Cientistas descobrem pegadas de anfíbio mais antigo que dinossauros

10/04/2023 às 11:002 min de leitura

Os cientistas descobriram pegadas pré-históricas feitas por um anfíbio gigantesco mais antigo que os dinossauros, utilizando tecnologias modernas, como drones e scanners 3D. Os pesquisadores foram capazes de detectar pegadas deixadas pelo Temnospondyl rhinesuchid, semelhante a um crocodilo, há cerca de 255 milhões de anos, na África do Sul.

Segundo um estudo publicado na PLOS ONE, as descobertas são significativas porque ajudam a preencher lacunas em nosso conhecimento sobre esses animais antigos. As pegadas e traços preservados na paleossuperfície da região fornecem evidências diretas de como esses animais se moviam e interagiam com o ambiente.

As pegadas deixadas por este anfíbio pré-histórico foram encontradas no local de uma antiga planície de maré ou lagoa no antigo Mar de Karoo. Os pesquisadores identificaram sete "impressões de corpo" onde o Temnospondyl rhinesuchid descansou, bem como várias "marcas de cauda" onde a criatura se movimentou através da água.

Tecnologia usada para a descoberta

A partir das pegadas, foi possível reconstituir corpo e movimentação do animal. (Fonte: PLOS ONE/Groenewald et al/Reprodução)A partir das pegadas, foi possível reconstituir corpo e movimentação do animal. (Fonte: PLOS ONE/Groenewald et al/Reprodução)

A descoberta das pegadas pré-históricas de anfíbios mais antigos do que os dinossauros foi feita por uma equipe de pesquisadores da África do Sul e da Europa que estudou a paleossuperfície de Dave Green, nomeada em homenagem ao seu descobridor e proprietário de terras.

Essa paleossuperfície é uma área de cerca de 600 metros quadrados na Bacia de Karoo, uma grande bacia sedimentar que abrange cerca de dois terços da África do Sul. O ambiente foi preservado por tapetes macios de bactérias e organismos unicelulares, que provavelmente evitaram a erosão e ajudaram a manter as marcas de pegadas.

A equipe de pesquisa usou drones para tirar fotos de 10 metros de altura e scanners 3D portáteis para renderizar as marcas de ondulações antigas que sulcavam a paleossuperfície. Essas imagens capturaram uma encruzilhada pré-histórica frequentada por peixes e tetrápodes, além de criaturas de quatro patas como o Temnospondyl rhinesuchid.

Como eram os anfíbios mais antigos que os dinossauros?

Pegadas indicavam que animal pré-histórico tinha dois metros de comprimento. (Fonte: Wikimedia/Dmitry Bogdanov)Pegadas indicavam que animal pré-histórico tinha dois metros de comprimento. (Fonte: Wikimedia/Dmitry Bogdanov)

Os Temnospondyli foram um grupo de anfíbios que viveram durante a Era Paleozoica e Mesozoica, e se desenvolveram em vários tamanhos e formas, desde pequenos animais semelhantes a salamandras até grandes predadores aquáticos que atingiam até 10 metros de comprimento. Eles tinham corpos robustos e cabeças grandes, adaptados para a vida aquática.

A família Rhinesuchidae tinha características semelhantes aos crocodilos, que surgiu 200 milhões de anos depois. Esses animais tinham crânios largos e achatados, com dentes grandes e afiados, indicando que eram predadores aquáticos eficientes. Suas vértebras fortemente ossificadas sugerem uma estrutura rígida para suportar a propulsão muscular da cauda.

A descoberta das pegadas e trilhas de natação permitiu que os pesquisadores obtivessem informações sobre o comportamento dos animais. Quando ociosos, eles se escondiam, mas vigiavam o ambiente com os olhos. As trilhas sinuosas sugerem que os rhinesuchids moviam a cauda de forma ondulatória para impulsionar o corpo para a frente.

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