Imagem de Em caso raro, bebês gêmeos nascem com quase três meses de diferença  no megacurioso

Partos com 11 semanas de diferença aconteceram no Cazaquistão

Quando as pessoas veem g&ecirc;meos, n&atilde;o &eacute; incomum a pergunta: quem nasceu primeiro? E, em geral, a resposta &eacute;: foi este, mas s&oacute; 3 minutinhos. No caso destes beb&ecirc;s, a resposta talvez cause algum espanto. Em um caso muito raro, uma mulher deu &agrave; luz g&ecirc;meos que nasceram com quase 3 meses de diferen&ccedil;a. O caso aconteceu no Cazaquist&atilde;o. Liya nasceu em 24 de maio e depois de 11 semanas seu irm&atilde;o, Maxim, veio ao mundo, em 9 de agosto.
A m&atilde;e, Liliya Konovalova, de 29 anos, tem uma condi&ccedil;&atilde;o anat&ocirc;mica extremamente rara, o &uacute;tero didelphys, uma malforma&ccedil;&atilde;o que tem como resultado o &uacute;tero duplo. Esse foi o fator fundamental para o nascimento t&atilde;o distante dos beb&ecirc;s, mas, al&eacute;m disso, Liya nasceu prematuramente, pesando apenas 850 gramas ap&oacute;s um per&iacute;odo gestacional de 25 semanas. Maxim nasceu com 2,9 quilos, mais de 3 vezes mais pesado do que a irm&atilde; "mais velha".
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(Fonte:&nbsp;Liliya Konovalova/Facebook)
A condi&ccedil;&atilde;o que permitiu o nascimento dos beb&ecirc;s com um intervalo t&atilde;o grande e incomum atinge menos de 0,5% das mulheres americanas, para se ter uma ideia do qu&atilde;o rara &eacute;. Quando isso acontece, cada feto se desenvolve em um &uacute;tero, de forma distinta. Nascimentos prematuros como o de Liya, al&eacute;m de outros eventos, como aborto espont&acirc;neo, s&atilde;o complica&ccedil;&otilde;es comuns decorrentes do &uacute;tero didelphys.
Apesar do nascimento prematura e da condi&ccedil;&atilde;o rara da m&atilde;e, todos passam bem, de acordo com informa&ccedil;&otilde;es do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de do pa&iacute;s. A estimativa &eacute; de que esse caso incomum tem uma chance a cada 50 milh&otilde;es de acontecer. Al&eacute;m dos g&ecirc;meos, a fam&iacute;lia tem uma irm&atilde; mais velha, de 7 anos de idade. Para Liliya, os m&eacute;dicos fizeram um verdadeiro milagre: "Meu filho n&atilde;o tinha pressa de sair para o mundo. Gra&ccedil;as aos nossos m&eacute;dicos, vencemos. O que eles fizeram &eacute; um milagre. Agora meus filhos pesam cerca de 3 quilos e estamos nos preparando para receber alta do hospital", disse em entrevista.
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(Fonte:&nbsp;Liliya Konovalova/Facebook)
Em Bangladesh, uma mulher que n&atilde;o sabia da condi&ccedil;&atilde;o do &uacute;tero duplo deu &agrave; luz g&ecirc;meos com 26 dias de diferen&ccedil;a no in&iacute;cio deste ano.

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Em caso raro, gêmeos nascem com quase 3 meses de diferença

Imagem de Conheça a técnica agrícola que pode ajudar a reflorestar a Amazônia no megacurioso

Combinada a fertilizantes, técnica Biochar pode acelerar o crescimento das árvores na Floresta Amazônica

