Imagem de Como os colonizadores trouxeram doenças para a América?  no megacurioso

Após a chega dos peregrinos em Massachusetts, nos Estados Unidos, a população indígena na região caiu de 30 mil pessoas para cerca de 300 em 1 década

A chegada dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120489-thanksgiving-o-que-celebra-o-feriado-americano-de-acao-de-gracas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peregrinos</a> aos Estados Unidos no in&iacute;cio do s&eacute;culo XVII trouxe diversas transforma&ccedil;&otilde;es para a regi&atilde;o. Historiadores estimam que a popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena na Am&eacute;rica do Norte era de 18 milh&otilde;es de pessoas, mas foi dizimada em 90% ap&oacute;s a chegada dos colonos europeus, principalmente por conta de doen&ccedil;as que os viajantes trouxeram ao Novo Mundo.
Um exemplo disso ocorreu em 1620, quando colonizadores desembarcaram em Plymouth, em Massachusetts, e se depararam com dezenas de casas desocupadas. Colonos anteriores haviam de fato trazido doen&ccedil;as fatais do Velho Mundo para o Novo Mundo, incluindo var&iacute;ola, varicela, s&iacute;filis, mal&aacute;ria, gripe, sarampo e peste bub&ocirc;nica, mas naquele caso espec&iacute;fico um surto de leptospirose matou 9 a cada 10 pessoas da tribo Wampanoag.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">Doen&ccedil;as do Velho Mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30111813885123.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Crist&oacute;v&atilde;o Colombo chegou &agrave; regi&atilde;o do Caribe em 1492. Dentro de um per&iacute;odo de 25 anos ap&oacute;s esse marco, a popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena local caiu de 250 mil pessoas para menos de 14 mil &mdash; queda populacional significativa de 95%. Como o sistema imunol&oacute;gico dos nativos n&atilde;o estava preparado para enfrentar doen&ccedil;as vindas do Velho Continente, as taxas de mortalidade foram maiores do que na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118178-quais-sao-as-diferencas-entre-pandemia-epidemia-e-surto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epidemia</a> de peste bub&ocirc;nica na Europa Medieval.
Embora a Am&eacute;rica do Norte como um todo tenha sofrido do mesmo mal, a costa leste parecia ainda abrigar algumas comunidades ind&iacute;genas bastante pr&oacute;speras at&eacute; 1600. Naquela &eacute;poca, pesquisadores acreditam que os Wampanoag j&aacute; habitavam a regi&atilde;o h&aacute; 10 mil anos e tinham uma popula&ccedil;&atilde;o de 12 mil indiv&iacute;duos.
Por&eacute;m, em poucos anos, tudo mudou. Em 1616, o explorador Richard Vines relatou que a costa do Maine havia sido "gravemente atingida pela praga" e que a regi&atilde;o ficou sem habitantes. Esses n&uacute;meros disparariam at&eacute; 1619, com a taxa de sobreviv&ecirc;ncia ficando em apenas 10%. Enquanto o problema era descrito pelos Wampanoag como "A Grande Morte", os europeus a chamavam de "febre ind&iacute;gena".
<h2 class="uk-text-justify">Epidemia de leptospirose</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Peregrinos#/media/Ficheiro:Robert_Walter_Weir_-_Embarkation_of_the_Pilgrims_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30111857573125.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre os primeiros Wampanoag a interagir com os peregrinos, esteve Tisquantum, tamb&eacute;m chamado de Squanto. Ele foi sequestrado em 1614 e levado para estudar em Londres, depois voltou para a sua terra natal em 1619. Em apenas 1 ano, o homem acabou falecendo apresentando um misterioso sangramento no nariz.
Esse sintoma, em particular, &eacute; um dos muitos atribu&iacute;dos &agrave; leptospirose, a doen&ccedil;a que os especialistas acreditam ter sido a principal respons&aacute;vel pela morte dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120493-o-dia-em-que-a-ku-klux-klan-foi-derrotada-por-nativos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nativos americanos</a> no s&eacute;culo XVII. A bact&eacute;ria provavelmente chegou aos americanos por meio de ratos negros n&atilde;o nativos transportados a bordo de navios europeus.
Inclusive, o rato negro &eacute; o &uacute;nico animal que consegue sobreviver &agrave; infec&ccedil;&atilde;o de leptospirose no f&iacute;gado por tempo prolongado. Com centenas de milhares de bact&eacute;rias em cada gota de urina, a bact&eacute;ria foi facilmente depositada em &aacute;guas doces regionais ap&oacute;s a chegada do roedor e rapidamente se espalhou para outros animais da regi&atilde;o.
Como infec&ccedil;&otilde;es pr&eacute;vias n&atilde;o garantem imunidade para essa doen&ccedil;a, ainda n&atilde;o est&aacute; claro por que os ind&iacute;genas morreram com uma taxa mais elevada do que os europeus. No entanto, os especialistas acreditam que isso ocorre porque os Wampanoag se banhavam mais regularmente em &aacute;gua doce do que os colonos e usavam peles de animais selvagens para se protegerem do frio.

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Como os colonizadores trouxeram doenças para a América? 

Imagem de Como o corpo humano se comporta em 365 dias no espaço? no megacurioso

Em 2022, cientistas esperam obter informações que não foram esclarecidas no passado

