Imagem de Ossos de 'monstro' pré-histórico são achados por acaso em museu no megacurioso

O pliossauro de quase 15 metros viveu há 150 milhões de anos na região do atual Reino Unido

<head></head><body>Ossos de um “monstro marinho” pré-histórico, que viveu há 150 milhões de anos e tinha o dobro do tamanho de uma orca, foram encontrados por acaso nas gavetas de um museu em Oxfordshire, na Inglaterra. A descoberta foi relatada em estudo publicado na revista Proceedings of the Geologists Association no dia 10 de maio.Encontradas originalmente durante escavações na região, as vértebras foram parar no Abingdon County Hall Museum, onde estavam armazenadas. Elas chamaram a atenção do professor da Universidade de Portsmouth, David Martill, que visitava o local para um trabalho envolvendo o esqueleto de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122338-ictiossauro-o-reptil-marinho-do-tamanho-de-uma-baleia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ictiossauro</a>.Depois de analisar o material, o paleontólogo e sua equipe concluíram que os restos mortais pertenciam a um réptil marinho com tamanho entre 9,4 m e 14,4 m. Investigações posteriores sugeriram que os ossos gigantes eram de uma espécie de pliossauro.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15204433412002.jpg" alt="Uma das vértebras achadas no museu. (Fonte: Abingdon County Hall Museum/Divulgação)">Uma das vértebras achadas no museu. (Fonte: Abingdon County Hall Museum/Divulgação)E não se tratava de qualquer pliossauro, pois os ossos pertenciam ao maior animal do tipo já descoberto, de acordo com os especialistas da universidade britânica. Anteriormente, acreditava-se que o comprimento da espécie não ultrapassasse 7 m, a metade do tamanho estimado deste fóssil.<h2>Terror dos mares jurássicos</h2>Principais predadores marinhos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121599-era-geologica-um-guia-de-quando-os-dinossauros-viveram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período Jurássico</a>, os pliossauros tinham cabeça maior e mais alongada que a dos plesiossauros, com aparência semelhante à de um crocodilo, e pescoço curto. Suas quatro nadadeiras trabalhavam como remos impulsionando-os pelos oceanos, enquanto a cauda era curta.Outras características do animal gigantesco eram o crânio maciço e os dentes salientes enormes, que atuavam como “adagas”. Segundo Martill, é provável que ele possuísse uma mordida mais poderosa do que a do Tiranossauro rex, não dando chances para suas presas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15204639532003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)No topo da cadeia alimentar marinha, o réptil gigantesco possivelmente preparava emboscadas para ictiossauros, plesiossauros de pescoço comprido e crocodilos marinhos de porte menor, nadando pelas águas profundas e escuras. Com o poder da sua mordida, ele os partia ao meio.Indícios dos ataques do monstro marinho do Jurássico às espécies menores podem ser encontrados em ossos de ictiossauros expostos no The Etches Collection Museum of Jurassic Marine Life que fica em Dorset, na Inglaterra, de acordo com o líder do estudo.<h2>Espécies maiores?</h2>O tamanho dos pliossauros tem gerado debates há vários anos entre os paleontólogos. Este achado pode ajudar a resolver o mistério a respeito das medidas do animal que aterrorizava os mares há 150 milhões de anos, porém não se descarta a descoberta de animais com medidas ainda mais imponentes.Em 1999, o documentário TV Walking with Dinosaurs, da BBC, sugeriu a existência da espécie <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124942-7-dos-mais-estranhos-monstros-marinhos-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Liopleurodon</a>, que teria 25 m de comprimento e 150 toneladas. Com os restos mortais recém-achados, o professor, que atuou como consultor do programa, se mostrou animado com a possibilidade de encontrar novas evidências de pliossauros ainda maiores.</body>

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Ossos de 'monstro' pré-histórico são achados por acaso em museu

Imagem de Bactérias de dentes de neandertais podem ser fonte de novo remédio no megacurioso

As bactérias do tártaro encontrada em dentes dos neandertais podem ajudar a desenvolver uma nova classe de remédios

