Imagem de Família potiguar registrou na memória mais de 700 romances ibéricos no megacurioso

Filhas de Atanásio Salustino guardaram na memória várias histórias oriundas do povo ibérico

<head></head><body>Nem sempre as histórias que nos marcam estão registradas nos livros. Em São Gonçalo do Amarante, cidade próxima a Natal, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122163-o-brasil-teria-sido-descoberto-no-rio-grande-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Grande do Norte</a>, uma família conservou por séculos na memória romances vindos da cultura ibérica.Benedita Maria do Nascimento, quando criança, ouvia seu pai, Atanásio Salustino, cantar aquilo que havia aprendido com seus antepassados. Isso ocorria enquanto eles teciam cestas e balaios feitos de cipó, uma tradição que dava sustento à família.A menina ouvia o pai cantarolar coisas como "Dom Jorge eu ouvi dizer que tu tavas pra casar. É verdade, Juliana, eu vim te desenganar. Esperai, Rei Dom Jorge, que eu vou lá no meu reinado, vou ver um copo de vinho que eu pra ti tenho guardado". Ela ainda não sabia, mas o pai lembrava dos romances ibéricos da<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121347-5-refeicoes-bizarras-que-eram-normal-na-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;época medieval</a>, e que foram trazidos nas caravelas pelos colonizadores europeus.<h2>Os romances ibéricos medievais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14145908123243.jpg" alt="(Fonte: Ricardo Costa)">(Fonte: Ricardo Costa)Segundo Maria Emília Monteiro Porto, professora de História Moderna e História do Brasil Colonial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122712-4-livros-que-provavelmente-foram-perdidos-para-sempre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romances medievais</a> do povo ibérico tinham características bem específicas, por influência da ocupação árabe na região."Essa ocupação acontece entre o século VII e só vai acabar no século XV, em 1453, e isso também provoca toda essa história de luta e heroísmo que vai ser a base desses romances, dessas histórias que são contadas. Inclusive, muitos temas do nosso cancioneiro nordestino vão lidar com essa briga entre mouros e cristãos", declarou à BBC.Mas esses romances não estão necessariamente ligados ao texto escrito. Até por volta do século XV, a escrita ainda era rara. Por isso, as histórias eram cantadas, o que ajudava na memorização. E foi o compartilhamento pela oralidade que fez com que estes romances fossem durando até a época de Benedita.Há cerca de trinta anos, ela foi convidada a compartilhar essas memórias de família com estudiosos. Contudo, na época, Benedita não foi autorizada pelo marido para participar. Foi apenas aos 76 anos que o seu conhecimento pode por fim circular.<h2>As histórias da família Salustino</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14145748937242.jpg" alt="Fonte: Poemia)">Fonte: Poemia)Os romances preservados pela memória da família Salustino também se misturam com as tradições do Nordeste brasileiro. São histórias elaboradas em diversos gêneros, como toadas de boi, modinhas, cantos religiosos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/99847-rota-do-cangaco-um-passeio-pela-historia-do-sertao-nordestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cordel</a>.Benedita se tornou então "romanceira". Sua irmã, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118061-google-lanca-doodle-de-dona-militana-maior-romanceira-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Militana Salustino do Nascimento</a>, falecida em 2010, também ficou famosa: ela era conhecida como "a maior romanceira de versos e histórias do país". Dona Militana ganhou notoriedade graças às pesquisas feitas pelo folclorista potiguar Deífilo Gurgel, falecido em 2012. Em 2021, ela foi homenageada com um "Doodle" dentro da página inicial do Google.No ano de 2005, Militana recebeu do então presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a Ordem do Mérito Cultural, comenda máxima da cultura brasileira. Segundo informam pesquisadores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108767-dia-do-folclore-7-lendas-brasileiras-para-celebrarmos-a-nossa-cultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">folclore brasileiro</a>, esta comenda foi importantíssima pois mudou o interesse das universidades em fazer estudos sobre o tema das tradições luso-brasileiras.As duas irmãs foram e são vistas como guardiãs de um conhecimento que quase não existe mais. "Todo o saber de Militana é o mesmo de Benedita. Ela canta o que cantava Dona Militana e o pai: histórias luso-brasileiras. De amor, de poder, de grandes brigas, de cristão com os mouros e assim por diante", afirmou o padre André Martins Melo, historiador que registrou a vida de Militana.<h2>Os registros da memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14150455264247.jpeg" alt="(Fonte: Governo do RN)">(Fonte: Governo do RN)O folclorista Deífilo Gurgel é um grande responsável pelo registro das histórias cantadas por Atanásio Salustino e suas filhas. Suas pesquisas deram origem a dois livros: O Romanceiro de Alcaçuz, publicado nos anos 1990, e Romanceiro Potiguar, lançado em 2012.Advogado, administrador, antropólogo, folclorista e poeta, Deífilo Gurgel foi também professor da disciplina Folclore Brasileiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Seu trabalho na universidade possibilitou que muitos alunos tivessem encontros de pesquisa com Câmara Cascudo, tido como o teórico e pesquisador mais respeitado em trabalhos científicos e historiográficos sobre a cultura popular do Rio Grande do Norte.Gurgel registrou no total 300 romances retirados das canções da família Salustino. "As primeiras questões da oralidade ibérica, os primeiros registros, as primeiras cantigas, vieram pra cá. Se o Rio Grande do Norte não é o maior está entre os maiores, sem dúvida alguma", informou Alexandre Gurgel, que é jornalista e filho de Deífilo.</body>

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Família potiguar registrou na memória mais de 700 romances ibéricos

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Na era vitoriana, a barba foi considerada uma espécie de 'filtro'