As queimadas na Amaz&ocirc;nia preocupam, mas j&aacute; h&aacute; quem comece a pensar em maneiras eficazes de reflorest&aacute;-la e a t&eacute;cnica Biochar n&atilde;o &eacute; nenhuma novidade. Ela existe h&aacute; milhares de anos e &eacute; uma das principais formas de reflorestar florestas que tiveram suas &aacute;rvores mortas, seja pela explora&ccedil;&atilde;o madeireira ou por queimadas.
Para uma pesquisa realizada pelo Centro de Inova&ccedil;&atilde;o Cient&iacute;fica da Amaz&ocirc;nia da Universidade de Wake Forest, esse m&eacute;todo milenar &eacute; a maneira ideal para reflorestar a floresta amaz&ocirc;nica mais uma vez. Por meio de uma emenda de solo baseada no carbono Biochar, esse mecanismo se torna uma maneira barata e eficaz para reflorestar a Amaz&ocirc;nia.
Quando se fala que a Amaz&ocirc;nia &eacute; o pulm&atilde;o do mundo n&atilde;o &eacute; nenhum exagero. A florest&aacute; &eacute; fundamental para o equil&iacute;brio de todo o planeta Terra, sendo respons&aacute;vel pela absor&ccedil;&atilde;o de milh&otilde;es de toneladas de di&oacute;xido de carbono por ano. Mas, ela tem sido castigada e devastada com inc&ecirc;ndios florestais, al&eacute;m de atividades de extra&ccedil;&atilde;o de ouro e de madeira.
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Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Por tudo isso, de acordo com os cientistas, o Biochar &eacute; a maneira ideal de dar novamente vida ao solo afetado da Amaz&ocirc;nia, reflorestando as &aacute;reas afetadas em menos tempo. Quando misturado com alguns fertilizantes, o m&eacute;todo melhora significativamente alguns fatores podendo, por exemplo, ajudar a fortalecer o crescimento, a altura e o di&acirc;metro das mudas de &aacute;rvores. Al&eacute;m disso, pode aumentar a produ&ccedil;&atilde;o de folhas, ajudando a melhorar todos os processos em geral. 
<h3 style="margin-bottom: 11px;">Produto &agrave; base de castanha potencializa o crescimento das &aacute;rvores</h3>
Toda essa descoberta s&oacute; foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as ao experimento &ldquo;Madre de Dios&rdquo; conduzido por especialistas na regi&atilde;o amaz&ocirc;nica peruana. Eles utilizaram duas esp&eacute;cies de &aacute;rvores tropicais, uma de r&aacute;pido crescimento e outra que demora mais em suas an&aacute;lises.
De acordo com os especialistas, o per&iacute;odo mais complexo para o desenvolvimento de uma muda de &aacute;rvore &eacute; durante os primeiros meses, mas eles descobriram que, aplicando um pouco de Biochar, a rea&ccedil;&atilde;o &eacute; imediata e muito favor&aacute;vel ao crescimento. O Biochar &eacute; fabricado &agrave; base de cascas de castanha, que geralmente s&atilde;o inutilizadas e descartadas por processadores de grande escala no Peru. Depois, as conchas s&atilde;o queimadas e adicionadas a barris e, por fim, utilizadas no solo.
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Foto: iStock
Econ&ocirc;mico, o m&eacute;todo e f&aacute;cil de ser desenvolvido e beneficia o crescimento de &aacute;rvores diretamente nas mudas tropicais. Entre os benef&iacute;cios, os especialistas mencionam que o Biochar misturado ao fertilizante e utilizado nos solos afetados pode: melhorar a capacidade do solo em reter &aacute;gua, tornando-o menos &aacute;cido; ret&eacute;m o fertilizante e o libera ao longo do tempo, maximizando seus efeitos e melhora not&aacute;vel no solo, habitat de micr&oacute;bios que s&atilde;o fundamentais para o crescimento das plantas.
Cientista respons&aacute;vel pela pesquisa, Miles Silman, ressalta que o Biochar e os fertilizantes melhoram o crescimento das &aacute;rvores, mas a combina&ccedil;&atilde;o dos dois potencializa os resultados obtidos at&eacute; agora.&nbsp;

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Conheça a técnica agrícola que pode ajudar a reflorestar a Amazônia

Imagem de Confira a inteligência do polvo em três exemplos de tática de fuga no megacurioso

Você se engana quando pensa que ter vários braços é a maior qualidade de um polvo. Ele é inteligente, muito inteligente e planeja fugas como poucos

Nem s&oacute; de &ldquo;bra&ccedil;os&rdquo; vive o polvo. Ao contr&aacute;rio, o que mais chama a aten&ccedil;&atilde;o &eacute; a sua intelig&ecirc;ncia. Invertebrado com o maior c&eacute;rebro do planeta, ele provavelmente tamb&eacute;m &eacute; o mais inteligente de todos e usa sua grande massa cerebral para isso. Os polvos t&ecirc;m uma maneira bastante particular e engenhosa de aumentar a capacidade neuronal, distribuindo assim c&eacute;lulas nervosas em diferentes unidades de processamento.
Para se ter uma ideia, apenas um ter&ccedil;o das c&eacute;lulas de um polvo est&atilde;o em seu c&eacute;rebro, as demais est&atilde;o espalhadas por todo o corpo e, claro, que o principal &ldquo;destino&rdquo; s&atilde;o os bra&ccedil;os. O que isso significa? Que eles agem por iniciativa pr&oacute;pria e podem at&eacute; mesmo aprender a fazer coisas sem a ajuda do c&eacute;rebro central.
Os polvos n&atilde;o t&ecirc;m a falsa mod&eacute;stia de esconder a intelig&ecirc;ncia n&atilde;o. Um polvo pode at&eacute; n&atilde;o ser esteticamente a criatura mais bela da natureza, mas eles s&atilde;o mestres da camuflagem e, como vimos, s&atilde;o superdotados no quesito intelig&ecirc;ncia.
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Foto: Pixabay
Um bom exemplo aconteceu em abril de 2016, quando um polvo chamado Inky, que vivia no Aqu&aacute;rio Nacional da Nova Zel&acirc;ndia, conseguiu escapar. Ele literalmente fugiu do cativeiro. Ao que parece, algu&eacute;m deixou a tampa mal fechada e Inky n&atilde;o perdeu a oportunidade. Ele deslizou pela abertura, desceu da lateral do aqu&aacute;rio, avan&ccedil;ou pelo ch&atilde;o e derrubou um ralo. A abertura o levou diretamente ao mar.
E o Inky n&atilde;o foi exce&ccedil;&atilde;o. Segundo o Guinness World Records Science, em fevereiro de 2009, uma polvo f&ecirc;mea do aqu&aacute;rio do cais de Santa Monica, em Los Angeles, desmontou os canos de reciclagem de &aacute;gua que alimentavam seu reservat&oacute;rio. Com isso, o jato de &aacute;gua foi dirigido para fora, inundando o aqu&aacute;rio. J&aacute; na Universidade de Otago, na Nova Zel&acirc;ndia, um polvo aprendeu a causar um curto circuito na eletricidade do pr&eacute;dio jogando jatos de &aacute;gua nas l&acirc;mpadas que ficavam no topo do tanque. O custo para o reparo foi t&atilde;o alto, que os pesquisadores n&atilde;o arriscaram ter que pagar novamente e enviaram o polvo de volta para o mar.
Esses foram apenas alguns exemplos. Quando os polvos passam alguns dias nos aqu&aacute;rios, ficam muito curiosos e ficam nadando de um lado para outro analisando cada cent&iacute;metro quadrado e cada possibilidade. Afinal, eles n&atilde;o t&ecirc;m o maior c&eacute;rebro entre os invertebrados &agrave; toa. Depois, de muito analisar, tentam escapar. Ent&atilde;o, n&atilde;o se espante quando ler uma not&iacute;cia ou outra por a&iacute; ou at&eacute; mesmo presenciar uma fuga dessas enquanto estiver visitando algum aqu&aacute;rio pelo mundo.