Os pesquisadores descobriram bact&eacute;rias desconhecidas preservadas nos dentes dos neandertais que um dia poder&atilde;o auxiliar no desenvolvimento de novos antibi&oacute;ticos. Um estudo publicado na revista Science&nbsp;utilizou placas dent&aacute;rias de humanos antigos e modernos para investigar a evolu&ccedil;&atilde;o dos micr&oacute;bios presentes na boca.
Cada pessoa possui seu pr&oacute;prio microbioma oral, composto por centenas de esp&eacute;cies de organismos microsc&oacute;picos que colonizam a cavidade bucal. O microbioma oral &eacute; diversificado e varia de acordo com o ambiente de vida de cada indiv&iacute;duo.
A fim de estudar o microbioma oral humano ancestral, Christina Warinner, uma arque&oacute;loga biomolecular da Universidade de Harvard, desenvolveu novas t&eacute;cnicas para analisar o c&aacute;lculo dent&aacute;rio pr&eacute;-hist&oacute;rico, tamb&eacute;m conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120060-quais-os-riscos-de-dormir-sem-escovar-os-dentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t&aacute;rtaro</a>.
<h2>Pesquisa de DNA no t&aacute;rtaro dos dentes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15101938255082.jpg" alt="(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O c&aacute;lculo dent&aacute;rio &eacute; a &uacute;nica parte do corpo que se fossiliza rotineiramente enquanto uma pessoa ainda est&aacute; viva e cont&eacute;m a maior concentra&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125142-dna-antigo-revela-dona-de-pingente-de-20-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA antigo</a> de qualquer parte de um esqueleto antigo. Com apenas alguns miligramas de c&aacute;lculo dent&aacute;rio, Warinner conseguiu isolar bilh&otilde;es de fragmentos curtos de DNA de centenas de esp&eacute;cies diferentes.
A an&aacute;lise de restos antigos apresenta um desafio adicional, pois o DNA encontrado pode pertencer a micr&oacute;bios j&aacute; extintos. Os cientistas analisaram os dentes de 12 neandertais, bem como de 34 humanos arqueol&oacute;gicos e 18 humanos contempor&acirc;neos que viveram de 100 mil anos atr&aacute;s at&eacute; o presente na Europa e na &Aacute;frica.
<h2>Descoberta de bact&eacute;rias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15102021069083.jpg" alt="(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foram sequenciados mais de 10 bilh&otilde;es de fragmentos de DNA, dos quais 459 genomas bacterianos foram reconstru&iacute;dos, sendo cerca de 75% mapeados para bact&eacute;rias bucais conhecidas.
Os pesquisadores concentraram sua aten&ccedil;&atilde;o em duas esp&eacute;cies de um g&ecirc;nero de bact&eacute;ria chamado Chlorobium, encontradas em sete indiv&iacute;duos do per&iacute;odo do Pleistoceno Superior (de 126 mil a 11.700 anos atr&aacute;s). Essas esp&eacute;cies n&atilde;o correspondem exatamente a nenhuma esp&eacute;cie conhecida, mas s&atilde;o semelhantes a C. limicola, encontrada em cavernas.
Por isso, os cientistas acreditam que essas pessoas tenham entrado em contato com essas bact&eacute;rias por meio da &aacute;gua pot&aacute;vel em cavernas. As esp&eacute;cies de Chlorobium&nbsp;foram quase completamente ausentes do t&aacute;rtaro em pessoas que viveram nos &uacute;ltimos 10 mil anos.
<h2>Potencial uso em rem&eacute;dios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15102107570084.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A descoberta das bact&eacute;rias nos dentes dos neandertais tem o potencial de levar ao desenvolvimento de novos antibi&oacute;ticos. Isso ocorre porque as bact&eacute;rias s&atilde;o uma fonte importante de compostos bioativos, incluindo subst&acirc;ncias com propriedades antibacterianas.
No estudo mencionado, os pesquisadores identificaram agrupamentos de genes biossint&eacute;ticos (BGCs) nas esp&eacute;cies descobertas que, inseridos em bact&eacute;rias vivas, produziram duas novas enzimas relacionadas &agrave; fotoss&iacute;ntese. Essas enzimas podem ter propriedades ben&eacute;ficas para o desenvolvimento de medicamentos.
A pesquisa sugere que explorar o potencial das bact&eacute;rias encontradas nos dentes dos neandertais pode levar ao desenvolvimento de novas classes de antibi&oacute;ticos. Isso &eacute; importante, pois a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112278-bacterias-mutantes-desafiam-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resist&ecirc;ncia aos antibi&oacute;ticos</a> &eacute; um problema crescente, e encontrar novas op&ccedil;&otilde;es &eacute; essencial para combater infec&ccedil;&otilde;es bacterianas cada vez mais resistentes.

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Bactérias de dentes de neandertais podem ser fonte de novo remédio

Imagem de Há milhões de anos, a Terra era coberta por cogumelos gigantes no megacurioso

Antes que as árvores dominassem a superfície do nosso planeta, os fungos é que reinavam absolutos

<head></head><body>Há muito tempo, antes das árvores dominarem a paisagem do nosso planeta, um fenômeno curioso reinava supremo. A superfície terrestre era coberta por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124900-cogumelos-podem-ser-grandes-aliados-na-prevencao-de-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos gigantes</a>, criaturas impressionantes que pontilhavam a paisagem antiga com suas torres imponentes. Essa intrigante descoberta nos transporta para um período entre 420 milhões e 350 milhões de anos atrás, quando as plantas terrestres ainda engatinhavam em sua evolução e as árvores mal ultrapassavam alguns metros de altura.Imaginem um cenário onde a natureza era dominada por gigantes torres de vida, compostas por troncos de até 8 metros e 1 metro de largura. Naquela época, as plantas mal alcançavam alguns metros de altura, os animais invertebrados eram pequenos e os vertebrados terrestres ainda não haviam surgido. Nesse contexto, a presença de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungo colossal de 6 metros de altura&nbsp;</a>era algo verdadeiramente extraordinário.<h2>Mas, afinal, eram fungos mesmo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/02103729980030.jpg" alt="Por muito tempo os cientistas debateram se os fósseis eram realmente fungos. (Fonte: Getty Images)">Por muito tempo os cientistas debateram se os fósseis eram realmente fungos. (Fonte: Getty Images)Durante décadas, os fósseis dessas estruturas misteriosas foram objeto de intenso debate entre cientistas. Alguns argumentaram que eram líquens, enquanto outros acreditavam que se tratavam de algas ou até mesmo algum tipo desconhecido de árvore. A anatomia complexa desses organismos despertava inúmeras teorias, mas não fornecia uma resposta conclusiva.No entanto, em 2007, um estudo revolucionário revisitou uma nova perspectiva. Através da análise de fósseis desenterrados na Arábia Saudita, os cientistas finalmente desvendaram o enigma por trás dessas estruturas gigantes. Eles concluíram que os prototaxites, nome pelo qual esses fósseis são chamados, eram, na verdade, fungos. Sim, gigantescos cogumelos primitivos que dominavam a Terra antiga.Essa teoria não foi aceita de imediato por todos os cientistas. A ideia de um fungo de proporções tão grandiosas desafiava a imaginação. Contudo, estudos subsequentes fortaleceram a hipótese do fungo gigante.<h2>Fungos ainda dominam a Terra de alguma forma</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/02103804421031.jpg" alt="Maior organismo da Terra é um fungo gigante. (Fonte: Getty Images)">Maior organismo da Terra é um fungo gigante. (Fonte: Getty Images)Embora os cogumelos gigantes tenham desaparecido há muito tempo, a natureza ainda nos surpreende com suas maravilhas. Atualmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122767-quanto-maior-esse-fungo-fica-mais-problemas-nos-teremos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o maior organismo da Terra é um imenso tapete de fungos</a> espalhado por 2.200 acres de floresta no leste do Oregon. Uma prova de que, mesmo após milhões de anos, os fungos continuam desempenhando um papel fundamental em nossos ecossistemas.Mesmo que ainda haja muitas perguntas sem resposta, uma coisa é certa: esses cogumelos gigantes deixaram sua marca na história da Terra. Sua presença impressionante em uma paisagem dominada por criaturas minúsculas é um testemunho da diversidade e complexidade da vida em tempos remotos.</body>