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120996-hans-langseth-o-homem-com-a-maior-barba-da-historia.htm#:~:text=Hans%20Langseth%2C%20o%20homem%20com,barba%20da%20hist%C3%B3ria%20%2D%20Mega%20Curioso" rel="noopener noreferrer" target="_blank">barba</a> possui um longo hist&oacute;rico, j&aacute; tendo sido considerada desde impura at&eacute; um tra&ccedil;o de divindade. Data dos tempos pr&eacute;-hist&oacute;ricos o cultivo de longas barbas, primeiro para se manter aquecido, depois para se proteger de golpes no rosto &ndash; e tamb&eacute;m como forma de intimida&ccedil;&atilde;o. Para v&aacute;rias culturas, a barba significou muito, se tornando tra&ccedil;o identit&aacute;rio, entrando e saindo de moda v&aacute;rias vezes ao longo dos s&eacute;culos.
Foi no s&eacute;culo XVIII que cresceu a ideia de que o excesso de pelo facial n&atilde;o &eacute; saud&aacute;vel ou que pode causar m&aacute; sa&uacute;de, fruto da moderniza&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124169-as-5-farsas-medicas-mais-bizarras-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a>, uma vez que a barba poderia acumular v&aacute;rios tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125442-o-que-e-a-febre-maculosa-que-matou-tres-pessoas-em-campinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vetores de doen&ccedil;as</a>.
Por outro lado, em algum momento do s&eacute;culo XIX, os m&eacute;dicos vitorianos acreditaram que barbas preveniam doen&ccedil;as!
<h2>A tend&ecirc;ncia "saud&aacute;vel"</h2>
<span data-fonte="Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/vintage-photograph-of-mr-julius-moeller-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/1460488493" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/fonte-getty-images-16164119629322.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
No in&iacute;cio dos anos 1800, a barba era associada a classes trabalhadoras e considerada a algu&eacute;m que n&atilde;o tinha modos, por isso os homens da elite eram facilmente distinguidos dos trabalhadores bra&ccedil;ais. Isso s&oacute; come&ccedil;ou a mudar na segunda metade do s&eacute;culo XVIII, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124804-laudano-a-droga-favorita-da-epoca-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era vitoriana</a>.
Os homens come&ccedil;aram a cultivar bigodes, cavanhaques e costeletas de maneira t&iacute;mida, at&eacute; que, de repente, at&eacute; bigodes falsos eram vendidos para aqueles que n&atilde;o queriam esperar crescer um. Foi no s&eacute;culo XIX que os pelos faciais ocuparam oficialmente o centro do palco, tornando-se um sinal m&aacute;ximo de classe, sofistica&ccedil;&atilde;o, moda e at&eacute; de sa&uacute;de.
Antes disso, os pr&oacute;prios m&eacute;dicos foram os primeiros a condenarem o uso da barba, alegando que carregava res&iacute;duos corporais considerados "nocivos", e que podiam infectar facilmente as pessoas. Al&eacute;m de querer parecer um homem mais elegante e com o mesmo ar de autoridade m&aacute;xima que os paladinos emoldurados em quadros que estavam lutando nas guerras, os vitorianos seguiam a recomenda&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos de que a sa&uacute;de seria preservada pela cultiva&ccedil;&atilde;o abundante de pelos faciais.
<h2>Desviando da sujeira</h2>
<span data-fonte="Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/man-in-grooming-sits-and-washes-his-hair-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/1439693623" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/fonte-getty-images-16164214140323.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Tudo o que o per&iacute;odo vitoriano n&atilde;o conheceu foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125453-distorcao-da-realidade-ia-altera-o-cerebro-e-aumenta-ansiedade-e-solidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sa&uacute;de</a>, quando esgoto corria a c&eacute;u aberto em cidades abarrotadas de gente, sob uma nuvem de polui&ccedil;&atilde;o causada pela queima indiscriminada de carv&atilde;o no sistema fabril.
Adicionado a essa mistura t&oacute;xica de fatores, estava a crescente preocupa&ccedil;&atilde;o sobre como os germes funcionavam e viajavam, algo que estava come&ccedil;ando a ser estudado naquela &eacute;poca. Uma vez que os m&eacute;dicos sabiam que os problemas de sa&uacute;de eram transmitidos pelo ar, eles achavam que a barba poderia funcionar como uma esp&eacute;cie de filtro para o ar ruim, impedindo que as doen&ccedil;as chegassem at&eacute; a pessoa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/fonte-getty-images-16164243308325.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Acreditava-se, ent&atilde;o, que uma barba espessa capturaria as impurezas antes que pudessem entrar no corpo. Alguns viam isso como uma forma de impedir infec&ccedil;&otilde;es ou dores de garganta, por exemplo, especialmente para aqueles que precisavam falar muito em p&uacute;blico.
A edi&ccedil;&atilde;o de 1894 do Gloucestershire Notes and Queries, apontou que o condado de Gloucester foi o primeiro na Gr&atilde;-Bretanha a abra&ccedil;ar a barba e encorajar que outros homens fizessem isso em prol dos benef&iacute;cios &agrave; sa&uacute;de. A mat&eacute;ria de 23 de janeiro daquele ano trazia um relato de um Sr. William Johnston afirmando que foi induzido pelo seu m&eacute;dico, J.P. Hearne, a deixar a barba crescer para evitar seu problema constante com dores de garganta.
&Agrave; medida que os homens foram percebendo que pelos faciais em nada impacta positivamente na sa&uacute;de, as barbas voltaram ao ciclo de ganhar e perder influ&ecirc;ncia e popularidade. E at&eacute; hoje &eacute; assim.

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Por que os médicos já acreditaram que barbas evitavam doenças?

Imagem de Mãe de George Washington foi atingida por um raio quando estava grávida? no megacurioso

A lenda pode ser uma das justificativas para sua personalidade e relacionamento ruim com o filho

<head></head><body>Pode-se dizer que George Washington, um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, foi um homem premiado – não por fundar a nação, mas por todas as situações estranhas que teve que enfrentar ao longo de sua vida.Aos 15 anos, o então presidente já teve que lutar contra a difteria, uma infecção muito comum, principalmente na infância, responsável por atacar em dois estágios. Primeiro, causando uma terrível dor de garganta; depois criando uma espécie de membrana no fundo dela, o que pode causar sufocamento. A doença também libera uma toxina que circula pelo corpo, enfraquecendo o coração, e podendo até causar morte súbita.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09081658687002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Mas isso não foi o suficiente para Washington, que ainda teve que lidar com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122965-abreugrafia-o-exame-brasileiro-que-revolucionou-a-medicina-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tuberculose</a>, malária e varíola – simplesmente as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122840-por-que-os-pais-sovieticos-deixavam-seus-filhos-dormindo-na-neve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças</a> mais mortais do século XVIII –, talvez para compensar o fato dele nunca ter sido atingido durante as batalhas que enfrentou.O privilégio foi tanto que existe até a lenda de que&nbsp;George Washington foi atingido por um raio quando ainda estava no útero de sua mãe.<h2>A casa atingida pelo raio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09081828140004.jpg" alt="Mary Ball Washington. (Fonte: Wikimedia Commons/Library of Congress/Reprodução)">Mary Ball Washington. (Fonte: Wikimedia Commons/Library of Congress/Reprodução)Na tarde de verão de 1732, Mary Ball Washington, com o futuro George no ventre, jantava em sua casa em Popes Creek com convidados da igreja, quando uma tempestade se formou. De repente, um raio atingiu a casa, desceu pela chaminé e encontrou uma das jovens sentadas à mesa.A força da descarga elétrica foi o suficiente para matar a jovem na hora e até fundir a faca e o garfo que ela empunhava. Mary, por outro lado, foi lançada de seu lugar.De acordo com Willard Sterne Randall, em George Washington: A Life&nbsp;(2010), Mary nunca se recuperou do ocorrido. Como resultado, ela não só raramente viajava para mais longe do que a igreja que ia aos domingos, como também teve sua relação com George totalmente transformada.Mary o desencorajava a correr qualquer tipo de risco. Inclusive, ela se ressentia pelo desejo do filho em se afastar de seu lado e deixar a segurança da fazenda para ir à guerra. Isso teria desmoronado a relação familiar.<h2>Uma mulher enigmática</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09081930665005.jpg" alt="(Fonte: Library of Congress/Reprodução)">(Fonte: Library of Congress/Reprodução)A primeira vez que o relato sobre o raio que atingiu Mary apareceu nos registros históricos, foi em 1850, no livro Memórias da mãe e esposa de Washington, escrito por Margaret Conkling. Nele, lê-se que a timidez de Mary foi ocasionada por um incidente angustiante de sua juventude – a morte instantânea de uma amiga devido a uma descarga elétrica durante uma tempestade.Este relato não diz em nenhum momento que Mary estava grávida de George na época. Em vez disso menciona que, na verdade, o ocorrido aconteceu durante sua juventude. Relatos de 1852 e 1892 também não mencionam sobre ela estar grávida. Então por qual motivo essa história continua sendo contada mesmo sem muitos registros que comprovem sua veracidade?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09082217723006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Talvez seja pelo passado enigmático de Mary, que levou a muitas interpretações ao longo dos séculos, em que todas foram uma tentativa de descobrir como era sua personalidade. Segundo a pesquisa feita por Heather Baldus, gerente de coleções na The George Washington Foundation, parece que cada escritor tentou usar a história para explicar as próprias ideias de quem Mary era como pessoa.Algumas das cartas de vários membros da família que mal a conheciam, ilustram uma mulher de coragem e inteligência que, apesar de forte, ainda tinha falhas. Outras pintaram uma mulher nervosa e rígida que tentou impedir a grandeza de seu filho devido aos seus próprios medos.No final das contas, não é possível nem afirmar ou negar que Mary Washington tenha sido atingida pelo raio que matou sua amiga diante de seus olhos, tampouco saber o quanto isso mexeu com seu relacionamento futuro com George. Pode ser ou não que isso tudo só faça parte de uma das várias lendas que impregnam a história da família Washington.</body>

