Imagem de O incrível quase-desastre do edifício salvo por uma estudante no megacurioso

O Citigroup Center só não desabou com os ventos porque Diane Hartley, uma estudante de engenharia, percebeu erros nos cálculos da estrutura

<head></head><body>Histórias de desastres costumam fascinar as pessoas... Mas essa história, onde o desastre só ficou no "quase", talvez seja ainda mais interessante.&nbsp;Tudo começa nos anos 1970, quando a grande empresa de serviços financeiros Citicorp estava planejando seu novo arranha-céu, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118817-apagao-de-1977-quando-nova-york-ficou-25-horas-sem-energia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova York</a>. Eles precisavam comprar os terrenos de uma igreja luterana — que se recusava terminantemente a sair dali, ainda que quantias exorbitantes fossem oferecidas.&nbsp;As duas partes só chegaram a um acordo quando a empresa aceitou os terrenos vizinhos e os "direitos aéreos" sobre o terreno da igreja. Esse é um tipo de acordo que típico de Nova York, onde o dono do terreno não permite construir no nível da rua — mas permite construir acima de sua propriedade. E assim o Citicorp criou um prédio único no mundo.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/08/08233805472088.jpeg" alt="Fonte: TripAdvisor/Reprodução">Fonte: TripAdvisor/Reprodução<h2>Um prédio super diferente</h2>Para construir acima da igreja, sem ocupar seu terreno, o arquiteto Hugh Stubbins criou um design bastante curioso: o corpo do prédio só começaria aos 34 metros de altura. Embaixo disso, estaria uma base central e quatro pilastras, suportando todo o prédio.&nbsp;Mas, pela localização da igreja, essas pilastras não poderiam ser colocadas nas quinas, o que seria o ideal. Elas seriam instaladas no meio de cada fachada.&nbsp;Os cálculos de uma estrutura tão diferente eram bem complicados — e ficaram a cargo de um dos engenheiros mais renomados da época, William J. LeMessurier. O principal problema, nos cálculos da estrutura, não é o peso do próprio edifício, mas sim a força dos ventos.Para que o edifício conseguisse suportar fortes ventos sem pilares nas quinas, LeMessurier criou uma solução igualmente única. Colunas de aço em forma de "V" seriam colocadas nas laterais, conduzindo a força horizontal dos ventos até as pilastras no centro. Além disso, um amortecedor de massas — uma grande bola de concreto no topo do edifício — foi instalado para contrabalancear forças anormais. Tudo certo, não?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/08/08233532394086.jpg" alt="Fonte: Reprodução">Fonte: Reprodução<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118576-6-dos-maiores-erros-de-engenharia-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 dos maiores erros de engenharia na história</a></li></ul><h2>Um erro de cálculo fatal</h2>Com a arquitetura única de Stubbins e as soluções de engenharia de LeMessurier, o Citicorp Center foi inaugurado com grande publicidade, em 1977. Na época, este era um dos prédios mais altos do mundo, com 59 andares e quase 300 metros de altura.&nbsp;Mas um ano depois disso, o escritório de LeMessurier recebeu uma ligação. A estudante de engenharia Diane Hartley afirmou que estava fazendo um trabalho sobre o Citicorp Center e estava intrigada com os cálculos. Segundo ela, o prédio realmente suportava os ventos que atingissem a lateral do prédio — mas, como as pilastras ficavam no centro, eram necessários reforços para aguentar ventos diagonais. Ou seja: como estava, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119064-desabamento-da-sampoong-quando-a-ganancia-causou-um-desastre-fatal.htmhttps://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112426-novos-videos-mostram-motivo-da-queda-de-predio-em-fortaleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o prédio poderia desabar</a>.Tanto o funcionário que atendeu Diane, quanto o próprio engenheiro tinham certeza de que seus cálculos estavam certos. Eles chegaram a discutir com a estudante, que insistiu em suas ideias. LeMessurier ficou com a pulga atrás da orelha e decidiu revisar os cálculos.&nbsp;Então, ele percebeu que a estudante tinha razão. Embora os cálculos previssem margens de segurança grandes, a estrutura foi enfraquecida quando os responsáveis pela obra decidiram economizar — colocando rebites na estrutura, ao invés de soldas, como LeMessurier previu.&nbsp;O prédio só resistiria aos ventos diagonais de uma tempestade com a ação do amortecedor de forças. A tal bola de concreto no topo. Contudo, este sistema depende de energia elétrica para funcionar. Se a luz acabasse durante a tempestade, o prédio poderia cair.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/08/08233703261087.jpeg" alt="Fonte: Pinterest/Reprodução">Fonte: Pinterest/Reprodução<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119064-desabamento-da-sampoong-quando-a-ganancia-causou-um-desastre-fatal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Desabamento da Sampoong: quando a ganância causou um desastre fatal</a></li></ul><h2>Uma operação de salvamento em segredo</h2>O brilhante engenheiro não sabia o que fazer com essa informação. Ele se isolou em sua casa de campo e chegou a contemplar o suicídio. Então, pensou em quantas vidas seriam perdidas caso o prédio desabasse — e decidiu agir.&nbsp;Ele se reuniu com os executivos do Citicorp e explicou que a estrutura precisava ser soldada. A diretoria, que temia um escândalo, aceitou realizar a obra. Mas em segredo.&nbsp;Entre junho e agosto de 1978, os soldadores — que assinaram acordos de confidencialidade — reforçaram a estrutura metálica do prédio. Enquanto isso, a empresa entrou em contato com a Prefeitura de Nova York para criar um plano de evacuação, caso o pior acontecesse.&nbsp;Isso porque a temporada de furacões estava quase se aproximando e, se o Citicorp Center não suportasse os ventos diagonais, até 18 quarteirões de Manhattan seriam destruídos. Um bizarro efeito dominó, em uma catástrofe sem precedentes.&nbsp;O plano de evacuação quase entrou em ação, quando o furacão Ella se aproximou da costa, no dia 31 de agosto. Felizmente, a tempestade desviou de Nova York e os reforços terminaram em setembro, continuando em segredo. Ou nem tanto... Já que a fofoca corria pela cidade.&nbsp;A fofoca correu por anos, a boca pequena, até que um jornalista norte-americano publicou um texto sobre o Citicorp Center, na revista New Yorker. Isso levou a BBC a fazer um documentário citando a tal "estudante que ligou para LeMessurier". Diane Hartley só soube que a sua ligação tinha salvo o prédio quando viu o documentário na BBC America, em 2000.&nbsp;Na mesma hora, ela telefonou para a BBC e se identificou. Agora, toda vez que essa história é contada, podemos lembrar da estudante que salvou Manhattan de um desastre. Hoje em dia, Diane é agente imobiliária em Washington — e o prédio, agora chamado de Citigroup Center, continua de pé.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:43.975Z

