Ciência
11/01/2018 às 03:00•4 min de leitura
Você é fã de história e, se tivesse a oportunidade, adoraria voltar no tempo para poder conferir como viviam algumas civilizações antigas? Infelizmente, esse tipo de viagem não é possível... No entanto, existem diversos monumentos e ruínas espalhados pelo mundo que estão abertos ao público — e pelos quais você pode passear.
Quer algumas sugestões? A seguir, nós, aqui do Mega Curioso, listamos sete cidades antigas de importância arqueológica — selecionadas a partir de um artigo de Jen Pinkowski do portal Mental_Floss — para você conhecer melhor. Confira:
Conhecida também como “Cidade da Vitória”, Hampi fica localizada ao norte Karnataka, na Índia, e foi a última capital do reino hindu de Vijayanagar. Construída entre os séculos 14 e 16, o local é composto por cerca de 1,6 estruturas, que incluem templos, residências, complexos reais, portais, corredores repletos de pilares e diversos santuários de pedra na forma de carruagens.
Seu declínio aconteceu depois que sultões do Deccan — um vasto planalto que compreende boa parte das regiões centro e sul da Índia —, temerosos pelo grande crescimento do Império de Vijayanagar, se uniram em 1565 e invadiram Hampi. A invasão foi seguida por vários meses de pilhagem, e a capital, após ser abandonada pelos muçulmanos, jamais conseguiu se recuperar.
Todo mundo já ouviu falar sobre Pompeia, na Itália, não é mesmo? Pois, apesar de ser a mais famosa, ela não foi a única cidade a ser soterrada pelas cinzas do Vesúvio durante a erupção que arrasou a região no ano 79. Herculaneum também foi destruída — e os corpos de seus habitantes também foram preservados na posição em que se encontravam quando a catástrofe aconteceu.
Herculaneum, que fica situada à beira mar, era a cidade de veraneio frequentada pelos romanos ricos da época. Atualmente, apesar de as ruinas passarem meio despercebidas ao lado de Pompeia, os visitantes podem explorar inúmeras casas decoradas com frescos e mosaicos, estruturas repletas de colunas e banhos públicos enquanto passeiam por suas largas vias pavimentadas.
Situada na Turquia, mais precisamente em uma montanha na costa do Mediterrâneo, Arykanda foi construída por volta do século 5 a.C. em vários níveis, o que significa que, conforme os visitantes vão “escalando” a cidade, é possível ir encontrando novas ruínas pelo caminho.
Aliás, esse é um fato bem curioso, já que os antigos ocupantes tinham fama de ser bêbados — conclusão foi tirada por arqueólogos que descobriram milhares de garrafas de vinho no local —, portanto os acidentes deviam ser rotineiros! Outro fato curioso é que apesar de ser incrível, Arykanda não é tão visitada, já que ela conta com uma série de vizinhas ilustres, como Xanthos, Perge e Side, que são inundadas por turistas.
Se você é do tipo de aventureiro e não se intimida diante de desafios, a Ciudad Perdida é o local ideal para você. Também conhecida pelo nome de Teyuna, o local chegou a abrigar uma população estimada entre 2 e 8 mil pessoas em seu apogeu e fica localizado em Sierra Nevada de Santa Marta, no norte da Colômbia.
Para chegar a este incrível sítio arqueológico, é necessário enfrentar quatro dias de trilha através da mata densa — com a companhia imprescindível de guias experientes. E, depois de atravessar a floresta, os visitantes ainda precisam “escalar” 1,2 mil degraus de pedra para chegar até Teyuna.
No entanto, após vencer todos esses obstáculos, os visitantes/aventureiros se deparam com o cenário que você viu na imagem acima, composto por uma série de vias pavimentadas, praças circulares e terraços — são 169 no total — construídos entre os séculos 8 e 16.
Tebas, no Egito, reúne alguns dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo, como o Vale dos Reis, o Vale das Rainhas, o complexo funerário de Deir el-Bahari, o povoado de Deir el-Medina , o Templo de Karnak, o de Luxor, templos funerários de dezenas de faraós e incontáveis estátuas, colunas e outras ruínas magníficas.
A localidade foi capital do Antigo Egito durante mais de mil anos — precedendo Mênfis — e serviu de cidade sagrada, morada dos sumos sacerdotes de Amon e residência dos reis por mais de um milênio. Além disso, estima-se que Tebas pode ter contado com mais de 650 mil habitantes em seu apogeu. Hoje, são os milhares de turistas que visitam a antiga cidade quem inundam suas ruas.
Localizada próximo ao Lago Titicaca, na Bolívia, a cidade de Tiwanaku — ou Tiahuanaco — se encontra a mais de 3,5 mil metros de altitude nos Andes bolivianos e entre os séculos 8 e 11 foi um importante centro político e religioso da região.
Aliás, segundo historiadores e arqueólogos, a civilização que construiu e ocupou Tiwanaku foi uma das mais importantes precursoras do Império Inca, espalhando seus avanços tecnológicos — como seus sistemas de irrigação e obras de engenharia — pela região.
No entanto, apesar de Tiwanaku ter vivido seu apogeu entre os séculos 8 e 11, existem evidências que apontam que a localidade já era ocupada há mais de 4 mil anos. Hoje, os visitantes que vão até a antiga cidade podem conferir os complexos que compõem o templo Kalasasaya e Puma Punku, a Porta do Sol e a Porta da Lua, além de outras tantas ruínas e estátuas.
Sem dúvida um dos sítios arqueológicos mais famosos do México, Teotihuacan foi fundada no século 1 a.C., e sua expansão aconteceu durante cerca de 600 anos — conforme o Império Maia foi ganhando influência e poder. Segundo os arqueólogos, ela chegou a ser a maior cidade do hemisfério ocidental até o século 15 e, em seu apogeu, serviu de lar para mais de 25 mil habitantes.
Teotihuacan fica a cerca de 50 quilômetros da Cidade do México e é famosa por suas muitas pirâmides — comparáveis com as do Egito. Mas o sítio também conta com muitas outras estruturas que podem ser acessadas através da Calçada dos Mortos, a avenida central que atravessa a cidade.
Ademais dos milhares de complexos residenciais de Teotihuacan, entre as edificações mais famosas estão o Palácio dos Jaguares e de Quetzalpapálotl, o Edifício dos Caracóis Emplumados, a Casa dos Sacerdotes, a Pirâmide do Sol e a da Lua, o Templo de Quetzalpapálotl e a Cidadela.
*Publicado em 23/7/2015