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Mãe de George Washington foi atingida por um raio quando estava grávida?

Imagem de Como era a vida de uma pessoa comum na Europa da Era Medieval? no megacurioso

Da suposta falta de higiene à subestimada inteligência das pessoas, veja o que estudiosos têm a dizer sobre mitos e verdades da Era Medieval

Quando se fala em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119502-maes-medievais-o-game-of-thrones-da-vida-real-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Medieval</a>, logo pensamos em cavaleiros combatendo uns aos outros a mando de reis e rainhas extremamente ricos, enquanto o povo &mdash; extremamente pobre &mdash; era usado e abusado.&nbsp;
Tamb&eacute;m referida como a "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117324-3-fatos-historicos-que-comprovam-os-problemas-da-idade-das-trevas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era das Trevas</a>," o per&iacute;odo geralmente &eacute; visto como uma &eacute;poca na qual as pessoas eram supersticiosas demais, pouco inteligentes e desleixados com a pr&oacute;pria higiene. Mas o quanto disso &eacute; mesmo verdade?
<h2>Como era a vida na Era Medieval?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/12/12131619574142.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A parte da monarquia rica e a plebe pobre &eacute; real, quanto a isso n&atilde;o h&aacute; d&uacute;vidas. Mas alguns aspectos tidos hoje em dia como verdade sobre o per&iacute;odo medieval na Europa nada mais s&atilde;o do que um conjunto de informa&ccedil;&otilde;es incorretas que, quando somadas, geraram uma grande desinforma&ccedil;&atilde;o. Pelo menos &eacute; isto o que afirmam especialistas que falaram com a National Geographic.
Segundo eles, as pessoas naquela &eacute;poca eram bastante espertas e bem mais inteligentes do que geralmente se imagina. Enquanto filmes e s&eacute;ries muitas vezes retratam o povo medieval como pessoas pouco informadas, muitas vezes sem qualquer n&iacute;vel de escolaridade, de acordo com especialistas a verdade &eacute; outra.
<h3>Estudiosos e suas engenhocas</h3>
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/30/2015-08_reconstruction_medieval_glasses.JPG/1024px-2015-08_reconstruction_medieval_glasses.JPG" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/12/wikimedia-commons-12174236752267.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Falando &agrave; National Geographic, eles afirmam que as pessoas eram sim estudiosas, amantes da arte e capazes de bolar bugigangas tecnol&oacute;gicas. Por exemplo, foi nessa &eacute;poca que o primeiro&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118963-voce-usa-oculos-veja-6-dicas-que-vao-facilitar-sua-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">par de &oacute;culos</a> foi criado, permitindo aos eruditos enxergar melhor as p&aacute;ginas dos livros. Eles tamb&eacute;m eram muito habilidosos quando o assunto era criar mapas do mundo.
Sem contar o uso da p&oacute;lvora, que revolucionou para sempre os combates e guerras que viriam nos s&eacute;culos seguintes.
<h3>Higiene em dia</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/12/deagostini-getty-images-12174734329268.jpg" alt="Deagostini/Getty Images" />(Fonte: Deagostini/Getty Images)
A ideia de que as pessoas eram sujas, tinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123886-as-pessoas-realmente-tinham-dentes-podres-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentes podres</a> e pouco se importavam com a pr&oacute;pria higiene, segundo os estudiosos, &eacute; algo incorreto. Em jantares com a Fam&iacute;lia Real, por exemplo, a regra era esperar que os monarcas lavassem suas m&atilde;os antes de sentar-se &agrave; mesa.&nbsp;
Os aristocratas tinham o h&aacute;bito de lavar as m&atilde;os antes de comer, o que era mais comum entre essa casta, mas n&atilde;o necessariamente restrito a ela. A plebe tamb&eacute;m lavava suas m&atilde;os antes das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121347-5-refeicoes-bizarras-que-eram-normal-na-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refei&ccedil;&otilde;es</a>, s&oacute; que com bem menos luxo do que a nobreza.
Quanto ao banho, a verdade &eacute; que a pr&aacute;tica era parte do cotidiano das pessoas, que se banhavam n&atilde;o apenas em casa, mas um dos passatempos dos homens da &eacute;poca era justamente ir &agrave;s casas de banho. Estes locais, que podiam ser tanto p&uacute;blicos quanto privados, muitas vezes tamb&eacute;m serviam de fachada para bord&eacute;is.
<h3>Nada de Terra Plana</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/12/wikimedia-commons-12174915484269.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Se tem algo que deixa os estudiosos boquiabertos &eacute; o fato de ainda hoje acreditarem que, na Era Medieval, as pessoas acreditavam que a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123396-como-o-mito-da-terra-plana-dura-desde-a-idade-media-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra era plana</a>. Segundo eles, esse temor de que os navios chegariam na beirada do planeta e cairiam rumo ao nada &eacute;&nbsp;pura balela.
Na realidade, a humanidade j&aacute; tinha ci&ecirc;ncia de que o nosso planeta &eacute; uma esfera h&aacute; muitos, muitos s&eacute;culos. L&aacute; atr&aacute;s, na Gr&eacute;cia antiga, entre os s&eacute;culos IX a.C. e XII a.C., as pessoas j&aacute; tinham no&ccedil;&atilde;o sobre o formato de nosso planeta. Tanto &eacute; que muito tempo depois, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120126-6-fatos-sobre-cristovao-colombo-que-nao-sao-contados-nos-livros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Crist&oacute;v&atilde;o Colombo</a>&nbsp;utilizou um conjunto de conhecimentos sobre astronomia para viajar at&eacute; as Am&eacute;ricas.
S&atilde;o muitos os mitos sobre a "Idade das Trevas" que os estudiosos de hoje em dia tentam desmitificar, mas o trabalho &eacute; &aacute;rduo. Afinal, tais ideias j&aacute; s&atilde;o difundidas e tidas como verdades pela sociedade atual.