O incrível quase-desastre do edifício salvo por uma estudante

Imagem de Os 5 castelos mais peculiares e incomuns do mundo no megacurioso

Construídos em locais de difícil acesso e com estilos arquitetônicos pouco comuns, eles serviram como residência de nobres e fortalezas militares

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121726-do-inferno-ao-ocultismo-as-historias-macabras-do-castelo-houska.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Castelos</a> são atrações turísticas populares em todos os lugares do mundo. Presentes em quase todos os países, eles serviram — e servem — como moradia para nobres, além de também poderem ser usados como edifícios de defesa.De maneira geral, eles costumam guardar uma parte importante da história dos países, o que faz com que muitos sejam tombados como patrimônios culturais e históricos. Abaixo você pode conhecer alguns dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117275-conheca-o-castelo-de-oheka-a-mansao-que-inspirou-o-grande-gatsby.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">castelos</a> mais peculiares e incomuns já construídos na história do mundo.&nbsp;<h2>1. Palácio de Potala – Tibete</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22091306096017.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Localizado a 3.700 metros de altitude, o Palácio de Potala foi a residência dos Dalai Lamas por três séculos. Ele está localizado na cidade de Lassa, no Tibete, e em 1994 foi classificado como Patrimônio Mundial da UNESCO — atualmente ele funciona como um museu estadual da China.&nbsp;Diferente da maioria dos castelos, o Palácio de Potala foi construído na encosta de um morro, no centro de um vale. Dentro do complexo que compõe o castelo, está localizado o Palácio Vermelho, famoso por suas capelas, santuários e salões, com decorações ricas em joias, pinturas e ornamentos elegantes.<h2>2. Palácio da Pena – Portugal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22091520977018.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Com um visual bastante chamativo, o Palácio da Pena é o primeiro castelo construído com elementos do Romantismo arquitetônico do século XIX — sua atual construção foi concluída cerca de 30 anos antes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106823-neuschwanstein-o-castelo-alemao-que-foi-inspiracao-para-contos-de-fadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Castelo de Neuschwanstein</a>, na Baviera.Seu complexo conta com uma capela, um chalé, um terraço, além de diversos aposentos usados pela realeza desde o século XV. Em 1755, uma boa parte da sua estrutura foi destruída durante um terremoto, sendo reconstruída somente em 1838, quando o rei Fernando II adquiriu as ruínas e o deixou como está atualmente<h2>3. Palácio do Lago – Índia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22092046102024.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Palácio do Lago é uma construção que chama a atenção por parecer que está flutuando na água. Ele foi construído no Lago Pichola, no noroeste da Índia, entre 1743 e 1746.Durante quase dois séculos, ele foi usado como residência de verão de governantes da Índia, até que na década de 1960 ele foi transformado em um hotel de luxo — e permanece assim até os dias atuais. Ele também já foi usado como locação para diversos filmes, como 007 contra Octopussy&nbsp;(1983).<h2>4. Castelo Predjama – Eslovênia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22091901508023.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Escondido entre a encosta de uma montanha e uma caverna, está o Castelo Predjama. Construído no estilo arquitetônico gótico, o castelo foi feito em um local estratégico durante o século XIII para dificultar o acesso de invasores.A maior parte da sua estrutura foi feita a partir das rochas da montanha, por isso ele também é bastante úmido e frio por dentro. Uma estratégia utilizada para dissipar o calor, foi construir fornalhas na rocha, para tentar manter temperatura mais confortável, principalmente durante os rigorosos invernos da Eslovênia.<h2>5. Castelo de San Felipe – Colômbia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22091803714022.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Localizado na costa norte da Colômbia, o Castelo de San Felipe é, na verdade, uma fortaleza militar construída pelos espanhóis em 1536 para defender a área dos piratas franceses e ingleses. Ele está no topo de uma colina, para permitir uma melhor visualização da área ao redor.Apesar de parecer pequeno, a maior parte da sua estrutura está abaixo do solo, onde mais de 600 metros de túneis serviram para abrigar militares que poderiam se preparar para possíveis invasões inimigas.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.960Z

Os 5 castelos mais peculiares e incomuns do mundo

Imagem de Túnel secreto na Grande Pirâmide de Gizé é descoberto por pesquisadores no megacurioso

Arqueólogos ainda não sabem qual é a função desta passagem, mas já a classificam como uma descoberta importantíssima