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Confira a inteligência do polvo em três exemplos de tática de fuga

Imagem de Como a exploração da Floresta Amazônia pode ajudar a protegê-la? no megacurioso

Uma alternativa é a bioprospecção. Entenda!

Nas &uacute;ltimas semanas, as queimadas que v&ecirc;m acontecendo na Amaz&ocirc;nia colocaram n&atilde;o s&oacute; o Brasil, mas principalmente a floresta sob os holofotes. A aten&ccedil;&atilde;o do mundo se voltou para n&oacute;s e n&atilde;o param de chegar propostas e ofertas de ajuda de toda classe focadas na preserva&ccedil;&atilde;o da nossa biodiversidade.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31175820390043.jpg" /> <figcaption>(Fonte: USA Today / AFP/ Getty Images / Victor Voriyama / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Tamb&eacute;m n&atilde;o faltaram duras cr&iacute;ticas e o surgimento de acalorados debates sobre o estabelecimento de mais restri&ccedil;&otilde;es e cria&ccedil;&atilde;o&nbsp;de&nbsp;leis de prote&ccedil;&atilde;o ambiental mais duras e o desenvolvimento de planos de manejo sustent&aacute;veis para a floresta. Mas uma iniciativa que talvez devesse&nbsp;ser levada mais &agrave; s&eacute;rio &eacute; a &ldquo;bioprospec&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
<h2>Bio... o qu&ecirc;?</h2>
Como voc&ecirc; deve estar cansado de ouvir e ler por a&iacute;, a Floresta Amaz&ocirc;nica serve de lar uma das mais variadas e ricas cole&ccedil;&otilde;es de esp&eacute;cies de animais e plantas do planeta. Focando especificamente nas plantas, uma imensa quantidade delas sequer foi descrita cientificamente ainda &ndash; e acredita-se que muitas delas tenham enorme potencial medicinal.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180231138044.jpg" /> <figcaption>(Fonte: PBS / Reuters / Bruni Kelly / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A Ind&uacute;stria Farmac&ecirc;utica sabe disso e, com frequ&ecirc;ncia, grandes fabricantes iniciam projetos de pesquisa que visam a identifica&ccedil;&atilde;o de princ&iacute;pios ativos, alguns deles inclusive envolvendo comunidades ind&iacute;genas em busca de obter conhecimento sobre plantas e preparados naturais usados por elas no combate de doen&ccedil;as, com o objetivo de desenvolver novos medicamentos.
Esse estudo e &ldquo;cataloga&ccedil;&atilde;o&rdquo; extensiva de plantas, extratos, preparados, subst&acirc;ncias ativas etc. recebe o nome de bioprospec&ccedil;&atilde;o &ndash; e, atrav&eacute;s dela, existem in&uacute;meras pesquisas em andamento pelo mundo para a cria&ccedil;&atilde;o de drogas e tratamentos para as mais variadas doen&ccedil;as e infec&ccedil;&otilde;es. Pois, &eacute; poss&iacute;vel converter essa atividade em uma arma eficaz para a prote&ccedil;&atilde;o da Amaz&ocirc;nia, e s&oacute; precisamos encontrar maneiras de explor&aacute;-la da forma mais sustent&aacute;vel poss&iacute;vel.
<h2>Abordagem inteligente</h2>
Na verdade, n&atilde;o &eacute; de hoje que a bioprospec&ccedil;&atilde;o existe. O problema &eacute; que, atualmente, da forma como ela &eacute; realizada, a atividade acaba n&atilde;o sendo t&atilde;o economicamente interessante quanto a explora&ccedil;&atilde;o de madeira ou da agropecu&aacute;ria, por exemplo.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180338106045.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Nerdist / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Algumas das dificuldades nesse sentido &eacute; que, al&eacute;m de o estudo de plantas e a identifica&ccedil;&atilde;o de compostos com potencial medicinal ser um processo demorado &ndash; especialmente em se tratando da Amaz&ocirc;nia, que abriga uma infinidade de esp&eacute;cies &ndash;, frequentemente os princ&iacute;pios ativos dependem de condi&ccedil;&otilde;es extremamente espec&iacute;ficas, como determinados est&iacute;mulos ambientais ou a combina&ccedil;&atilde;o de fatores clim&aacute;ticos, por exemplo, para se manifestar.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180505090046.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Axios / AFP / Getty Images / Jo&atilde;o Laet / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, uma vez as drogas come&ccedil;am a ser desenvolvidas e testadas, os ensaios tamb&eacute;m levam bastante tempo, e o pa&iacute;s onde a floresta se encontra pode ter de esperar anos (quando n&atilde;o d&eacute;cadas) para come&ccedil;ar a colher os frutos econ&ocirc;micos desse processo. Contudo, diversos estudos j&aacute; demonstraram que as florestas poderiam ser protegidas &ndash; al&eacute;m de gerar empregos, riquezas e outras tantas vantagens &ndash; se a Ind&uacute;stria Farmac&ecirc;utica estabelecesse laborat&oacute;rios e equipes de pesquisa para a realiza&ccedil;&atilde;o de atividades de bioprospec&ccedil;&atilde;o e existisse a garantia da gera&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cios mais imediatos.
<h2>Desenvolvimento</h2>
Hoje em dia, as fabricantes de medicamentos investem dezenas de bilh&otilde;es de d&oacute;lares anualmente em pesquisas e cria&ccedil;&atilde;o de f&aacute;rmacos, e uma boa parcela desse montante poderia muito bem ser investida em pa&iacute;ses em desenvolvimento. Isso porque, a chegada dessas companhias, ademais de promover a conserva&ccedil;&atilde;o do meio ambiente &ndash; uma vez que &eacute; nele ser&atilde;o realizadas as buscas por novos princ&iacute;pios ativos e compostos! &ndash;, pode impulsionar o desenvolvimento socioecon&ocirc;mico local.
Para isso, &eacute; necess&aacute;rio envolver cientistas e estudantes locais nas atividades de bioprospec&ccedil;&atilde;o, promover treinamentos, financiar pesquisas e estabelecer regras claras para que as a&ccedil;&otilde;es n&atilde;o causem preju&iacute;zos aos recursos naturais locais e se evite o risco da biopirataria. Muitas organiza&ccedil;&otilde;es, entidades e pesquisadores desses pa&iacute;ses que abrigam florestas j&aacute; colaboram ativamente com institui&ccedil;&otilde;es e laborat&oacute;rios internacionais, ent&atilde;o, o potencial para o desenvolvimento humano existe &ndash; e &eacute; grande.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180751464047.jpg" width="1400" height="932" /> <figcaption>(Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil / Tomaz Silva / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Uma inciativa dessas, conduzida no Panam&aacute;, conseguiu em apenas 5 anos empregar 10 cientistas locais, 57 assistentes e 12 estudantes. Mas, al&eacute;m de gerar postos de trabalho, durante o projeto, 20 jovens conquistaram diplomas universit&aacute;rios, 12 finalizaram ou realizaram trabalhos relacionados com mestrados e diversos iniciaram seus doutorados.
O Brasil, especificamente, que abriga a maior parte da Floresta Amaz&ocirc;nica, costuma ser chamado como &ldquo;Eldorado Farmac&ecirc;utico&rdquo; e, al&eacute;m disso, disp&otilde;e de entidades cient&iacute;ficas e pesquisadores mais do que capazes para participar das atividades. O problema s&atilde;o a imensa burocracia e a falta de incentivos para pesquisas e forma&ccedil;&atilde;o de parcerias internacionais, portanto, precisar&iacute;amos solucionar essas quest&otilde;es para atrair investimentos que ajudem no desenvolvimento e na prote&ccedil;&atilde;o ambiental.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145498-exploracao-floresta-amazonia-ajudar-protege.htm">Como a exploração da Floresta Amazônia pode ajudar a protegê-la?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Como a exploração da Floresta Amazônia pode ajudar a protegê-la?