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Como era a vida de uma pessoa comum na Europa da Era Medieval?

Imagem de Scepan Mali: o único impostor da história que conseguiu ser rei no megacurioso

Ele conseguiu o feito se passando por um rei que já estava morto, Pedro III da Rússia 

Apesar de mais de 5 bilh&otilde;es de pessoas atualmente terem acesso &agrave;s redes sociais, nada impede que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109942-quer-descobrir-como-nasce-uma-fake-news-vem-que-a-gente-te-conta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">not&iacute;cias falsas</a> sejam espalhadas. E se ainda h&aacute; quem seja ludibriado, talvez pelo excesso de meios de informa&ccedil;&atilde;o, imagina no s&eacute;culo XVIII?
Em 1766, no Maine, uma pequena cidade do pa&iacute;s balc&acirc;nico de Montenegro, populares conheceram um homem chamado Scepan Mali, que se autodenominava m&eacute;dico e abriu um neg&oacute;cio como curandeiro popular, praticando a medicina herbal tradicional do pa&iacute;s. Eles sempre se incomodaram com o fato de que n&atilde;o parecia certo que um homem estudioso terminasse como um vendedor de ervas em um lugar t&atilde;o afastado do mundo.
Todo esse inc&ocirc;modo, no entanto, acabou quando surgiu o boato de que o homem era Pedro III, czar da R&uacute;ssia e defensor dos povos eslavos. Naquela &eacute;poca, Montenegro estava dividido entre Veneza e o Imp&eacute;rio Otomano, e a popula&ccedil;&atilde;o esperava que os russos os libertassem do dom&iacute;nio estrangeiro.
Essa &eacute; a hist&oacute;ria de&nbsp;Scepan Mali, o &uacute;nico impostor da hist&oacute;ria que governou uma na&ccedil;&atilde;o.
<h2>O convite</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/wikimedia-commons-16161250473282.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Scepan Mali. (Fonte: Wikimedia Commons)
Com isso, os montenegrinos imploraram para que Scepan se tornasse seu novo governante e os salvassem. O problema &eacute; que os montenegrinos n&atilde;o sabiam que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120256-iva-o-terrivel-a-historia-do-mais-brutal-czar-russo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">czar</a> Pedro III estava morto h&aacute; cerca de 30 anos, v&iacute;tima de um golpe liderado por sua pr&oacute;pria esposa, Catarina, a Grande.
Vendo a oportunidade de governar um pa&iacute;s sem muito esfor&ccedil;o, Scepan n&atilde;o deixou passar. O que ele n&atilde;o sabia, por&eacute;m, &eacute; que impostores reais como ele s&atilde;o uma hist&oacute;ria antiga da Europa. Em 1318, por exemplo, John Deydras tentou assumir o controle de um castelo na Inglaterra, alegando ser o verdadeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116347-arqueologos-encontram-estatua-decapitada-que-pode-ser-do-rei-eduardo-ii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Eduardo II</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/wikimedia-commons-16161442475283.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Czar Pedro III da R&uacute;ssia. (Fonte: Wikimedia Commons)
Al&eacute;m disso, o fato de um czar declarado morto estar vivo poderia significar uma guerra, porque Montenegro era uma na&ccedil;&atilde;o em busca de um l&iacute;der. O pa&iacute;s era dividido, mas seu dom&iacute;nio foi limitado &agrave;s &aacute;reas baixas, onde nenhuma pot&ecirc;ncia estrangeira jamais conseguiu penetrar.
L&aacute; eram mantidas assembleias tribais ferozes e independentes, leais a um pr&iacute;ncipe-bispo e divididas por uma sucess&atilde;o de feudos heredit&aacute;rios. Com os otomanos e venezianos se infiltrando cada vez mais no pa&iacute;s, os montenegrinos sabiam que era uma quest&atilde;o de tempo para que uma guerra explodisse.
Em 1766, a assembleia tribal votou formalmente para afastar o pr&iacute;ncipe-bispo Sava, considerado um fraco governante &ndash; e o &uacute;nico que sabia que Pedro III estava morto &ndash;, e jurar lealdade a Scepan. Uma delega&ccedil;&atilde;o de 60 anci&otilde;es tribais partiu para o Maine, onde pediram para que Scepan se tornasse o novo Pr&iacute;ncipe de Montenegro, mas ele recusou.
<h2>Scepan, o Pequeno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/fonte-getty-images-16161522159284.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Acredita-se que Scepan recusou por medo do quanto aquilo poderia encrenc&aacute;-lo, mas, mesmo assim, insistiu que n&atilde;o tinha inten&ccedil;&atilde;o em se tornar um governante figurativo. Sua condi&ccedil;&atilde;o, portanto, era que as tribos concordassem em deixar de lado suas rixas hist&oacute;ricas e jurassem obedi&ecirc;ncia absoluta a ele. As tribos se comprometeram a encerrar suas rixas e se unir contra inimigos externos.
Alguns historiadores acreditam que essa condi&ccedil;&atilde;o de Scepan foi uma tentativa desesperada de escapar daquela situa&ccedil;&atilde;o, imaginando que o instinto tribal se recusaria a chegar em um acordo &ndash; esse foi seu grande erro.
Assim come&ccedil;ou o reinado do falso czar Pedro III, ou Scepan, o Pequeno, que reuniu um grupo de elite que executava qualquer um considerado culpado por despertar rixas ou roubar. No ano seguinte a sua coroa&ccedil;&atilde;o, Scepan j&aacute; era t&atilde;o temido que ningu&eacute;m ousava direcionar a palavra a ele. O governante tamb&eacute;m estabeleceu o primeiro sistema judici&aacute;rio de Montenegro e fez uma s&eacute;rie de reformas bastante esclarecidas na governan&ccedil;a do pa&iacute;s.
<h2>O barbeiro e sua navalha</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/fonte-getty-images-16161552095285.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Enquanto Scepan exercia seu novo poder adquirido, os otomanos e venezianos, perturbados com o s&uacute;bito aparecimento de um governo funcional em Montenegro, formaram uma alian&ccedil;a e lan&ccedil;aram um ataque em quatro frentes ao reino do falso czar.
Veneza ficou respons&aacute;vel por bloquear a costa, e os otomanos se organizaram para invadir Montenegro vindos de tr&ecirc;s dire&ccedil;&otilde;es, sitiando as tribos em suas fortalezas nas montanhas. Foram 9 longos e derradeiros meses de batalha brutal, que piorou quando uma forte tempestade inundou o acampamento otomano, inutilizando sua p&oacute;lvora.
Com isso, os montenegrinos lan&ccedil;aram um ataque ousado que capturou a maioria dos suprimentos otomanos e os for&ccedil;ou a recuar em desordem. Isso garantiu uma vit&oacute;ria triunfante, mas, infelizmente, n&atilde;o gra&ccedil;as &agrave; Scepan. O impostor havia fugido assim que o ex&eacute;rcito otomano apareceu, e quando voltou depois da vit&oacute;ria, sua reputa&ccedil;&atilde;o e autoridade j&aacute; estavam em frangalhos. Apesar disso, aquele n&atilde;o foi seu fim.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/fonte-getty-images-16161632474286.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 1769, Catarina, a Grande, enviou o pr&iacute;ncipe Iurii Dolgorukii em uma miss&atilde;o ultrassecreta a Montenegro para garantir uma alian&ccedil;a com seu povo para a guerra iminente da R&uacute;ssia com os otomanos &ndash; e tamb&eacute;m para expor Scepan como um golpista. Quando o emiss&aacute;rio leu a carta desvendando o falso czar, os montenegrinos o prenderam e entregaram aos russos.
O problema &eacute; que, com Scepan desaparecido, as tribos retomaram suas antigas rixas, e como o emiss&aacute;rio julgou a alian&ccedil;a mais importante que a morte de Scepan, decidiu libert&aacute;-lo unilateralmente e devolver seu poder. Isso foi o suficiente para que as pessoas voltassem a acreditar que ele era o falecido Pedro III.
Scepan Mali conseguiu escapar da morte at&eacute; 1773, quando os otomanos subornaram um barbeiro grego para cortar sua garganta, depois que perceberam que seu poder e autoridade estavam se fortalecendo, podendo chegar a um ponto que ele seria intoc&aacute;vel novamente.
Foi assim que terminou a carreira do &uacute;nico impostor real da hist&oacute;ria que conseguiu assumir o trono e governar com sucesso uma na&ccedil;&atilde;o.