<head></head><body>Pesquisadores declararam ter encontrado uma passagem escondida de nove metros de profundidade e dois metros de largura dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108617-esta-foto-vai-te-ajudar-a-ver-melhor-a-imensidao-da-grande-piramide-de-gize.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Pirâmide de Gizé</a>. A descoberta foi anunciada pelo Ministro do Turismo do Egito no dia 2 de março.A descoberta é fruto de um projeto chamado Scan Pyramid Missions, iniciado em 2015 e que junta pesquisadores egípcios, canadenses, franceses e japoneses. Sua proposta é usar alta tecnologia - como drones com scanners de tecnologia 3D, termografia infravermelha, múons (partículas de energia que penetram objetos), termografia modulada, fotogrametria e laser -&nbsp;para observar o interior de pirâmides de forma não-invasiva.O trabalho neste túnel começou em 2015, quando os pesquisadores notaram que havia ali uma temperatura mais elevada em relação ao resto da estrutura. Isto fez com que eles começassem a explorar o local.Ainda não se sabe qual a função deste corredor, que está na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pirâmide</a> que pertenceu ao faraó Khufu (“Quéops” em grego). Contudo, os pesquisadores acreditam que isto levará a novas revelações importantes.<h2>Características do túnel encontrado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02123914962578.jpg" alt="(Fonte: El Independiente)">(Fonte: El Independiente)Segundo Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, o túnel é horizontal e tem teto triangular, o que sugere que houve ali a preocupação para aliviar a carga sobre a sua estrutura. "Mas uma grande dúvida paira sobre se este corredor foi criado para aliviar o peso na entrada (principal) ou aliviar a carga em um espaço ainda a ser descoberto. O trabalho de digitalização continuará a descobrir mais segredos", afirmou Waziri para repórteres.&nbsp;O <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogo</a> e ex-Ministro de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, declarou à imprensa de que a revelação do túnel é “a maior descoberta do século”. Isto porque esta é a primeira vez, em 186 anos, que uma equipe de arqueólogos confirmou que a existência de um novo espaço dentro da maior pirâmide do país."Esta incrível descoberta promete desvendar os segredos da Grande Pirâmide como nunca antes. É o maior mistério de todos os tempos. Por mais de 4.500 anos, o mundo tentou desvendar os segredos da estrutura mais enigmática do mundo", acrescentou Hawass.<h2>Sobre a pirâmide</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02123549203577.jpg" alt="(Fonte: El Independiente)">(Fonte: El Independiente)A Grande Pirâmide de Gizé é considerada a última maravilha sobrevivente do mundo antigo. Ela foi construída há cerca de 4.500 anos, durante o reinado do faraó Khufu, para que pudesse servir como seu túmulo. Até a construção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123139-em-gesto-simbolico-torre-eiffel-esta-apagando-suas-luzes-1h-mais-cedo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">torre Eiffel,</a> durante o século XIX, esta pirâmide detinha o posto de mais alta construção do mundo.O monumento tem 137 metros de altura e teria envolvido para sua construção o trabalho de 10 mil homens. Até então, só haviam sido descobertas três câmaras dentro da pirâmide: a Câmara Real, que continha os restos do faraó; a Câmara Secreta; e a Câmara da Rainha.A evolução trazida pelo projeto Scan Pyramid Missions consiste na possibilidade de explorar internamente este espaço sem que haja riscos de destruição, o que causaria uma perda inestimável à humanidade.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:43.219Z

Túnel secreto na Grande Pirâmide de Gizé é descoberto por pesquisadores

Imagem de 5 cidades refeitas após serem parcial ou totalmente destruídas no megacurioso

Seja por guerras ou desastres naturais, algumas cidades do mundo acabaram destruídas, sendo reerguidas após longo processo de reconstrução. Confira.

<head></head><body>Quando pensamos em cidades destruídas que precisaram renascer das cinzas, vem à mente o caso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, municípios japoneses afetados por bombardeios atômicos feitos pelos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Todavia, abundam histórias de lugares que precisaram ser reconstruídos, e por diferentes razões.Terremotos, incêndios, enchentes, alagamentos e guerras moldaram e remoldaram cidades de muitos países. Na atualidade, as causas naturais são presença mais frequente nestes casos, em especial pelo agravamento do aquecimento global e suas consequências. Conheça a história de cidades que precisaram ser reconstruídas.<h2>1. Lisboa, Portugal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122536055149.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Sim, a capital portuguesa é uma das cidades que foram destruídas e precisaram ser reerguidas. Em 1755, durante a celebração do Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118305-o-terremoto-de-lisboa-de-1755-mudou-a-historia-de-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lisboa foi abalada por um terremoto</a> de grandes magnitudes. Como consequência, um tsunami foi formado, cerca de quarenta minutos após os abalos sísmicos.A cidade lusitana viu o fogo tomar conta de diferentes construções, se espalhando por toda a capital nos cinco dias seguintes. Palácios, bibliotecas e igrejas ruíram, além de 30 mil pessoas que perderam suas vidas. A estimativa é de 85% de Lisboa tenha virado pó.O processo de reconstrução foi conduzido pelo Marquês de Pombal, que projetou edifícios reforçados para suportar terremotos, mantendo a arquitetura clássica do local. O Arco do Triunfo, localizado na Rua Augusta, é um símbolo do ressurgimento de Lisboa.<h2>2. São Francisco, Estados Unidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122639618151.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No início do século XX, a cidade norte-americana de São Francisco foi destruída por conta de um terremoto ocorrido na falha de San Andreas. Conhecido como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106956-ha-112-anos-um-terremoto-destruiu-san-francisco-veja-fotos-da-tragedia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto de 1906</a>", o fenômeno causou diversos estragos em São Francisco, gerando incêndios que se seguiram pela cidade, até então o principal centro cultural e financeiro do oeste dos Estados Unidos.&nbsp;Aproximadamente 3 mil pessoas morreram, muitas delas dormindo - o terremoto iniciou às 5 da manhã, e o incêndio que se alastrou pela cidade veio na sequência. Foram necessários 9 anos para que São Francisco fosse reconstruída, inclusive com a expansão territorial e surgimento de novas áreas.<h2>3. Guernica, Espanha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122733044152.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A cidade espanhola de Guernica foi eternizada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121456-4-obras-de-arte-inspiradas-em-terriveis-acontecimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pintura de Pablo Picasso</a>. Durante a Guerra Civil Espanhola, um ataque aéreo conduzido por aviões da Alemanha nazista, em apoio aos nacionalistas, bombardeou toda a cidade, que ficou em ruínas.Quase toda a cidade, na região conhecida como País Basco, ficou destruída, além de inúmeras vítimas - pesquisas atuais sugerem que 400 indivíduos tenham morrido nos bombardeios, cerca de 10% do total de habitantes. Cerca de 90% de Guernica foi abaixo, e sua reconstrução desconfigurou o layout pré-industrial da cidade.<h2>4. Varsóvia, Polônia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122846760156.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A força aérea nazista bombardeou Varsóvia, na Polônia, com muita força a partir de 1939. Já em 1943, a repressão ao Levante do Gueto de Varsóvia também causou muitos estragos à cidade, mas foi a vingança ao movimento conhecido como Revolta de Varsóvia que deu a pá de cal para levar 85% da capital polonesa ao chão.Os nazistas lançaram um intenso ataque, com o objetivo de destruir a maior cidade polonesa. Após bombardeios, equipes com lança-chamas entraram pelas ruas para botar fogo no que restava em pé.A cidade foi reerguida a partir da década de 1950, com a formação de um comitê, que usou mapas e fotos antigas para manter a arquitetura e estrutura de Varsóvia, atualmente considerada Patrimônio Mundial da Unesco.<h2>5. Tóquio, Japão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17123517148160.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outra cidade a ser destruída por conta de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/71416-terremoto-o-que-aconteceria-se-o-big-one-acontecesse-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a> foi Tóquio. A capital japonesa, junto a Yokohama e outras pequenas cidades da região do Kanto, foram atingidas por abalos sísmicos em 1º de setembro de 1923. Ele atingiu as localidades por volta do horário do almoço, sendo seguido de grandes incêndios.O asfalto das ruas derreteu, cooperando a levar mais de 38 mil pessoas à morte, apenas na região central da cidade. A dificuldade de acesso à água para apagar o fogo fez com que Tóquio fosse ainda mais afetada. Sua reconstrução foi conduzida pelo governo central japonês, que decidiu investir em espaços mais verdes e avenidas mais largas entre os edifícios.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.745Z