Imagem de Ferramenta de busca promete reflorestar Amazônia com lucros de publicidade no megacurioso

A plataforma Ecosia se compromete a plantar um milhão de árvores em seis meses no Brasil

A Ecosia, uma ferramenta de busca que direciona os lucros publicit&aacute;rios no plantio de &aacute;rvores, teve um aumento de 1.150% nos usu&aacute;rios devido aos inc&ecirc;ndios que devastaram as florestas tropicais da Amaz&ocirc;nia, tornando-se o aplicativo para iOS mais bem classificado no Brasil. A empresa disse ao Business Insider que o n&uacute;mero de downloads do aplicativo gira em torno de 20.000 normalmente, mas que chegou a 250.000 na &uacute;ltima quinta-feira (29).
<img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/03/03094518276238.jpg" width="990" />
Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Pixabay.&nbsp;
O movimento intenso dos usu&aacute;rios come&ccedil;ou quando os pa&iacute;ses do G7 concordaram em criar um fundo de US$ 20 milh&otilde;es para ajudar os pa&iacute;ses da Amaz&ocirc;nia a combater inc&ecirc;ndios. "Tivemos a reuni&atilde;o de nossa equipe e as pessoas estavam, por um lado, muito felizes por causa dos n&uacute;meros, mas tamb&eacute;m muito tristes por causa dos inc&ecirc;ndios florestais", disse o principal executivo da Ecosia, Christian Kroll. "Portanto, &eacute; uma ocorr&ecirc;ncia emocionante e tr&aacute;gica".
Como o Google, a Ecosia ganha dinheiro vendendo espa&ccedil;o publicit&aacute;rio em sua plataforma web e aplicativo m&oacute;vel. Mas, diferentemente do Google, esse mecanismo de pesquisa n&atilde;o vende ou rastreia dados de usu&aacute;rios e doa 80% de seus lucros (ou 47,1% de sua renda total) a projetos de reflorestamento de &aacute;rvores em pa&iacute;ses como Tanz&acirc;nia, Peru, Senegal, Qu&ecirc;nia e Brasil. A ferramenta, que &eacute; alimentada pelo Bing da Microsoft, diz que plantou mais de 65 milh&otilde;es de &aacute;rvores at&eacute; o momento desde 2009.
Na sua taxa atual, a Ecosia est&aacute; plantando uma nova &aacute;rvore a cada segundo em 21 projetos internacionais de reflorestamento, segundo informa&ccedil;&otilde;es do site. "Cinquenta milh&otilde;es de &aacute;rvores significam 2,5 milh&otilde;es de toneladas de CO2 removidas da atmosfera", afirmou a empresa em um post no seu blog. "Isso significa 60.000 hectares restaurados. E mais de 500 esp&eacute;cies de &aacute;rvores nativas plantadas".&nbsp;
Em rea&ccedil;&atilde;o &agrave;s pol&iacute;ticas do presidente Bolsonaro, que para muitos potencializaram e estimularam os inc&ecirc;ndios, a Ecosia se comprometeu a plantar um milh&atilde;o de &aacute;rvores extras no Brasil por seis meses, reconectando os fragmentos de floresta restantes. Felizmente, dados de sat&eacute;lite mostraram que os focos de inc&ecirc;ndio na maior parte da Amaz&ocirc;nia brasileira voltou aos n&iacute;veis normais ou abaixo da m&eacute;dia na ter&ccedil;a-feira.

