Ciência
25/02/2023 às 09:00•2 min de leitura
As pirâmides do Egito são monumentos mundialmente famosos. Todos os anos, mais de 14 milhões de turistas visitam esses locais, fazendo do turismo uma das principais atividades econômicas do país.
Contudo, as pirâmides que vemos hoje não se parecem muito com as que foram inauguradas há séculos. Isso se deve pela ação natural do tempo, que corroeu parte da estrutura das pirâmides.
Além do mais, os túmulos foram saqueados inúmeras vezes, causando avarias às pirâmides. Se mesmo assim esses monumentos enchem os olhos de milhões de pessoas todos os anos, imagine a surpresa que elas não causavam aos visitantes quando exibiam todo o seu esplendor?
Artistas e cientistas recriaram imagens demonstrando como as pirâmides eram quando inauguradas — além de explicarem o que mudou com o passar dos anos. Veja só.
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Representação de como era o complexo da pirâmide de Queops. (Fonte: Wikimedia Commons)
As pirâmides do Egito foram revestidas com uma camada de calcário fino, o que deu a elas um aspecto brilhante, bem diferente da aparência arenosa que elas têm atualmente.
O objetivo dessa camada de calcário era realmente fazer com que as pirâmides brilhassem em contato com o sol — mais uma prova da engenhosidade dos egípcios. Só a construção da pirâmide de Gizé consumiu mais de 6 milhões de toneladas de calcário.
No entanto, alguns faraós decidiram usar parte do material das pirâmides em outras construções. Isso também fez com que as edificações tivessem sua aparência transformada. Historiadores acreditam que foi a partir do reinado de Tutancâmon (1336 a.C. a 1327 a.C.) que os faraós começaram a usar as pirâmides como uma fonte de material.
“A remoção do invólucro das Pirâmides de Gizé, portanto, foi do século XII a.C. ao século XII d.C., quando o historiador árabe Abd al-Latif al-Baghdadi visitou o Egito (cerca de 1196 d.C.) e relatou que Karakoush, trabalhando para o governante egípcio, começou a extrair as pirâmides menores de Gizé para construir pedras” explicou o historiador Mark Lehner à PBS.
(Fonte: Budget Direct/Reprodução)
No ano de 1303, um forte terremoto atingiu o Egito e teria danificado muitos edifícios. Entre eles, as pirâmides tiveram muitas de suas pedras afrouxadas e descoladas da estrutura original.
Um desses blocos gigantescos passou a ser exposto no Museu da Escócia, ajudando os historiadores a formular a hipótese de como eram as pirâmides originalmente.
Atualmente, não são os terremotos ou o uso das pedras para a construção de outras obras que podem destruir o patrimônio egípcio, mas os saques. Uma reportagem da National Geographic mostra que 25% dos sítios arqueológicos do país foram severamente danificados pelos criminosos.
Isso pode significar que todos esses locais estarão destruídos até o ano de 2040, se nada for feito. Existe um comércio lucrativo de antiguidades que incentiva que pessoas invadam os sítios arqueológicos em busca desses objetos.