5 cidades refeitas após serem parcial ou totalmente destruídas

Imagem de Conheça a casa em favela de BH que venceu prêmio de arquitetura no megacurioso

Casa no Pomar do Cafezal, com pouco mais de 60 metros quadrados, 

<head></head><body>A “Casa no Pomar do Cafezal”, administrada pelo artista Kdu dos Anjos e localizada na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112612-voce-sabe-qual-a-origem-da-palavra-favela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">favela</a> do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), venceu o 14º prêmio internacional de <a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arquitetura</a> celebrado pelo site ArchDaily. O título, contemplado por meio de uma votação online, reuniu 4.500 imóveis do Brasil, Índia, México, Alemanha e Vietnã, e destacou o "modelo construtivo" como a "Casa do Ano".Segundo o concurso, o "Barraco do Kdu", construído com tijolos expostos e sem qualquer tipo de reboco, consiste em um projeto levantado em um terreno anguloso. Com 66 metros quadrados de dimensões, a casa traz dois módulos estruturais em andares distintos, dando uma atenção especial "à iluminação e ventilação" e resultando em um "espaço com grande qualidade ambiental" que utiliza materiais "próprios da periferia".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27002401484043.jpg" alt="(Fonte: Kdu dos Anjos / Reprodução)">(Fonte: Kdu dos Anjos / Reprodução)A notícia foi compartilhada pelo próprio artista em suas redes sociais, que afirmou estar aos "prantos" e sem palavras. Sua residência está localizada em um beco e não possui CEP, água encanada ou energia legal. Como toda a comunidade foi construída por engenheiros, estudantes, designers e paisagistas voluntários do Coletivo Levante, ela se camufla com outros edifícios do Aglomerado da Serra."Os vencedores são um exemplo concreto daquilo que a sociedade reconhece como boa arquitetura, mas também daquilo que dela exige", diz o texto da competição, publicado pelo ArchDaily. "Os 75 finalistas, que já são uma lista de vencedores, são um testemunho das formas inovadoras e diversas como a arquitetura responde aos desafios do nosso ambiente construtivo."<iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/p/CpAmLc9MMxx/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=540&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2F1oVLR%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A337302.09999990463%2C%22ls%22%3A336770.2999999523%2C%22le%22%3A337284.09999990463%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="862" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe><script async="" src="http://www.instagram.com/embed.js"></script><h2>Projeto de Kdu dos Anjos visa o longo prazo</h2>Com o reconhecimento internacional, o Coletivo Levante espera que haja mais espaço para a realização de grandes projetos. Segundo o arquiteto Fernando Maculan, que assina a "Casa do Ano", a premiação pode exaltar o lado "positivo" da favela e fazer as pessoas deixarem de priorizar apenas os seus problemas. E apesar do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105616-5-beneficios-que-o-voluntariado-traz-para-a-sua-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho voluntário</a>, a abertura de uma ONG pode abrir portas para editais de assessoria técnica e outros tipos de financiamento.Essa também não é a única conquista recente do grupo. No final de 2022, o coletivo ganhou uma injeção financeira de R$ 80 mil, como resultado de um apoio da Fundação Tide Setúbal. Desde então, pessoas estão entrando em contato para revelar histórias pessoais e pedindo ajuda para realizar o sonho da casa própria, assim como outras empresas já apoiam iniciativas de habitação social em comunidades. No momento, 12 projetos autorais estão em andamento.Confira abaixo algumas imagens da “Casa no Pomar do Cafezal”:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27002448310044.jpeg" alt="(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)">(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27002535725045.jpeg" alt="(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)">(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27002555307046.jpeg" alt="(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)">(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27002620475047.jpeg" alt="(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)">(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27002640087048.jpeg" alt="(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)">(Fonte: Leonardo Finotti / Reprodução)O que você achou da casa do artista de Kdu dos Anjos? Deixe sua opinião nos comentários!</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.620Z

Conheça a casa em favela de BH que venceu prêmio de arquitetura

Imagem de Gaziantep: o castelo de 2 mil anos destruído pelo terremoto na Turquia no megacurioso

A destruição do castelo representa uma corrida para evitar que locais históricos sejam perdidos em catástrofes