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Ferramenta de busca promete reflorestar Amazônia com lucros de publicidade

Imagem de Segundo alerta da ONU, queimadas na Amazônia terão impacto em todo o mundo no megacurioso

Chefe de biodiversidade da organização faz um apelo e convida todos os países a unirem forças para tentar remediar a degradação ambiental 

Em um comunicado direcionado &agrave;s na&ccedil;&otilde;es, empresas e consumidores, o chefe de biodiversidade da ONU alertou que o que aconteceu na Amaz&ocirc;nia &eacute; extremamente preocupante e tem um impacto direto nos sistemas naturais de suporte &agrave; vida natural no planeta Terra. Aproveitando o gancho, ele ainda convidou todos a repensarem seus h&aacute;bitos de consumo.
Cristiana Pasca Palmer, secret&aacute;ria executiva da organiza&ccedil;&atilde;o, declarou que a destrui&ccedil;&atilde;o da maior floresta tropical do mundo &eacute; um lembrete sombrio de que &eacute; preciso criar novas abordagens e estrat&eacute;gias para estabilizar o clima e impedir que os ecossistemas cheguem a um ponto de degrada&ccedil;&atilde;o irrevers&iacute;vel.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt=" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/03/03114300444286.jpg" width="990" /> <figcaption>Reprodu&ccedil;&atilde;o/Money Times</figcaption></figure>
</div>
"Os inc&ecirc;ndios na Amaz&ocirc;nia mostram que enfrentamos uma crise muito s&eacute;ria.", disse ela ao Guardian. &ldquo;Mas n&atilde;o se trata apenas da Amaz&ocirc;nia. Tamb&eacute;m estamos preocupados com o que est&aacute; acontecendo em outras florestas e ecossistemas... O problema &eacute; que estamos caminhando para uma situa&ccedil;&atilde;o irrevers&iacute;vel sobre a qual os cientistas avisam que pode gerar colapsos em cascata nos sistemas naturais.&rdquo;.
As crises ambientais mundiais t&ecirc;m sido uma preocupa&ccedil;&atilde;o constante da pol&iacute;tica internacional. O desmatamento e queimadas na Amaz&ocirc;nia foi o assunto em voga nesta semana na agenda de reuni&atilde;o do G7, na Fran&ccedil;a. Sobre isso, Cristina Palmer declarou: &ldquo;Sou grata por [o presidente franc&ecirc;s] Macron ter dado &agrave; biodiversidade um n&iacute;vel de aten&ccedil;&atilde;o nunca vista antes. Espero que n&atilde;o seja um evento isolado em um G7&rdquo;.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/upU1hlPXBpY?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Este ano, os principais cientistas do mundo alertaram que a civiliza&ccedil;&atilde;o humana encontra-se em perigo devido ao desmatamento, &agrave;s mudan&ccedil;as no uso da terra, &agrave; polui&ccedil;&atilde;o e &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que colocaram um milh&atilde;o de esp&eacute;cies em risco de extin&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
O G7 ofereceu milh&otilde;es a ambientalistas para que eles apoiassem a causa, mas &eacute; preciso entender que se trata mais de dinheiro. Evidentemente, medidas r&aacute;pidas precisam ser tomadas para remediar os estragos feitos no Brasil, contudo de nada adiantar&aacute; se n&atilde;o os sistemas de produ&ccedil;&atilde;o das ind&uacute;strias e os h&aacute;bitos de consumo da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o forem repaginados. Se n&atilde;o houver uma mudan&ccedil;a sistem&aacute;tica na forma de tratar a natureza, viveremos remediando cat&aacute;strofes ambientais at&eacute; que n&atilde;o reste mais nada.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/5giZRtzMyaM?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Em setembro acontecer&aacute; uma c&uacute;pula de a&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas na qual os l&iacute;deres mundiais ser&atilde;o convidados a reduzir as emiss&otilde;es de carbono e criar alternativa para extra&iacute;-lo da atmosfera. Entre os convidados, estar&aacute; a ativista sueca Greta Thunberg que estourou nas m&iacute;dias depois que fazer uma greve estudantil em prol do meio ambiente.

