Ciência
28/01/2024 às 11:00•2 min de leitura
Todos os anos, o reino animal presenteia-nos com espetáculos impressionantes de migração, desde dos minúsculos insetos até majestosos mamíferos. Essas viagens, muitas vezes imperceptíveis aos nossos olhos, são verdadeiras epopeias de resistência, adaptabilidade e instinto de sobrevivência.
Conheça seis jornadas extraordinárias de migração de animais que surpreendem cientistas e entusiastas da natureza!
(Fonte: Getty Images)
A libélula Pantala flavescens protagoniza uma notável migração anual da Índia para a África, percorrendo 2.500 quilômetros sobre o Oceano Índico. Ela pode voar continuamente por incríveis 90 horas e conquistar 4,5 metros por segundo.
No entanto, sua migração bem-sucedida vai além da resistência física. Elementos como os ventos predominantes, especialmente a corrente de jato da Somália, desempenham um papel crucial nessa aventura.
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Durante sua migração anual, em que percorrem mais de 4 mil quilômetros em busca de reprodução e alimentação, os grandes tubarões-brancos enfrentam desafios de disponibilidade de alimentos. Durante essa jornada, eles gradualmente perdem a capacidade de flutuar, devido ao consumo do óleo armazenado em seus fígados que representa até 25% do peso corporal.
Eles acumulam essas reservas de óleo antes da migração para aumentar a flutuabilidade, mas à medida que utilizam a energia, afundam progressivamente. Essa estratégia, chamada de "mergulho à deriva", é fundamental para sustentar viagens prolongadas.
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Anualmente, com a chegada do início do inverno, as baleias-jubarte viajam cerca de 16 mil quilômetros até as águas tropicais para parir e acasalar. O processo de migração é cuidadosamente organizado, levando de quatro a oito semanas e obedecendo a uma sequência específica.
As mães e os filhotes lideram a jornada, sendo seguidos pelos jovens, machos adultos e, por último, pelas fêmeas grávidas, que atrasam sua partida para otimizar o tempo de alimentação. Essa jornada é repleta de perigos, especialmente para os filhotes, que se tornam alvos das orcas.
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A grande migração dos gnus é um espetáculo natural incrível, envolvendo mais de um milhão de animais que atravessam o ecossistema Serengeti-Mara em um padrão circular constante.
Partindo do sul do Serengeti, Tanzânia, eles seguem para o norte em direção ao Masai Mara, Quênia, antes de retornar ao ponto de partida. Essa jornada é marcada por encontros perigosos com predadores e pelo nascimento de milhares de bezerros que renovam os rebanhos.
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A extraordinária migração das borboletas-monarca, na América do Norte, envolve uma jornada de ida e volta, semelhante à das aves. Incapazes de suportar invernos rigorosos, as monarcas do leste passam o inverno no México, enquanto as do oeste escolhem a Califórnia.
Utilizando atrações magnéticas e a posição solar para navegação, agrupam-se em grandes números nas florestas. Durante a migração de 80 a 160 quilômetros por dia, as borboletas demonstram um instinto notável para encontrar seus locais de inverno, mesmo sem experiência prévia.
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A pequena andorinha do Ártico realiza uma incrível migração de cerca de 30 mil quilômetros anualmente, indo do Círculo Polar Ártico ao Círculo Antártico. Essa jornada, impulsionada pela inclinação da Terra, visa evitar o rigoroso inverno ártico. As aves migram em colônias, adotando um período de silêncio antes de deixarem coletivamente os ninhos.
Adaptadas para serem leves, planam aproveitando a brisa do oceano, podendo até dormir e comer durante o voo. Apesar de seu pequeno tamanho, as andorinhas não enfrentam ameaças significativas, graças aos seus locais remotos de reprodução.