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Pesquisa que ligava celular à deformação no crânio é desmentida

20/09/2019 às 06:002 min de leitura

Você se lembra daquele estudo científico divulgado em junho deste ano que tinha como destaque a acusação de que o uso de celular por jovens causaria deformações em forma de "chifre" na parte de trás do crânio? Na época, a pesquisa já era bastante contestada e levantou algumas suspeitas. Agora, elas foram confirmadas.

A própria revista Nature publicou um comunicado afirmando que várias partes do artigo foram reescritas e substituídas por trechos mais claros. Em resumo, a pesquisa não chega a ser mentira, já que de fato detectou uma alta incidência nesse tipo de problema. Entretanto, ela agora não cita mais qualquer relação entre o uso de smartphones e a tal deformação no crânio — simplesmente porque o fator "causa e efeito" entre os itens não foi provado no texto.

Praticamente todas as seções do texto receberam alterações, desde o resumo até as discussões e a explicação sobre a metodologia. As mudanças e o artigo atualizados podem ser lidos aqui.

Uma pesquisa problemática

"Na discussão das descobertas, o artigo continha linguagem que era especulativa a respeito das implicações do estudo. Isso agora foi substituído com a discussão sobre as limitações da pesquisa", diz o comunicado oficial da Nature. Qualquer menção a respeito do uso de dispositivos móveis e o prolongamento das entesófitas ou protuberância occipital externa aumentada (EEOP) foi removida.

O texto agora afirma somente que é possível "levantar preocupações sobre a saúde musculoesqueletal da população" e sugere uma educação direcionada para melhorar a postura das pessoas.

Fonte da imagem: Nature/Reprodução

Outro fator importante é que a amostra analisada era de um banco de dados clínico de radiografias — ou seja, só de pacientes que já apresentavam conselho médico ou já tinham sintomas leves registrados, o que naturalmente aumenta a incidência de problemas.

Por fim, a publicação ainda omitia o fato de que um dos cientistas, David Shahar, trabalha como quiroprata e especialista de correção de posturas, além de vender produtos no setor. Isso indica um possível interesse nos resultados do estudo por parte do acadêmico e deve constar na descrição dos autores.

Pesquisa que ligava celular à deformação no crânio é desmentida via TecMundo

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