<head></head><body>Quando um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118142-terremoto-o-que-e-as-suas-causas-e-como-e-medido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a> atinge alguma cidade, como aconteceu no último 6 de fevereiro na Turquia e na Síria, o prejuízo estrutural maior não é no que pode ser reconstruído – como edificações e casas –, mas sim locais históricos de valor inestimável. Uma vez que eles desabam em um monte de entulhos, um capítulo da história é encerrado da pior maneira possível.Foi isso que aconteceu com o Castelo de Gaziantep, na Turquia, após os dois terremotos de magnitude 7 na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124310-qual-e-a-maior-potencia-possivel-de-um-terremoto-na-escala-richter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escala Richter</a> que atingiram o país, a 34 km a oeste da cidade de Gaziantep. A queda e séria danificação do castelo de mais de 2 mil anos, e em estado provisório de Patrimônio Mundial da UNESCO, fala também sobre as preocupações com a preservação de locais históricos em uma região que há milhares de anos tem sido uma encruzilhada cultural.As áreas afetadas pelos terremotos fazem parte de vários impérios antigos, como hitita, persa, grego, romano, bizantino, árabe e otomano.<h2>Um ponto histórico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23131423954671.jpg" alt="(Fonte: Mitzo/Shutterstock)">(Fonte: Mitzo/Shutterstock)Datado do império hitita, o Castelo de Gaziantep, foi inicialmente erguido para ser um mirante, sendo fortificado durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a> entre os séculos II e IV d.C., mas expandido para sua forma atual somente no século VI pelo imperador bizantino Justiniano I.A construção ficou conhecida por sua forma circular incomum, com cerca de 99 metros de diâmetro, e suas 12 torres. Em algum momento da História, ele também foi cercado por um fosso, provavelmente como resistência para as múltiplas tentativas de invasão.Com renovações e mudanças de regime, o castelo perdeu seu significado militar depois que o império otomano o capturou, em meados de 1516, porém o manteve intacto devido ao seu papel histórico. O local teve um papel crucial de mediação de conflito durante a Guerra da Independência Turca que aconteceu no início do século XX.<h2>A queda</h2><span class="img-fc" data-fonte="Mehmet Akif Parlak/Anadolu Agency/Getty Images" data-fonte-url="https://edition.cnn.com/travel/article/is-it-safe-to-travel-to-turkey/index.html#:~:text=Mehmet%20Akif%20Parlak/Anadolu%20Agency/Getty%20Images"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23131505991672.jpg" alt="(Fonte: Mehmet Akif Parlak/Anadolu Agency/Getty Images)">(Fonte: Mehmet Akif Parlak/Anadolu Agency/Getty Images)Conforme o canal de notícias&nbsp;Anadolu, alguns bastiões nas partes leste, sul e sudeste do Castelo de Gaziantep foram destruídos pelo terremoto, lançando destroços por toda a estrada. As grades de ferro ao redor do pátio central estavam espalhadas nas calçadas que o cercam. O muro também desabou, e o resto que se manteve em pé da estrutura histórica apresenta rachaduras severas.O castelo não foi o único afetado pela catástrofe, o Daily Sabah noticiou que a cúpula e a parede leste da Mesquita Sirvani, que remonta ao século XVII e fica ao lado do castelo, também desabaram parcialmente.O que aconteceu com o Castelo de Gaziantep é um problema que as autoridades enfrentam na corrida para tentar reduzir a vulnerabilidade dos patrimônios históricos, enquanto os numerosos estudos sobre mitigação de desastres conseguiram apenas beneficiar as populações humanas.<span class="img-fc" data-fonte="Mehmet Akif Parlak/Anadolu Agency/Getty Images" data-fonte-url="https://edition.cnn.com/middleeast/live-news/turkey-earthquake-latest-020623/h_643b06f62b86dbaf60ca48456f8cb589#:~:text=Mehmet%20Akif%20Parlak/Anadolu%20Agency/Getty%20Images"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23131556959673.jpg" alt="(Fonte: Mehmet Akif Parlak/Anadolu Agency/Getty Images)">(Fonte: Mehmet Akif Parlak/Anadolu Agency/Getty Images)Ainda que a recuperação pós-desastre imediata dessas construções seja algo vital para salvá-las, o uso da tecnologia de varredura a laser 3D da CyArk, por exemplo, é a melhor esperança para evitar que esses locais se tornem menos que História para gerações futuras.Com a digitalização a laser 3D e a fotogrametria, existe a possibilidade de que monumentos danificados possam ser conservados, restaurados ou um dia reconstruídos com precisão à sua antiga glória.&nbsp;As autoridades acreditam que, embora a tecnologia seja incapaz de substituir a pureza do original, a preservação digital desses locais é um primeiro passo importante na jornada em evitar que pequenas partes da nossa História desapareça para sempre.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.480Z

Gaziantep: o castelo de 2 mil anos destruído pelo terremoto na Turquia

Imagem de 6 memoriais construídos por mulheres – e a história por trás deles no megacurioso

Conheça templos, mausoléus e estátuas que contam as histórias de amor que atravessaram o tempo