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Há milhões de anos, a Terra era coberta por cogumelos gigantes

Imagem de Asteroide que exterminou dinossauros não teria causado "inverno nuclear" no megacurioso

Evento relacionado com a extinção em massa dos dinossauros não teria provocado um inverno nuclear prolongado na Terra, segundo estudo

<head></head><body>O momento em que um asteroide com cerca de 10 quilômetros de diâmetro atingiu a Península de Yucatán, no México, cerca de 66 milhões de anos atrás, é tido como um marco para a história do planeta. E ainda hoje o chamado impacto de Chicxulub é alvo de estudos para entender quais foram os reais efeitos dessa colisão e se ela teria sido, de fato, diretamente responsável por um "inverno nuclear" — um efeito de resfriamento climático global severo e prolongado — que culminou no extermínio dos dinossauros.Isso porque a hipótese melhor aceita para o que teria ocorrido aponta que esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123614-como-sobreviveriamos-se-a-terra-fosse-atingida-por-um-asteroide.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteroide</a> teria provocado um inverno prolongado na Terra, sendo resultado do acúmulo de poeira na atmosfera. Capaz de gerar um fenômeno de maior extensão, ele teria sido responsável pela extinção pelo menos 75% das espécies existentes no planeta.E em busca de evidências dessa série de eventos catastróficos, pesquisadores publicaram, no último dia 22, um estudo na revista Geology que pode trazer uma nova perspectiva acerca do que de fato teria ocorrido naquele período.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25115500755130.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Em busca de novas evidências</h2>Famoso por ter sido uma das cinco extinções em massa do planeta, esse evento não teria deixado sinais que a Terra tenha passado por um período de resfriamento abrupto e prolongado após essa colisão tão violenta, segundo os pesquisadores, que usaram como base a análise de bactérias fossilizadas encontradas em amostras de carvão.Isso porque essas bactérias, enquanto se adaptam a uma determinada temperatura, deixam registros em suas paredes celulares, tornando viável a análise atualmente. Havendo variação de temperatura num período significativo, como de mil anos, essas bactérias teriam deixado evidências disso.Inclusive, os dados coletados pela equipe a partir desses biomarcadores indicam que houve certo aquecimento no período após esse incidente, o que poderia ser fruto da ação de vulcões que estariam liberando gás carbônico na atmosfera, e que esse novo padrão de aquecimento teria se estabilizado no período final do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cretáceo</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25115544312131.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Possíveis impactos resultantes da queda do asteroide</h2>O estudo, por sua vez, não invalida a teoria que o resfriamento do planeta possa ter ocorrido nesse período crítico, mas que ele teria tido menor impacto e duração, diferente do que se imaginava.Mas, afinal, então como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> teriam se extinguido após a colisão do asteroide com o planeta? Como o asteroide seria incapaz de aniquilar todos apenas com a queda em si, já que as espécies estavam espalhadas em diferentes regiões, a cobertura de poeira que esse asteroide teria sido capaz de levantar após o impacto ainda é considerada a responsável por desencadear eventos críticos.Conforme destacou Sean Gulick, pesquisador da Universidade do Texas e que não participou desse estudo, em entrevista à Live Science, ainda que houvesse um período sem incidência de luz solar na Terra que se estendesse por apenas alguns meses, ele já seria agressivo o bastante para exterminar as plantas, prejudicando animais herbívoros, e por sua vez, eliminando também as espécies carnívoras inseridas nessa cadeia alimentar.</body>

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Asteroide que exterminou dinossauros não teria causado 'inverno nuclear'

Imagem de Monstro tully: criatura pré-histórica bizarra continua um mistério no megacurioso

O chamado 'monstro tully' tem sua classificação taxonômica pesquisada desde que os seus primeiros registros fósseis foram descobertos em 1958

