebelaram contra o rei, exigindo que ele cumprisse as Provisões de Oxford, que limitavam o poder real. Quando o rei não atendeu a essas demandas, a guerra foi inevitável.
O cerco de Kenilworth durou exaustivos 172 dias, tornando-se um dos mais longos da história medieval da Inglaterra. Durante este período, as forças reais utilizaram um arsenal considerável, incluindo catapultas e bestas. As muralhas do castelo, com mais de quatro metros de altura, e um grande lago que o cercava, tornaram a fortaleza um desafio formidável para os atacantes.
No entanto, os rebeldes não estavam desarmados; eles também possuíam suas próprias catapultas, o que gera dúvida entre os historiadores sobre quem seriam os donos desses artefatos, já que os projéteis recém-descobertos poderiam ter sido lançados tanto pelos defensores quanto pelos atacantes.
O fim do cerco veio em dezembro de 1266, não só pela força das armas, mas em grande parte pela fome e doenças que assolavam os rebeldes dentro do castelo. Incapazes de continuar resistindo, os rebeldes se renderam, e o controle do castelo retornou às mãos da monarquia. Henrique III concedeu posteriormente o castelo a seu filho, Edmundo, Conde de Lancaster.
As pedras encontradas variam em tamanho, desde uma menor, com apenas um quilo, até a maior, que pesa impressionantes 105 quilos. Essas bolas de pedra eram lançadas por catapultas, armas de cerco poderosas capazes de causar danos devastadores.
A precisão e a força dessas máquinas são evidenciadas pelo fato de que uma das torres de cerco de madeira de Henrique III, que abrigava cerca de 200 arqueiros, foi destruída por um único projétil.
Encontradas durante uma obra para melhorar a acessibilidade ao castelo, essas pedras são um lembrete tangível da rica e turbulenta história de Kenilworth, que é um símbolo das lutas de poder, das estratégias militares e da resistência que marcaram a Inglaterra medieval.
O castelo foi cenário de momentos cruciais, como a abdicação de Eduardo II e a tentativa de Robert Dudley de conquistar o coração da Rainha Elizabeth I com uma festa extravagante.
Como apontam os historiadores, encontrar artefatos históricos por acaso é uma experiência rara e emocionante, que pode transformar nossa compreensão dos eventos históricos, permitindo-nos entender melhor as táticas e a brutalidade das guerras medievais.
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