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Scepan Mali: o único impostor da história que conseguiu ser rei

Imagem de Como era a vida dos soldados nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial? no megacurioso

Durante boa parte da Primeira Guerra, os soldados viveram em trincheiras que eram quase um inimigo a mais no combate

A Primeira Guerra Mundial come&ccedil;ou oficialmente em julho de 1914, quando um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121224-3-acontecimentos-que-serviram-como-estopim-para-grandes-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rebelde s&eacute;rvio matou o arquiduque austro-h&uacute;ngaro</a> Francisco Ferdinando.&nbsp;
Depois disso, diversos pa&iacute;ses europeus declararam guerra uns aos outros, e a Alemanha &mdash; ao lado do Imp&eacute;rio Austro-H&uacute;ngaro &mdash; partiu para cima da Fran&ccedil;a. A ideia era avan&ccedil;ar rapidamente e conquistar Paris, mas n&atilde;o foi isso que aconteceu, pois os alem&atilde;es se depararam com as defesas belgas e francesas.
Antes do fim de 1914, o conflito diminuiu bastante de ritmo, fazendo com que essa fase ficasse conhecida na hist&oacute;ria como "guerra de trincheiras".
As trincheiras s&atilde;o esp&eacute;cies de buracos na terra que os soldados criaram para se proteger &mdash; parecia melhor do que ficar exposto aos tiros de metralhadora em campo aberto. Ali&aacute;s, &eacute; essencial considerar que as armas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> eram mais avan&ccedil;adas que as armas conhecidas at&eacute; ent&atilde;o e mais avan&ccedil;adas que outros equipamentos log&iacute;sticos dispon&iacute;veis no conflito.
A cria&ccedil;&atilde;o das trincheiras, ent&atilde;o, foi um desdobramento natural daquela guerra sem precedentes.
<h2>O inferno nas trincheiras e a "terra de ningu&eacute;m"</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fa/Cheshire_Regiment_trench_Somme_1916.jpg/1280px-Cheshire_Regiment_trench_Somme_1916.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14204035788030.jpeg" alt="Os soldados criaram as trincheiras para se proteger. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Os soldados criaram as trincheiras para se proteger. (Fonte: Wikimedia Commons)
Ao final de 1914, a guerra havia se tornado mais lenta. Nas trincheiras, os soldados planejavam as pr&oacute;ximas a&ccedil;&otilde;es, mas tamb&eacute;m era comum que ficassem dias sem disparar um &uacute;nico tiro. Em algumas etapas do conflito, foi comum passar meses dentro delas.
O problema &eacute; que as trincheiras ofereciam um espa&ccedil;o reduzido e quase nenhuma estrutura. Por mais que os soldados colocassem sacos de areia e placas de madeira para impedir a &aacute;gua de entrar, como em dias de chuva, elas logo se transformavam em grandes lama&ccedil;ais.
Isso sem falar que todas as refei&ccedil;&otilde;es e necessidades fisiol&oacute;gicas precisavam ser feitas dentro das trincheiras. As condi&ccedil;&otilde;es eram, portanto, insalubres. Muitos soldados morreram n&atilde;o pelos tiros, mas sim por disenteria, febre tifoide, inflama&ccedil;&otilde;es e outras doen&ccedil;as.&nbsp;
Um problema comum, na &eacute;poca, foi o p&eacute;-de-trincheira: o p&eacute;, molhado por per&iacute;odos gigantes, come&ccedil;ava a necrosar. Era necess&aacute;rio decidir entre uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amputa&ccedil;&atilde;o</a> ou uma morte por infec&ccedil;&atilde;o. Vale lembrar que, &agrave; &eacute;poca, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibi&oacute;ticos</a> ainda n&atilde;o tinham sido descobertos.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/88/Lancashire_Fusiliers_trench_Beaumont_Hamel_1916.jpg/1280px-Lancashire_Fusiliers_trench_Beaumont_Hamel_1916.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14211419881000.jpeg" alt="As trincheiras eram longas, por&eacute;m estreitas. (Fonte: Wikimedia Commons)" />As trincheiras eram longas, por&eacute;m estreitas. (Fonte: Wikimedia Commons)
O territ&oacute;rio entre as duas trincheiras inimigas era chamado de "terra de ningu&eacute;m", uma regi&atilde;o cheia de estilha&ccedil;os, p&oacute;lvora e arame farpado &mdash; al&eacute;m da amea&ccedil;a de morrer bombardeado pelo inimigo. Ent&atilde;o, enclausurados nas trincheiras, os soldados tamb&eacute;m sofriam com a sa&uacute;de mental.
Quando uma a&ccedil;&atilde;o enfim acontecia, geralmente era um ataque-surpresa: os alem&atilde;es sa&iacute;am no meio da noite para pegar os inimigos pela retaguarda, enquanto os franceses faziam ataques r&aacute;pidos pela frente ou pelos flancos. De qualquer forma, muitos soldados morriam com <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/45137-conheca-o-lanca-chamas-gigante-usado-na-primeira-guerra-mundial-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lan&ccedil;a-chamas</a>, bombas ou o temido g&aacute;s-mostarda, uma arma qu&iacute;mica que corr&oacute;i o organismo.
E quanto aos corpos que se acumulavam ap&oacute;s um ataque, onde eles ficavam? Nas trincheiras, at&eacute; poderem ser removidos.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121233-como-era-a-vida-de-um-soldado-americano-na-guerra-do-vietna.htm" target="_blank" rel="sponsored">Como era a vida de um soldado americano na Guerra do Vietn&atilde;</a>
<h2>O fim da guerra e do terror nas trincheiras</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/15/15152132996276.jpg" alt="As trincheiras formavam enormes linhas no Front Ocidental. (Fonte: Wikimedia Commons)" />As trincheiras formavam enormes linhas no Front Ocidental. (Fonte: Wikimedia Commons)
Olhando em retrospecto, em muitos aspectos &eacute; n&iacute;tido que as trincheiras mais atrapalharam do que ajudaram. Tanto que elas foram bem menos usadas em guerras seguintes &mdash; al&eacute;m de serem aprimoradas, para n&atilde;o causar tanto mal &agrave; sa&uacute;de f&iacute;sica e mental.&nbsp;
Na Primeira Guerra Mundial, a fase da "guerra de trincheiras" acabou no fim de 1917.&nbsp;
O Imp&eacute;rio Russo se retirou do conflito por conta das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121830-entenda-a-relacao-entre-a-1-guerra-mundial-e-as-revolucoes-russas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&otilde;es Russas</a> e a Alemanha decidiu avan&ccedil;ar, projetando uma vit&oacute;ria avassaladora contra a Fran&ccedil;a e o Reino Unido. Uma nova fase de movimenta&ccedil;&otilde;es come&ccedil;ava. Por&eacute;m, os alem&atilde;es n&atilde;o contavam que os Estados Unidos iriam entrar na guerra &mdash; fazendo com que uma rendi&ccedil;&atilde;o, em novembro de 1918, fosse inevit&aacute;vel.