<head></head><body>Conhecidas como "monstros tully", pequenas criaturas medindo entre 30 e 40 centímetros de comprimento podem ter assombrado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124942-7-dos-mais-estranhos-monstros-marinhos-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os oceanos da Terra há cerca de 300 milhões de anos</a>, durante o chamado período Carbonífero. Bizarros, seus fósseis não revelaram, desde que foram descobertos em 1958, nem mesmo se o animal possuía uma coluna vertebral.Agora, pesquisadores da Universidade de Tóquio usaram lasers 3D para investigar a morfologia única da criatura, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/98985-monstrengo-do-fundo-do-mar-parece-um-alien-e-pode-ser-parente-dos-dinos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">semelhante à de um alienígena fictício</a>, com corpo macio, olhos em hastes e uma estranha tromba se projetando do rosto, que o bicho usava para se alimentar de pequenos invertebrados.&nbsp;<a href="https://doi.org/10.1111/pala.12646" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Publicado neste mês na revista Palaeontology</a>, o estudo descobriu "que as estruturas anteriormente consideradas miômeros [fibras musculares], cérebro trilobado, cartilagens tectais e raios das nadadeiras não são comparáveis com as dos vertebrados". Isso significa que o Tullimonstrum gregarium pode ter sido na verdade um cordado não vertebrado, como o "peixe-lanceta" ou um protostômio, como o besouro.&nbsp;<h2>Como os cientistas analisaram o monstro Tully?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/24/24195113687025.jpg" alt="O conjunto de dados morfológicos em 3D afastou a hipótese de animal vertebrado.">O conjunto de dados morfológicos em 3D afastou a hipótese de animal vertebrado.Para testar a hipótese, até agora em vigor, de o Tullimonstrum ser um vertebrado, os pesquisadores digitalizaram mais de 150 fósseis da espécie para gerar mapas em 3D, codificando individualmente as estruturas anatômicas do animal por cores.&nbsp;Especial atenção foi dedicada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122856-6-fatos-curiosos-e-pegajosos-dos-vermes-de-fita-marinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a uma probóscide bem preservada do animal</a>, espécie de tromba que termina em uma boca em forma de pinça, com dentes. Com bases salientes, segundo a nova análise, esses órgãos mineralizados foram determinantes para separar definitivamente os monstros Tully dos ciclóstomos, como a lampreia, que são mais finos na base.O que foi lido pelos autores de um estudo anterior como guelras era na verdade apenas segmentação no corpo, conforme a pesquisa atual. Mais do que propriamente definir uma taxonomia, as conclusões levantaram mais dúvidas sobre as afinidades vertebradas do Tullimonstrum.&nbsp;<h2>Se não é vertebrado, como Tullimonstrum ficou preservado?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25082726395000.jpg" alt="Os fósseis do Tullimonstrum foram encontrados em leitos de água doce.">Os fósseis do Tullimonstrum foram encontrados em leitos de água doce.Finalmente, é importante esclarecer mais um mistério na extensa saga do monstro Tully: se o animal não é um vertebrado, conforme a pesquisa atual, como pôde seu corpo mole ser preservado nos registros fossilíferos? Enquanto as partes duras e mineralizadas são comuns (conchas, ossos e dentes), como o Tullimonstrum foi mantido através dos tempos?A resposta está <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124681-5-fosseis-impressionantes-que-foram-descobertos-por-acaso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nas condições químicas especiais no ambiente de fossilização</a> onde esses bizarros monstrinhos foram encontrados: um sítio chamado Mazon Creek localizado no estado de Illinois nos EUA. Pela qualidade impressionante de seus fósseis, o local é considerado um Konservat-lagerstätte, depósitos que preservam organismos levemente esclerotizados pela deposição de minerais e também os de corpo mole.Definir um lugar para o monstro Tully na taxonomia das espécies é importante porque se trata de um ser tão incomum que, tão logo enquadrado em um grupo, acabará expandindo a compreensão que temos desse gênero.</body>

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Monstro tully: criatura pré-histórica bizarra continua um mistério

Imagem de 7 dos mais estranhos monstros marinhos pré-históricos no megacurioso

Há milhões de anos nossos oceanos serviram de habitat para as mais variadas e terríveis criaturas

