
Ciência
18/02/2023 às 11:00•3 min de leitura
Todo adulto que tenha contato com crianças de diferentes gêneros possui, uns mais outros menos, o hábito de analisar as diferenças comportamentais entre elas. Pais e mães fazem comparação entre habilidades adquiridas, como, por exemplo, qual dos filhos aprendeu a falar mais cedo ou a andar mais rápido.
Características como afetuosidade e sensibilidade também costumam ser objeto de escrutínio dos familiares. Todavia, esses apontamentos costumam, unicamente, ser baseados em experiências das famílias, sem caráter científico.
Isso não significa, no entanto, que pesquisadores não tenham se debruçado sobre o tema, procurando compreender aspectos peculiares de crianças do sexo masculino e feminino. Baseado nestas informações, elaboramos um compilado com o que a ciência já disse sobre o assunto.
(Fonte: Unsplash)
Segundo resultados de pesquisas, meninas levam vantagem quando o assunto é compreensão social. Elas também são mais sensíveis a expressões emocionais. De acordo com estudos, meninas aprendem a ler as pessoas e a expressar seus sentimentos e emoções mais cedo do que meninos, e aprimoram sua técnica ao longo da vida, o que ajuda que sejam mais empáticas.
Em contrapartida, meninos são mais atraídos pela interpretação de gestos corporais. De alguma maneira, pode ajudar a explicar o fato de que, ainda que também sejam capazes de ler e expressar sentimentos, façam isso em menor frequência. É bastante comum, inclusive, que tentem esconder o que sentem de outras pessoas.
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As pesquisas mais recentes têm demonstrado que meninas costumam desenvolver a fala antes dos meninos. Durante a infância, é comum que elas também possuam vocabulário maior, tendo maior prazer em desenvolver longas conversas do que meninos da mesma faixa etária. Segundo estudos, parte disso é explicado por um melhor desenvolvimento de partes do cérebro responsáveis pela fala.
Obviamente, toda análise precisa considerar fatos mais amplos, como oportunidades para desenvolvimento de habilidades de comunicação, além de fatores socioeconômicos. Ambos também possuem influência direta nos resultados.
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Sobre atividades físicas, as pesquisas indicam que meninos são mais ativos desde a gestação, sendo que mantêm esse nível elevado de atividades após o nascimento. Fatores sociais têm peso na formação de interesses nas crianças, razão pela qual é importante o incentivo às atividades físicas dentro e fora de casa, independente do gênero.
Porém, pesquisadores indicam que meninos são mais propensos a correr, pular e praticar esportes, enquanto as meninas vão optar por atividades mais tranquilas e que envolvam o uso da mente, como jogos.
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Quem tem filhos sabe como o momento do desfralde é complicado. Segundo estudos, é uma fase que pode ser mais complicada para meninos do que para meninas. Enquanto elas se acostumam a usar o banheiro entre 22 e 30 meses de idade, os meninos chegam a precisar de até 6 meses a mais.
Até mesmo nas metodologias desenvolvidas para auxiliar no período, como o Quadro de Treinamento de Potty, costumam ser assimiladas mais cedo por meninas.
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Choro e manha são coisas que todas as crianças fazem, umas mais do que outras. Porém, pesquisas indicam que meninos são mais propensos a demonstrar frustração nos primeiros 6 meses de vida. Por volta do primeiro ano, eles também vão reagir mais firmemente a questões negativas.
De maneira geral, estudos mostram que os meninos são mais mal-humorados, exigindo mais atenção dos pais. Parte dessa característica seria explicada por um instinto de curiosidade mais presente neles, o que os tornaria mais propensos a situações de dor e frustração.
(Fonte: Unsplash)
No tema emoção, isto é, como reagem emocionalmente a diferentes aspectos, meninos vão ser mais agressivos e rudes. A testosterona terá um papel fundamental nesse comportamento. A amígdala, ponto de emoção central do cérebro, é bastante sensível ao hormônio, e é maior em meninos do que em meninas.
É natural, então, que mesmo na presença dos pais, as crianças do gênero masculino reajam pior às emoções diferentes, tendendo a brincar de modo agressivos com outras crianças, mas também com outros adultos.