<head></head><body>Existem muitos edifícios construídos para homenagear deuses, reis e pessoas importantes. Das Pirâmides do Egito ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104364-taj-mahal-confira-5-curiosidades-sobre-o-mausoleu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Taj Mahal</a>, essas construções são lembradas por terem sido feitas a pedido de homens, na sua maioria.Porém, alguns templos e mausoléus foram feitos por mulheres enlutadas que desejavam homenagear seus falecidos maridos e eternizar seu amor por eles. Abaixo você irá conhecer seis deles! &nbsp;&nbsp;<h2>1. Mausoléu real em Frogmore – Inglaterra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15104857283124.jpg" alt="(Fonte: The Royal Household/Reprodução)">(Fonte: The Royal Household/Reprodução)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123023-rainha-vitoria-a-maior-traficante-de-drogas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Vitória</a> é lembrada por ter governado a Inglaterra durante o apogeu do Reino Unido. Porém, quando o seu marido, o príncipe Albert, morreu em 1861, a rainha ficou inconsolável. Ela passou a ter uma vida reclusa, vestindo a si mesma e à corte de preto, e cercando-se de imagens de seu falecido marido.Logo após a morte de Albert, a rainha mandou construir um mausoléu em Frogmore — uma das propriedades reais, perto do Castelo de Windsor. Albert foi sepultado no local e ela foi enterrada ao lado dele em 1901, quebrando a tradição real de ser enterrada na Abadia de Westminster ou na Capela de São Jorge em Windsor.<h2>2. Templo Kodai-ji – Japão</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Carl Court/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/schoolchildren-visit-kodai-ji-temple-on-october-14-foto-jornalistica/1235876442"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24140609796545.jpg" alt="(Fonte: Carl Court/Getty Images)">(Fonte: Carl Court/Getty Images)Kyoto é uma cidade bastante conhecida pelos diversos templos que ficam nas suas proximidades. Um deles é o Kodai-ji, templo construído para homenagear Toyotomi Hideyoshi, o filho de um camponês que se tornou um samurai e ajudou a unificar o Japão após séculos de guerra feudal.O templo foi encomendado pela esposa de Hideyoshi, Kita-no-Mandokoro, após sua morte em 1598. Embora o próprio Hideyoshi não tenha sido enterrado no local, Mandokoro viveu por 19 anos em Kodai-ji como freira budista e sua sepultura pode ser visitada no templo.<h2>3. Tumba de Humayun – Índia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15104441728119.jpg" alt="Wikimedia Commons">Wikimedia CommonsA Tumba de Humayun, construída no mármore e arenito vermelho, conta a história de um imperador e o amor eterno de sua esposa — sendo, inclusive, uma das inspirações para o Taj Mahal.Bega Begum, primeira esposa do imperador Humayun, encomendou esta tumba em homenagem ao marido, que se tornou o primeiro grande edifício Mughal — estilo arquitetônico que mistura elementos de design indianos, persas e da Ásia Central. Hoje, a Tumba é declarada patrimônio mundial da UNESCO.<h2>4. Mausoléu de Halicarnasso – Turquia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15112606447140.jpg" alt="Ruínas do Mausoléu de Halicarnasso (acima) e uma maquete de como ele seria (abaixo). (Fonte: Wikimedia Commons)">Ruínas do Mausoléu de Halicarnasso (acima) e uma maquete de como ele seria (abaixo). (Fonte: Wikimedia Commons)O Mausoléu de Halicarnasso foi construído há mais de 2.300 anos a pedido a rainha Artemísia, em 353 a.C., para homenagear seu marido Mausolus. Quando o governante da Caria, na atual Turquia, faleceu, Artemísia queria que ele fosse colocado em um lugar imponente.O resultado foi uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121929-herostrato-destruiu-uma-das-sete-maravilhas-do-mundo-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sete Maravilhas do Mundo Antigo</a>, que chegou a rivalizar com as pirâmides do Egito em tamanho e grandeza. Seu nome faz referência à cidade de Halicarnasso (atual Bodrum, Turquia) e atualmente só é possível ver parte das ruínas do mausoléu, que foi destruído no final do século XIV por uma série de terremotos.<h2>5. Rani-ki-Vav Stepwell – Índia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15104052161111.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Perto da pequena cidade de Patan, no oeste da Índia, foi construído um dos maiores poços de água da Índia. Com quatro pavilhões, 1.500 esculturas feitas à mão e mais de 20 metros de profundidade, o poço Rani-ki-Vav foi encomendado no século XI pela rainha Udaymati.Também conhecido como O Poço da Rainha, a construção foi feita para homenagear o rei Bhimdev I, que governou uma parte do que hoje é o estado indiano de Gujarat.<h2>6. Memorial a um Casamento – EUA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15114206102151.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 2002 a artista americana Patricia Cronin decidiu eternizar o seu amor por sua namorada, Deborah Kass. Em uma época em que o casamente entre pessoas do mesmo sexo era ilegal nos Estados Unidos, ela esculpiu em bronze uma imagem dela com Kass — que atualmente é sua esposa.A obra está no cemitério de Woodlawn, em Nova York, e é chamada de “Memorial a um casamento”. É possível visitar a escultura no Woodlawn Cemetery, que é aberto ao público. Há ainda uma réplica de bronze no Museu e Galeria de Arte de Kelvingrove, em Glasgow, Escócia.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.450Z

6 memoriais construídos por mulheres – e a história por trás deles

Imagem de Como eram as pirâmides do Egito quando foram construídas? no megacurioso

Estudiosos explicam que as pirâmides do Egito que vemos hoje são bem diferentes daquelas inauguradas há milênios

As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120895-como-era-a-piramide-social-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pir&acirc;mides do Egito</a> s&atilde;o monumentos mundialmente famosos. Todos os anos, mais de 14 milh&otilde;es de turistas visitam esses locais, fazendo do turismo uma das principais atividades econ&ocirc;micas do pa&iacute;s.
Contudo, as pir&acirc;mides que vemos hoje n&atilde;o se parecem muito com as que foram inauguradas h&aacute; s&eacute;culos. Isso se deve pela a&ccedil;&atilde;o natural do tempo, que corroeu parte da estrutura das pir&acirc;mides.
Al&eacute;m do mais, os t&uacute;mulos foram saqueados in&uacute;meras vezes, causando avarias &agrave;s pir&acirc;mides. Se mesmo assim esses monumentos enchem os olhos de milh&otilde;es de pessoas todos os anos, imagine a surpresa que elas n&atilde;o causavam aos visitantes quando exibiam todo o seu esplendor?
Artistas e cientistas recriaram imagens demonstrando como as pir&acirc;mides eram quando inauguradas &mdash; al&eacute;m de explicarem o que mudou com o passar dos anos. Veja s&oacute;.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122346-quanto-custariam-estas-7-antigas-construcoes-hoje.htm" target="_blank" rel="sponsored">Quanto custariam estas 7 antigas constru&ccedil;&otilde;es hoje?</a>
<h2>Pir&acirc;mides eram naturalmente brilhantes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22131544107154.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o de como era o complexo da pir&acirc;mide de Queops. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Representa&ccedil;&atilde;o de como era o complexo da pir&acirc;mide de Queops. (Fonte: Wikimedia Commons)
As pir&acirc;mides do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124286-egipcios-foram-pagos-em-cerveja-durante-a-construcao-das-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito&nbsp;</a>foram revestidas com uma camada de calc&aacute;rio fino, o que deu a elas um aspecto brilhante, bem diferente da apar&ecirc;ncia arenosa que elas t&ecirc;m atualmente.
O objetivo dessa camada de calc&aacute;rio era realmente fazer com que as pir&acirc;mides brilhassem em contato com o sol &mdash; mais uma prova da engenhosidade dos eg&iacute;pcios. S&oacute; a constru&ccedil;&atilde;o da pir&acirc;mide de Giz&eacute; consumiu mais de 6 milh&otilde;es de toneladas de calc&aacute;rio.
No entanto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122063-o-que-os-faraos-do-egito-antigo-guardavam-nas-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alguns fara&oacute;s</a> decidiram usar parte do material das pir&acirc;mides em outras constru&ccedil;&otilde;es. Isso tamb&eacute;m fez com que as edifica&ccedil;&otilde;es tivessem sua apar&ecirc;ncia transformada. Historiadores acreditam que foi a partir do reinado de Tutanc&acirc;mon (1336 a.C. a 1327 a.C.) que os fara&oacute;s come&ccedil;aram a usar as pir&acirc;mides como uma fonte de material.
&ldquo;A remo&ccedil;&atilde;o do inv&oacute;lucro das Pir&acirc;mides de Giz&eacute;, portanto, foi do s&eacute;culo XII a.C. ao s&eacute;culo XII d.C., quando o historiador &aacute;rabe Abd al-Latif al-Baghdadi visitou o Egito (cerca de 1196 d.C.) e relatou que Karakoush, trabalhando para o governante eg&iacute;pcio, come&ccedil;ou a extrair as pir&acirc;mides menores de Giz&eacute; para construir pedras&rdquo; explicou&nbsp;o historiador Mark Lehner &agrave; PBS.
<h2>Terremotos e saques tamb&eacute;m danificaram as pir&acirc;mides</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22131821603157.jpg" alt="(Fonte: Budget Direct/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Budget Direct/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No ano de 1303, um forte terremoto atingiu o Egito e teria danificado muitos edif&iacute;cios. Entre eles, as pir&acirc;mides tiveram muitas de suas pedras afrouxadas e descoladas da estrutura original.
Um desses blocos gigantescos passou a ser exposto no Museu da Esc&oacute;cia, ajudando os historiadores a formular a hip&oacute;tese de como eram as pir&acirc;mides originalmente.
Atualmente, n&atilde;o s&atilde;o os terremotos ou o uso das pedras para a constru&ccedil;&atilde;o de outras obras que podem destruir o patrim&ocirc;nio eg&iacute;pcio, mas os saques. Uma reportagem da National Geographic mostra que 25% dos s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos do pa&iacute;s foram severamente danificados pelos criminosos.
Isso pode significar que todos esses locais estar&atilde;o destru&iacute;dos at&eacute; o ano de 2040, se nada for feito. Existe um com&eacute;rcio lucrativo de antiguidades que incentiva que pessoas invadam os s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos em busca desses objetos.