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Segundo alerta da ONU, queimadas na Amazônia terão impacto em todo o mundo

Imagem de Descobriram organismos a 2,4 mil metros de profundidade em mina no Canadá no megacurioso

Imagine as condi&ccedil;&otilde;es de um ambiente situado a mais de 2 mil metros de profundidade: aus&ecirc;ncia completa de luz, nada de vegeta&ccedil;&atilde;o ou ar puro e baixa disponibilidade de nutrientes&hellip; mas essas caracter&iacute;sticas n&atilde;o impediram a sobreviv&ecirc;ncia de organismos no fundo de uma mina no Canad&aacute;.
Pois &eacute;, caro leitor, existem formas de vida incrivelmente resilientes por a&iacute; &mdash; e os micr&oacute;bios encontrados agora n&atilde;o s&oacute; s&atilde;o exemplo disso como tamb&eacute;m apoiam a possibilidade de que planetas menos in&oacute;spitos possam igualmente abrigar microrganismos.
<h2>Organismos das profundezas</h2>
Os micr&oacute;bios foram encontrados em um bols&atilde;o de &aacute;gua situado a 2,4 mil metros de profundidade, em uma das cavernas mais antigas de que se tem not&iacute;cia no planeta contendo o l&iacute;quido, mantendo a &aacute;gua isolada da superf&iacute;cie durante milh&otilde;es de anos.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Toronto coletou amostras do local e submeteu o material a testes para comprovar que n&atilde;o havia ocorrido qualquer tipo de contamina&ccedil;&atilde;o decorrente das atividades conduzidas na mina. Em seguida, os pesquisadores obtiveram c&eacute;lulas incubadas nas amostras e forneceram fontes de nutrientes para ver o que acontecia.
<figure><img alt="" height="415" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/30/30130023390118.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: The Scientist/Universidade de Toronto/Stable Isotope Laboratory/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Durante os experimentos, os cientistas identificaram a ocorr&ecirc;ncia de atividade metab&oacute;lica, o que significa que havia organismos nas amostras processando os nutrientes. E como &eacute; que esses micr&oacute;bios conseguiam sobreviver em um ambiente t&atilde;o isolado e pouco acolhedor? Os pesquisadores explicaram que eles viviam gra&ccedil;as a rea&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas que ocorriam entre a &aacute;gua e as rochas nas profundezas.
N&atilde;o foi poss&iacute;vel identificar a que classe de micr&oacute;bios eles pertencem, mas os cientistas descobriram que, em vez de dependerem do oxig&ecirc;nio, os organismos sobrevivem a partir de sulfatos e nitrog&ecirc;nio. Ali&aacute;s, os mesmos especialistas j&aacute; tinham conduzido testes com amostras de &aacute;gua da caverna e conclu&iacute;ram que o ciclo de vida continua firme e forte no bols&atilde;o, em um l&iacute;quido isolado h&aacute; milh&otilde;es de anos.
Essa descoberta &eacute; importante porque, at&eacute; recentemente, pensava-se que a vida era dependente da fotoss&iacute;ntese para existir, o que limitava a presen&ccedil;a de organismos &agrave;s camadas mais superficiais do planeta. Contudo, estudos realizados nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas provaram que existem seres surpreendentes, capazes de sobreviver em locais onde jamais se poderia imaginar encontrar atividade biol&oacute;gica, o que expande o leque de possibilidades para se buscar formas de vida em outros planetas.

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Descobertos organismos a 2,4 mil metros de profundidade em mina no Canadá

Imagem de Suplemento de testosterona pode afetar julgamento moral no megacurioso

Estudo recente mostra que os suplementos de testosterona tornam as pessoas mais sensíveis às normas morais

N&atilde;o &eacute; de hoje que estudos se dedicam e entender a rela&ccedil;&atilde;o e influ&ecirc;ncia da testosterona no comportamento humano e as descobertas recentes sugerem que essa interfer&ecirc;ncia &eacute; mais complexa do que se pensava. Alguns deles ligavam os altos n&iacute;veis do horm&ocirc;nio ao comportamento imoral e pesquisas anteriores investigavam esse julgamento a partir de respostas comportamentais e atividades cerebrais. Mas a pesquisa atual deu um passo al&eacute;m e busca analisar fatores biol&oacute;gicos profundos, em especial a testosterona.
O professor de psicologia da Universidade do Texas em Austin, Bertram Gawronski, explica que h&aacute; muito interesse em descobrir como os horm&ocirc;nios influenciam os julgamentos morais de maneira fundamental, regulando a atividade cerebral. &ldquo;Na medida em que o racioc&iacute;nio moral est&aacute; pelo menos parcialmente enraizado em fatores biol&oacute;gicos profundos, alguns conflitos morais podem ser dif&iacute;ceis de resolver com argumentos", complementa.
Os pesquisadores utilizaram 24 dilemas da vida real para simular a tomada de decis&otilde;es utilit&aacute;rias ou em decis&otilde;es deontol&oacute;gicas. Nos estudos anteriores, os altos n&iacute;veis do horm&ocirc;nio est&atilde;o associados a prefer&ecirc;ncias utilit&aacute;rias mais fortes.&nbsp; Assim, os pesquisadores utilizaram 200 participantes, 100 receberam testosterona e 100 apenas um placebo. "O estudo foi projetado para testar se a testosterona influencia diretamente os julgamentos morais e como", afirma Skylar Brannon, estudante de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em psicologia da Universidade do Texas. Al&eacute;m disso, tr&ecirc;s aspectos independentes foram examinados: sensibilidade &agrave;s consequ&ecirc;ncias, sensibilidade &agrave;s normas morais e prefer&ecirc;ncia geral por a&ccedil;&atilde;o ou ina&ccedil;&atilde;o.
<img alt="" height="720" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/28/28165341877005.jpg" width="896" />
(Fonte: Pixabay)
<h3>Testosterona natural x suplementada</h3>
Contrariando estudos anteriores, os pesquisadores deste se surpreenderam ao descobrir que quem recebia suplemento de testosterona eram menos propensos a agir pelo bem maior e, ao contr&aacute;rio, se tornavam mais sens&iacute;veis &agrave;s normas morais. Em contrapartida, aqueles com altos n&iacute;veis da natural azem julgamentos menos sens&iacute;veis &agrave;s normas morais.
&ldquo;Nossas descobertas ecoam a import&acirc;ncia de distinguir entre causalidade e correla&ccedil;&atilde;o em pesquisas sobre determinantes neuroend&oacute;crinos do comportamento humano, mostrando que os efeitos dos suplementos de testosterona nos julgamentos morais podem ser opostos &agrave; associa&ccedil;&atilde;o entre a testosterona natural e os julgamentos morais&rdquo;, ressalta Gawronski.
O estudo foi publicado na Nature Human Behavior.

