Shiro Ishii, o cruel cientista japonês da Segunda Guerra Mundial

01/12/2020 às 12:002 min de leitura

Alguns anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Protocolo de Genebra estabeleceu a proibição do armas químicas e biológicas em tempos de conflito armado a partir do ano de 1925. Porém, esse tratado não foi suficiente para parar uma mente maléfica do exército do Japão: o médico Shiro Ishii.

Graduado pela Universidade Imperial de Kyoto e membro do corpo médico do exército japonês, Ishii decidiu dedicar sua vida aos experimentos mais mortíferos da ciência. Através de experimentos desumanos com prisioneiros de guerra, o general da Unidade 731 almejava colocar o Império do Japão no topo do domínio mundial.

A trajetória de Shiro Ishii

(Fonte: Wikimedia Commons)
(Fonte: Wikimedia Commons)

Nascido no Japão em 1892, Shiro Ishii era o quarto filho de uma rica família produtora de saquê. Rumores diziam que o jovem japonês era dono de uma impressionante memória fotográfica, o que fez com que fosse considerado um “gênio” ainda em um estágio muito novo de sua vida.

Desde cedo, Ishii demonstrou possuir muito amor pelo seu país e, portanto, decidiu juntar-se ao exército durante a adolescência. Com 1,82 m de altura — muito mais alto do que a média japonesa — ele era dono de habilidades físicas e de comando que lhe colocaram em destaque dentro do seu batalhão.

Após descobrir sua verdadeira paixão dentro do campo da ciência, o jovem Shiro foi aceito no Departamento Médico da Universidade Imperial de Kyoto em 1916. Segundo relatos, ele era conhecido por guardar bactérias em placas de petri como “bichinhos de estimação” e adorava sabotar outros estudantes.

Em 1927, depois de ler a respeito sobre as armas biológicas, o cientista decidiu então que se tornaria o melhor do mundo em produzi-las, dando início aos seus experimentos malucos.

Experimentos desumanos

(Fonte: Wikimedia Commons)
(Fonte: Wikimedia Commons)

Trabalhar com ética nunca foi exatamente a especialidade de Shiro Ishii. No ano de 1928, recebeu permissão do governo japonês para ignorar o Tratado de Genebra e passar dois anos viajando pelo mundo e adquirindo conhecimento sobre o que os outros países vinham desenvolvendo no campo de armas biológicas.

A cargo da Unidade 731 durante a Segunda Guerra Mundial, o japonês finalmente pôde por em prática seus diversos anos de estudos. Aqui está uma lista de alguns dos experimentos maléficos do então chamado Josef Mengele asiático:

  • Deixar uma pessoa sangrar até perceber o quanto alguém pode perder de sangue sem morrer;
  • Colocar prisioneiros em câmaras de pressão até os seus olhos saltarem do corpo;
  • Congelar indivíduos para testar métodos para tratar queimaduras por frio.

Após ser preso no fim da guerra em 1945 pelo governo americano, Ishii ganhou imunidade pelos seus crimes em troca de informações sobre seus experimentos químicos. O maléfico cientista só foi ver seus últimos dias aos 67 anos de idade, depois de perder uma batalha contra um câncer de garganta.

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