<head></head><body>É bem possível que você já tenha imaginado que, à medida que descemos mais profundamente no oceano, os habitantes desse reino se tornam mais bizarros. Durante os últimos milhões de anos, uma vasta gama de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124469-5-fosseis-que-ajudaram-a-entender-a-vida-pre-historica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas marinhas</a> intimidadoras floresceu em nossos mares. Infelizmente, muitas dessas espécies estão agora extintas — e muitas das atuais estão em risco crítico.De certa forma, é possível até sermos gratos por tais criaturas não existirem mais, já que incluem espécies aterrorizantes como o megalodon e o mosassauro.Afinal, quem em seu juízo perfeito gostaria de encontrar esses aterrorizantes dinossauros aquáticos? Nesta lista, você vai conhecer alguns desses monstros pré-históricos. Confira!<h2>1. Helicoprion</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12184944709349.jpg" alt="(Fonte: Ray Troll/ Reprodução)">(Fonte: Ray Troll/ Reprodução)A característica mais marcante e perturbadora deste animal oceânico extinto é a espiral de dentes alongados, ou espinhos, localizados na ponta da mandíbula inferior. &nbsp;Esse desenvolvimento peculiar confere ao helicoprion a aparência de ter uma serra circular de 290 milhões de anos presa em sua boca.Embora se assemelhe a um tubarão, o heliocoprion pertencia ao grupo mais amplo de peixes-rato e acredita-se que se alimentava de lulas e outros cefalópodes de corpo mole. Sem dentes na mandíbula superior, ele dependia do movimento de rotação de seus dentes para arrastar a presa para a boca.O heliocoprion tinha mais de 8 metros de comprimento e uma mandíbula de cerca de 60 centímetros de largura.<h2>2. Tilossauro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12185215605350.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)Com um comprimento superior a 13 metros, o tilossauro foi um dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124681-5-fosseis-impressionantes-que-foram-descobertos-por-acaso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maiores mosassauros que já habitou a Terra</a>. Ele era um predador mortal e caçou durante todo o período Cretáceo.Essa criatura tinha uma dieta bastante variada, que incluía peixes, tubarões, outros mosassauros e aves marinhas. Assim como muitos outros répteis e espécies de dinossauros, os três tipos conhecidos de tilossauro, incluindo o Tylosaurus proriger, pereceram durante a extinção em massa no final do período Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos.<h2>3. Plesiossauro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12185518227351.jpg" alt="(Fonte: NPS/ Isto É/ Reprodução)">(Fonte: NPS/ Isto É/ Reprodução)A designação plesiossauro se refere a uma classe de répteis marinhos extintos que viveram durante o período Mesozóico, há cerca de 203 milhões de anos, e que prosperaram durante o Jurássico.&nbsp;No final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos, o plesiossauro foi extinto devido a um evento de extinção em massa. Desde a primeira descoberta de fósseis de plesiossauros, mais de 100 espécies foram identificadas.&nbsp;Essas criaturas marinhas pré-históricas tinham um corpo largo e achatado e uma cauda curta. Os quatro membros eram equipados com nadadeiras que lhes permitiam nadar com fluidez. É provável que respirassem ar e que tivessem sangue quente.<h2>4. Liopleurodon</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12185705083354.jpg" alt="(Fonte: Jungle Key/ Reprodução)">(Fonte: Jungle Key/ Reprodução)Se o filme Jurassic Park tivesse mais cenas subaquáticas e apresentasse mais criaturas do período jurássico, é provável que o liopleurodon&nbsp;fosse incluído. Embora haja controvérsias sobre o comprimento real dessa criatura (alguns cientistas afirmam que tinha mais de 15 metros), a maioria concorda que contava com cerca de 6 metros, com um quinto desse tamanho sendo apenas a cabeça, equipada com dentes afiados.<h2>5. Mosassauros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12190028410355.jpg" alt="(Fonte: Francisco Hueichaleo/ Wikimedia Commons/ Reprodução)">(Fonte: Francisco Hueichaleo/ Wikimedia Commons/ Reprodução)Os mosassauros, apesar de não serem os animais mais bizarros dessa lista, merecem o título de "monstro marinho". Eles percorreram os oceanos do mundo antes de terem o mesmo fim que os dinossauros não-aviários, devorando quase tudo o que se movia, incluindo outros mosassauros.Possuíam um corpo similar a uma serpente com um crânio grande e um focinho alongado. Seus membros foram adaptados em nadadeiras com ossos de membros mais curtos, sendo os ossos dos dedos das mãos e pés mais numerosos que seus ancestrais. A parte traseira do corpo era longa, com uma extremidade curvada para baixo, semelhante aos primeiros ictiossauros.&nbsp;Sua espinha dorsal consistia em mais de 100 vértebras. A estrutura do crânio era bastante parecida à dos lagartos monitores modernos, que são seus parentes. O arranjo articulado dos dentes conectados na frente apenas por ligamentos permitia que esses animais não só abrissem a boca abaixando a mandíbula, mas também estendessem a mandíbula inferior lateralmente enquanto se alimentavam de presas grandes.De acordo com um estudo de 2014 publicado na revista Proceedings of the Zoological Institute RAS, o Mosasaurus hoffmanni tinha cerca de 17 metros de comprimento.<h2>6. Megalodonte</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Corey Ford/Stocktrek Images/Getty Images/ Veja/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/GettyImages-495835079.jpg?quality=70&amp;strip=info&amp;w=1024&amp;resize=1200,800"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12190322958356.jpg" alt="(Fonte: Corey Ford/Stocktrek Images/Getty Images/ Veja/ Reprodução)">(Fonte: Corey Ford/Stocktrek Images/Getty Images/ Veja/ Reprodução)O megalodonte&nbsp;é, possivelmente, o animal marinho pré-histórico mais famoso desta lista, devido à sua popularização em filmes e na literatura. Era um tubarão gigante que viveu há 23-3,6 milhões de anos durante o Mioceno Inferior e Plioceno.&nbsp;É um parente próximo do grande tubarão-branco, sendo considerado&nbsp;um dos predadores mais poderosos e mortais que já habitaram os nossos oceanos. Devido à fragmentação dos seus restos fósseis, é bastante difícil completar um fóssil do bicho. No entanto, há uma enorme quantidade de dentes do animal espalhados pelo mundo, já que é comum tubarões perderem a dentição. Os cientistas estimam que o megalodonte poderia atingir comprimentos de até 16 metros.<h2>7. Basilossauro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Universidade Nacional de San Marcos/ Olhar Digital/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://img.olhardigital.com.br/wp-content/uploads/2022/03/basilossauro-capa-1024x576.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12190547636357.jpg" alt="(Fonte: Universidade Nacional de San Marcos/ Olhar Digital/ Reprodução)">(Fonte: Universidade Nacional de San Marcos/ Olhar Digital/ Reprodução)Apesar do nome e da aparência, essa criatura não é um réptil, mas uma baleia. Os basilossauros eram ancestrais predadores das baleias modernas e podiam ter de 15 a 26 metros de comprimento. Sua forma alongada e sinuosa lembra a de uma cobra, o que lhe rendeu a alcunha de "baleia-cobra".&nbsp;Evidências físicas sugerem que o basilossauro não tinha a mesma capacidade cognitiva das baleias modernas, nem a habilidade de ecolocar, além disso, não podiam mergulhar profundamente ou saltar.</body>

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7 dos mais estranhos monstros marinhos pré-históricos