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Suplemento de testosterona pode afetar julgamento moral

Imagem de Para cientistas, plantas têm consciência e inteligência no megacurioso

Neurobiologia vegetal estuda relação e pesquisas apontam que plantas têm sentidos, inteligência e emoções

N&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil ver pessoas questionando: mas, e as plantas? Elas s&atilde;o inteligentes? Sentem dor? N&atilde;o &eacute; de hoje que cientistas se debru&ccedil;am para descobrir at&eacute; que ponto elas&nbsp;possuem consci&ecirc;ncia e o campo da neurobiologia vegetal &eacute; respons&aacute;vel por estudar seu comportamento complexo. Ap&oacute;s anos e anos de pesquisas, cientistas sugerem que as plantas n&atilde;o apenas t&ecirc;m consci&ecirc;ncia e intelig&ecirc;ncia, como teriam evolu&iacute;do a ponto de ter entre 15 e 20 sentidos, como as habilidades humanas de cheirar, provar, ver, tocar e ouvir.
Os primeiros estudos e experimentos nessa &aacute;rea iniciaram em 1966, quando Cleve Backster j&aacute; se dedicava a estud&aacute;-las e tamb&eacute;m a seus &ldquo;comportamentos&rdquo;. O ex agente da CIA descobriu, por meio de experimentos, que havia atividades el&eacute;tricas nelas. Apesar de ter dado o pontap&eacute; inicial, os seus estudos ficaram adormecidos, mas receberam um impulso adicional em 2006, quando um artigo publicado no Trends in Plant Science, mostrava uma equipe de bi&oacute;logos argumentando que o comportamento de uma planta n&atilde;o &eacute; apenas produto de processos gen&eacute;ticos e bioqu&iacute;micos e declaram que um novo campo da neurobiologia vegetal deve nascer para entender melhor as plantas. 
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Fonte: Pixabay
Eric D. Brenner, bi&oacute;logo molecular americano, Stefano Mancuso, fisiologista italiano, Franti&scaron;ek Balu&scaron;ka, bi&oacute;logo eslovaco, e Elizabeth Van Volkenburgh, bi&oacute;logo americano afirmam que essa &aacute;rea de pesquisa &ldquo;tem como objetivo entender como as plantas processam as informa&ccedil;&otilde;es que obt&ecirc;m de seu ambiente para desenvolver, prosperar e reproduzir da melhor maneira&rdquo;.
Al&eacute;m de explicarem que elas mostram comportamentos coordenados por algum tipo de &ldquo;sistema integrado de sinaliza&ccedil;&atilde;o, comunica&ccedil;&atilde;o e resposta&rdquo;, respondendo a vari&aacute;veis ambientais, os cientistas explicam que as plantas&nbsp;utilizam sinal el&eacute;trico, produzindo sust&acirc;ncias qu&iacute;micas semelhantes aos neur&ocirc;nios em animais, o que permite que umas respondam &agrave;s outras. A partir disso, os autores argumentam que as plantas possuem intelig&ecirc;ncia e os estudos apontam que elas evolu&iacute;ram a ponto de ter entre 15 e 20 sentidos separados. Stefano Mancuso afirma que as plantas pensam de maneira diferente, utilizando intelig&ecirc;ncia distribu&iacute;da.
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Fonte: Big Think / Reprodu&ccedil;&atilde;o
Mas, tamb&eacute;m h&aacute; cr&iacute;ticas e Lincoln Taiz, professor aposentado de fisiologia de plantas da U.C. Santa Cruz &eacute;, talvez, o principal cr&iacute;tico. Para ele, as chances de isso ser verdade s&atilde;o &ldquo;efetivamente nulas. As plantas n&atilde;o possuem nem requerem consci&ecirc;ncia&rdquo;.

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Para cientistas, plantas têm consciência e inteligência

Imagem de Crânio minúsculo ajuda a desvendar mistérios sobre a evolução cerebral no megacurioso

Como nosso cérebro se tornou tão grande?