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.265Z

Como eram as pirâmides do Egito quando foram construídas?

Imagem de Conhaça a Villa Leopolda, uma das mansões mais caras do mundo no megacurioso

Residência de luxo já pertenceu ao rei Leopoldo II da Bélgica e a Gianni Versace, além de ter sido cenário de filme do Hitchcock

<head></head><body>No litoral sul da França, entre o principado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108018-fa-de-formula-1-este-clipe-do-grand-prix-de-monaco-de-1962-e-sensacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mônaco</a> e a cidade de Nice, está localizada a Villa Leopolda. Terceira maior casa do mundo e <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/101230-estas-sao-14-das-casinhas-mais-caras-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a mais cara da Europa</a> — não considerando o Palácio de Buckingham —, essa luxuosa mansão já foi o endereço de diferentes pessoas nas últimas décadas e cenário para um filme de Alfred Hitchcock.&nbsp;Sua história remonta à realeza belga, e a atual casa foi construída entre 1929 e 1931 pelo arquiteto Ogden Codman. Com 19 quartos, 14 banheiros, uma pista de boliche, várias salas de jantar e obras de arte valiosas em seu interior, ela está localizada em uma das áreas mais glamorosas do mundo: a Riviera Francesa.<h2>A mansão da realeza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15100919570079.png" alt="(Fonte: All That's Interesting)">(Fonte: All That's Interesting)A história da Villa Leopolda começa em 1902, quando o rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100440-leopoldo-ii-da-belgica-um-dos-reis-mais-sanguinarios-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leopoldo II da Bélgica</a> adquiriu o terreno onde ela está atualmente localizada. O local era usado como casa de veraneio do monarca e foi dada como presente à sua amante, uma prostituta parisiense conhecida como Caroline Lacroix.Assim como Leopoldo II, Lacroix era pouco popular entre os belgas. Ela recebeu o título de Baronesa Vaughan, e após a morte do rei em 1909, herdou diversos terrenos, entre eles, as terras onde agora fica a Villa Leopolda.Após a morte do rei em 1909, seu sobrinho, Albert I — que assumiu o trono da Bélgica — expulsou Lacroix da região. A casa foi pouco utilizada e chegou a servir como hospital militar durante a Primeira Guerra Mundial.A situação só mudou quando o terreno passou para Thérèse Vitali, condessa de Beauchamp. Foi ela quem solicitou as primeiras reformas na propriedade, que serviram como a base para a atual construção. Alguns anos depois, ela vendeu a mansão para o arquiteto americano Ogden Codman, responsável pelo projeto que está lá até hoje.<h2>A Villa Leopolda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15101200365084.jpg" alt="Ladrão de Casaca (1955). (Fonte: Paramount Pictures/Reprodução)">Ladrão de Casaca (1955). (Fonte: Paramount Pictures/Reprodução)Em 1929, Codman deu início a um dos seus projetos mais ambiciosos. Ele queria que a mansão se tornasse sua grande obra arquitetônica, com toda a reforma durando dois anos. Foi nessa época que ela recebeu o nome de Villa Leopolda. Porém, o projeto se tornou extremamente caro e, em 1931, Codman precisou alugar a residência para poder conseguir dinheiro.Com a morte do arquiteto em 1951, a Villa Leopolda passou por vários proprietários. Entre eles, o ex-presidente da Fiat, Gianni Agnelli, e o designer de moda Gianni Versace — nesse período, a mansão também serviu como locação para o filme Ladrão de Casaca, de Alfred Hitchcock. Finalmente, em 1987, a mansão foi adquirida por Edmond e Lily Safra — Edmond era um banqueiro libanês e conheceu Lily ao se mudar com a família para o Brasil.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16190455408346.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O casal manteve a residência na Villa Leopolda durante todo o casamento, que teve fim em 1999, quando Edmond faleceu. Em meados dos anos 2000, Lilly deu início a uma negociação para vender a mansão. Quem iria comprar era Mikhail Prokhorov, o segundo homem mais rico da Rússia, que chegou a pagar US$ 53 milhões para dar início ao processo de aquisição.Porém, com a crise imobiliária de 2008, o russo desistiu da compra. Ele abriu um processo para recuperar o valor investido, mas o dinheiro nunca foi devolvido. Lily Safra acabou doando os US$ 53 milhões para várias instituições de caridade. Ela morou na Villa Leopolda até sua morte, no dia 9 de julho de 2022.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:41.834Z

