Saúde/bem-estar
19/04/2021 às 09:00•2 min de leitura
Nascido no dia 15 de abril de 1452 em Anchiano, na antiga República de Florença, Leonardo da Vinci ficou conhecido por ser um dos maiores gênios a ter habitado a Terra e também pelo seu incrível talento artístico. Responsável por um dos quadros mais famosos da história — a Monalisa —, o italiano se mostrou dono de múltiplas facetas, atuando como pintor, engenheiro, inventor, músico, arquiteto, escultor, astrônomo e escritor.
Da Vinci possuía a incrível capacidade de representar em seus trabalhos todas as mudanças que aconteciam durante o final da Idade Média na Europa, tornando-se um símbolo para o seu tempo e um dos grandes nomes da Renascença. Aos 67 anos, porém, morreu vítima de um derrame, mas não antes sem deixar um último desejo condizente com sua trajetória peculiar.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em seu testamento, da Vinci deixou explícito o passo a passo sobre como gostaria que acontecesse o seu sepultamento. Falecido em um castelo em Clos Lucé, na França, o pintor pediu para ser enterrado nos arredores da residência onde havia passado os últimos anos de sua vida.
Além disso, o caminho feito pelo caixão deveria ser acompanhado por membros da família, amigos, nobres e mais 60 mendigos. Por mais que o pedido causasse estranheza entre as pessoas mais próximas, a determinação foi acatada e o procedimento ocorreu exatamente como o ordenado.
Por mais que da Vinci vivesse em um castelo luxuoso, não foi difícil encontrar moradores de rua para acompanharem o cadáver, visto que a região era bastante pobre e abrigava muitos miseráveis. De acordo com historiadores, cada um dos participantes da cerimônia foi recompensado financeiramente por ajudar durante a marcha fúnebre.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Responsável por obras enigmáticas, da Vinci levava a vida da mesma forma que espelhava sua arte: misteriosamente. O chamado pela presença dos moradores de rua no evento levantou estranheza entre os familiares, visto que o testamento não especificava nenhum tipo de motivação para que isso fosse necessário.
Uma hipótese levantada por pesquisadores é que o acontecimento esteja diretamente relacionado com o ambiente em que Leonardo cresceu e viveu. Filho bastardo, o italiano demorou a ser aceito pela alta sociedade, que sempre tentou controlar seu potencial criativo apesar de financiar seu trabalho.
Dessa forma, a convocação da multidão de mendigos poderia muito bem ter sido uma ironia ou ataque ao símbolo da nobreza e ao que aquilo significou em sua trajetória na Terra.