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Como era a vida dos soldados nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial?

Imagem de 4 maldições e pragas assustadoras escondidas em hieróglifos no megacurioso

Alguns túmulos egípcios carregam mensagens bem apavorantes

Os hier&oacute;glifos eram a escrita sagrada utilizada pelos antigos eg&iacute;pcios, empregadas por eles geralmente por motivos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124877-6-religioes-que-sao-consideradas-proibidas-ou-ilegais-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religiosos</a>. Criados por volta de 3200 a.C., est&atilde;o entre os primeiros sistemas de escrita conhecidos no mundo.
Esses s&iacute;mbolos eram usados especialmente para adornar as paredes dos templos e dos t&uacute;mulos, j&aacute; que os eg&iacute;pcios estavam sempre se preparando para a morte. Por serem muito complexos, os hier&oacute;glifos acabavam reservados apenas para a elite, que era formada por escribas e sacerdotes.
Muitos estudiosos se debru&ccedil;am at&eacute; hoje sobre estes misteriosos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124613-os-4-mais-enigmaticos-textos-hieroglificos-ja-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hier&oacute;glifos</a>, que come&ccedil;aram a ser desvendados a partir do s&eacute;culo XIX pelo estudioso franc&ecirc;s Jean-Fran&ccedil;ois Champollion. A partir da&iacute;, descobriram-se mensagens bastante curiosas e apavorantes, incluindo maldi&ccedil;&otilde;es e advert&ecirc;ncias. Compartilhamos aqui quatro delas!
<h2>1. Maldi&ccedil;&atilde;o da tumba de Amenhotep</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/wikimedia-commons-14151242159251.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na tumba do fara&oacute; Amenhotep, encontrada no Vale dos Reis, foi encontrada uma inscri&ccedil;&atilde;o assustadora que visa afastar os invasores para n&atilde;o perturbarem o sono eterno do monarca.
A inscri&ccedil;&atilde;o diz que quem tentar roubar aquela tumba sofrer&aacute; puni&ccedil;&otilde;es terr&iacute;veis: vai perder sua riqueza terrena, se afogar no mar, ser&aacute; queimado em uma fornalha, n&atilde;o ter&aacute; descendentes nem <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106228-8-historias-de-funerais-que-vao-te-emocionar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">funeral</a> e, por fim, vai morrer de fome. E, para completar, ap&oacute;s a morte, os ossos da pessoa ir&atilde;o se perder &ndash; o que significava uma vida ap&oacute;s a morte bem ruim, na tradi&ccedil;&atilde;o eg&iacute;pcia.
<h2>2. As mastabas de Saqqara</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13093106707030.jpg" alt="(Fonte: Flickr)" />(Fonte: <a rel="author" href="https://www.flickr.com/photos/sergio_zeiger/" class="owner-name truncate" title="V&aacute; para a galeria de Sergio Zeiger" data-track="attributionNameClick" id="yui_3_16_0_1_1686766411091_1801">Sergio Zeiger</a>/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Embora as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pir&acirc;mides</a> eg&iacute;pcias tenham ficado muito famosas, esse povo tamb&eacute;m construiu um outro tipo de t&uacute;mulo chamado de mastaba. Essa constru&ccedil;&atilde;o tinha um formato mais parecido com a figura do trap&eacute;zio, com teto plano.
Em Saqqara, foram encontrados mais de 160 <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113712-piramide-de-djoser-a-mais-larga-e-mais-antiga-piramide-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mastabas</a> abrigando corpos embalsamados. Em alguns deles, hier&oacute;glifos coloridos emitiam avisos para as pessoas que talvez quisessem praticar furtos.
Essas advert&ecirc;ncias categorizam os ladr&otilde;es de t&uacute;mulos como "pessoas impuras" que ser&atilde;o castigadas pelos deuses. Na mastaba de Khentika Ikhekhi, por exemplo, h&aacute; uma inscri&ccedil;&atilde;o que diz: &ldquo;quanto a todos os homens que entrarem impuros neste meu t&uacute;mulo, agarrarei seu pesco&ccedil;o como um p&aacute;ssaro&rdquo;.&nbsp;
<h2>3. Os textos de execra&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13094053547034.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Os textos de execra&ccedil;&atilde;o compreendem inscri&ccedil;&otilde;es de car&aacute;ter m&aacute;gico encontradas em recept&aacute;culos de cer&acirc;mica e argila, e cujo objetivo era eliminar pessoas consideradas inimigas.&nbsp;
Para que a maldi&ccedil;&atilde;o funcionasse, o objeto tinha que ser partido durante uma cerim&ocirc;nia em que o fara&oacute; e sua mulher estivessem presentes. Em alguns lugares do Egito, foram encontrados mais de 350 fragmentos de cer&acirc;mica ligados a essa tradi&ccedil;&atilde;o. Essas figuras muitas vezes mostravam pessoas sem bra&ccedil;os ou com os bra&ccedil;os atados nas costas.
Diferente das maldi&ccedil;&otilde;es inscritas em tumbas, esses textos se direcionavam a grupos espec&iacute;ficos, como vizinhos estrangeiros e inimigos do estado. Os antigos eg&iacute;pcios escreviam os nomes dos inimigos e uma praga nesses itens, e os enterravam em peda&ccedil;os.
Nesses fragmentos j&aacute; foram encontradas mensagens como "mat&aacute;-lo como uma faca" e "feri-lo como uma lan&ccedil;a", manifestando o desejo de uma morte cruel para as pessoas mencionadas.
<h2>4. A tumba de Ankhmahor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/kairoinfo4u-flickr-reproducao-14151802937252.jpg" alt="kairoinfo4u/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: kairoinfo4u/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ankhmahor foi um m&eacute;dico no antigo Egito, e sua tumba ficou famosa por ilustrar v&aacute;rios procedimentos m&eacute;dicos, incluindo uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124394-circuncisao-por-que-os-judeus-ainda-fazem-e-os-cristaos-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">circuncis&atilde;o</a>. Mas ela tamb&eacute;m carrega amea&ccedil;as para quem ousar invadir o espa&ccedil;o desse doutor.
Uma inscri&ccedil;&atilde;o diz: &ldquo;quanto ao que algu&eacute;m pode fazer contra esta minha tumba, o mesmo ser&aacute; feito com sua propriedade. Eu sou um excelente sacerdote, conhecedor de feiti&ccedil;os secretos e de todas as formas de magia, e quanto a qualquer um que entrar em minha tumba, impuro ou que n&atilde;o se purifique, eu o agarrarei como um ganso e o encherei de medo ao ver fantasmas na terra". Conv&eacute;m passar longe desse local caso um dia voc&ecirc; esteja no Egito.