Imagem de Crânio de dinossauro sugere viagem de gigantes entre continentes no megacurioso

Os restos mortais do saurópode, achados na Austrália, são semelhantes aos de espécie que viveu na América do Sul

<head></head><body>Pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália, encontraram um raro crânio de dinossauro quase completo que habitou aquela região da Oceania há cerca de 95 milhões de anos. A descoberta permitiu revelar algumas características interessantes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119059-nova-especie-de-dinossauro-gigante-e-encontrada-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gigante pré-histórico</a>.De acordo com o estudo publicado no periódico Royal Society Open Science, na última quarta-feira (13), os restos mortais achados em uma cidade do estado de Queensland pertenciam à espécie Diamantinasaurs matildae. O animal integrava o grupo Sauropoda.Apelidado de “Ann”, o réptil ao qual pertencia o crânio apresentava corpo em forma de barril, cabeça pequena, pescoço e cauda alongados e quatro pernas colunares. Trata-se do primeiro saurópode encontrado na Austrália com a maior parte do crânio, além do primeiro Diamantinasaurus&nbsp;com o pé traseiro preservado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/13/13213730403001.jpg" alt="(Fonte: Royal Society Open Science/Divulgação)">(Fonte: Royal Society Open Science/Divulgação)“Tive a sorte de estar envolvido nesta primeira descoberta australiana. Ser capaz de liderar a pesquisa sobre esses fósseis foi um grande privilégio. Este crânio nos dá um raro vislumbre da anatomia deste enorme saurópode que viveu no nordeste da Austrália há quase 100 milhões de anos”, comemorou o paleontólogo Stephen Poropat.<h2>Ligação entre Oceania e América do Sul</h2>Durante a análise dos fragmentos, Poropat e seus colegas encontraram semelhanças com o crânio de um titanossauro conhecido como Sarmientosaurus musacchioi. O curioso é que este último vivia na região onde hoje está a Argentina, bem longe dali, no mesmo período.Entre as características parecidas, os especialistas citaram, principalmente, os ossos da extremidade posterior da caixa craniana, próximo à articulação da mandíbula. O formato dos dentes, com aparência cônica e curva, também era semelhante em ambos os restos mortais.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Conversation/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://theconversation.com/first-near-complete-sauropod-dinosaur-skull-found-in-australia-hints-at-ancient-links-between-continents-203405"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/13/13214118965003.jpg" alt="(Fonte: The Conversation/Reprodução)">(Fonte: The Conversation/Reprodução)Com as descobertas, os paleontólogos acreditam que os saurópodes circulavam entre os territórios pertencentes atualmente à Austrália e à América do Sul, durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cretáceo</a> médio. O clima extremamente quente daquele período era favorável às viagens dos répteis gigantes.Além disso, o planeta possuía uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104309-como-seria-a-terra-se-o-supercontinente-pangeia-nao-tivesse-se-separado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">configuração diferente da atual</a>, com a Austrália localizada mais ao sul, apresentando altas temperaturas e menos sazonalidade. Já a Antártida tinha florestas no lugar do gelo, se mostrando um habitat interessante para a espécie e também funcionando como uma ponte, possibilitando viajar entre os dois continentes.<h2>Reconstrução do crânio</h2>Mesmo se mostrando em boas condições, o crânio de dinossauro de 95 milhões de anos descoberto na Austrália&nbsp;mostrava, essencialmente, a metade esquerda da cabeça. Dessa forma, foi preciso realizar a reconstrução digital da parte direita da caixa craniana, usando tomografia computadorizada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/13/13214212546004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em meio ao trabalho, os pesquisadores descobriram curiosidades como dentes provisórios dentro de um osso do focinho, reforçando a ideia de que os saurópodes substituíam seus dentes continuamente, assim como os crocodilos atuais. As análises também indicaram que Ann pesava 25 toneladas, tinha a altura de um poste e o comprimento de uma quadra de tênis.</body>

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Crânio de dinossauro sugere viagem de gigantes entre continentes

Imagem de Cientistas querem clonar bisão extinto encontrado no permafrost no megacurioso

Morto há mais de 8 mil anos, restos mortais do animal estão tão bem preservados que cientistas acreditam na possibilidade de clonagem