Em setembro deste ano, a National Aeronautics and Space Administration (NASA) anunciou que o astronauta Mark Vande Hei e o cosmonauta Pyotr Dubrov, da Ag&ecirc;ncia Espacial Federal Russa (Roscomos), quebrar&atilde;o o recorde de o ser humano que mais passou tempo no espa&ccedil;o, totalizando 353 dias a bordo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116911-nasa-cameras-da-iss-conseguem-captar-imagens-de-150-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional</a> (ISS) at&eacute; mar&ccedil;o de 2022.
Essa estadia prolongada dos astronautas dar&aacute; &agrave; NASA a oportunidade de fornecer mais estudos sobre como o corpo humano se adapta &agrave; vida na microgravidade por longos per&iacute;odos. A pesquisa ser&aacute; essencial no planejamento de miss&otilde;es futuras, como a Artemis, &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120058-por-que-o-homem-nunca-mais-voltou-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, ou uma de longa dura&ccedil;&atilde;o para Marte.
Mas at&eacute; agora, o que os cientistas sabem sobre a vida no espa&ccedil;o, tendo que conviver com a aus&ecirc;ncia de peso e radia&ccedil;&atilde;o (dois fatores que podem causar mudan&ccedil;as duradouras no corpo)?
<h2 class="uk-text-justify">O estudo dos g&ecirc;meos</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Blockdit&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR6b7zkkYJptucaxOJ_fJBR_fRm_L1cCRoccHpnKYr4ICw1c6xd6aTtOKHlTfw3gFwzvT4&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23195304404692.jpg" alt="(Fonte: Blockdit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Blockdit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A busca para obter esse tipo de pesquisa come&ccedil;ou em novembro de 2012, quando a NASA, a Roscomos e seus parceiros internacionais selecionaram Scott Kelly (g&ecirc;meo id&ecirc;ntico de Mark Kelly) e Mikhail Kornienko, dois astronautas veteranos, para uma miss&atilde;o de 1 ano a bordo da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional, que aconteceria em 2015.
O objetivo da expedi&ccedil;&atilde;o inclu&iacute;a a coleta de dados cient&iacute;ficos importantes para a futura explora&ccedil;&atilde;o humana do Sistema Solar e de como o corpo se comporta no espa&ccedil;o por um per&iacute;odo grande. Os dados seriam usados para desenvolver e validar melhores medidas contra os ricos associados a futuras miss&otilde;es ao redor da Lua, asteroides e uma viagem para Marte.
A miss&atilde;o ISS come&ccedil;ou em 27 de mar&ccedil;o de 2015 e terminou em 2 de mar&ccedil;o do ano seguinte. Ao longo de todo o tempo em que Scott ficou no espa&ccedil;o, seu irm&atilde;o g&ecirc;meo foi acompanhado por pesquisadores da NASA de perto, que procuravam determinar as mudan&ccedil;as exatas que a vida no espa&ccedil;o oferece ao corpo humano at&eacute; no n&iacute;vel do &aacute;cido desoxirribonucleico (DNA).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23195424515693.jpg" alt="(Fonte: Popular Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Popular Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 2019, o resultado de 365 dias de estudo foi publicado na revista Science, mas teve pouco empenho da imprensa. A dra. Susan Bailey e o dr. Christopher Mason, que conduziram o Estudo dos G&ecirc;meos, declararam que Scott Kelly sofreu perda &oacute;ssea percept&iacute;vel.
&ldquo;Em sua urina, voc&ecirc; podia ver o c&aacute;lcio desaparecendo&rdquo;, declarou Mason ao programa de r&aacute;dio Science Friday. A microgravidade tamb&eacute;m causou perda muscular, que j&aacute; havia sido identificada pela NASA h&aacute; d&eacute;cadas, por isso foram instalados equipamentos especiais para exerc&iacute;cios f&iacute;sicos.
Assim que Scott foi testado enquanto ainda estava no espa&ccedil;o, os estudiosos descobriram que os genes respons&aacute;veis pela constru&ccedil;&atilde;o da nossa massa &oacute;ssea e muscular estavam em estado ativo, ou seja, o corpo de Kelly lutava, sem sucesso, para restaurar o que havia perdido, e os pesquisadores chamaram isso de "Luta de S&iacute;sifo".
<h2 class="uk-text-justify">Altera&ccedil;&otilde;es ignoradas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23195502483694.jpg" alt="(Fonte: Space.com/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Space.com/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No Estudo dos G&ecirc;meos, foi descoberto tamb&eacute;m que a cogni&ccedil;&atilde;o de Scott Kelly foi bem afetada ap&oacute;s 1 ano no espa&ccedil;o. Assim que o astronauta voltou &agrave; Terra, os testes revelaram que sua mente havia declinado em velocidade e precis&atilde;o, sendo que no espa&ccedil;o sua pontua&ccedil;&atilde;o foi ainda pior.
Esses impedimentos cognitivos persistiram durante 6 meses ap&oacute;s o pouso, sugerindo que poderiam at&eacute; ser permanentes. Bailey acredita que o decl&iacute;nio cognitivo de Kelly est&aacute; mais relacionado &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; radia&ccedil;&atilde;o do que aos efeitos da microgravidade, apostando nos avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos para proteger ainda melhor os astronautas.
Ela tamb&eacute;m apontou que a radia&ccedil;&atilde;o modificou o DNA de Kelly ao longo de seu ano no espa&ccedil;o, levando a rearranjos entre os cromossomos e dentro deles. As c&eacute;lulas T, pertencentes ao sistema imunol&oacute;gico e respons&aacute;veis pelo reparo do DNA, tamb&eacute;m aumentaram visivelmente a a&ccedil;&atilde;o delas e morreram quando o astronauta chegou &agrave; Terra, mas algumas altera&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas persistiram.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23195556624696.jpg" alt="(Fonte: Wired/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wired/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Fora todos esses apontamentos, n&atilde;o foi diagnosticado nenhum impacto duradouro na sa&uacute;de de Kelly. A NASA at&eacute; ficou surpresa em perceber que os tel&ocirc;metros de Kelly, que deveria encolher em resposta ao estresse, levando a um envelhecimento mais acelerado, alongaram-se enquanto ele estava no espa&ccedil;o e voltaram a encolher rapidamente at&eacute; se estabilizarem depois que ele pousou na Terra.
At&eacute; hoje os pesquisadores n&atilde;o conseguem explicar o envelhecimento tardio, por isso eles esperam que essa pr&oacute;xima miss&atilde;o da ISS explique o que ficou pendente durante esses anos.

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Como o corpo humano se comporta em 365 dias no espaço?

Imagem de Por que temos alergias e será elas podem sumir sozinhas? no megacurioso

A alergia é caracterizada como uma reação do corpo a determinados tipos de substância ou alimento