O pequeno cr&acirc;nio que voc&ecirc; viu na imagem acima pertence a um primatinha extinto &ndash; da esp&eacute;cie Chilecebus carrascoensis &ndash; que viveu h&aacute; 20 milh&otilde;es de anos e foi encontrado aqui na Am&eacute;rica do Sul. E o que ele tem de especial? Pois, al&eacute;m de ser bonitinho (n&atilde;o parece um chaveiro?) e estar superbem preservado, o f&oacute;ssil pode ajudar a responder quest&otilde;es sobre como os nossos c&eacute;rebros evolu&iacute;ram e se tornaram t&atilde;o grandes.
<h2>Por que o cr&acirc;nio &eacute; t&atilde;o importante?</h2>
Os seres humanos, como voc&ecirc; pode conferir na ilustra&ccedil;&atilde;o a seguir, t&ecirc;m c&eacute;rebros excepcionalmente grandes quando comparados aos de outros animais e at&eacute; mesmo aos dos primatas. Entretanto, os cientistas n&atilde;o sabem quando, exatamente, essa caracter&iacute;stica come&ccedil;ou a se desenvolver &ndash; e uma dificuldade em se estudar a evolu&ccedil;&atilde;o cerebral &eacute; que n&atilde;o existem c&eacute;rebros de milh&otilde;es de anos dando sopa por a&iacute; para serem estudados.
<figure><img alt=" height="1033" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/25/25225843881073.jpg" width="1000" /> <figcaption>(Fonte: IFLScience!/Xiaocong Guo/Xijun Ni/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O cr&acirc;nio pequenino pertence a um primata da ordem Anthropoidea &ndash; e os animais dessa ordem se dividem em duas fam&iacute;lias: a dos Macacos do Velho Mundo ou Catarrinos, que engloba os gorilas, orangotangos, bonobos e humanos, entre outros, e a dos Macacos do Novo Mundo ou Platirrinos, que inclui criaturas como saguis, bugios, macacos-prego e macacos-aranha, por exemplo.
Segundo os cientistas, ambas fam&iacute;lias se originaram a partir de um ancestral comum h&aacute; 36 milh&otilde;es de anos e, apesar de terem se divido e continuado evoluindo separadamente, tanto os catarrinos como os platirrinos compartilham muitas caracter&iacute;sticas. O craniozinho de 20 milh&otilde;es de anos pertence &agrave; segunda fam&iacute;lia, ou seja, &agrave; dos platirrinos, e, por conta da falta de f&oacute;sseis em bom estado, existem bem poucos estudos sobre esses animais. Mas sabe-se que eles est&atilde;o entre os primeiros a divergirem do tal ancestral comum, o que faz do f&oacute;ssil um exemplar &iacute;mpar para o estudo da evolu&ccedil;&atilde;o cerebral dos primatas.
<h2>Descobertas</h2>
A vantagem de ser ter cr&acirc;nios t&atilde;o bem preservados &eacute; que eles permitem que os cientistas possam deduzir com um alto &iacute;ndice de precis&atilde;o quais estruturas cerebrais eles abrigaram. No caso do f&oacute;ssil, uma equipe de cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia em Santa B&aacute;rbara, do Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural e da Academia Chinesa de Ci&ecirc;ncias criou modelos tridimensionais e concluiu que os c&eacute;rebros de primatas da ordem Anthropoidea aumentaram e diminu&iacute;ram de tamanho ao longo de milh&otilde;es de anos &ndash; e que a evolu&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o ocorreu de forma muito mais complexa e inconstante do que se pensava. Veja o modelo a seguir:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/xUHGzPQhsaQ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Mais especificamente, os cientistas reconstru&iacute;ram o que deveria ser o c&eacute;rebro dos C. carrascoensis e notaram que as criaturas possu&iacute;am bulbos olfativos pequenos &ndash; sugerindo que elas n&atilde;o tinham o sentido do olfato muito apurado &ndash; e que essa caracter&iacute;stica n&atilde;o era compensada por um sistema visual mais complexo, que tamb&eacute;m era pequeno. Essa observa&ccedil;&atilde;o vai na contram&atilde;o do que se acreditava como padr&atilde;o para os c&eacute;rebros dos primatas, de que pequenos centros olfativos deveriam ser compensados por centros visuais maiores e vice-versa.
<figure><img alt=" height="1258" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/25/25225943584074.jpg" width="1400" /> <figcaption>(Fonte: Science Advances/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Ademais, depois de estabelecerem o quociente de encefaliza&ccedil;&atilde;o filogen&eacute;tica &ndash; ou a raz&atilde;o entre o tamanho do c&eacute;rebro com rela&ccedil;&atilde;o ao corpo &ndash; os pesquisadores descobriram que os C. carrascoensis tinham c&eacute;rebros proporcionalmente pequenos. Para se ter ideia, enquanto o quociente desses animais era de 0,79, o da maioria dos primatas atuais fica entre 0,86 e 3,39, e o dos humanos, bate os 13,46.
E mais: ao comparar o coeficiente dos C. carrascoensis com os de outros integrantes da ordem Anthropoidea &ndash; extintos e vivos &ndash;, os cientistas observaram varia&ccedil;&otilde;es no decorrer dos mil&ecirc;nios, revelando que os c&eacute;rebros dos primatas aumentaram de tamanho, voltaram a &ldquo;encolher&rdquo; e aumentaram novamente in&uacute;meras vezes. E o dos humanos nessa hist&oacute;ria? As an&aacute;lises apontaram que o c&eacute;rebro dos Homo sapiens sofreu um r&aacute;pido e dram&aacute;tico aumento de tamanho ao longo de 7 milh&otilde;es de anos, que representa um espa&ccedil;o de tempo bastante curto do ponto de vista evolutivo.

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