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4 maldições e pragas assustadoras escondidas em hieróglifos

Imagem de 2 das festas mais catastróficas da História no megacurioso

As festas foram igualmente essenciais para a evolução dos seres humanos quanto perigosas

<head></head><body>Nós, humanos, precisamos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125144-6-festas-de-arromba-que-entraram-para-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">festas</a> para sobreviver, e quem diz isso não são os extremamente sociáveis, mas a própria História. Um estudo de 2006 da Universidade de Reading sugere que nossos ancestrais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125450-pesquisa-revela-presenca-de-pessoas-nao-binarias-na-pre-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-históricos</a> não dançavam para se divertir, mas para evoluir e conviver.“Os primeiros humanos podem ter dançado para atrair um companheiro há 1,5 milhão de anos”, explicou Steven J. Mithen, arqueólogo da Universidade de Reading, no Reino Unido. Afinal, essa atividade rítmica era a forma que encontraram de formar relações uns com os outros e aqueles que eram coordenados e rítmicos podem ter tido uma vantagem evolutiva.Essa "efervescência coletiva", como definiu bem o sociólogo francês Émile Durheim, por vezes saiu do controle – o que ainda hoje não é muito difícil de ver acontecer.&nbsp;Essas são as 2 festas mais mortais da História.<h2>1. O Baile dos Homens Ardentes (1393)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07084918026020.jpg" alt="(Fonte: HIstory Today/Reprodução)">(Fonte: HIstory Today/Reprodução)O rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/71495-conheca-carlos-vi-da-franca-um-dos-muitos-monarcas-malucos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carlos VI</a>, da França, foi chamado de "O Bem Amado" por ser a última esperança francesa em um dos períodos medievais mais turbulentos da História, mas também foi chamado de "O Louco" – e isso não foi à toa.Aos 23 anos, durante uma caça com sua trupe, o rei simplesmente pegou sua espada e matou um de seus cavaleiros, depois partiu para cima do resto da companhia. O episódio causou a morte de mais três homens e violou vários princípios do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124845-a-realeza-ja-acreditou-que-tinha-partes-do-corpo-feitas-de-vidro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direito divino dos reis</a>: o monarca não só teve que ser tocado como amarrado para ser levado de volta a Paris. Esse foi o primeiro sinal de que havia algo de errado com Carlos.E, de fato, havia. Alguns historiadores especulam que o homem sofria de esquizofrenia, que apenas se agravou ao longo do tempo e tornou seu comportamento, já considerado errático, ainda mais notório.Como uma forma de distrair Carlos, em janeiro de 1393, a corte francesa decidiu celebrar o terceiro casamento de uma das damas de companhia da rainha com uma festa no Hôtel Saint-Pol. Quando isso acontecia, rolava uma festa cujo entretenimento era um charivari, uma performance de zombaria de cavaleiros vestidos como homens selvagens da floresta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07085039719021.jpg" alt="Rei Carlos Vi da França. (Fonte: The Famous People/Reprodução)">Rei Carlos Vi da França. (Fonte: The Famous People/Reprodução)Os trajes para os charivaris eram feitos de linho embebido em piche, sobre os quais eram presos fios de linho puídos para dar o aspecto de pelagem, reforçando a característica de selvagem. Eles vestiram máscaras peludas consideradas a atração principal, afinal, a festa também consistia em um jogo de adivinhar quem eram os dançarinos. Poucos na plateia, no entanto, sabiam que um deles era o próprio Carlos.Uma vez que dançar em local fechado com trajes altamente inflamáveis era um risco imenso naquela época, a corte decretou que nenhuma vela ou tocha fosse trazida para o salão durante a apresentação. Essa mensagem, porém, não chegou até o irmão do rei, Luis, Duque de Orléans, que apareceu atrasado e bêbado com amigos carregando tochas acesas.O duque acabou encostando em um dos dançarinos e o incendiou, dando início a um pandemônio. O incêndio causou a morte de quatro pessoas e Carlos só conseguiu sobreviver porque foi coberto pela saia da duquesa de Berri, que tinha apenas 14 anos na época.O Baile dos Homens Ardentes, como o episódio ficou conhecido, causou tanta revolta no povo parisiense que toda a corte teve que pagar uma penitência pública.<h2>2. A coroação de Nicolau II da Rússia (1896)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07085211470022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Em maio de 1896, a coroação do imperador <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119548-nicolau-ii-a-russia-ficou-sem-um-czar-pela-primeira-vez-em-300-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nicolau II da Rússia</a> estava prevista para ser uma das cerimônias abertas ao público mais apreciadas de todos os tempos. Para isso, foi reservado o chamado Campo de Khodynka, que fica a noroeste de Moscou, e possui quase 2 quilômetros de extensão. Naquela época, era destinado ao treinamento do exército russo.Em um país onde a fome era o que de fato imperava, a comida era uma atração tão principal quanto a aparição dos monarcas. Para isso, foram erguidos cerca de 20 bares, 150 barracas de comida e doces, além de um imenso palco para uma apresentação teatral. Foram disponibilizados 30 mil baldes de cerveja e 10 mil de hidromel. Havia mesas ao ar livre e tudo o mais. Para a corte, parecia perfeito.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07085310030023.jpg" alt="(Fonte: Times Graphics/Reprodução)">(Fonte: Times Graphics/Reprodução)Às 5h de 30 de maio, já existiam 500 mil pessoas forçando os portões do campo, embora o evento estivesse marcado para começar às 10h. O caos iniciou quando o público ficou sabendo que não haveria comida e presentes suficientes para abarcar a quantidade de pessoas – que a corte não imaginava que seria tanta.Como resultado, as pessoas invadiram o campo e causaram um pisoteamento em massa. Estima-se que 1.389 pessoas morreram no evento, sendo que algumas contagens acreditam que esse número chegou a 2 mil.</body>

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2 das festas mais catastróficas da História

Imagem de Egípcios consumiam coquetel com sangue humano em ritual religioso no megacurioso

Estudo realizado nos Estados Unidos analisou o conteúdo de um vaso usado em cultos religiosos à divindade Bes, há mais de 2 mil anos