De uma hora para outra seus olhos come&ccedil;am a lacrimejar, o nariz entope e os espirros n&atilde;o param. Algumas vezes, voc&ecirc; pode ter crises de tosse, dores estomacais, coceiras na pele e na garganta. A lista de sintomas <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85699-voce-ja-ouviu-falar-em-pessoas-que-possuem-alergia-a-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de alergias</a> &eacute; bastante longa &mdash; e inc&ocirc;moda.
Segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), cerca de 30% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira apresentam algum tipo de alergia. A l&iacute;der no Brasil &eacute; a rinite al&eacute;rgica, que atinge 25% da popula&ccedil;&atilde;o. Em segundo lugar, vem a asma al&eacute;rgica, afetando em torno de 20% das crian&ccedil;as e dos adolescentes brasileiros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08140513444373.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para muitas pessoas, a alergia &eacute; um problema perturbador, visto que afeta as atividades de rotina. Entretanto, &eacute; interessante observar que a maioria das rea&ccedil;&otilde;es s&atilde;o leves e podem ser controladas; embora as graves aconte&ccedil;am eventualmente, mas s&atilde;o raras. Todavia, voc&ecirc; sabe o que <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/101276-sera-que-e-possivel-ter-alergia-a-semen.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">causa um quadro al&eacute;rgico</a>? Ser&aacute; que essa condi&ccedil;&atilde;o pode sumir com o tempo? Vamos falar sobre isso a seguir!
<h2 class="uk-text-justify">As causas das alergias</h2>
Cada pessoa tem um gatilho respons&aacute;vel por provocar os sintomas al&eacute;rgicos. Por exemplo, os pelos de um gato, frutos-do-mar, castanhas, trigo, amendoim, p&oacute;len, entre in&uacute;meras outras. Curiosamente, a maioria das situa&ccedil;&otilde;es que desencadeiam crises s&atilde;o inofensivas. Na verdade, o grande respons&aacute;vel pelo problema &eacute; nosso pr&oacute;prio sistema imunol&oacute;gico.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08140516413374.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Isso acontece por um erro b&aacute;sico: o sistema imunol&oacute;gico se confunde e come&ccedil;a a considerar fatores que n&atilde;o apresentam riscos ao organismo como uma amea&ccedil;a s&eacute;ria. Ent&atilde;o, ele entra em a&ccedil;&atilde;o atacando essas subst&acirc;ncias, e os sintomas inc&ocirc;modos que surgem s&atilde;o resultado desse processo. A Medicina j&aacute; sabe que a tend&ecirc;ncia de uma pessoa desenvolver alguma alergia come&ccedil;a em seus genes, ou seja, nas informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas herdadas.&nbsp;
Pesquisas feitas nesse sentido demonstram que filhos com um dos progenitores al&eacute;rgicos t&ecirc;m 33% de chance de desenvolver alergias. Agora, se ambos forem al&eacute;rgicos, esse percentual sobre para 70%. Contudo, para que a condi&ccedil;&atilde;o surja, &eacute; preciso haver circunst&acirc;ncias adequadas que desencadeie uma rea&ccedil;&atilde;o.
Al&eacute;m da gen&eacute;tica, existem outros fatores que podem estar envolvidos. Por exemplo, se voc&ecirc; estiver com o organismo fraco, recuperando-se de uma infec&ccedil;&atilde;o viral, e entrar em contato com um al&eacute;rgeno, &eacute; muito prov&aacute;vel que voc&ecirc; apresente sintomas.
<h2 class="uk-text-justify">Por que algumas alergias desaparecem sozinhas?</h2>
H&aacute; pessoas que dizem deixar de sentir inc&ocirc;modos de suas alergias&nbsp;com passar dos anos. Quando os sintomas que acompanharam o indiv&iacute;duo durante sua inf&acirc;ncia e juventude desaparecem, uma das principais raz&otilde;es &eacute; a dessensibiliza&ccedil;&atilde;o &agrave;s subst&acirc;ncias al&eacute;rgenas.&nbsp;
Em outras palavras, o organismo simplesmente deixa de reagir a elas. Isso significa que, em vez de a alergia desaparecer completamente, voc&ecirc; est&aacute; experimentando uma mudan&ccedil;a na gravidade dela.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08140519835375.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)" />(Fonte:Shutterstock)
Um estudo conduzido por pesquisadores do Centro M&eacute;dico Monmouth e do Lincoln Medical Center (EUA) sugere mais uma raz&atilde;o para a alergia sumir: devido &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o da pessoa a pequenas quantidades do al&eacute;rgeno por um longo per&iacute;odo, ela acaba desenvolvendo toler&acirc;ncia. Esse processo funciona de maneira bem parecida a inje&ccedil;&otilde;es e vacinas de tratamento para alguns tipos de alergia.
Embora a maioria dessas condi&ccedil;&otilde;es apare&ccedil;am durante a inf&acirc;ncia, elas podem surgir em qualquer fase da vida. Indiv&iacute;duos adultos, por exemplo, podem desenvolver uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99824-e-possivel-ter-alergia-a-wi-fi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resposta al&eacute;rgica&nbsp;</a>a subst&acirc;ncias que nunca os prejudicaram antes ou deixar de ser al&eacute;rgico a outra.
<h2 class="uk-text-justify">N&iacute;veis de exposi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m influenciam na intensidade dos sintomas</h2>
Um fator muito importante a ser considerado &eacute; a quantidade de exposi&ccedil;&atilde;o ao al&eacute;rgeno. Por exemplo, algu&eacute;m al&eacute;rgico a castanha pode comer duas ou tr&ecirc;s sem ter nenhum sintoma, mas se comer dez pode, de repente, ter coceira na pele; portanto, a melhor forma de prevenir as alergias &eacute; evitar o gatilho.
Por&eacute;m, isso nem sempre &eacute; f&aacute;cil. Veja, uma pessoa que sofre de alergias sazonais n&atilde;o pode impedir que as esta&ccedil;&otilde;es do ano mudem ou um jardineiro com alergia ao p&oacute;len pode ter dificuldades para trabalhar. Nessas situa&ccedil;&otilde;es, vale a pena conversar com um m&eacute;dico para que ele crie um plano de controle. Dessa forma, voc&ecirc; poder&aacute; entender melhor o que pode fazer para evitar o contato com a subst&acirc;ncia que desencadeia o problema, minimizando os sintomas e descobrindo quais s&atilde;o os medicamentos que deve usar.

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Por que temos alergias? Será que elas podem sumir sozinhas?

Imagem de Talassofobia: as pessoas que têm medo incontrolável do mar no megacurioso

Em alguns casos, a talassofobia pode até provocar um ataque de pânico

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar em talassofobia? Esse termo, um tanto esquisito, &eacute; usado para descrever o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118048-o-que-e-fobia-quais-sao-os-tipos-mais-comuns-e-suas-causas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medo excessivo</a> que algumas pessoas t&ecirc;m do mar ou de corpos de &aacute;gua profundos.
Se voc&ecirc; sofre de talassofobia, seus medos podem vir da sensa&ccedil;&atilde;o de vazio do oceano, das dimens&otilde;es gigantescas de massas de &aacute;gua ou at&eacute; mesmo de criaturas marinhas e perigos que podem se esconder na escurid&atilde;o do mar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06132337480385.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Imagem: Shutterstock)
<h2>Talassofobia vs. aquafobia</h2>
Como vimos, talassofobia &eacute; uma fobia espec&iacute;fica, que diz respeito a um <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/89470-vai-dar-medo-13-fobias-estranhas-que-voce-nem-sabia-que-existiam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medo intenso e persistente</a> de corpos de &aacute;gua profundos e vastos, como &eacute; o caso do oceano.
Por outro lado, a aquafobia consiste no medo da pr&oacute;pria &aacute;gua, n&atilde;o importando a situa&ccedil;&atilde;o, ou seja, no primeiro caso, as pessoas n&atilde;o sentem tanto medo da &aacute;gua, mas sim, do que ela representa ou do perigo que acreditam se esconder sob sua superf&iacute;cie.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06132343121386.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Em muitos manuais de diagn&oacute;stico de transtornos mentais, a talassofobia nem chega a ser reconhecida como um transtorno distinto. Contudo, seus sintomas se encaixam nos crit&eacute;rios exigidos pela maioria deles para o diagn&oacute;stico de fobias espec&iacute;ficas.
<h2>Como saber se voc&ecirc; tem talassofobia</h2>
Uma pessoa que sofre dessa fobia normalmente&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118666-mais-12-fobias-totalmente-bizarras-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tem medo</a> das seguintes situa&ccedil;&otilde;es:
<ul>
<li>viajar de barco;</li>
<li>fazer travessias de balsas;</li>
<li>visitar praias;</li>
<li>ir para o oceano;</li>
<li>estar pr&oacute;xima do mar.</li>
</ul>
H&aacute; casos em que a condi&ccedil;&atilde;o &eacute; um pouco mais grave e complexa, que os sintomas podem ser provocados at&eacute; por pensamentos e imagens do mar e outras massas de &aacute;gua profundas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06132346293387.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Imagem: Shutterstock)
As fobias constituem um tipo de transtorno de ansiedade. Por isso, a pessoa pode ter respostas ativas que envolvem fugir, lutar e at&eacute; &ldquo;congelar&rdquo;. Quando isso acontece, significa que o corpo est&aacute; reagindo e se preparando para o perigo.
Como consequ&ecirc;ncia, v&aacute;rios sintomas f&iacute;sicos podem ser observados: batimentos card&iacute;acos acelerados, respira&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida, suor excessivo, entre outros.&nbsp;Tamb&eacute;m existe a possibilidade de o indiv&iacute;duo ser afetado a ponto de desenvolver um ataque de p&acirc;nico. Nessa situa&ccedil;&atilde;o, alguns dos sinais s&atilde;o:
<ul>
<li>suar al&eacute;m do normal;</li>
<li>tremer ou se sacudir de forma incontrol&aacute;vel;</li>
<li>palpita&ccedil;&otilde;es;</li>
<li>hiperventila&ccedil;&atilde;o;</li>
<li>tonturas;</li>
<li>n&aacute;usea, com ou sem v&ocirc;mito;</li>
<li>asfixia.</li>
</ul>
&Eacute; interessante observar que uma pessoa durante um ataque de p&acirc;nico pode ter a sensa&ccedil;&atilde;o de que vai morrer, de estar perdendo o controle de si ou que vai desmaiar. Todavia, apesar de parecerem muito graves, os ataques de p&acirc;nico n&atilde;o constituem perigo por si s&oacute;. Al&eacute;m disso, tendem a durar poucos minutos em boa parte dos casos.
<h2>Como lidar com esse transtorno?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06132119215382.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ainda faltam pesquisas s&oacute;lidas sobre a talassofobia. Contudo, especialistas em sa&uacute;de mental&nbsp;acreditam que seu tratamento seja parecido com o de outras fobias, incluindo abordagens como a terapia comportamental cognitiva.
Por fim, h&aacute; v&aacute;rios fatores que podem contribuir para o surgimento da condi&ccedil;&atilde;o. Experi&ecirc;ncias desagrad&aacute;veis pr&oacute;ximas &agrave; &aacute;gua, crescer observando figuras parentais e influentes com medo do mar e a pr&oacute;pria gen&eacute;tica do indiv&iacute;duo s&atilde;o alguns dos motivos que podem estar relacionados a esse transtorno.

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Talassofobia: as pessoas que têm medo incontrolável do mar

Imagem de "Bebês banana": médico pensou que a fruta poderia curar doença grave no megacurioso

Em 1924, o Dr. Sidney Haas causou um problema com sua dieta

Diarreia ou pris&atilde;o de ventre cr&ocirc;nica, incha&ccedil;o na barriga, danos &agrave; parede intestinal, falta de apetite, baixa absor&ccedil;&atilde;o de nutrientes, dores abdominais, anemia, perda de peso e desnutri&ccedil;&atilde;o. Esses s&atilde;o os principais sintomas da doen&ccedil;a cel&iacute;aca, uma condi&ccedil;&atilde;o autoimune causada pela alta intoler&acirc;ncia ao gl&uacute;ten, presente no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, ou seja, est&aacute; em pizzas, bolos, biscoitos, p&atilde;es, cerveja e alguns doces.
A ingest&atilde;o de qualquer comida que tenha essa prote&iacute;na provoca dificuldade para o organismo absorver os nutrientes de alimentos, vitaminais, sais minerais e &aacute;gua, porque ataca o intestino delgado.
A&nbsp;&nbsp;doen&ccedil;a cel&iacute;aca pode causar graves problemas de sa&uacute;de, como c&acirc;ncer e at&eacute; infertilidade; portanto, seu tratamento &eacute; essencial para uma vida saud&aacute;vel, apesar de n&atilde;o haver cura, podendo s&oacute; ser controlada por meio de uma dieta com aus&ecirc;ncia total de gl&uacute;ten pelo resto da vida. Mas como saber disso no s&eacute;culo passado, quando a Medicina ainda era meio rudimentar e n&atilde;o tinha meios para responder a todos os problemas?
<h2 class="uk-text-justify">Os "beb&ecirc;s-banana"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26074950322000.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A doen&ccedil;a cel&iacute;aca manifesta seus sintomas, geralmente, entre os 6 meses e 2 anos e meio de vida da crian&ccedil;a &mdash; embora as pessoas com a doen&ccedil;a possam tamb&eacute;m manifestar os sintomas na fase adulta. Ent&atilde;o, na d&eacute;cada de 1920, a condi&ccedil;&atilde;o era um mist&eacute;rio, e 30% das crian&ccedil;as acabavam morrendo muito cedo devido a isso.
Pensando em parar com as taxas de morte, em 1924, o Dr. Sidney Haas prop&ocirc;s um plano de tratamento para aqueles que sofriam da doen&ccedil;a: dar de comer &agrave;s crian&ccedil;as 200 bananas por semana.&nbsp;
Ele teve a ideia ap&oacute;s observar que as pessoas de Porto Rico que ingeriam muita banana n&atilde;o sofriam de doen&ccedil;a cel&iacute;aca, diferente daquelas que comiam muito p&atilde;o e derivados.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26075030870001.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Hass, no entanto, n&atilde;o pensou que a culpa fosse da falta do trigo. Sendo assim, ele tamb&eacute;m prescreveu que os pacientes comessem muitos latic&iacute;nios, carnes e vegetais por dia. Como a dieta cortava o trigo e era rica em calorias, funcionou, e foi assim que nasceu o termo &ldquo;beb&ecirc;s-banana&rdquo;.
Aos poucos, os pacientes foram se recuperando dos sintomas, ent&atilde;o concluiu-se que eles haviam superado a doen&ccedil;a por meio da dieta, apesar de n&atilde;o ser bem isso.
<h2 class="uk-text-justify">Um problema ainda maior</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26075232028002.jpg" alt="(Fonte: Center for History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Center for History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
N&atilde;o demorou muito para que a falta de trigo come&ccedil;asse a enlouquecer os pacientes, ent&atilde;o Haas decidiu reintroduzir o gl&uacute;ten, imaginando que as crian&ccedil;as estavam "curadas" ap&oacute;s tantas bananas ingeridas.
Esse erro levou a problemas ainda mais graves para os cel&iacute;acos, porque os sintomas voltaram com for&ccedil;a total. Foi s&oacute; depois que o pediatra holand&ecirc;s Willem Dicke provou que as bananas prescritas por Haas n&atilde;o curavam e que n&atilde;o alteravam em nada no quadro cl&iacute;nico dos pacientes, que a dieta caiu em desuso. Dicke, portanto, acabou se tornando o respons&aacute;vel pela primeira dieta sem gl&uacute;ten da hist&oacute;ria. &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;

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'Bebês-banana': médico pensou que a fruta poderia curar doença grave

Imagem de Casos de lesões misteriosas na pele dobram em Pernambuco no megacurioso

Número de pessoas com o problema chega a 427, e 13 cidades no estado têm casos notificados

O estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115948-chuva-de-meteoros-gera-caca-ao-tesouro-no-sertao-de-pernambuco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pernambuco</a> tem sofrido alta no n&uacute;mero de casos de les&otilde;es de pele que causam coceira. Segundo os dados notificados pelos munic&iacute;pios, o &iacute;ndice de pessoas com suspeita do problema praticamente dobrou no prazo de 1 semana. Como a causa ainda n&atilde;o foi detectada, o surto levantou grande preocupa&ccedil;&atilde;o entre os profissionais da Sa&uacute;de da regi&atilde;o.
Os pacientes alegam les&otilde;es por toda a pele, principalmente na regi&atilde;o do tronco e dos bra&ccedil;os, que v&ecirc;m acompanhada de coceira. Foram relatados 427 casos no &uacute;ltimo fim de semana, de acordo com os n&uacute;meros compartilhados pelas prefeituras. Em compara&ccedil;&atilde;o, eram apenas 185 casos na ter&ccedil;a-feira (23).&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">Coceira se espalhando pelo estado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02103102796095.jpg" alt="(Fonte: Arquivo Pessoal/Folha de S. Paulo)" />(Fonte: Arquivo Pessoal/Folha de S. Paulo)
Embora o surto estivesse concentrado em apenas 3 cidades do grande Recife at&eacute; semana passada, agora j&aacute; se espalhou por 13 munic&iacute;pios em Pernambuco, inclusive alguns dentro da Zona da Mata. O maior n&uacute;mero de casos est&aacute; localizado em Recife, capital pernambucana, onde 185 pessoas constataram as les&otilde;es na pele.
Foi tamb&eacute;m em Recife que os primeiros casos come&ccedil;aram a "pipocar" pelos cantos. No in&iacute;cio de outubro, alguns habitantes relataram ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/70168-realmente-sentimos-coceira-ou-sera-que-ela-e-uma-coisa-da-nossa-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coceira</a> intensa, com les&otilde;es avermelhadas espalhadas pela pele. Como a origem do surto ainda &eacute; desconhecida, as autoridades locais t&ecirc;m dado continuidade &agrave;s investiga&ccedil;&otilde;es.
As ocorr&ecirc;ncias na capital do estado se distribuem em 39 bairros, mas aparecem predominantemente na zona norte, especialmente entre Dois Irm&atilde;os e Guabiraba. A tend&ecirc;ncia &eacute; que o setor de sa&uacute;de da regi&atilde;o continue realizando question&aacute;rios nos locais de maior incid&ecirc;ncia e realize novos exames laboratoriais durante as pr&oacute;ximas semanas.
<h2 class="uk-text-justify">Hip&oacute;teses para o problema</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;TV Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/WnJOJ8oromvXtFnS-jDdpvwA-L4=/0x0:1920x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/c/Z/ObDp69S7ADCZfV72t18Q/coceira.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02103148655096.jpg" alt="(Fonte: TV Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TV Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em nota, a Secretaria Estadual de Sa&uacute;de (SES) indicou que n&atilde;o houve registro de agravamento das les&otilde;es associado a esse quadro. Al&eacute;m disso, foi refor&ccedil;ado que casos dessa natureza est&atilde;o sendo constantemente verificados junto &agrave;s secretarias municipais em parceria com as Ger&ecirc;ncias Regionais de Sa&uacute;de (Geres) para criar a notifica&ccedil;&atilde;o oficial.&nbsp;
No dia 19 de novembro, a SES descartou a possibilidade de o surto ter sido transmitido por meio de alimentos. A principal suspeita dos especialistas &eacute; de que sejam casos de sarna humana, alergia ou um tipo de arbovirose causada por mosquito. Por esse motivo, os munic&iacute;pios devem contar com o aux&iacute;lio constante de dermatologistas e at&eacute; mesmo cogitar a instala&ccedil;&atilde;o de armadilhas para insetos.
Na sexta-feira (26), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) levantou a hip&oacute;tese de que o surto possa estar sendo gerado pelo uso indiscriminado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120469-cloroquina-e-ivermectina-para-que-servem-afinal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ivermectina</a>, um verm&iacute;fugo usado para o tratamento de sarna e piolho, mas que tamb&eacute;m foi integrado no "kit covid" para combater a covid-19 sem qualquer efic&aacute;cia comprovada.
<h2 class="uk-text-justify">Cuidados pessoais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/03/03102746006122.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para tentar conter o surto de casos, a Secretaria de Sa&uacute;de do Recife pediu para que as pessoas n&atilde;o se automediquem, busquem manter as m&atilde;os sempre higienizadas e procurem uma unidade de sa&uacute;de para receber orienta&ccedil;&otilde;es e tratar os sintomas.&nbsp;
A orienta&ccedil;&atilde;o no estado &eacute; que os profissionais da Sa&uacute;de notifiquem os casos suspeitos em um prazo de 24 horas. A partir desse momento, cada caso ser&aacute; investigado pela SES em parceria com os munic&iacute;pios, para ent&atilde;o conseguir chegar a uma eventual conclus&atilde;o a respeito do que vem causando o surto. &nbsp;&nbsp;

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Casos de lesões misteriosas na pele dobram em Pernambuco

Imagem de Por que há diferenças entre os tipos de sangue? no megacurioso

Entenda como os tipos sanguíneos são determinados e por que precisamos aprender as diferenças entre cada um deles

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/102212-ja-e-possivel-produzir-sangue-artificial-em-larga-escala.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> humano tem grande import&acirc;ncia no funcionamento do nosso organismo e realiza fun&ccedil;&otilde;es fundamentais, como carregar oxig&ecirc;nio e nutrientes para as c&eacute;lulas. Por&eacute;m, voc&ecirc; j&aacute; deve ter notado que nem todas as pessoas do mundo t&ecirc;m o mesmo tipo sangu&iacute;neo, com cada um deles carregando suas particularidades.
Mas por que isso acontece? Os tipos de sangue s&atilde;o determinados pela presen&ccedil;a ou aus&ecirc;ncia de certos ant&iacute;genos &mdash; subst&acirc;ncias que podem desencadear uma resposta imunol&oacute;gica se forem estranhas ao corpo. Isso significa que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/102889-dia-mundial-da-doacao-de-sangue-conheca-5-beneficios-para-quem-doa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transfus&atilde;o de sangue</a> n&atilde;o compat&iacute;vel pode provocar s&eacute;rios problemas de sa&uacute;de em uma pessoa. Entenda mais sobre essa situa&ccedil;&atilde;o e outros casos!
<h2>Tipos sangu&iacute;neos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25113611483159.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Existem quatro grupos sangu&iacute;neos principais determinados pela presen&ccedil;a ou aus&ecirc;ncia de dois ant&iacute;genos &mdash; A e B &mdash; na superf&iacute;cie de nossas hem&aacute;cias. Al&eacute;m dos ant&iacute;genos A e B, existe uma prote&iacute;na chamada &ldquo;fator Rh&rdquo;, tamb&eacute;m chamado de ant&iacute;geno D, a qual determina se o nosso sangue ser&aacute; positivo ou negativo. Como resultado, os oito tipos sangu&iacute;neos poss&iacute;veis s&atilde;o: A+, A-, B+, B-, O+, O-, AB+, AB-.
O sangue tipo A representa a presen&ccedil;a do ant&iacute;geno A e o sangue tipo B representa a presen&ccedil;a do ant&iacute;geno B, sendo o tipo AB a exist&ecirc;ncia de ambos. Pessoas com sangue O t&ecirc;m a aus&ecirc;ncia dos ant&iacute;genos. Para que o sangue de uma pessoa seja considerado positivo, ela precisar&aacute; ser testada para a presen&ccedil;a do ant&iacute;geno D.
O fator predominante que determina qual ser&aacute; o sangue de uma pessoa &eacute; a gen&eacute;tica oferecida pelos pais. Por exemplo, um casal de pais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107546-15-curiosidades-sobre-os-tipos-sanguineos-que-voce-vai-curtir-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo sangu&iacute;neo</a> A e O s&oacute; poder&atilde;o ter filhos dentro desse mesmo padr&atilde;o de sangue, jamais B ou AB. Tipos sangu&iacute;neos diferentes n&atilde;o s&atilde;o considerados um fator determinante para a sa&uacute;de das pessoas, sendo uma diferen&ccedil;a a ser considerada para casos de transfus&atilde;o de sangue.
<h2>Doa&ccedil;&atilde;o de sangue</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25113714389161.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando uma pessoa precisa de transfus&atilde;o de sangue, os sistemas Rh e ABO s&atilde;o essencialmente considerados para proteger a sa&uacute;de do paciente. Isso acontece porque quem nasce com o sangue A, por exemplo, tamb&eacute;m nasce com anti-B. Portanto, o sistema imunol&oacute;gico dessa pessoa est&aacute; programado para reagir negativamente caso entre em contato com o sangue tipo B. O mesmo acontece com pessoas de tipo B, que nascem com o anti-A.
Por outro lado, quem &eacute; do tipo AB tem os dois tipos de prote&iacute;na e pode receber doa&ccedil;&otilde;es de qualquer pessoa. Esse &eacute; o motivo desse tipo sangu&iacute;neo ser conhecido como receptor universal. J&aacute; indiv&iacute;duos que nascem com o sangue tipo O acabam por apresentar tanto o anti-A quanto o anti-B, e por isso s&oacute; podem receber sangue do mesmo tipo.&nbsp;
Ao mesmo tempo, o sangue O &eacute; chamado de doador universal, pois n&atilde;o tem os ant&iacute;genos A e B e n&atilde;o causa rea&ccedil;&atilde;o em nenhum outro tipo de sangue. Receber um sangue incompat&iacute;vel &eacute; considerado um processo grav&iacute;ssimo na medicina, visto que provoca calafrios, tremores, insufici&ecirc;ncia renal e at&eacute; mesmo risco de &oacute;bito. Nesses casos, o organismo identifica o &ldquo;objeto estranho&rdquo; e acaba destruindo todos os gl&oacute;bulos vermelhos que recebeu.&nbsp;&nbsp;

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Por que há diferenças entre os tipos de sangue?

Imagem de 6 milagres da medicina que permanecem sem explicação no megacurioso

Você conhece ou já passou por algum caso médico que não existia qualquer tipo de explicação?

Apesar das tecnologias de ponta, conhecimentos milenares e profissionais cada vez mais especializados, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119874-a-fistula-anal-real-que-mudou-a-cara-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> ainda &eacute; capaz de surpreender as pessoas, entregando mist&eacute;rios sem revela&ccedil;&atilde;o e casos que parecem n&atilde;o apenas desafiar as leis da f&iacute;sica, mas as pr&oacute;prias quest&otilde;es b&aacute;sicas da vida humana. Ao longo da hist&oacute;ria, a &aacute;rea exibiu situa&ccedil;&otilde;es estranhas e com reviravoltas macabras, supondo que uma for&ccedil;a sobrenatural brincava com as condi&ccedil;&otilde;es de pacientes sem qualquer motivo aparente.
Confira abaixo alguns dos mais bizarros casos da medicina que permanecem sem explica&ccedil;&atilde;o at&eacute; hoje.
<h2>1. Sobreviv&ecirc;ncia ap&oacute;s decapita&ccedil;&atilde;o interna</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29103009823075.jpg" alt="(Fonte: ABC News / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ABC News / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 2008, o jovem Jordan Taylor, de apenas nove anos na &eacute;poca, sofreu um acidente de carro e acabou sendo infligido pela condi&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116943-mae-morreu-decapitada-por-filha-apos-defende-la-de-acusacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">decapita&ccedil;&atilde;o</a> interna &mdash; luxa&ccedil;&atilde;o atlanto-occipital &mdash;, quando seu cr&acirc;nio e coluna se separaram, mas a cabe&ccedil;a permaneceu ligada ao corpo pelos tecidos. Segundo estat&iacute;sticas, 70% das pessoas afetadas por esse grau de decapita&ccedil;&atilde;o morrem na hora, enquanto 28% morrem em poucas horas e 2% sobrevivem com paralisia perp&eacute;tua, mas o garoto se recuperou totalmente em tr&ecirc;s meses e saiu sozinho do hospital.
<h2>2. "A Senhora T&oacute;xica"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29103120229078.jpg" alt="(Fonte: iHeart / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: iHeart / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 19 de fevereiro de 1994, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/112825-gloria-ramirez-foi-considerada-a-mulher-mais-toxica-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gloria Ramirez </a>foi levada &agrave;s pressas para um hospital, reclamando de palpita&ccedil;&otilde;es card&iacute;acas e convuls&otilde;es. Ao chegar no local, os m&eacute;dicos e enfermeiras imediatamente sentiram uma diferen&ccedil;a na atmosfera da sala e notaram o corpo da paciente adquirir um brilho oleoso, exalando odores de alho e am&ocirc;nia. Nauseados, os respons&aacute;veis pelo atendimento chegaram a desmaiar, at&eacute; que a situa&ccedil;&atilde;o complicou ainda mais com o &oacute;bito da mulher, que causou rea&ccedil;&otilde;es bioqu&iacute;micas em 23 pessoas e enviou cinco delas a prontos-socorros para tratamentos urgentes.
<h2>3. Phineas Gage</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29103335214079.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Considerado &ldquo;uma das maiores curiosidades m&eacute;dicas de todos os tempos&rdquo;, Phineas Gage teve sua cabe&ccedil;a perfurada verticalmente por uma grande barra de ferro, causando uma destrui&ccedil;&atilde;o quase completa de seu lobo frontal. O acidente, que n&atilde;o comprometeu as mem&oacute;rias de Phineas, acabou transformando significativamente sua personalidade, fazendo com que o homem virasse uma figura irreverente, grossa, impaciente e bastante impulsiva. Segundo seus amigos, as atitudes do homem fugiam completamente das caracter&iacute;sticas originais, antes da fatalidade.
<h2>4. S&iacute;ndrome do sotaque estrangeiro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29103448807082.jpg" alt="(Fonte: ABC News / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ABC News / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mist&eacute;rio m&eacute;dico que deixa analistas sem explica&ccedil;&atilde;o, a s&iacute;ndrome do sotaque estrangeiro &eacute; aparentemente causada por um acidente vascular cerebral e faz com que pacientes comecem a falar com sotaques e idiomas diferentes de seus nativos. A situa&ccedil;&atilde;o opera com uma esp&eacute;cie de aleatoriedade e pode incluir modos de falar de qualquer regi&atilde;o do planeta, mesmo que a pessoa nunca tenha experimentado contato com povos locais ou com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120271-qual-e-a-lingua-mais-facil-de-aprender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem</a> em si. Estranhamente, a internet est&aacute; lotada de depoimentos sobre os casos e muitos deles seguem sem solu&ccedil;&atilde;o at&eacute; hoje.
<h2>5. O feto no feto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29103607682084.jpg" alt="(Fonte: Ei Samay / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ei Samay / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Aos 36 anos, Sanju Bhagat foi levado ao hospital para a remo&ccedil;&atilde;o de um enorme tumor em sua barriga. Por&eacute;m, o que era para ser apenas um caro&ccedil;o at&iacute;pico ganhou contornos apavorantes quando os m&eacute;dicos come&ccedil;aram a opera&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que foi descoberto que, na verdade, o tumor era um feto que havia se instalado na barriga de Bhagat durante seu nascimento: o feto de sua irm&atilde; g&ecirc;mea. A condi&ccedil;&atilde;o incrivelmente rara, chamada de "feto no feto", costuma matar os indiv&iacute;duos antes ou durante o nascimento, mas permitiu que o indiano &mdash; e sua irm&atilde; &mdash; sobrevivessem por quase 40 anos.
<h2>6. A f&eacute; e o c&acirc;ncer</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29103748323086.jpg" alt="(Fonte: KARE 11 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: KARE 11 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Diagnosticado com um c&acirc;ncer terminal que j&aacute; tomava conta de toda a cabe&ccedil;a e pesco&ccedil;o, Greg Thomas decidiu passar seus &uacute;ltimos dias de vida reconstruindo uma igreja local, a fim de poder se abrigar por algumas horas do dia para rezar. Ao trabalhar duramente na edifica&ccedil;&atilde;o por quatro anos cont&iacute;nuos e conseguir ergu&ecirc;-la, Thomas teve sua condi&ccedil;&atilde;o misteriosamente curada e o homem entrou em estado de remiss&atilde;o completa, afirmando que Deus o estava restaurando &agrave; medida que ele restaurava Sua casa.

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6 milagres da medicina que permanecem sem explicação

Imagem de As 3 doenças bizarras inventadas para manipular as pessoas no megacurioso