Conheça a Villa Leopolda, uma das mansões mais caras do mundo

Imagem de Como as fezes humanas estão sendo usadas para construir casas no megacurioso

A iniciativa evita que as pessoas contaminem o meio ambiente e também contraiam doenças pelo descarte inapropriado dos seus dejetos

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121373-como-eram-os-habitos-de-higiene-durante-o-imperio-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a> carrega até hoje o título de pioneira no <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114891-o-grande-fedor-de-1858-que-quase-intoxicou-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema de saneamento</a>, considerado o mais avançado de todas as civilizações daquele tempo. No entanto, engana-se quem imagina que todos tinham acesso ao mesmo tipo de configuração para higiene pessoal. Ter bons hábitos de limpeza era considerado um luxo que só os ricos poderiam pagar, podendo ter acesso aos notórios banhos públicos, piscinas termais e ao privilégio de não precisar lidar com o descarte das próprias fezes.Nada disso chegava até aos cortiços romanos. Sem acesso à água corrente, os pobres precisavam fazer suas necessidades fisiológicas em penicos ou caixas, armazenadas em cubas sob escadas para depois serem esvaziadas em fossas localizadas em várias partes da cidade. Ou seja, eles precisavam conviver em meio ao cheiro insuportável e ainda lidar diretamente com as infecções que as fezes traziam.A Roma Antiga acabou e o mundo prosperou e se modernizou em todos os aspectos possíveis, mas essa falta de acesso ao saneamento básico e banheiros adequados ainda é a realidade de 60% das pessoas do mundo – ou seja, 4,5 bilhões. Atualmente, as crianças das áreas miseráveis de Bangladesh defecam ao ar livre, poluindo o meio ambiente e se contaminando com doenças por não terem acesso a banheiros adequados.É pensando nisso que estudos e empresas trabalham para transformar fezes humanas em moradias.<h2>Ressignificando a matéria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/27/27131747145166.jpg" alt="(Fonte: Climate Central/Reprodução)">(Fonte: Climate Central/Reprodução)Um relatório divulgado em 2015 pelo Instituto Universitário das Nações Unidas para Água, Meio Ambiente e Saúde mostrou que esses dejetos humanos defecados ao ar livre poderiam ser aproveitados para aquecer ou abastecer milhares de residências. Ao coletar esse bolo com todo o lodo gerado e aquecê-lo em fornos a temperaturas superiores a 300?°C, é possível produzir briquetes semelhantes ao carvão, gerando até 8,5 milhões de toneladas de carvão vegetal. Esses briquetes carregam o mesmo conteúdo de energia, quilo por quilo, que o mineral.Se colocados em grandes tanques e fermentados com micróbios produtores de metano, o gás produzido pode valer até US$ 376 milhões para ser usado como eletricidade – o suficiente para abastecer cerca de 18 milhões de domicílios. Os pesquisadores do estudo estimam que, em geral, o valor do gás produzido por essa fermentação cobriria os custos de construção e manutenção do sistema de produção em apenas alguns anos.Em 2022, a empresa Sanivation, com sede em Nairóbi, capital do Quênia, já transformava esses resíduos em carvão para ser usado como combustível para aquecer até alimentos. A princípio, o empreendimento sofreu para prosperar, porém, agora, Paul Manda, gerente da fábrica, disse que algumas pessoas usam os briquetes para fazer até mesmo churrasco. No momento, a empresa vende mais de 120 toneladas de briquetes para todos os setores.<h2>Um olhar para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/27/27132409997169.jpg" alt="(Fonte: Andrew F. Kazmierski/Shutterstock)">(Fonte: Andrew F. Kazmierski/Shutterstock)Essa ressignificação das fezes humanas é um caminho importante para um futuro mais consciente com relação ao meio ambiente. Cerca de 33 árvores são poupadas a cada tonelada de combustível feito de briquetes.Além disso, a implementação desse tipo de sistema lida de maneira segura com os dejetos mal gerenciados. Cerca de 41% dos quenianos não têm acesso a soluções de saneamento básico, segundo a instituição de caridade Water.org; sendo que 8,5% da população praticava defecação ao ar livre em 2020, conforme o programa conjunto de água da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF.A venda dos briquetes para fábricas e empresas se tornou um benefício de mão dupla. Mary Wangui, gerente da fazenda de flores Larmona, que cozinha comida no local para seus funcionários, alegou que a fumaça dos briquetes tem menos efeito sobre os empregados que o carvão; e que até as panelas duram mais tempo sendo cozidas sobre eles. E, em cima de tudo isso, está o custo benefício da matéria-prima.“O calor dos briquetes dura mais tempo, o que significa que usamos menos em comparação com o que costumávamos usar com o carvão”, acrescentou Wangui à Euronews.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/27/27132747590173.jpg" alt="(Fonte: Global Citizen/Reprodução)">(Fonte: Global Citizen/Reprodução)E não é só isso, o professor e especialista em construção, Abbas Mohajerani, da Universidade RMIT da Austrália, passou 15 anos explorando ingredientes sustentáveis para aplicar na engenharia. Foi assim que chegou nos tijolos feitos de biossólidos, ou seja, dejetos humanos concentrados.Anualmente, são produtos cerca de 1.500 bilhões de tijolos comuns no mundo, requerendo muito solo argiloso. Essa busca desenfreada da indústria a fez incorporar vários resíduos ao produto, de serragem a cascas de arroz, para diminuir seu impacto ambiental na exploração.Mohajerani e sua equipe removeram amostras de estações de tratamento de água residuais na Austrália, levaram para o laboratório, secaram e as queimaram para que fossem misturadas ao solo argiloso. Os testes mostraram que os tijolos de fezes humanas eram equivalentes aos tradicionais feitos 100% de barro.A densidade, porosidade e outros aspectos técnicos da firmeza dos tijolos ainda é algo a ser aprimorado. Só por isso estão longe de chegarem até às construções, mas já se mostram como a reutilização das fezes pode dominar todos os aspectos do futuro.</body>

Arquitetura e Engenharia

Novidades