<head></head><body>Uma análise arqueológica de um antigo vaso egípcio pode ter revelado hábitos curiosos sobre o culto à divindade Bes, criatura cuja aparência misturava o corpo de um humano e um felino e era cultuada em busca de proteção contra energias malignas.O vaso egípcio estudado tem mais de dois mil anos e pertence à coleção egípcia do Museu de Arte de Tampa, na Flórida, Estados Unidos. Pesquisadores americanos e italianos usaram processos químicos para entender o que os egípcios haviam depositado no objeto.O resultado dos exames deu indícios de como teria sido o ritual realizado há milênios. Segundo os resultados obtidos, o vaso foi usado para armazenar uma bebida que continha <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue humano</a>, plantas alucinógenas, álcool e mel.“Identificamos com sucesso a presença de várias substâncias nutracêuticas, psicotrópicas, medicinais e biológicas, esclarecendo os diversos componentes de uma mistura líquida usada para práticas rituais no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito ptolomaico</a>”, escreveram os pesquisadores.A palavra “nutracêutica” se refere a uma mistura de alimentos criada para servir como um suplemento alimentar. É claro que o conceito de nutrição que temos hoje diverge da ideia que poderia existir no passado, mas o que o estudo sugere é que essa bebida poderia ser ingerida com o objetivo de obter algum ganho de saúde, além do ritual espiritual.<h2>Plantas alucinógenas e sangue humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14131129696174.jpg" alt="Imagem do vaso estudo. Reprodução: Research Square">Imagem do vaso estudo. Reprodução: Research SquareÉ muito provável que essa mistura causasse alucinações em quem a bebesse. A presença de uma planta chamada “arruda síria” indica isso. As sementes dessa planta podem causar alucinações semelhantes àquelas experimentadas por quem consome ayahuasca.Já o sangue humano era, provavelmente, dos participantes do ritual. Além do sangue, os pesquisadores encontraram indícios de leite materno e de muco vaginal. É possível que o mel e o álcool fossem usados para dar um sabor mais agradável à bebida.<h2>Como o estudo foi feito</h2>As substâncias foram identificadas graças a uma técnica conhecida como “cromatografia líquida”. Essa técnica permite que todos os itens que compõem uma substância sejam analisados individualmente.Por isso, ainda que a bebida que estava nesse vaso tivesse se tornado uma mistura homogênea, foi possível identificar os seus ingredientes, mesmo tendo se passado tantos anos — e tudo isso sem danificar o vaso, que é uma obra de arte e peça importante da coleção do museu.Já a divindade foi identificada como sendo o deus Bes porque os itens usados em seus cultos, como o vaso estudado, continham desenhos da imagem da entidade.<h2>Quem era essa divindade?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14131026982173.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesOs antigos egípcios eram politeístas, tinham vários deuses. A própria representação usada nos cultos de Bes também era usada para representar outras 10 divindades.A maioria das imagens retrata Bes como um anão gordinho e barbudo, com rosto de gato, às vezes com a língua de fora.Uma das funções dessa divindade era proteger as mulheres durante suas gestações, afastando espíritos ruins que poderiam fazer mal ao bebê e à gestante.</body>

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Egípcios consumiam coquetel com sangue humano em ritual religioso

Imagem de Conheça o homem mais velho que serviu na Primeira Guerra Mundial no megacurioso

John William Boucher conseguiu servir na guerra quando tinha 72 anos

<head></head><body>Quando ocorre uma guerra, há muita gente que burla regras para não ter que se alistar. Mas tem o caso contrário: de quem mente para poder se juntar ao embate.No caso da Primeira Guerra Mundial, um homem chamado John William Boucher mentiu sua idade para poder se alistar. Ele já havia servido durante a Guerra Civil por sete meses, entre 1864 e 1865. 52 anos depois, quando já tinha 72 anos, ele voltou ao campo de batalha para defender seu país.Nascido no Canadá, ele não teve impedimentos para que pudesse se alistar no exército americano durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125147-5-mulheres-que-serviram-como-espias-na-guerra-civil-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil,</a> ao lado da União. Ele ingressou na 24ª Infantaria de Michigan.Após o fim da guerra, Boucher voltou ao Canadá, onde constituiu família e desempenhou várias profissões, sendo que seus principais trabalhos foram como vigia noturno e em uma fábrica de carruagens. Mas, já quando era idoso, ainda haveria novidades em sua vida.<h2>Servindo durante a velhice</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Smithsonian Mag&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/nd4dc7uP1KsKVjmHR46xiWr3TmA=/fit-in/1072x0/filters:focal(1280x841:1281x842)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/35/c4/35c43934-d637-416f-b763-f8babe051ddd/harpers_weekly_1865_14577710099.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/11/11203526294003.jpeg" alt="(Fonte: Smithsonian Mag)">(Fonte: Smithsonian Mag)Em agosto de 1914, já viúvo, Boucher tinha 69 anos e era saudável. Seu principal hobby era pescar. Então, Com a eclosão da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, o sujeito sentiu vontade de voltar ao campo de batalha. Mas ocorria um problema: o exército não aceitava homens com mais de 45 anos.Mesmo assim, ele se direcionou a um posto de recrutamento. Lá, o oficial do alistamento elogiou seu estado físico, mas reforçou que havia um limite de idade, e Boucher foi enviado para casa.Um ano se passou, e em 1917, o 257º Batalhão Ferroviário Canadense aumentou o limite de idade para 48 anos. Boucher então achou que poderia ter aí uma nova chance. Ele foi a outro escritório de alistamento, se despiu diante do médico e declarou estar na idade limite.O médico não acreditou. Mas, por ter passado no exame físico, ele conseguiu se alistar como engenheiro militar privado, e foi embarcado para a Europa, onde se juntou ao seu batalhão na França.Lá, atuando nas trincheiras ferroviárias, ele ganhou o apelido de "pai", o que deixava claro que sua idade era evidente. Seu trabalho envolvia áreas que eram constantemente bombardeadas, e muitas baixas ocorriam em sua tropa.&nbsp;<h2>O retorno com glórias</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Smithsonian Mag&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/c1cPdkCR5xSxtDiOIImJE0azHVs=/fit-in/1072x0/filters:focal(410x511:411x512)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/98/d5/98d52894-3183-4cf1-ac41-37a6512b81b1/img.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/11/11203700972004.png" alt="(Fonte: Smithsonian Mag)">(Fonte: Smithsonian Mag)Depois de um tempo, a idade começa a pesar e Boucher manifesta alguns problemas de saúde, sendo então dispensado. Ele retorna a Londres para se recuperar até ser enviado para o Canadá. Na Inglaterra, ele compartilha sua história com muitos militares e pessoas do clero.Depois de um tempo, recebe uma ordem para ir até o Palácio de Buckingham. Chegando lá, ele recebe os cumprimentos do rei George V por conta de suas contribuições ao país - vale lembrar que o Canadá faz parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123111-por-que-elizabeth-ii-era-a-rainha-de-15-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Commonwealth</a>.Retornando ao Canadá em 1918, ele foi recebido como herói e sua história se espalhou. Curiosamente, o veterano se tornou um palestrante que ia a vários lugares para contar como se tornou o homem mais velho a ir para a guerra.Engajado nas causas dos veteranos, ele se reuniu a outras pessoas que haviam servido e acabou se tornando um cidadão americano em 1920. Não há dúvida de que ele era realmente vivaz, e costumava se declarar que se sentia como um menino.A título de curiosidade, John William Boucher só veio a falecer muitos anos depois de sua última experiência em guerras: aos 94 anos, em fevereiro de 1939 - apenas seis meses antes de se iniciar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.</body>

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