<head></head><body>Pesquisadores do Mammoth Museum Laboratory da North-Eastern Federal University (NEFU) em Yakutsk, no leste da Sibéria, concluíram recentemente a necropsia de uma espécie de bisão já extinta. A carcaça do animal, possivelmente morto há mais de 8 mil anos, foi encontrada no permafrost siberiano.Como os restos mortais estavam muito bem conservados, os cientistas do museu acreditam ser possível&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121677-como-funciona-a-clonagem-de-animais-domesticos-nos-eua-e-outros-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clonar</a>&nbsp;o animal — embora, segundo um especialista na área, a possibilidade seja improvável.<h2>Pesquisadores querem clonar bisão extinto</h2>A carcaça, preservada graças ao frio extremo do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123745-cientistas-despertam-virus-congelado-de-48-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">permafrost</a>, é de um animal jovem, que tinha entre um e dois anos quando morreu. Os cientistas não conseguiram descobrir o sexo da criatura, que pertence a uma espécie de bisão extinta há milhares de anos. O corpo mumificado pelo gelo foi descoberto no ano passado em Khaastaakh, na região da cidade de Verkhoyansk, Rússia, e doado ao NEFU.Por enquanto não foi possível determinar exatamente em qual período viveu o animal mas, segundo os pesquisadores, espécimes similares encontrados em 2009 e 2010 datavam de cerca de 8 mil a 9 mil anos atrás. De qualquer forma, o time ficou bastante animado após a necropsia: ao remover amostras do pelo, pele, ossos, músculos, gordura e chifres, além de todo o cérebro do animal mumificado, os cientistas perceberam o quão bem preservada estava a carcaça. Por este motivo, eles esperam conseguir clonar o bisão extinto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12112236540104.jpg" alt="Após coleta de material de carcaça de bisão extinto, cientistas acreditam na possibilidade de clonagem">Após coleta de material de carcaça de bisão extinto, cientistas acreditam na possibilidade de clonagemEm uma nota emitida pelo NEFU, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124736-5-projetos-ambiciosos-para-ressuscitar-animais-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hwang Woo Suk</a>, um geneticista e colaborador do museu, disse que o time de pesquisadores está "trabalhando com um achado único que pode ser clonado no futuro graças aos materiais selecionados." Em 2006, ele foi demitido da Seoul National University, na Coreia do Sul, e quase foi preso após forjar resultados e quebrar regras éticas da biomedicina em suas tentativas de clonar <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/36585-finalmente-cientistas-conseguem-clonar-celulas-tronco-humanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células-tronco humanas</a> embrionárias.Agora, os cientistas do NEFU (o mesmo museu que foi notícia ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124628-urso-pre-historico-encontrado-na-siberia-nao-era-bem-o-que-parecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">confundir um urso-pardo mumificado</a> com uma espécie extinta há 22 mil anos) pretendem retornar ao local onde o bisão mumificado foi encontrado para vasculhar em busca de mais carcaças. Eles acreditam que obter mais espécimes possa ajudá-los no projeto de clonagem da espécie extinta.<h3>Missão improvável</h3>Ainda que os pesquisadores do NEFU estejam animados com a possibilidade de clonar o bisão extinto, o Professor Love Dalén não parece tão certo de que a empreitada será um sucesso. Em uma conversa com o site Live Sciente, Dalén — paleontólogo na Stockholm University na Suécia — disse que, do seu ponto de vista, "não será possível clonar animais extintos a partir de tecidos como esses."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12112335990106.jpg" alt="DNA do material coletado pode ser insuficiente para realizar clonagem com sucesso">DNA do material coletado pode ser insuficiente para realizar clonagem com sucessoEmbora não esteja envolvido com o processo de necropsia da carcaça, Dalén explicou que, ainda que os tecidos estejam muito bem preservados, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a>&nbsp;contido ali provavelmente já está degradado demais para ser clonado. Para que a clonagem seja possível, seria necessário encontrar cromossomos intactos, algo pouco provável de se achar em um animal mumificado morto há milhares de anos.O especialista explica que seria sim possível sequenciar a maior parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/29612-pesquisadores-revelam-guia-para-o-genoma-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genoma</a> do bisão que, combinando o DNA de outros espécimes mumificados ao de bisões vivos atualmente, possibilitando "reviver" a espécie extinta. Porém, tal tarefa seria extremamente difícil — mas ainda assim muito mais provável do que simplesmente clonar o animal com apenas as amostras colhidas na necropsia.</body>

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Cientistas querem clonar bisão extinto encontrado no permafrost

Imagem de Cientistas descobrem pegadas de anfíbio mais antigo que dinossauros no megacurioso

Drones e scanners 3D foram usados para identificar os rastros de um anfíbio gigantesco mais antigo que os dinossauros

<head></head><body>Os cientistas descobriram pegadas pré-históricas feitas por um anfíbio gigantesco mais antigo que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124186-fosseis-quebrados-mostram-como-esses-5-dinossauros-lutavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>, utilizando tecnologias modernas, como drones e scanners 3D. Os pesquisadores foram capazes de detectar pegadas deixadas pelo Temnospondyl rhinesuchid, semelhante a um crocodilo, há cerca de 255 milhões de anos, na África do Sul.Segundo um estudo publicado na PLOS ONE, as descobertas são significativas porque ajudam a preencher lacunas em nosso conhecimento sobre esses animais antigos. As pegadas e traços preservados na paleossuperfície da região fornecem evidências diretas de como esses animais se moviam e interagiam com o ambiente.As pegadas deixadas por este anfíbio pré-histórico foram encontradas no local de uma antiga planície de maré ou lagoa no antigo Mar de Karoo. Os pesquisadores identificaram sete "impressões de corpo" onde o Temnospondyl rhinesuchid descansou, bem como várias "marcas de cauda" onde a criatura se movimentou através da água.<h2>Tecnologia usada para a descoberta</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PLOS ONE/Groenewald et al/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/H7TZufHTt6f8YfNW3AiPEkhwrBs=/fit-in/1072x0/filters:focal(800x777:801x778)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/87/5f/875f4e98-f39e-47f1-8917-d4bbc630de66/journalpone0282354g010_web.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06225835577005.jpg" alt="A partir das pegadas, foi possível reconstituir corpo e movimentação do animal. (Fonte: PLOS ONE/Groenewald et al/Reprodução)">A partir das pegadas, foi possível reconstituir corpo e movimentação do animal. (Fonte: PLOS ONE/Groenewald et al/Reprodução)A descoberta das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116507-fossil-de-pegadas-conta-a-historia-de-uma-jornada-pre-historica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pegadas pré-históricas</a> de anfíbios mais antigos do que os dinossauros foi feita por uma equipe de pesquisadores da África do Sul e da Europa que estudou a paleossuperfície de Dave Green, nomeada em homenagem ao seu descobridor e proprietário de terras.Essa paleossuperfície é uma área de cerca de 600 metros quadrados na Bacia de Karoo, uma grande bacia sedimentar que abrange cerca de dois terços da África do Sul. O ambiente foi preservado por tapetes macios de bactérias e organismos unicelulares, que provavelmente evitaram a erosão e ajudaram a manter as marcas de pegadas.A equipe de pesquisa usou drones para tirar fotos de 10 metros de altura e scanners 3D portáteis para renderizar as marcas de ondulações antigas que sulcavam a paleossuperfície. Essas imagens capturaram uma encruzilhada pré-histórica frequentada por peixes e tetrápodes, além de criaturas de quatro patas como o Temnospondyl rhinesuchid.<h2>Como eram os anfíbios mais antigos que os dinossauros?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06230100745007.jpg" alt="Pegadas indicavam que animal pré-histórico tinha dois metros de comprimento. (Fonte: Wikimedia/Dmitry Bogdanov)">Pegadas indicavam que animal pré-histórico tinha dois metros de comprimento. (Fonte: Wikimedia/Dmitry Bogdanov)Os Temnospondyli&nbsp;foram um grupo de anfíbios que viveram durante a Era Paleozoica e Mesozoica, e se desenvolveram em vários tamanhos e formas, desde pequenos animais semelhantes a salamandras até grandes predadores aquáticos que atingiam até 10 metros de comprimento. Eles tinham corpos robustos e cabeças grandes, adaptados para a vida aquática.A família Rhinesuchidae&nbsp;tinha características semelhantes aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilos</a>, que surgiu 200 milhões de anos depois. Esses animais tinham crânios largos e achatados, com dentes grandes e afiados, indicando que eram predadores aquáticos eficientes. Suas vértebras fortemente ossificadas sugerem uma estrutura rígida para suportar a propulsão muscular da cauda.A descoberta das pegadas e trilhas de natação permitiu que os pesquisadores obtivessem informações sobre o comportamento dos animais. Quando ociosos, eles se escondiam, mas vigiavam o ambiente com os olhos. As trilhas sinuosas sugerem que os rhinesuchids&nbsp;moviam a cauda de forma ondulatória para impulsionar o corpo para a frente.</body>

