Ciência
26/11/2021 às 02:00•1 min de leitura
O cérebro, seu principal órgão do sistema nervoso, é responsável por diversas funções extremamente sensíveis, essenciais para o dia a dia de qualquer pessoa. Entre as inúmeras células que compõem esse complexo sistema estão as engramas, armazenadas como memórias potencialmente recuperáveis.
Mesmo que o conceito de “engrama” tenha sido apresentado há quase 115 anos, somente com as tecnologias atuais evidências concretas de engramas puderam ser coletadas. Por isso, atualmente, estudiosos defendem que as células de engrama podem ser a unidade básica da memória.
Isso ocorre quando as células neuronais excitadas no hipocampo e amígdala são recrutadas para um conjunto-local. Os conjuntos combinam-se com outros em regiões como o córtex, uma estrutura conhecida como complexo de engrama. Este processo denomina-se “plasticidade sináptica” e “formação de coluna dendrítica”.
É importante compreender que a memorização é um dos processos mais difíceis de serem realizados. As memórias são, inicialmente, armazenadas em um complexo de engrama, podendo ser recuperadas por reativação que, por sua vez, também pode persistir silenciosamente mesmo quando não recuperadas naturalmente. Por exemplo, quando uma nova experiência ocorre, as células nervosas engramas codificam os detalhes da memória.
Além disso, mudanças na cromatina, uma estrutura comprimida que consiste em DNA, histonas e proteínas — também localizada na estrutura do DNA — controlam o quão ativos genes específicos estão em determinada célula. No momento da memória, a cromatina torna-se mais frouxa, permitindo a acessibilidade do DNA. A cromatina é um conjunto de fios, cromossomos, em que cada um é formado por uma longa molécula de DNA associada às moléculas da proteína histona.
O estudo completo pode ser acessado neste link.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD, neurocientista com formações em Neuropsicologia, Biologia, História, Antropologia, Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à aprendizagem, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International e membro da Federação Europeia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências.