Imagem de Bitucas de cigarro contaminam oceanos mais do que plástico no megacurioso

As bitucas de cigarro ultrapassam a quantidade de materiais feitos de plástico jogados no oceano e prejudicam os peixes e a nossa saúde

Um relat&oacute;rio publicado pela Ocean Conservancy, que fala sobre a limpeza e conserva&ccedil;&atilde;o das nossas &aacute;guas, revelou que as bitucas de cigarro, que s&atilde;o descartadas t&atilde;o displicentemente, se tornaram a maior fonte de detritos que poluem o oceano atualmente, chegando a ultrapassar materiais pl&aacute;sticos, como garrafas, embalagens e at&eacute; sacolas.

Al&eacute;m disso, as toxinas que existem nas bitucas de cigarro s&atilde;o consumidas pelos peixes e, por fim, acabam voltando para os nossos corpos.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11104548515123.jpg" width="960" />
<figcaption>(Fonte:&nbsp;Martin B&uuml;denbender/Pixabay)</figcaption>
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<h2 style="text-align: justify; margin-bottom: 13px;">60 milh&otilde;es de cigarros retirados</h2>

A Ocean Conservacy vem, desde 1980, limpando um total de mais de 60 milh&otilde;es bitucas de cigarros do mar e das praias, e o n&uacute;mero s&oacute; vem aumentando. O acetato de celulose, um tipo de pl&aacute;stico contido no cigarro, &eacute; bastante relevante para o meio ambiente, e tem ajudado a poluir mais. 

Al&eacute;m disso, uma reportagem no Business Insider mostrou que, na verdade, os restos das bitucas de cigarro liberam toxinas impr&oacute;prias:

&ldquo;At&eacute; que os filtros comecem a se decompor, eles tamb&eacute;m liberam todos os poluentes que absorvem da fuma&ccedil;a, incluindo subst&acirc;ncias como nicotina, ars&ecirc;nico e chumbo.&nbsp;Estes, al&eacute;m do pl&aacute;stico em decomposi&ccedil;&atilde;o, s&atilde;o consumidos por v&aacute;rias criaturas do mar e, se isso n&atilde;o for horr&iacute;vel o suficiente, eles finalmente acabam em nossa pr&oacute;pria comida.&rdquo;

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="627" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11104720795124.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte:&nbsp;Ocean Conservancy/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Infelizmente, precisamos de mais regulamenta&ccedil;&otilde;es para conseguir controlar este problema. Hoje, no Brasil, houve um grande avan&ccedil;o, com a diminui&ccedil;&atilde;o da distribui&ccedil;&atilde;o de sacolas de pl&aacute;stico nos mercados, por&eacute;m, ainda n&atilde;o &eacute; suficiente para conseguirmos salvar nosso mundo da polui&ccedil;&atilde;o causada por n&oacute;s mesmos.

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Bitucas de cigarro contaminam oceanos mais do que plástico

Imagem de O que Carl Sagan dizia sobre as mudanças climáticas em 1993 no megacurioso

Enquanto o mundo se preocupava com outras coisas nos anos 1990, Carl Sagan já tinha uma opinião formada sobre o que poderá acontecer com o nosso planeta

N&atilde;o &eacute; de hoje que estamos preocupados com o meio ambiente, por&eacute;m, desde os anos 1990 houve uma grande mudan&ccedil;a na forma como as pessoas veem essa necessidade de melhorarmos o mundo. Popularizar uma ideia, como aconteceu com as quest&otilde;es das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, tem o seu lado bom, que &eacute; o aumento de engajamento pela causa, al&eacute;m mais recursos para resolver as quest&otilde;es.

Entretanto, tamb&eacute;m existe um lado negativo, que &eacute; a vulgariza&ccedil;&atilde;o da ideia, simplificando de forma rasa as quest&otilde;es ambientais&nbsp;para que mais e mais pessoas possam entend&ecirc;-la (e aderir a ela).

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="514" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11233508542014.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Mert Guller/Unsplash)</figcaption>
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A partir desta simplifica&ccedil;&atilde;o, h&aacute; uma bola de neve se criando. Ativistas se engajam e fazem um movimento exacerbado pela causa, a m&iacute;dia divulga, atraindo mais pessoas para o movimento, e o p&uacute;blico aumenta. A partir deste momento, tudo vira uma guerra de egos, de quem faz mais pelo meio ambiente.

Para entender um pouco sobre isso, basta ler o que o estudioso Carl Sagan j&aacute; dizia em 1993 sobre as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e como isso mudou em apenas alguns anos:

&ldquo;Essas mudan&ccedil;as profundas, todas causadas por formas de vida que tendemos a considerar &#39;primitivas&#39;&nbsp;e, claro, por processos que descrevemos como naturais, ridicularizam os medos daqueles que pensam que os homens, com sua tecnologia, alcan&ccedil;aram &#39;o fim de a natureza&#39;.&nbsp;Estamos extinguindo muitas esp&eacute;cies;&nbsp;podemos at&eacute; nos destruir.&nbsp;Mas isso n&atilde;o &eacute; novidade na Terra&rdquo;.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="537" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11233408371013.jpg" width="800" />
<figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption>
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O que Carl Sagan quer dizer com isso &eacute; que poder&iacute;amos fazer tudo o que quis&eacute;ssemos pelo planeta, mas a pr&oacute;pria &ldquo;M&atilde;e Natureza&rdquo; &eacute; quem acabaria nos destruindo. Na Terra, j&aacute; tivemos cinco &mdash; ou seis, h&aacute; controv&eacute;rsias &mdash; extin&ccedil;&otilde;es em massa, muito antes dos seres humanos, que acabaram com toda a fauna e flora que havia.

N&atilde;o se trataria apenas de poluir menos, afinal, o n&uacute;mero de pessoas no mundo s&oacute; vem crescendo e n&atilde;o parece haver uma probabilidade de diminuir em curto prazo. Infelizmente, n&atilde;o conseguir&iacute;amos tratar essa quest&atilde;o em apenas alguns anos.

Hoje, n&atilde;o temos mais Carl Sagan para iluminar nosso caminho em rela&ccedil;&atilde;o ao futuro, mas podemos ficar de olho na jovem Greta Thunberg, que possui um olhar diferenciado em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s quest&otilde;es ambientais.

Voc&ecirc; concorda com esta ideia?

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O que Carl Sagan dizia sobre as mudanças climáticas em 1993

Imagem de Energia solar: será que ela de fato faz bem para o meio ambiente? no megacurioso

Gastos excessivos de água, grandes emissões de carbono, despejo de resíduos tóxicos no meio ambiente – fabricar painéis solares pode fazer muita sujeira

Em 1877, surgiu&nbsp;o primeiro dispositivo de produ&ccedil;&atilde;o&nbsp;de eletricidade via energia solar, precursor do pain&eacute;is&nbsp;que&nbsp;hoje&nbsp;representam um dos baluartes da chamada energia limpa. Por&eacute;m, uma an&aacute;lise mais profunda come&ccedil;a a revelar que, talvez, nem mesmo ela esteja&nbsp;livre de poluir o meio ambiente. 

A cadeia de produ&ccedil;&atilde;o de&nbsp;c&eacute;lulas para a capta&ccedil;&atilde;o de energia solar come&ccedil;a com seu&nbsp;fabrico a partir do quartzo, a forma mais comum de s&iacute;lica. Ele &eacute; primeiro&nbsp;convertido em sil&iacute;cio de grau metal&uacute;rgico e, depois, refinado e transformado em&nbsp;polissil&iacute;cio, gerando um res&iacute;duo altamente t&oacute;xico: o tetracloreto de sil&iacute;cio que, se exposto &agrave; &aacute;gua, libera &aacute;cido clor&iacute;drico, o que acidifica o solo e emite gases nocivos.

Em meados da d&eacute;cada passada, poucos pa&iacute;ses tinham regulamenta&ccedil;&otilde;es r&iacute;gidas sobre armazenamento e descarte de res&iacute;duos. A China n&atilde;o era uma exce&ccedil;&atilde;o. O pa&iacute;s foi palco de dois grandes vazamentos; em 2008, uma empresa descartava o material&nbsp;em campos vizinhos, deixando-os inutiliz&aacute;veis para cultivo, al&eacute;m de provocar inflama&ccedil;&otilde;es nos olhos e garganta dos moradores.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11040605950029.jpg" width="960" />
<figcaption>Linha de produ&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas solares na f&aacute;brica da Jupiter Solar Power Limited (JSPL) em Baddi, &Iacute;ndia. (Fonte: REUTERS / Ajay Verma)</figcaption>
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O outro caso se deu em 2011. Mesmo com a China exigindo que as empresas reciclassem ao menos 98,5% de seus res&iacute;duos, uma&nbsp;das maiores empresas&nbsp;fotovoltaicas do mundo&nbsp;derramou &aacute;cido fluor&iacute;drico em um rio, matando milhares de peixes e centenas de porcos.

<h2 style="margin-bottom: 13px;">Captar a energia solar sem sujar o meio ambiente</h2>

Embora mais de 90% dos pain&eacute;is para capta&ccedil;&atilde;o da energia solar&nbsp;fabricados hoje comecem com polissil&iacute;cio, existe uma abordagem mais recente: a tecnologia de c&eacute;lulas solares de camada fina, mais baratas de fabricar, usando menos energia e material. O processo consiste em depositar um material semicondutor de energia solar diretamente sobre um substrato de vidro, metal ou pl&aacute;stico.

Dois materiais s&atilde;o usados; um deles &eacute; o tel&uacute;rio de c&aacute;dmio, um metal pesado que &eacute; cancer&iacute;geno e genot&oacute;xico, o que significa que pode causar muta&ccedil;&otilde;es heredit&aacute;rias.&nbsp;Existem poucas informa&ccedil;&otilde;es sobre a exposi&ccedil;&atilde;o a trabalhadores ao&nbsp;c&aacute;dmio nos est&aacute;gios iniciais do ciclo de vida do metal, quando ele &eacute; extra&iacute;do das&nbsp;minas de zinco.&nbsp;A&nbsp;exposi&ccedil;&otilde;e ao metal&nbsp;ap&oacute;s o descarte dos pain&eacute;is solares tamb&eacute;m &eacute;&nbsp;preocupante. Nem todos os consumidores t&ecirc;m acesso a um programa de devolu&ccedil;&atilde;o gratuita, e muitos&nbsp;desconhecem a necessidade de descartar os pain&eacute;is de maneira respons&aacute;vel.

A toxicidade n&atilde;o &eacute; a &uacute;nica preocupa&ccedil;&atilde;o. Produzir c&eacute;lulas solares requer muita energia, expressa em&nbsp; quilogramas de CO2 emitidos por quilowatt-hora gerado. Segundo pesquisadores do Laborat&oacute;rio Nacional de Argonne e da Universidade Northwestern (ambos nos EUA), a pegada de carbono dos pain&eacute;is&nbsp;fabricados na China &eacute;&nbsp;quase o dobro da pegada dos fabricados na Europa. 

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11041406744030.jpg" width="960" />
<figcaption>A China &eacute; l&iacute;der no setor de energia solar: o parque da barragem Longyangxia fornece 850 megawatts e pode abastecer at&eacute; 200 mil casas. (Fonte:&nbsp;NASA Earth Observatory/Jesse Allen)</figcaption>
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A &aacute;gua &eacute; outra quest&atilde;o; os fabricantes usam uma grande quantidade para&nbsp;refrigera&ccedil;&atilde;o, processos qu&iacute;micos e controle de polui&ccedil;&atilde;o do ar. No entanto, o maior desperd&iacute;cio&nbsp;ocorre durante a limpeza na instala&ccedil;&atilde;o e no uso dos pain&eacute;is. Projetos em escala comercial de 230 a 550 megawatts podem exigir at&eacute; 1,5 bilh&atilde;o de litros de &aacute;gua para controlar a poeira durante a instala&ccedil;&atilde;o&nbsp;dos pain&eacute;is e outros 26 milh&otilde;es de litros por ano para lavar os que est&atilde;o em opera&ccedil;&atilde;o.

O setor de energia solar n&atilde;o possui r&oacute;tulo ecol&oacute;gico oficial. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Ambiental Fotovoltaica do Laborat&oacute;rio Nacional Brookhaven em Upton, Nova York (EUA), h&aacute; muito tempo publicam estudos sobre os poss&iacute;veis riscos ambientais de c&eacute;lulas e pain&eacute;is.&nbsp;Com a crescente preocupa&ccedil;&atilde;o em diminuir e at&eacute; eliminar riscos ambientais que o fabrico e uso de pain&eacute;is solares podem trazer, essa&nbsp;ind&uacute;stria&nbsp;poder&aacute; ser&nbsp;um dia verdadeiramente verde.

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Energia solar: será que ela de fato faz bem para o meio ambiente?

Imagem de Água no deserto: conheça máquina capaz de transformar ar em H2O no megacurioso

O coletor de água criado pela startup Water Harvester Inc. consegue produzir água a partir da atmosfera e, pasme, apenas utilizando painéis solares e uma bateria

Um coletor de &aacute;gua que funciona em pleno deserto&hellip; Falando assim, parece at&eacute; aquelas bugigangas de jogos de sobreviv&ecirc;ncia. Mas, pequeno gafanhoto, a ci&ecirc;ncia &eacute; capaz de dar forma at&eacute; &agrave;s ideias mais improv&aacute;veis.
Um artigo cient&iacute;fico&nbsp;recentemente publicado no peri&oacute;dico ACS Central Science&nbsp;detalha a mais nova vers&atilde;o do coletor de &aacute;gua capaz de extrair at&eacute; 1,3 litros&nbsp;H2O da atmosfera &mdash; mais do que o suficiente para manter-se vivo. Criada pela startup Water Harvester Inc., essa m&aacute;quina est&aacute; dando o que falar.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/10/10181514422037.jpg" width="990" > <figcaption>Reprodu&ccedil;&atilde;o/UC Berkeley via Youtube</figcaption></figure>
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<h2 dir="ltr">Sobrevivendo no deserto</h2>
Omar Yaghi, co-diretor do Instituto de Nanoci&ecirc;ncias da Universidade da Calif&oacute;rnia, &eacute; o dono da startup e&nbsp;respons&aacute;vel pela inven&ccedil;&atilde;o. Junto com um grupo de pesquisadores, ele escolheu o pior dos cen&aacute;rios poss&iacute;vel para colocar o coletor &agrave; prova: um deserto extremamente &aacute;rido localizado em Mojave, na Calif&oacute;rnia. Os teste de campo duraram tr&ecirc;s dias e, no final das contas, o saldo foi positivo.
<a aria-label="Compartilhar o link https://youtu.be/-6T3ICXWqjc" href="https://youtu.be/-6T3ICXWqjc" target="_blank">https://youtu.be/-6T3ICXWqjc</a>
Alimentada por apenas pain&eacute;is solares e uma bateria potente, a m&aacute;quina captou 0,7 litros (ou quase tr&ecirc;s x&iacute;caras) de &aacute;gua pura e limpa por dia. Os resultados foram 10 vezes melhores do que os apresentados pela sua vers&atilde;o anterior.&nbsp;&ldquo;Algumas pessoas dizem que 0,7 litros n&atilde;o &eacute; muita &aacute;gua. Mas &eacute; muita &aacute;gua sim, se voc&ecirc; n&atilde;o tem nenhuma.&rdquo;, declara Yaghi. Mesmo no dia mais seco do deserto, com uma umidade relativa extremamente baixa marcando 7% e temperaturas acima dos 26&ordm; Celsius, o coletor ainda foi capaz de captar e armazenar 0,2 litros de H20.
<h2 dir="ltr">Do deserto para o consumidor</h2>
&nbsp;
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<figure class="image" data-widget="image"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/10/10181757108042.jpg" width="990" > <figcaption>Reprodu&ccedil;&atilde;o/UC Berkeley via Youtube</figcaption></figure>
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O objetivo, segundo o cientista, &eacute; comercializar a inven&ccedil;&atilde;o. Mais teste continuar&atilde;o a ser feitos para que uma vers&atilde;o do tamanho de um microondas capaz de fornecer de 7 a 10 litros de H20 seja inserida no mercado. Com base nas recomenda&ccedil;&otilde;es da Academia Nacional de Ci&ecirc;ncias, essa quantidade &eacute; suficiente para matar a sede de tr&ecirc;s adultos e ainda preparar alimentos para um dia.
Uma outra vers&atilde;o, agora para abastecer uma fam&iacute;lia inteira, tamb&eacute;m est&aacute; sendo idealizada. Do tamanho de uma geladeira, esse coletor ser&aacute; capaz de fornecer fornecer de 200 a 250 litros de &aacute;gua por dia. As expectativas da empresa s&atilde;o bem altas: em alguns anos, a startup planeja criar um coletor que produzir&aacute; 20 mil litros por dia, para abastecer uma aldeia.&nbsp;
O que achou dessa inven&ccedil;&atilde;o? Compartilhe nos coment&aacute;rios a sua opini&atilde;o!

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Água no deserto: conheça máquina capaz de transformar ar em H2O

Imagem de Céu da Flórida ganha tons inusitados após passagem do furacão Dorian no megacurioso

Fenômeno conhecido como espalhamento gerou imagens impressionantes para quem estava no caminho da tempestade. Confira o vídeo e fotos do céu em cor púrpura

A destrui&ccedil;&atilde;o causada pelo furac&atilde;o Dorian tem sido bastante divulgados pela imprensa e em redes sociais. Mas o que o fen&ocirc;meno meteorol&oacute;gico causou ap&oacute;s sua passagem tamb&eacute;m foi de causar espanto. Depois que os ventos de Dorian atingiram o estado da Fl&oacute;rida, nos Estados Unidos, os moradores viveram cenas impressionantes, mas comuns ap&oacute;s a passagem de furac&otilde;es.
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</ul>
Imagens capturadas por moradores mostram como o c&eacute;u foi pintado por tons de roxo, ou p&uacute;rpura, se preferir. O site KENS5 relatou o fen&ocirc;meno em um timelapse que mostra a evolu&ccedil;&atilde;o das cores no c&eacute;u da Fl&oacute;rida:
<iframe width="300" height="150" src="http://players.brightcove.net/5436121868001/default_default/index.html?videoId=6083665676001" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0"></iframe>
Isso acontece devido ao espalhamento da luz, uma ocorr&ecirc;ncia natural, principalmente ap&oacute;s a passagem de furac&otilde;es. O mesmo foi observado no ano passado, quando o furac&atilde;o Michael passou causando devasta&ccedil;&atilde;o. Normalmente, apenas os comprimentos de onda mais longos da luz no espectro de cores s&atilde;o vis&iacute;veis atrav&eacute;s das nuvens, o que resulta no p&ocirc;r do sol geralmente em tons dourado, rosa e laranja. Mas ap&oacute;s Dorian, o c&eacute;u estava super saturado, e a umidade da atmosfera refratou a luz do sol poente.
<blockquote class="twitter-tweet">
Purple skies after <a href="https://twitter.com/hashtag/Dorian?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Dorian</a> passed by Jacksonville today. Do you think there&rsquo;s a chance Dorian was a fan of Prince? <a href="https://t.co/mpeM3bsVXo">pic.twitter.com/mpeM3bsVXo</a>
&mdash; Amy Pope-Latham, LCSW (@coastalBtherapy) <a href="https://twitter.com/coastalBtherapy/status/1169409894455414786?ref_src=twsrc%5Etfw">September 5, 2019</a></blockquote>
Violeta &eacute; o menor comprimento de onda do espectro, o que significa que raramente &eacute; vis&iacute;vel no c&eacute;u. Mas as densas nuvens baixas, combinadas &agrave; alta umidade do in&iacute;cio de setembro, criou as condi&ccedil;&otilde;es perfeitas para um raro c&eacute;u roxo.

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Céu da Flórida ganha tons inusitados após passagem do furacão Dorian

Imagem de Gelo derrete no Ártico e novas ilhas são descobertas na Rússia no megacurioso

O desaparecimento acelerado de geleiras revelou cinco novas ilhas no país

O aquecimento global continua provocando diversas mudan&ccedil;as geol&oacute;gicas em todo o&nbsp;mundo. Recentemente, em comunicado oficial divulgado pelo governo da&nbsp;R&uacute;ssia, cinco&nbsp;ilhas com &aacute;reas que variam entre&nbsp;900 e 54,5 mil&nbsp;metros quadrados foram reveladas. As extens&otilde;es territoriais foram visualizadas em regi&otilde;es pr&oacute;ximas aos arquip&eacute;lagos de Nova Zembla e Terra de Francisco Jos&eacute; pela estudante universit&aacute;ria Marina Migunova enquanto analisava imagens de sat&eacute;lite do local em 2016.
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<figure><img alt="" height="619" src="https://cdn.iflscience.com/images/424415f4-0577-5472-a33b-6b8d37224609/extra_large-1567087915-cover-image.jpg" width="1100" /> <figcaption>(Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
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Confirmada neste ano pelo grupo hidrogr&aacute;fico de Expedi&ccedil;&atilde;o Integrada da Frota do Norte, que j&aacute; havia encontrado aproximadamente 30 novas ilhas em pesquisas realizadas entre 2015 e 2018, a descoberta &eacute; fruto da forte a&ccedil;&atilde;o de degelo causada pelo aumento acentuado de temperatura no C&iacute;rculo Polar &Aacute;rtico.
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<figure><img alt="" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/768/cpsprodpb/14431/production/_108539928_arcticmntsmilok.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Federa&ccedil;&atilde;o Russa/Reprodu&ccedil;&atilde;o: BBC)</figcaption></figure>
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Segundo o grupo, as ilhas que provavelmente haviam sido engolidas pelo gelo ficaram novamente expostas devido &agrave;s altas varia&ccedil;&otilde;es de temperatura que o local tem sofrido, especialmente nos &uacute;ltimos anos, chegando a&nbsp;34,8 &deg;C (94,6 &deg;F) em 26 de julho de 2019 &mdash; algo inimagin&aacute;vel para a regi&atilde;o. Somente no local, a perda de massa de gelo dobrou na rela&ccedil;&atilde;o entre 2011 e 2015 na compara&ccedil;&atilde;o com os anos anteriores. Segundo a equipe, fen&ocirc;menos semelhantes devem continuar acontecendo, causados especialmente pela interven&ccedil;&atilde;o desenfreada do ser humano&nbsp;na natureza.

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Gelo derrete no Ártico e novas ilhas são descobertas na Rússia

Imagem de Cientistas desvendam causa de aquecimento global do Paleoceno no megacurioso

Detalhes da órbita terrestre podem explicar mudança climática que aconteceu há 56 milhões de anos e aqueceu o planeta a ponto do Ártico se tornar tropical

O planeta Terra passou por diversas mudan&ccedil;as ao longo dos milhares de anos de sua exist&ecirc;ncia e o que sabemos de sua hist&oacute;ria &eacute; literalmente somente a ponta do icebergue. H&aacute; cerca de 56 milh&otilde;es de anos, por exemplo, durante os per&iacute;odos Paleoceno e Eoceno, aconteceu o chamado M&aacute;ximo T&eacute;rmico do Paleoceno-Eoceno (PETM, em ingl&ecirc;s). O planeta esquentou consideravelmente, pois durante cerca de 20 mil anos, grandes quantidades de di&oacute;xido de carbono foram liberadas na atmosfera e as temperaturas m&eacute;dias aumentaram de cinco a oito graus Celsius.&nbsp;
<img alt="" height="514" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/06/06105906146100.jpg" width="900" />
Fonte: Pexels
A transforma&ccedil;&atilde;o foi tanta que estima-se que a regi&atilde;o do &Aacute;rtico se tornou praticamente tropical, com palmeiras e crocodilos. Apesar de frequentes, os per&iacute;odos de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o intensos como esse, o que sempre intrigou cientistas. A princ&iacute;pio, acreditava-se que uma onda de erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas teria causado o fen&ocirc;meno, talvez por um impacto de cometa. Mas um novo estudo indica que o PETM pode ter sido causado por delicadas mudan&ccedil;as na &oacute;rbita da Terra ao redor do Sol.
Os ge&oacute;logos est&atilde;o investigando sobre o paleoclima da Terra em antigos sedimentos do fundo do mar e usando essas informa&ccedil;&otilde;es para tentar entender qual era a posi&ccedil;&atilde;o da Terra em rela&ccedil;&atilde;o ao Sol. A novidade &eacute; o recente estudo publicado na revista Science, Richard Zeebe, paleocean&oacute;grafo da Universidade do Hava&iacute; em Manoa, e Lucas Lourens, ge&oacute;logo da Universidade de Utrecht, na Holanda.
Eles combinaram dados astron&ocirc;micos e geol&oacute;gicos para determinar a posi&ccedil;&atilde;o da Terra h&aacute; oito milh&otilde;es de anos, relacionando o in&iacute;cio do PETM a um ciclo maior de altera&ccedil;&atilde;o orbital. De acordo com Zeebe, essas informa&ccedil;&otilde;es seriam suficientes. &ldquo;A partir de um gatilho orbital para o PETM, e com as fortes evid&ecirc;ncias de participa&ccedil;&atilde;o orbital dos hipertermais subsequentes, nenhum outro gatilho &eacute; necess&aacute;rio&rdquo;, diz.
<iframe width="100%" height="450px" src="https://solarsystem.nasa.gov/gltf_embed/2392" frameborder="0">&#xFEFF;&#200B;</iframe>
<h2>O mais antigo rel&oacute;gio</h2>
A &oacute;rbita da Terra n&atilde;o &eacute; constante e muda v&aacute;rias vezes ao longo do tempo. A inclina&ccedil;&atilde;o do eixo est&aacute; sempre mudando, de acordo com o est&iacute;mulo da gravita&ccedil;&atilde;o de planetas como J&uacute;piter, Marte e V&ecirc;nus. As elipses realizadas pelo planeta ao longo de milhares de anos ajuda os cientistas a calcular a din&acirc;mica planet&aacute;ria usando registros de sedimentos assim como um rel&oacute;gio. Quando o trajeto seguia mais pr&oacute;ximo do Sol, o clima era aquecido, deixando evid&ecirc;ncias nas rochas.
O estudo de Zeebe e Lourens mostra que o PETM come&ccedil;ou em torno de um dos ciclos de 405 mil anos, que acompanha os eventos de aquecimento global do passado, dando ind&iacute;cios de que foi a din&acirc;mica planet&aacute;ria que o iniciou. Eles examinaram os registros geol&oacute;gicos para identificar ciclos de &oacute;rbitas exc&ecirc;ntricas, comparando esses dados com os sedimentos do fundo do oceano Atl&acirc;ntico. &ldquo;Chegamos a uma correspond&ecirc;ncia not&aacute;vel&rdquo;, diz Zeebe. &ldquo;Os registros geol&oacute;gicos e nosso c&aacute;lculo parecem estar bastante de acordo at&eacute; 58 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.&rdquo;

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Cientistas desvendam causa de aquecimento global do Paleoceno

Imagem de Conheça a técnica agrícola que pode ajudar a reflorestar a Amazônia no megacurioso

Combinada a fertilizantes, técnica Biochar pode acelerar o crescimento das árvores na Floresta Amazônica

As queimadas na Amaz&ocirc;nia preocupam, mas j&aacute; h&aacute; quem comece a pensar em maneiras eficazes de reflorest&aacute;-la e a t&eacute;cnica Biochar n&atilde;o &eacute; nenhuma novidade. Ela existe h&aacute; milhares de anos e &eacute; uma das principais formas de reflorestar florestas que tiveram suas &aacute;rvores mortas, seja pela explora&ccedil;&atilde;o madeireira ou por queimadas.
Para uma pesquisa realizada pelo Centro de Inova&ccedil;&atilde;o Cient&iacute;fica da Amaz&ocirc;nia da Universidade de Wake Forest, esse m&eacute;todo milenar &eacute; a maneira ideal para reflorestar a floresta amaz&ocirc;nica mais uma vez. Por meio de uma emenda de solo baseada no carbono Biochar, esse mecanismo se torna uma maneira barata e eficaz para reflorestar a Amaz&ocirc;nia.
Quando se fala que a Amaz&ocirc;nia &eacute; o pulm&atilde;o do mundo n&atilde;o &eacute; nenhum exagero. A florest&aacute; &eacute; fundamental para o equil&iacute;brio de todo o planeta Terra, sendo respons&aacute;vel pela absor&ccedil;&atilde;o de milh&otilde;es de toneladas de di&oacute;xido de carbono por ano. Mas, ela tem sido castigada e devastada com inc&ecirc;ndios florestais, al&eacute;m de atividades de extra&ccedil;&atilde;o de ouro e de madeira.
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Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Por tudo isso, de acordo com os cientistas, o Biochar &eacute; a maneira ideal de dar novamente vida ao solo afetado da Amaz&ocirc;nia, reflorestando as &aacute;reas afetadas em menos tempo. Quando misturado com alguns fertilizantes, o m&eacute;todo melhora significativamente alguns fatores podendo, por exemplo, ajudar a fortalecer o crescimento, a altura e o di&acirc;metro das mudas de &aacute;rvores. Al&eacute;m disso, pode aumentar a produ&ccedil;&atilde;o de folhas, ajudando a melhorar todos os processos em geral. 
<h3 style="margin-bottom: 11px;">Produto &agrave; base de castanha potencializa o crescimento das &aacute;rvores</h3>
Toda essa descoberta s&oacute; foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as ao experimento &ldquo;Madre de Dios&rdquo; conduzido por especialistas na regi&atilde;o amaz&ocirc;nica peruana. Eles utilizaram duas esp&eacute;cies de &aacute;rvores tropicais, uma de r&aacute;pido crescimento e outra que demora mais em suas an&aacute;lises.
De acordo com os especialistas, o per&iacute;odo mais complexo para o desenvolvimento de uma muda de &aacute;rvore &eacute; durante os primeiros meses, mas eles descobriram que, aplicando um pouco de Biochar, a rea&ccedil;&atilde;o &eacute; imediata e muito favor&aacute;vel ao crescimento. O Biochar &eacute; fabricado &agrave; base de cascas de castanha, que geralmente s&atilde;o inutilizadas e descartadas por processadores de grande escala no Peru. Depois, as conchas s&atilde;o queimadas e adicionadas a barris e, por fim, utilizadas no solo.
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Foto: iStock
Econ&ocirc;mico, o m&eacute;todo e f&aacute;cil de ser desenvolvido e beneficia o crescimento de &aacute;rvores diretamente nas mudas tropicais. Entre os benef&iacute;cios, os especialistas mencionam que o Biochar misturado ao fertilizante e utilizado nos solos afetados pode: melhorar a capacidade do solo em reter &aacute;gua, tornando-o menos &aacute;cido; ret&eacute;m o fertilizante e o libera ao longo do tempo, maximizando seus efeitos e melhora not&aacute;vel no solo, habitat de micr&oacute;bios que s&atilde;o fundamentais para o crescimento das plantas.
Cientista respons&aacute;vel pela pesquisa, Miles Silman, ressalta que o Biochar e os fertilizantes melhoram o crescimento das &aacute;rvores, mas a combina&ccedil;&atilde;o dos dois potencializa os resultados obtidos at&eacute; agora.&nbsp;

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Conheça a técnica agrícola que pode ajudar a reflorestar a Amazônia

Imagem de Como a exploração da Floresta Amazônia pode ajudar a protegê-la? no megacurioso

Uma alternativa é a bioprospecção. Entenda!

Nas &uacute;ltimas semanas, as queimadas que v&ecirc;m acontecendo na Amaz&ocirc;nia colocaram n&atilde;o s&oacute; o Brasil, mas principalmente a floresta sob os holofotes. A aten&ccedil;&atilde;o do mundo se voltou para n&oacute;s e n&atilde;o param de chegar propostas e ofertas de ajuda de toda classe focadas na preserva&ccedil;&atilde;o da nossa biodiversidade.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31175820390043.jpg" /> <figcaption>(Fonte: USA Today / AFP/ Getty Images / Victor Voriyama / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Tamb&eacute;m n&atilde;o faltaram duras cr&iacute;ticas e o surgimento de acalorados debates sobre o estabelecimento de mais restri&ccedil;&otilde;es e cria&ccedil;&atilde;o&nbsp;de&nbsp;leis de prote&ccedil;&atilde;o ambiental mais duras e o desenvolvimento de planos de manejo sustent&aacute;veis para a floresta. Mas uma iniciativa que talvez devesse&nbsp;ser levada mais &agrave; s&eacute;rio &eacute; a &ldquo;bioprospec&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
<h2>Bio... o qu&ecirc;?</h2>
Como voc&ecirc; deve estar cansado de ouvir e ler por a&iacute;, a Floresta Amaz&ocirc;nica serve de lar uma das mais variadas e ricas cole&ccedil;&otilde;es de esp&eacute;cies de animais e plantas do planeta. Focando especificamente nas plantas, uma imensa quantidade delas sequer foi descrita cientificamente ainda &ndash; e acredita-se que muitas delas tenham enorme potencial medicinal.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180231138044.jpg" /> <figcaption>(Fonte: PBS / Reuters / Bruni Kelly / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A Ind&uacute;stria Farmac&ecirc;utica sabe disso e, com frequ&ecirc;ncia, grandes fabricantes iniciam projetos de pesquisa que visam a identifica&ccedil;&atilde;o de princ&iacute;pios ativos, alguns deles inclusive envolvendo comunidades ind&iacute;genas em busca de obter conhecimento sobre plantas e preparados naturais usados por elas no combate de doen&ccedil;as, com o objetivo de desenvolver novos medicamentos.
Esse estudo e &ldquo;cataloga&ccedil;&atilde;o&rdquo; extensiva de plantas, extratos, preparados, subst&acirc;ncias ativas etc. recebe o nome de bioprospec&ccedil;&atilde;o &ndash; e, atrav&eacute;s dela, existem in&uacute;meras pesquisas em andamento pelo mundo para a cria&ccedil;&atilde;o de drogas e tratamentos para as mais variadas doen&ccedil;as e infec&ccedil;&otilde;es. Pois, &eacute; poss&iacute;vel converter essa atividade em uma arma eficaz para a prote&ccedil;&atilde;o da Amaz&ocirc;nia, e s&oacute; precisamos encontrar maneiras de explor&aacute;-la da forma mais sustent&aacute;vel poss&iacute;vel.
<h2>Abordagem inteligente</h2>
Na verdade, n&atilde;o &eacute; de hoje que a bioprospec&ccedil;&atilde;o existe. O problema &eacute; que, atualmente, da forma como ela &eacute; realizada, a atividade acaba n&atilde;o sendo t&atilde;o economicamente interessante quanto a explora&ccedil;&atilde;o de madeira ou da agropecu&aacute;ria, por exemplo.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180338106045.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Nerdist / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Algumas das dificuldades nesse sentido &eacute; que, al&eacute;m de o estudo de plantas e a identifica&ccedil;&atilde;o de compostos com potencial medicinal ser um processo demorado &ndash; especialmente em se tratando da Amaz&ocirc;nia, que abriga uma infinidade de esp&eacute;cies &ndash;, frequentemente os princ&iacute;pios ativos dependem de condi&ccedil;&otilde;es extremamente espec&iacute;ficas, como determinados est&iacute;mulos ambientais ou a combina&ccedil;&atilde;o de fatores clim&aacute;ticos, por exemplo, para se manifestar.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180505090046.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Axios / AFP / Getty Images / Jo&atilde;o Laet / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, uma vez as drogas come&ccedil;am a ser desenvolvidas e testadas, os ensaios tamb&eacute;m levam bastante tempo, e o pa&iacute;s onde a floresta se encontra pode ter de esperar anos (quando n&atilde;o d&eacute;cadas) para come&ccedil;ar a colher os frutos econ&ocirc;micos desse processo. Contudo, diversos estudos j&aacute; demonstraram que as florestas poderiam ser protegidas &ndash; al&eacute;m de gerar empregos, riquezas e outras tantas vantagens &ndash; se a Ind&uacute;stria Farmac&ecirc;utica estabelecesse laborat&oacute;rios e equipes de pesquisa para a realiza&ccedil;&atilde;o de atividades de bioprospec&ccedil;&atilde;o e existisse a garantia da gera&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cios mais imediatos.
<h2>Desenvolvimento</h2>
Hoje em dia, as fabricantes de medicamentos investem dezenas de bilh&otilde;es de d&oacute;lares anualmente em pesquisas e cria&ccedil;&atilde;o de f&aacute;rmacos, e uma boa parcela desse montante poderia muito bem ser investida em pa&iacute;ses em desenvolvimento. Isso porque, a chegada dessas companhias, ademais de promover a conserva&ccedil;&atilde;o do meio ambiente &ndash; uma vez que &eacute; nele ser&atilde;o realizadas as buscas por novos princ&iacute;pios ativos e compostos! &ndash;, pode impulsionar o desenvolvimento socioecon&ocirc;mico local.
Para isso, &eacute; necess&aacute;rio envolver cientistas e estudantes locais nas atividades de bioprospec&ccedil;&atilde;o, promover treinamentos, financiar pesquisas e estabelecer regras claras para que as a&ccedil;&otilde;es n&atilde;o causem preju&iacute;zos aos recursos naturais locais e se evite o risco da biopirataria. Muitas organiza&ccedil;&otilde;es, entidades e pesquisadores desses pa&iacute;ses que abrigam florestas j&aacute; colaboram ativamente com institui&ccedil;&otilde;es e laborat&oacute;rios internacionais, ent&atilde;o, o potencial para o desenvolvimento humano existe &ndash; e &eacute; grande.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31180751464047.jpg" width="1400" height="932" /> <figcaption>(Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil / Tomaz Silva / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Uma inciativa dessas, conduzida no Panam&aacute;, conseguiu em apenas 5 anos empregar 10 cientistas locais, 57 assistentes e 12 estudantes. Mas, al&eacute;m de gerar postos de trabalho, durante o projeto, 20 jovens conquistaram diplomas universit&aacute;rios, 12 finalizaram ou realizaram trabalhos relacionados com mestrados e diversos iniciaram seus doutorados.
O Brasil, especificamente, que abriga a maior parte da Floresta Amaz&ocirc;nica, costuma ser chamado como &ldquo;Eldorado Farmac&ecirc;utico&rdquo; e, al&eacute;m disso, disp&otilde;e de entidades cient&iacute;ficas e pesquisadores mais do que capazes para participar das atividades. O problema s&atilde;o a imensa burocracia e a falta de incentivos para pesquisas e forma&ccedil;&atilde;o de parcerias internacionais, portanto, precisar&iacute;amos solucionar essas quest&otilde;es para atrair investimentos que ajudem no desenvolvimento e na prote&ccedil;&atilde;o ambiental.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145498-exploracao-floresta-amazonia-ajudar-protege.htm">Como a exploração da Floresta Amazônia pode ajudar a protegê-la?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Como a exploração da Floresta Amazônia pode ajudar a protegê-la?

Imagem de Ferramenta de busca promete reflorestar Amazônia com lucros de publicidade no megacurioso

A plataforma Ecosia se compromete a plantar um milhão de árvores em seis meses no Brasil

A Ecosia, uma ferramenta de busca que direciona os lucros publicit&aacute;rios no plantio de &aacute;rvores, teve um aumento de 1.150% nos usu&aacute;rios devido aos inc&ecirc;ndios que devastaram as florestas tropicais da Amaz&ocirc;nia, tornando-se o aplicativo para iOS mais bem classificado no Brasil. A empresa disse ao Business Insider que o n&uacute;mero de downloads do aplicativo gira em torno de 20.000 normalmente, mas que chegou a 250.000 na &uacute;ltima quinta-feira (29).
<img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/03/03094518276238.jpg" width="990" />
Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Pixabay.&nbsp;
O movimento intenso dos usu&aacute;rios come&ccedil;ou quando os pa&iacute;ses do G7 concordaram em criar um fundo de US$ 20 milh&otilde;es para ajudar os pa&iacute;ses da Amaz&ocirc;nia a combater inc&ecirc;ndios. "Tivemos a reuni&atilde;o de nossa equipe e as pessoas estavam, por um lado, muito felizes por causa dos n&uacute;meros, mas tamb&eacute;m muito tristes por causa dos inc&ecirc;ndios florestais", disse o principal executivo da Ecosia, Christian Kroll. "Portanto, &eacute; uma ocorr&ecirc;ncia emocionante e tr&aacute;gica".
Como o Google, a Ecosia ganha dinheiro vendendo espa&ccedil;o publicit&aacute;rio em sua plataforma web e aplicativo m&oacute;vel. Mas, diferentemente do Google, esse mecanismo de pesquisa n&atilde;o vende ou rastreia dados de usu&aacute;rios e doa 80% de seus lucros (ou 47,1% de sua renda total) a projetos de reflorestamento de &aacute;rvores em pa&iacute;ses como Tanz&acirc;nia, Peru, Senegal, Qu&ecirc;nia e Brasil. A ferramenta, que &eacute; alimentada pelo Bing da Microsoft, diz que plantou mais de 65 milh&otilde;es de &aacute;rvores at&eacute; o momento desde 2009.
Na sua taxa atual, a Ecosia est&aacute; plantando uma nova &aacute;rvore a cada segundo em 21 projetos internacionais de reflorestamento, segundo informa&ccedil;&otilde;es do site. "Cinquenta milh&otilde;es de &aacute;rvores significam 2,5 milh&otilde;es de toneladas de CO2 removidas da atmosfera", afirmou a empresa em um post no seu blog. "Isso significa 60.000 hectares restaurados. E mais de 500 esp&eacute;cies de &aacute;rvores nativas plantadas".&nbsp;
Em rea&ccedil;&atilde;o &agrave;s pol&iacute;ticas do presidente Bolsonaro, que para muitos potencializaram e estimularam os inc&ecirc;ndios, a Ecosia se comprometeu a plantar um milh&atilde;o de &aacute;rvores extras no Brasil por seis meses, reconectando os fragmentos de floresta restantes. Felizmente, dados de sat&eacute;lite mostraram que os focos de inc&ecirc;ndio na maior parte da Amaz&ocirc;nia brasileira voltou aos n&iacute;veis normais ou abaixo da m&eacute;dia na ter&ccedil;a-feira.

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