Gota suprimida, autointoxica&ccedil;&atilde;o intestinal e ovariomania. Essas s&atilde;o apenas algumas das doen&ccedil;as inventadas h&aacute; mais de 100 anos que causaram uma verdadeira bagun&ccedil;a na sociedade.
Essas condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas foram fabricadas atrav&eacute;s de informa&ccedil;&otilde;es ruins e incompletas, ganhando destaque por meio de seus defensores ou por falta de investiga&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica. Engana-se quem imagina que o vasto acesso ao conhecimento combateu esse problema que nos persegue h&aacute; s&eacute;culos. Atualmente, existe mais desinforma&ccedil;&atilde;o dispon&iacute;vel do que nunca.
"Se voc&ecirc; pode fazer as pessoas se preocuparem com um problema inexistente, algo do qual elas n&atilde;o estavam cientes e n&atilde;o entendem, elas podem comprar sua solu&ccedil;&atilde;o apenas para aliviar a preocupa&ccedil;&atilde;o", disse o m&eacute;dico Steven Novella, na revista cient&iacute;fica Science-Based Medicine.
Inventar condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas se tornou a verdadeira doen&ccedil;a da sociedade, usada para controlar pessoas ou alimentar o capitalismo, como mostram essas abaixo.
<h2>"Rosto de bicicleta"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16195804144629.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando a sociedade machista do s&eacute;culo XIX percebeu que as mulheres estavam querendo buscar seu lugar na malha social, foi feito de tudo para coloc&aacute;-las diante de um fog&atilde;o e deix&aacute;-las dedicadas exclusivamente aos maridos e filhos novamente.
Arthur Shadwell, m&eacute;dico especializado em sa&uacute;de p&uacute;blica, chegou a inventar em 1890 a condi&ccedil;&atilde;o "rosto de bicicleta" para impedir que as mulheres come&ccedil;assem a andar por conta pr&oacute;pria.
O ve&iacute;culo permitiu &agrave;s mulheres novas liberdades e incentivou tamb&eacute;m a pr&aacute;tica de atividades f&iacute;sicas, chegando a ditar a moda com novas maneiras de se vestir. Com seu surgimento veio tamb&eacute;m, obviamente, a mar&eacute; de oposi&ccedil;&otilde;es &mdash; em sua maioria de homens.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;El Pa&iacute;s&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/FmBk0k5E35fqXKIabDjcmGW2oik=/414x0/arc-anglerfish-eu-central-1-prod-prisa.s3.amazonaws.com/public/ZAPLO7M4PXJ7BZAXXBBRJZQG2A.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16195905003630.jpg" alt="(Fonte: El Pa&iacute;s/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: El Pa&iacute;s/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como relata uma mat&eacute;ria da Vox, os m&eacute;dicos passaram metade da d&eacute;cada de 1890 disseminando a informa&ccedil;&atilde;o de que usar bicicleta deformaria o rosto das mulheres devido &agrave; express&atilde;o de cansa&ccedil;o ap&oacute;s v&aacute;rios quil&ocirc;metros pedalados. Foi declarado que elas poderiam adquirir para sempre sombras escuras sob os olhos, maxilar protuberante, palidez e olhos esbugalhados.
Enquanto alguns dos m&eacute;dicos diziam que essas consequ&ecirc;ncias teriam liga&ccedil;&atilde;o com o esfor&ccedil;o f&iacute;sico de pedalar ou equilibrar a bicicleta, outros alegavam que era uma penit&ecirc;ncia de Deus por violarem as regras impostas pela&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120304-contrabando-de-biblias-a-antiga-pratica-crista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">B&iacute;blia Sagrada</a>.
<h2>A bexiga hiperativa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16200156972632.png" alt="(Fonte: PNGItem/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PNGItem/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na virada do s&eacute;culo XXI, de repente urinar se tornou uma necessidade fisiol&oacute;gica que precisava ser controlada. Como mostra uma mat&eacute;ria do Milwaukee Journal Sentinel, dois urologistas universit&aacute;rios apresentaram a condi&ccedil;&atilde;o em confer&ecirc;ncias m&eacute;dicas em 2001, ap&oacute;s realizarem uma pesquisa por telefone perguntando quantas vezes ao dia as pessoas precisavam ir ao banheiro. O estudo constatou que cerca de 33 milh&otilde;es de norte-americanos sofriam da chamada "bexiga hiperativa", pois segundo os urologistas n&atilde;o era normal para o ser humano ir ao banheiro tantas vezes por dia.
Ironicamente ou n&atilde;o, todas as confer&ecirc;ncias em que a pesquisa foi apresentada receberam patroc&iacute;nio de empresas farmac&ecirc;uticas, que passaram a promover a cura da "doen&ccedil;a" com medicamentos. S&oacute; entre 2013 e 2016, os rem&eacute;dios para tratar a suposta bexiga hiperativa foram associados a quase 200 mortes.
O Food and Drug Administration (FDA) recebeu mais de 12 mil reclama&ccedil;&otilde;es sobre os comprimidos e seus efeitos colaterais.
<h2>Os malef&iacute;cios da leitura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16200252675633.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Livros e a leitura sempre foram sin&ocirc;nimos de progresso e independ&ecirc;ncia, e foi por isso que, no s&eacute;culo XIX, eles se tornaram a fonte de todos os tipos de problemas m&eacute;dicos para poder manter as mulheres onde elas "deveriam ficar".
Profissionais m&eacute;dicos e defensores da educa&ccedil;&atilde;o masculina escreveram que a mulher que passava muito tempo com o nariz em um livro poderia desenvolver "pensamentos inadequados". Tamb&eacute;m foram atribu&iacute;dos danos cerebrais e oculares, degenera&ccedil;&atilde;o do sistema nervoso, deprava&ccedil;&atilde;o feminina, decad&ecirc;ncia moral e at&eacute; morte prematura.
Al&eacute;m disso, os m&eacute;dicos foram pontuais e cru&eacute;is ao sugerirem que todo o esfor&ccedil;o colocado para ler um livro poderia afetar o sistema reprodutivo feminino, que teria que fazer uma for&ccedil;a sobre-humana para se manter saud&aacute;vel e f&eacute;rtil diante de tanta energia sendo perdida. Ler livros sobre mist&eacute;rio, por exemplo, acarretaria um subdesenvolvimento dos ov&aacute;rios.

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3 doenças bizarras inventadas para manipular as pessoas

Imagem de Técnicas de memorização: o que são células de engramas? no megacurioso

A memorização, que é um dos processos mais difíceis de serem realizados, vem ganhando novas e importantes descobertas

O c&eacute;rebro, seu principal &oacute;rg&atilde;o do sistema nervoso, &eacute; respons&aacute;vel por diversas fun&ccedil;&otilde;es extremamente sens&iacute;veis, essenciais para o dia a dia de qualquer pessoa. Entre as in&uacute;meras c&eacute;lulas que comp&otilde;em esse complexo sistema est&atilde;o as engramas, armazenadas como mem&oacute;rias potencialmente recuper&aacute;veis.
Mesmo que o conceito de &ldquo;engrama&rdquo; tenha sido apresentado h&aacute; quase 115 anos, somente com as tecnologias atuais evid&ecirc;ncias concretas de engramas puderam ser coletadas. Por isso, atualmente, estudiosos defendem que as c&eacute;lulas de engrama podem ser a unidade b&aacute;sica da mem&oacute;ria.
Isso ocorre quando as c&eacute;lulas neuronais excitadas no hipocampo e am&iacute;gdala s&atilde;o recrutadas para um conjunto-local. Os conjuntos combinam-se com outros em regi&otilde;es como o c&oacute;rtex, uma estrutura conhecida como complexo de engrama. Este processo denomina-se &ldquo;plasticidade sin&aacute;ptica&rdquo; e &ldquo;forma&ccedil;&atilde;o de coluna dendr&iacute;tica&rdquo;.
&Eacute; importante compreender que a memoriza&ccedil;&atilde;o &eacute; um dos processos mais dif&iacute;ceis de serem realizados. As mem&oacute;rias s&atilde;o, inicialmente, armazenadas em um complexo de engrama, podendo ser recuperadas por reativa&ccedil;&atilde;o que, por sua vez, tamb&eacute;m pode persistir silenciosamente mesmo quando n&atilde;o recuperadas naturalmente. Por exemplo, quando uma nova experi&ecirc;ncia ocorre, as c&eacute;lulas nervosas engramas codificam os detalhes da mem&oacute;ria.
Al&eacute;m disso, mudan&ccedil;as na cromatina, uma estrutura comprimida que consiste em DNA, histonas e prote&iacute;nas &mdash; tamb&eacute;m localizada na estrutura do DNA &mdash; controlam o qu&atilde;o ativos genes espec&iacute;ficos est&atilde;o em determinada c&eacute;lula. No momento da mem&oacute;ria, a cromatina torna-se mais frouxa, permitindo a acessibilidade do DNA. A cromatina &eacute; um conjunto de fios, cromossomos, em que cada um &eacute; formado por uma longa mol&eacute;cula de DNA associada &agrave;s mol&eacute;culas da prote&iacute;na histona.
O estudo completo pode ser acessado neste <a href="https://ciencialatina.org/index.php/cienciala/article/view/1037" target="_blank">link</a>.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD, neurocientista com forma&ccedil;&otilde;es em Neuropsicologia, Biologia, Hist&oacute;ria, Antropologia, Neurolingu&iacute;stica, Neuroplasticidade, Intelig&ecirc;ncia Artificial, Neuroci&ecirc;ncia aplicada &agrave; aprendizagem, Filosofia, Jornalismo e forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito, chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International e membro da Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neuroci&ecirc;ncias.

Medicina e Psicologia

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