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Cientistas descobrem pegadas de anfíbio mais antigo que dinossauros

Imagem de Pesquisadores brasileiros recriam rosto de homem que viveu há 30 mil anos no megacurioso

Utilizando a fotogrametria, a equipe brasileira criou uma aproximação facial do Homo sapiens mais antigo a ser encontrado no Egito

<head></head><body>Uma equipe de pesquisadores brasileiros foi capaz de criar uma aproximação facial de um homem que viveu há 30 mil anos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a>, uma novidade empolgante que pode revelar mais detalhes sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124775-a-crianca-de-lapedo-uma-descoberta-fascinante-na-evolucao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução humana</a>.Os restos mortais foram descobertos originalmente em 1980, em Nazlet Khater 2, um sítio arqueológico no Vale do Nilo, e mesmo considerado o exemplo mais antigo de Homo sapiens descoberto no país, pouco se sabia sobre ele.&nbsp;A análise antropológica desse indivíduo enterrado ao lado de um machado de pedra revelou apenas que ele era de origem africana mesmo, com cerca de 1,60 m de altura e tinha entre 17 e 29 anos quando morreu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05131843441192.jpg" alt="(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)">(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)A aproximação facial foi feita por um processo chamado fotogrametria, capaz de criar modelos tridimensionais precisos, utilizando dezenas de fotos coletadas da ossada. Nesse processo, a mandíbula do homem chamou a atenção pelo quanto era diferente das versões mais modernas, e embora uma parte do crânio estivesse faltando, os pesquisadores conseguiram resolver o problema espelhando dados colhidos de tomografias computadorizadas de doadores vivos."O crânio, em linhas gerais, tem uma estrutura moderna, mas parte dele possui elementos arcaicos, como a mandíbula, que é muito mais robusta que a do homem moderno. Quando observei o crânio pela primeira vez, fiquei impressionado com aquela estrutura, e ao mesmo tempo, curioso para saber como ficaria depois de recriar o rosto", afirmou Cicero Moraes, designer de 3D e copesquisador do projeto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05132322549193.jpg" alt="(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)">(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)Enquanto o primeiro modelo foi concebido em preto e branco, com olhos fechados e em um estado neutro, o segundo recebeu uma abordagem mais artística e em cores, dando ao antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124587-como-era-a-vida-dos-egipcios-que-construiram-as-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcio</a> barba e cabelo, o que de acordo com Moacir Elias Santos, primeiro autor do estudo e arqueólogo do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, é importante para despertar o interesse do público e aumentar o sentimento de identificação.Porém, ele também explica que nenhum protótipo será completamente idêntico ao que o indivíduo era em vida. "Em geral, as pessoas acham que a aproximação facial funciona como nos filmes de Hollywood, onde o resultado é 100% compatível com a pessoa na realidade. Porém, não é bem assim. O que fazemos é aproximar o que poderia ser o rosto, com dados estatísticos disponíveis e o resultado do trabalho é uma estrutura muito simples", disse Santos.A criação da aproximação facial desse homem é um desenvolvimento empolgante para arqueólogos e antropólogos, fornecendo um vislumbre da aparência física de um indivíduo que viveu há milhares de anos, além de apresentar mais pistas sobre nosso processo evolutivo. A esperança é que, ao realizar este procedimento com outros espécimes, os cientistas sejam capazes de entender melhor como os seres humanos mudaram ao longo do tempo, e como nos tornamos o que somos hoje.</body>

Dinossauros e Fósseis

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